Fanfic: Era apenas meu primo! | Tema: Vondy

- Eu sei que fui exagerada, sei que fiz uma tempestade desnecessária, mas eu nunca pedi pra você ser um exemplo de parceiro. Eu gosto do verdadeiro Christopher, daquele que ta sempre de bem com a vida, daquele cara engraçado e brincalhão que nunca perde a piada. E é desse Christopher que eu não vou desistir, é desse Christopher que eu vou lutar pra reconquistar. Então se você não estava fingindo essas qualidades que eu disse, eu posso até pensar em te perdoar – olhei pra ele – pensar, ouviu?

- ai coitada, eu é que tenho que te perdoar por ter sido uma atriz de novela mexicana fazendo todo o seu drama

- nada disso, eu tava chateada, você foi bem grosso comigo, sabia Von Uckermann?

- eu fui grosso? Tenha dó Saviñon, você que foi um mamute de grosseria de manhã.. “eu não gosto que falem como eu devo agir”, até parece que é certinha.

- Eu não vou te perdoar Christopher – me levantando – eu vou embora pra nunca mais volta – me virei e vi ele se levantando

- só por cima do meu cadáver Dulce Maria – ficou na minha frente impedindo minha passagem, até que eu cedi e resolvi parar de tentar sair dali. Quando eu me dei conta, estávamos a 1 cm de distância apenas, os olhos deles me fitavam pedindo permissão para prosseguir o que, de fato, nós dois estávamos querendo. Apenas fechei meus olhos e me deixei levar por aquele homem maravilhoso que Deus me deu como primo. Ainda estou chateada, ouviu senhor? Não demorou muito para eu sentir aqueles lábios quentes encostando-se aos meus e aqueles braços envolvendo minha cintura. O beijo foi calmo, onde parecia que estávamos longe há séculos e nossas línguas estavam checando se estava tudo em ordem. Senti nosso beijo ir acelerando e pela primeira vez eu sentia necessidade do corpo de alguém. Fomos aos poucos nos encostando em uma parede e acelerando ainda mais o nosso beijo. A mão dele permanecia na minha cintura e então supus que ele estava com medo de “avançar o sinal”, então peguei a mão dele e coloquei na minha bund/a. Podem me chamar de qualquer nome, mas eu precisava daquele homem, precisava tanto que estava esquecendo até de respirar. Ele foi parando o beijo com selinhos e me olhou – pode respirar dul, eu sei que eu sou de tirar o fôlego – sorriu.

- oi? Eu escutei mesmo isso? – comecei a ri – só pode ser piada – olhei pra ele – você babou tanto no beijo que eu me afoguei na sua saliva idiota – olhei com raiva

- serio? Me desculpa, achei que podia ir naquele ritmo e não sabia que eu babava no beijo – ficando vermelho e super sem graça

- to brincando bobo, você é de tirar o fôlego literalmente – sorri e senti ele me abraçar. Ficamos curtindo o momento até eu lembrar que eu tinha vindo com uma amiga e tinha esquecido completamente de sua existência – ai meu deus, a Annie – soltei do abraço dele e fui correndo pra dentro da boate procurar a loira da minha vida, eu não podia acreditar que tinha esquecido dela. O que ela devia ta fazendo? Bebendo? Se fez mesmo isso uma hora dessas deve estar podre de bêbada. Olhei na volta e vi ela dançando com um cara e logo me aliviei quando vi que era o poncho. Eu tinha esquecido até que o poncho estava na festa. Ai meu Deus, onde eu estava com a cabeça? Não me responde “no Christopher” se não eu choro senhor, eu não posso me apaixonar por ele, ok? O senhor manda no meu coração, eu sei que manda, então não me faz cometer loucuras por um ser que é meu primo, eu sei que se relacionar com parentes é pecado, então cuida bem do meu coração. Fui andando até o casalzinho de pombos e avisei que eu estava bem, lancei um olhar pra Annie e sorri, ela entendeu na mesma hora e sorriu também, eu sabia que ela realmente estava feliz. A Annie é daquelas pessoas que não se importa com nada, mas da a vida por quem ela ama. E isso me faz ama-la cada dia mais. Ei, eu não sou lésbica, ok?