Fanfic: My sixteen | Tema: One Direction

FIM DE AULA.

Abigail não morava tão perto de mim, na metade do caminho nos separamos, e eu, ainda perdida, tentei ir caminhando para minha casa.

Um carro passou com os meninos, que me olharam sem jeito, e “Ed”, irmão da Aby, mexeu comigo.

- Nossa... que gatinha, nunca te vi na escola. Adorei você ter enfrentado a Gabriella, ela é um pé no saco mesmo.  – ele disse saindo do carro.

- Não fale assim da namorada do Styles! – uma garota dos cabelos escuros, líder de torcida também, que se chamava Joyce Ferson, segundo o que Aby disse mais cedo, ela era gorda, e hoje ela vomita, e come salada, tem dias que ela nem come.

- Com licença, estou tentando ir para casa. – disse tentando fazer com que ele saísse da minha frente. Olhei para os garotos no carro como “vocês não vão fazer nada?”, eles viraram o olhar.

- Ed, c’mon. Tenho que chegar logo em casa. – disse Zayn.

- Tudo bem, até amanhã gatinha.

- Não me chame de gatinha. – ele entrou de volta no carro, e seguiram em velocidade alta para casa.

Harry falou algum endereço em voz baixa que eu não entendi, acho que foi o da minha casa. Isso é triste, e quer dizer que estou perdida novamente.

Andei mais um pouco e encontrei a pracinha que Zayn havia me levado, cansada, sentei lá. E agora? A escola é integral, e por isto já estava escurecendo, e eu não fazia ideia de como ir para casa. E por sorte –só que não.- meu celular estava sem bateria.

- Não tem como melhorar... – sussurrei para mim mesma. E o pior é que eu estava com fome.

Um senhor, já velho, sentou-se ao meu lado no banco, segurando um saquinho de pipoca. Ele fitava o nada até que ele se pronunciou.

- Eu vinha muito aqui quando criança. – olhei para ele sem entender o porque falava isso comigo. – Foi aqui que encontrei minha esposa Yandra. – ele sorriu.

- Deve ser uma senhora de sorte. – respondi enfim.

- Não, não. Eu fui um homem de sorte por encontra-la. – disse ele apressadamente. – Quer pipoca? – me ofereceu.

- Obrigada. – peguei um pouco.

- Está vendo aquela árvore ali do canto? – assenti. – Foi lá que escrevi nossas iniciais, e logo na frente, tem o restaurante “T&Y lanches”. – era o restaurante que fui com Zayn. – ele é meu.

- É um ótimo restaurante senhor, já fui lá.

- Minha esposa tinha o sonho de ter um restaurante, ela sempre cozinhou muito bem. – ele respondeu. – Depois que tivemos nosso primeiro filho, comprei o espaço e fiz para ela.

- Ela deve ter amado. – sorri.

- Sim, amou. – ele sorriu.- Nós cuidávamos de lá, era pequeno, e permita-me dizer sem ser modesto, o lugar cresceu e virou um lugar muito bom! E nos deu dinheiro também.  Mas há dois anos, ela morreu. – disse ele abaixando a cabeça.

- Eu sinto muitíssimo.

- Meus filhos, nenhum deles quer administrar lá, e eu estou muito velho. Não tenho mais parentes, nem amigos, nem minha esposa. Meus filhos me visitam semanalmente, e eu vivo com uma enfermeira, e quando não estou em casa, estou no hospital ou aqui. Meu lugar favorito. – ele sorriu fraco. – Não tenho outra escolha a não ser vender o restaurante.

- Mas o senhor não pode fazer isto, é o sonho de vocês. – insisti.

- Não tenho ninguém, até eu encontrar alguém que eu confie, pode ser tarde demais, para mim até, se eu por acaso falecer, o imóvel vai para os meus filhos, que venderão sem dúvida alguma. E já não tem dado para manter os funcionários, o dinheiro está curto.

- Eu... se você quiser, é claro. Posso ajudar. Ver alguns amigos, trabalharemos de graça até o restaurante estiver bom novamente. – sorri.

- Você faria isto? – ele sorriu.

- Mas é claro!

- Pode passar no restaurante amanhã? A esta hora mesmo, pois suponho que você estude.

- Sem problemas! Irei adorar ajudá-lo. Senhor...?

- Will.

- Will, meu nome é Summer, me chame de Sum!

- Ok Sum!

- Senhor Will! – gritou uma moça que suponho que seja a enfermeira. – O que faz aqui fora neste frio?

- Devo ir agora senhorita, te vejo amanhã.

- Até senhor!

