Fanfic: Era apenas meu primo! | Tema: Vondy

Dei graças a Deus quando vi a ambulância estacionando e os enfermeiros tirando a maca de dentro dela, eu e minha mãe esperamos toda a ação e os seguimos pelo longo corredor do hospital. Enquanto eles levavam o chris para a emergência, minha mãe ligava para o meu pai o qual avisou que annie já entrava em trabalho de parto. Após sermos avisadas de que não poderiamos ficar com o chris, corremos até a ala da maternidade para encontrarmos com meu pai.

- como está o chris? - ele perguntou desapontado

- não pudemos ficar por lá, ele será avaliado e logo depois o médico nos comunicará o que houve - eu falei ofegante pois corri junto a minha mãe todo o hospital praticamente

- espero que ele fique bem logo - minha mãe sussurou e houve um silêncio.

Maldito silêncio, eu odiava ter a sensação de escutar apenas passos ou barulhos. Minha mão tremia. Meu cérebro já nao tinha condições nenhuma de pensar em qualquer coisa a não ser o meu afilhado ou o chris. Tudo estava caindo a minha volta e eu tinha que ficar calada, eu não podia gritar, espernear ou fraquejar. Minha melhor amiga, mais do que nunca, precisava de mim. E bom, a situação do chris, infelizmente, não dependia de mim. Confesso que isso me matava por dentro. Não poder ajuda-lo, toca-lo ou beija-lo me dava uma sensação de desespero, como se faltasse uma grande parte de mim.  

Passaram-se exatas 2 horas desde que annie entrou para a sala de parto. Ninguém ousou dizer nada, o silêncio permaneceu no ambiente enquanto minhas penas davam sinais de bambeamento. Alfonso estava na sala com a annie e o médico do chris não deu absolutamente nenhum sinal.

- Parentes de Anahi Portilla? - um senhor com um jaleco branco apareceu no nosso campo de visão

- aqui - nós três falamos e levantamos juntos

- o queridíssimo arthur já nasceu e já está recebendo os devidos cuidados de um bebe prematuro. A Anahi poderá receber visitas daqui algum tempo, os avisarei quando já puder - o médico apertou a mão do meu pai e saiu. Fiquei feliz do meu afilhado ter nascido bem e estar sob cuidados médicos. Meu coração acelerou ao ver outro médico vindo em nossa direção. Era o médico do chris, eu podia sentir isso. Não sei se eu saia correndo ou me ajoelhava nos pés desse homem para que disesse que estava tudo numa boa.

- vocês são os pais do Christopher Vonn Uckermann? - disse o médico segurando uns papéis nas mãos

- somos tios, mas ele está sobre nossa responsabilidade. A mãe dele é a minha irmã mas está fazendo uma viagem

- queiram me acompanhar, por favor - ele disse se virando para seguir o longo corredor novamente

- eu posso ir junto? sou prima dele! - falei quase suplicando e ele apenas assentiu. O caminho até a sala dele demorou anos novamente. Meu coração parecia que ia sair pela boca. Minha cabeça girava e minhas pernas fraquejavam. Eu queria beija-lo, aperta-lo, queria dizer que foi apenas um susto e que agora poderiamos ficar juntos outra vez. Chegamos na sala e nos sentamos perto dele.

- o caso do christopher é muito delicado. Este é o raio x que tiramos da cabeça dele - entregou umas folhas pros meus pais - além dele ter perdido muito sangue e ter desmaiado por um tempo maior do que na maioria dos outros casos, aqui pode-se notar uma lesão - apontou em uma parte da cabeça que estava mais escura. Eu não entendia nada de raio x, não sabia o que significava as partes mais claras ou as mais escuras, mas eu pressentia que aquela conversa não iria ter um final feliz como eu queria, eu podia ver na expressão do médico que vinha bomba - vocês sabem se ele bateu a cabeça em algum lugar?

- ele caiu da escada - falei secamente e já chorando, eu estava em um momento frágil, qualquer detalhe eu já me sentia sensível

- nota-se que foi muito forte a pancada, porque as lesões indicam um traumatismo craniano grave. Do qual ele precisou passar por uma cirurgia de urgência e teremos que coloca-lo em coma induzido para tratarmos melhor do traumatismo - um silêncio tomou conta da sala e só escutava as minhas fungadas devido ao meu choro completamente culpado. Se eu não tivesse falado coisas absurdas pra ele de manhã, ele não teria tido essa ideia monstruosa de falar com o poncho. Eu não sabia mais o que pensar, eu queria ve-lo, queria ajuda-lo a sair dessa. Queria que isso passasse logo.