Fanfic: Lágrimas de uma adolescente ~Portiñon (Adaptada) ~FINALIZADA~ | Tema: Portiñon

Em um tarde de sábado, Ricardo mais uma vez chega bêbado à sua casa, onde é recebido por beijos e abraços de sua pequena ‘Any’ (apelido carinhoso de sua filha), e um olhar reprovador de sua mulher Clara.

- Papai – Any corre ao encontro de seu pai. – Papai, vai me levar ao vôlei hoje? – Anahí pergunta a seu pai, com certo brilho no olhar.
- Oi! Minha pequena. – Ricardo a abraça. – Filha papai queria muito ir com você, mas não vai dar. – disse em tom desanimado, pois detestava desapontar sua filha, mas suas condições não o permitiam tal ato.
- Mas, por que papai? – Anahí fazia cara de criança manhosa a fim de convencer o pai.
- Porque ele está bêbado como sempre Anahí! – Exclamou Dona Clara. – Não percebe isto? – indaga a filha sobre o estado do pai.
- Mamãe não fale assim dele. – Anahí dispara enquanto abraça o pai e solta uma olhar de reprovação para a mãe.
- Filha, vai ver ‘TV’ no quarto vai, enquanto papai tem uma conversa com sua mãe. – Ricardo acariciava o rosto da filha com um terno sorriso nos lábios.
- Está bem! – foi o que disse Any em quanto abraçava seu pai. – Pai? – ela parou ao pé da escada virando-se para Ricardo. – 
- Oi, minha princesa? – falou mirando a filha.
- Depois sobre pra me dar o meu beijinho de boa noite? –, fez carinha de criança carente.
- Claro, minha linda. – Ricardo a sorriu.

Clara e Ricardo ao discutirem não se deram conta de que Anahí presenciava a tudo, do alto da escada e ao ver sua mãe por seu pai para fora de casa, Any corre até seu pai o abraçando e chorando.

- Não papai, por favor, não vai embora não! – Any, chorava abraçada ao pai na tentativa de impedir sua partida. – 
- Filha, deixa seu pai ir. Vai ser melhor para todos nós. – sua mãe a segurava.
- Não, mãe pra mim não vai ser melhor não. – Anahí fala ‘empurrando’ sua mãe e corre para o quarto. 

Anahí se joga na cama e começa a chorar mais ainda inconformada com a saída de seu pai. Logo em seguida adormece, e sua mãe ao entrar no quarto depara-se com a cena, e apenas cobre a filha com as cobertas e a deixar dormir, para que no dia seguinte elas possam conversar. 
O dia amanhece e Any levanta para ir à escola, toma seu café com sua mãe, porém em total silêncio. Clara pede antes que a filha saia para que elas tenham uma conversa.

- Any, - dá um breve suspiro antes de continuar. – filha, não quero que pense que pus seu pai para fora de casa por não amá-lo. 
- Então por que fez isso mamãe? – Anahí interrompe a mãe.
- Por muitos motivos, minha filha – disse acariciando o rosto de Anahí.
- Mãe – com sua mão por cima da de sua mãe que se encontrava pousada em seu rosto. – eu te entendo, papai era muito desleixado com as contas e com a casa. Mas, ele vai mudar você vai ver! – Any sorriu e abraçou sua mãe, que retribuiu o gesto da filha. – Agora me deixe ir se não me atraso pra escola. – as duas riram.

Embora Any sinta a falta de seu pai, ela sabe onde o encontrar, afinal Ricardo após a briga com Clara foi para a casa de sua mãe Dona Lúcia. Esta por sua vez, acolheu o filho, mas sem deixar de indagar-lhe o motivo de sua estada em sua casa. Ricardo então lhe contou tudo o que havia acontecido. Contou que há muito tempo vinha bebendo devido ao stress do seu emprego, (Ricardo é policial) e que havia se descuidado dos seus afazeres como marido. Contou também que há algum tempo vem sentindo dores no peito, mas que não era nada grave, a mãe faz um alerta para que ele cuide da saúde e dá conselhos para que possa se regenerar e ter sua família de volta.
Ricardo achou que não fosse preciso, que não era ele quem estava errado e sim sua mulher, continuo da forma que estava trabalho, bebida e pronto. Ricardo tinha aversão a hospitais e por isso não ia ao médico, para tratar de suas dores. Ricardo parecia não se importar com o fato de as dores estarem aumentando cada vez mais, e mais freqüentes. Depois de algum tempo, ele percebeu o mal que tinha feito a sua mulher e consequentemente a sua família. Viu que havia se omitido de certas obrigações e por conta disso, sua mulher ficou sobrecarregada com o lar. Parou de beber e então tentou se reaproximar de sua família.Ricardo procura Clara para tentar se reconciliarem, mas Clara parece estar um pouco resistente a isso. Mas ele não desiste e assim consegue quebra o gelo imposto por Clara entre os dois. Ele diz que é outro homem que está diferente, parou de beber e promete ser mais atencioso e ajudá-la com a casa. Clara dá mais uma chance a Ricardo e ele então volta pra casa. Os dois juntos decidem fazer uma surpresa para Any enquanto ela estava na escola.