- Me desculpe, ele falou algo que não devia? – perguntou a enfermeira.

- Claro que não! – respondi ofendida. – Ele é um ótimo senhor.

- Espero que sim.

- Sum! – gritou – Fiquei preocupado. – disse Zayn.

- Me poupe. – disse. – Pode me levar para casa? Não sei o caminho.

- Me desculpe, sério, por favor.

- Não se preocupe com isso, também odiaria ser vista com você, mentiroso, traidor, babaca.

- Você é uma pessoa boa, eu não mereço alguém assim.

- Não mesmo, mas quando alguém quer, tenta, mesmo ignorando o destino. Nem isso serve de desculpas.

- Eu prometo, irei dar o melhor de mim por você.

- Você não tem por que fazer isto.

- Summer? – Abigail!

- Aby!

- Mora por aqui então? – ela olhou rápido para Zayn e depois para mim.

- Não sei. Ele veio me buscar.

- Prazer Zayn. – ele estendeu a mão. Ela surpresa, o cumprimentou.

- Tenho uma ótima causa para a gente amanhã ás seis, está livre?

- Uma causa? Boa?

- Ótima, conheci o dono do restaurante, “T&Y”. Ele precisa de ajuda, e eu me ofereci.

- Amanhã nos falamos mais então.

- Tchau! – disse mandando um beijo no ar.

- Eu ajudo. Para te provar que não tenho vergonha de você.

- Toda ajuda é bem vinda, mas isso não prova nada.

-Vem, nossa casa é logo naquela rua. – ele apontou.- Os meninos ainda estão procurando, deixa eu avisar que encontrei.

No caminha para a casa, avisou aos meninos que eu já estava com ele, e aproveitou para chama-los para ajudar no restaurante.

- Chegamos, amanhã, iremos à escola juntos, para eu te mostrar o caminho ok?

- Amanhã irei com Abigail.

- E se eu te mostrasse a escola?

- Aby já fez isto.

- Vou te apresentar a Perrie e as meninas.

- Nem pensar. Estou bem com Aby.

- Estou tentando me fazer presente na sua vida na escola.

- Eu não preciso andar com você que é um medroso, que tem medo do que os outros pensam, que nem confessar que ama a música faz, e o pior, agride verbalmente ou mais sei lá, as pessoas que fazem o que gostam. Tudo o que menos preciso na minha vida é alguém como você, que não admite o que quer.

Entramos dentro de casa em silêncio, ele subiu rapidamente para o quarto dele, e eu fui para o meu, abri o notebook e entrei no face, vi uma solicitação de amizade da “Abigail Wilson” , fofa.

Me: Hello Hello Sheeran!

Abigail Wilson: O que foi aquilo na praça? ;3

Me: Aquilo o que? O.o

Abigail Wilson: You and Zain... Hummmm...

Me: Ele foi me procurar, me ignora na escola, e acha que eu vou ficar quieta na minha, não mesmo!

Toc toc.

- Pode entrar! – gritei ao ouvir a porta.

- Sum? Toma. – disse ele esticando a câmera para mim após entrar no meu quarto. – Esqueci de te devolver.

- Ah, obrigada.

- Tirei umas fotos se você quiser apagar tudo bem. – ele riu.

- Nada pornô né?

- Fique na curiosidade. – ele riu e saiu do meu quarto.

Voltando ao face.

Abigail Wilson: E o que você fez?

Me: Óbvio que demonstrei minha chateação. Ele disse que iria mudar, e que para provar, iria nos ajudar com o restaurante.

Abigail Wilson: E você acha que ele vai?

Me: Eu não sei... ele acabou de vir aqui no meu quarto entregar a câmera, e disse que tirou umas fotos.

Abigail Wilson: Ahhhh me manda!!!

Me: Vai que é pornô?

Abigail Wilson: Aí é que você deve me mandar mesmo! Hahahahahaha

Verifiquei minha câmera e tinha fotos dele no quarto e uma foto com um papel escrito, vem me encontrar a 00hrs.

Me: São só fotos do cachorrinho dele. Nada demais. Hahahahahaha

Abigail Wilson: Aff! Vocês tem alguma foto juntos?

Me: Tenho, quando nós fomos à praça ontem.

Abigail Wilson: Você sabe da responsabilidade e do poder que está na sua mão?

Me: Não faço ideia.

Abigail Wilson: Cuidado com as fotos, se por algum acaso, Perrie Edwards descobrir você está ferrada menina.

Me: Relaxa, essas fotos só vão pro blog.

Abigail Wilson: É internet de qualquer jeito e se te descobrirem...

Me: relaxa!