Fanfic: Filha da Lua

Doutor: me admira a sua coragem.

Eu: Ok. Ok. O que eu tenho que fazer para doar?

Doutor:  Bom. Você terá que assinar um papel, um documento, permitindo a doação e falando que está ciente do risco que você está correndo.

Eu: Ok. Mas e ele? Ele com o pulmão se recupera, né?

Doutor: Sim.. Ele poderá apenas correr o risco de ficar com a respiração um pouco fraca, se cansando rapidamente.

Eu: Tá bom. Quais documentos tenho que trazer?

Doutor: Carteira de identidade, CPF, certidão de nascimento e a certidão de óbito de seus pais para comprovar que você é inteiramente órfã.

Eu: Só tenho a certidão do meu pai.

Doutor: Já serve. Agora vá para casa, fique em jejum por 12 horas antes do transplante que será realizado as 15 horas. Se você puder, traga os documentos dele e... Bom, se ele tiver pais ou responsáveis avise-os para que ele/s venham até aqui.

Eu: Ok. Ele tem sim, mas moram no Sul. Vou fazer o possível. Qualquer coisa me liga. Vou anotar meu telefone em um papel.

Doutor: Ok. Vá pra casa e descanse bastante.

- Fui pra casa e descansei bastante. Peguei o telefone e a agenda telêfonica e liguei para os pais dele.

Mãe: Alô?

Eu: Oi. Er... Aqui é Luana, lembra de mim?

Maria: Ah! Lembro sim, querida. Como vai?

Eu: Nada bem... Bom... Nem sei como dizer isso mas é que...

Maria: Aconteceu alguma coisa com meu filho?

Eu: Sim...  Ele. Ele. Ele levou um tiro.

Maria: Levou um o que? - e começou a chorar.

Eu: Ele levou um tiro no pulmão e terão que fazer um transplante de pulmão.

- ela não parava de chorar.

Maria: Eu vou pra ai ainda hoje.

Eu: Será melhor. Eu explicarei tudo direitinho.

Maria: Ok. Eu... Te aviso quando eu chegar.

Eu: Ok. - e desliguei

- Eram 19 horas e eu fui para a praia pensar um pouco. O céu estava lindo. A Lua estava enorme. 

Eu: Porque você não aparece para mim, mãe?

Lua: Estou aqui, minha filha.

Eu: Mãe?

Lua: Sim.

Eu: Mãe!- saí correndo e dei um abraço nela. - você nem faz ideia do que aconteceu.

Lua: O que aconteceu?

- Eu expliquei tudo para ela.  Ela parecia interessada no assunto.

Eu: E foi isso. Vou doar meu pulmão pra ele.

Lua: Tem certeza que é isso que você quer fazer?

Eu: Sim. Eu amo ele e não vou deixar ele morrer.

Lua: Que lindo, minha filha. - meu telefone tocou

Eu: Espera um pouquinho, vou atender.

Eu: Alô?

Maria: Oi. To aqui no aeroporto. Em qual hospital ele está?

Eu: No Hospital Popular de Santo Antônio.

Maria: Ok. Vou pra lá.

Eu : Também vou, beijos.

Maria: Beijos, querida- e desligou.

Eu: Mãe, vou pro hospital. A mãe dele chegou.

Lua: Ok, filha. Que Deus te ajude.

Eu: Ele vai ajudar