- Anyyyyy – ela ouviu alguém gritar – Anahí Portilla venha já aqui! – era Maytê sua melhor amiga. 
- Oi May. – Any não parecia estar muito feliz e mantinha-se cabisbaixa
- O que houve minha linda, que você não foi pro Vôlei ontem? – May perguntava enquanto levantava o rosto da amiga com um olhar de carinho.
- Aah May, meus pais brigaram de novo e minha mãe o colocou pra fora de casa. – Any agora abraçava a amiga e começava a chorar.
- Oooh miinha liinda – abraçando a amiga e afagando seus cabelos. – por favor, não fica assim, vai dar tudo certo você vai ver.
- Será mesmo May? – Any a olhava com os olhos mareados por lágrimas. 
- Vai sim, pode acreditar. – Maytê tentava de alguma forma animar a amiga, mas até então sem sucesso.
- Espero que esteja certa May. – Any dá um longo suspiro e tentar se recompor.

O sinal toca e elas seguem para a sala de aula. O dia como sempre normal, sem muitas novidades, três aulas seguidas logo após o sinal toca novamente hora do intervalo, Anahí e Maytê dirigem-se ao encontro de Christopher e Alfonso, os ditos ‘populares’ da escola, mas Any não estava muito a fim de papo com eles.

- Any.. Any!! – Poncho a abraçava e rodopiava com ela em seus braços. – como você esta meu amor estava morrendo de saudade sabia? – ele a sorria, mas parecia não ser correspondido e então a pôs no chão e olhando nos olhos dela perguntou-lhe o que houve. E mais uma vez ela contou o que havia acontecido, mas desta vez para todos juntos, assim lhe pouparia tempo e paciência.

- Aah.. pow.. é barra mesmo heiin Any? – Ucker perguntava meio sem jeito por não saber muito o que dizer, só tentava ser um pouco amigável com ela.
- Bom, pra mim ainda é como se ele tivesse saindo para o trabalho e quando eu chegar em casa ele vai estar lá me esperando.

Any agora se mostrava triste, e sem muito animo para estar ali, mas com era sua obrigação tinha que continuar. Por fim as aulas acabaram e ela pode enfim voltar para sua casa. Anahí mal sabia que seu grande desejo se realizaria em instantes, seu pai estava de volta. Durante todo o período da manhã em que ela permaneceu na escola, Ricardo e Clara planejaram para ela uma surpresa.

- Mããe?! Cheguei! – Any dá um suave ‘grito’ ao passar pela porta de entrada da casa. E sua mãe logo em seguida aparece na sala para cumprimentar a filha.
- Filha!! Que bom que chegou. – Clara a abraçava com um sorriso estonteante no rosto.
Já Anahí fez uma cara mista de curiosidade e confusa. – Tem uma pessoa esperando por você na cozinha.
- Quem? – Anahí perguntou surpresa afinal, as únicas pessoas que a visitavam eram seus amigos e ela acabará de estar com eles.
- Veja você mesma. – foi o que disse sua mãe.
Então curiosa Anahí foi até a cozinha e qual não foi sua surpresa ao ver ali seu pai parado a espera-lá.

- Paaaaaiiii – Anahí corre em sua direção e abraça seu pai com muita saudade e carinho.

Anahí e seu pai têm uma ligação muito forte, não era simplesmente pai e filha, eram melhores amigos. Para Any, seu pai era um ‘Super Herói’ de filme. Talvez por sua profissão, ou até mesmo pala imaginação da menina. 

- Oii miinha priincesa. – Ricardo retribuía o abraço tão aconchegante e caloroso de sua filha. – Papai voltou pra você meu amor. – ele agora a mirava nos olhos lhe demonstrando sinceridade e ternura. Anahí nesse mesmo instante olha para a mãe meio que perguntando se aquilo tudo era verdade. A mãe apenas assentiu com a cabeça, então Anahí voltou-se a seu pai.
- Então o senhor vai ficar aqui com a gente paai??
- Sim minha linda, mas agora quero que você suba e vá se trocar porque vamos sair e comemorar só nós três, o que você acha? 
- Acho maravilhoso Pai, volto em cinco minutos. – Anahí subiu correndo as escadas e foi para o quarto se trocar.