Fanfic: Era apenas meu primo! | Tema: Vondy

Sai da casa em questão de 1 segundo, eu não podia mais perder tempo. Olhei para onde eu havia visto Pedro e o mesmo não se encontrava mais lá, nem mesmo o carro. Xinguei todos os nomes que eu havia conhecimento e ainda assim, meu ódio não passava. Percebi a presença do tio Fernando atrás de mim e segurei minha raiva para não continuar xingando na frente dele.

- você tem certeza disso christopher? - ele disse se aproximando de mim

- sim tio. Ele mandou várias mensagens pra dul dizendo que estava aqui - olhei pra ele cabisbaixo, não queria tocar naquele assunto. Feria tanto ele quanto eu.

- mas como assim? O juiz decretou que ele tinha que ficar 1 km afastado dela - meu tio olhava pra mim querendo entender o que se passava na cabeça daquele canalha, mas eu não era a melhor pessoa para responder isso a ele.u

- pelo visto ele não tem medo do  juiz - sorri fraco - a dulce ficou atordoada quando recebeu a mensagem, então eu resolvi ver quem era que estava aqui em baixo. 

- temos que ir na delegacia - ele disse pegando a chave no bolso dele

- vou chamar a dulce para testemunhar, afinal, ela é a vítima - subi depressa para o quarto da dul e sua cama estava vazia. Olhei pelo quarto e nenhum sinal dela. 

- dul - bati no banheiro - abre aqui amor

- vai embora christopher - a voz dela estava falhada mas eu pude entender muito bem. 

1) Ela está me mandando ir embora

2) Ela me chamou de Christopher

O que foi que eu fiz dessa vez?

- não vou sair enquanto você não abrir essa porta. Qual é amor, porque você ta assim? - falei encostando minha testa na porta - ele não esta mais aqui, ele não vai te fazer nenhum mal, eu não vou permitir isso

- você não entender - escutei sua voz melhor - NINGUEM ME ENTENDE - ela gritou e foi quando eu percebi que sua voz estava realmente diferente, era uma voz de choro. Dulce estaria chorando por medo? Eu não podia mais aceitar aquilo, eu tinha que mostrar que ela estava segura ao meu lado. Eu daria minha vida por ela.

- Dulce - falei firme - se você não abrir essa merd* agora, eu vou arrombar - fechei meus olhos esperando uma resposta da dulce, mas não obtive - 1...2...3... - contei alto para que ela entendesse que eu ia arrombar aquela porta - afaste-se da porta dul - falei me afastando para pegar impulso. Bati uma vez e nada, bati duas vezes e nada, mas na terceira entrei com tudo no banheiro.

Eu havia caído por cima da porta, mas assim que levantei pude ver Dulce no canto do box chorando. Me partiu o coração ver essa cena. Notei que havia uma lâmina na sua mão.

- amor - cheguei mais perto dela - me da essa lâmina, você pode se machucar - falei lentamente enquanto pegava a lâmina de sua mão. O chuveiro estava ligado e a água caia em mim, mas eu não me importava, eu queria cuidar da dul - pequena, vamos tomar um banho bem gelado para você se acalmar - puxei ela para mais perto de mim, onde a água caia. No mesmo instante que a água bateu nela, uma água vermelha começou a cair no chão. 

- dul, o que que é isso? - falei assustado com a quantidade de água vermelha que estava na nossa volta. Ela novamente não me respondeu, ela não se mechia, não fazia nenhum barulho, apenas deixava suas lágrimas banharem seu rosto. Comecei a entrar em um estado de desespero total, fiquei totalmente sem ação diante da cena. Algo em Dulce estava sangrando. 

- TIA BLANCA - gritei com toda força que eu tinha e em meio segundo ela apareceu no quarto

- oh meu Deus, o que houve aqui? - ela disse entrando no banheiro notando que a porta estava no chão

- eu tive que arrombar tia, mas a Dulce, ela.. - não consegui terminar porque eu não queria falar, não queria imaginar o que poderia estar acontecendo com a Dulce. Assim que parei de falar a tia Blanca virou seu olhar para onde estavamos e permaneceu calada. Um rio vermelho transpordava o box. Tio Fernando entrou logo em seguida.

- FILHA - gritou e correu para o meu lado - o que aconteceu?

- ela está em estado de choque - disse dona Blanca atrás de nós - temos que leva-la pro hospital agora - ela falou indo pro quarto da dul para pegar algumas roupas 

- isso não podia estar acontecendo de novo - tio fernando passou a mão no cabelo da Dulce e se levantou - pega ela christopher, temos que ir agora - ele disse autoritário e eu apenas obedeci. Peguei minha dul no colo e sai em direção ao carro do meu tio. Dulce apenas fitava o teto, sua pele estava pálida, pude perceber que o sangue vinha dos seus braços, havia cortes enormes pelo pulso, subindo por todo braço dela. Um corte havia pegado em sua veia, o que explicava a quantidade de sangue que Dulce havia perdido.