Fanfic: Até que a morte nos separe ... (AyA)

Acordei com Alfonso abrindo a janela do meu quarto. Mas que droga é essa? Pra que ele está me acordando? Não fiz questão alguma de abrir os olhos, talvez ele pense que eu tenha morrido durante a noite e me deixe em paz. Mas infelizmente ele sabia que eu não estava morta, e começou a chamar pelo meu nome repetidas vezes até ganhar pela encheção de saco.

Anahí: Dá pra dizer logo o que quer? – perguntei irritada.
Alfonso: Tem um cara no telefone querendo falar com você.

Não acredito que ele me acordou por causa de um telefonema. Que droga!

Anahí: Pois então diga ao chato que estou dormindo, caramba!
Alfonso: Ele disse que precisa urgente falar com você. – ele disse abrindo a porta do meu quarto para sair de lá.
Anahí: Quem é esse ser? – já que estava acordada não custava nada perguntar quem era o idiota que estava no telefone. Se fosse alguma brincadeirinha do Alfonso, eu juro que hoje eu uso aquela faca da cozinha que quase o matei um dia.
Alfonso: É um tal de Rodrigo. – ele gritou já no corredor.

Rodrigo? Ah minha nossa! Saí correndo do quarto e esbarrei em Alfonso que entrava na sala.

Anahí: Por que não disse antes seu lerdo? – fui correndo para o telefone atender.

Anahí: Alô? – eu disse deitando no sofá.
Rodrigo: Annie? – oh, que lindo. É ele mesmo.
Anahí: Rodri! Quanto tempo.
Rodrigo: Estava com saudades minha Barbie. – Barbie, esse é o apelido carinhoso que ele me chama. Para ser sincera, nunca gostei muito, mas vindo dele poderia me chamar até de rainha do lixo.
Anahí: Oh Rodri! Estava com saudades também. Como vai?
Rodrigo: Vou bem querida e você?
Anahí: Também estou bem. – ta certo, eu queria enche-lo de perguntas, mas me controlei.
Rodrigo: Gostaria de chamá-la para jantar comigo hoje a noite, acho que temos uma conversa pendente, certo?
Anahí: Certo! Adoraria te ver de novo. Mas Rodri, quero deixar claro, que não quero problemas pro meu lado, ok? – mais clara, impossível.
Rodrigo: Fique tranqüila minha Barbie, Karla e eu terminamos há três semanas.
Anahí: Oh. – foi a única coisa que eu consegui dizer, com a alegria que eu senti com aquela notícia.
Rodrigo: Às nove estou aí para te buscar, ok?
Anahí: Como quiser, Rodri!
Rodrigo: Ok. Então até mais tarde minha Barbie.

Desligamos e fiquei sorrindo feito uma idiota, ainda deitada.

Alfonso: O que foi? Ganhou na loteria? – ele, indelicado como sempre, perguntou levantando minhas pernas e sentando no sofá.
Anahí: Muito melhor do que isso, Ponchito. – levantei e lhe dei um beijo na bochecha. Vai por mim, a cara dele foi a mais engraçada de todas. – Muito melhor do que ganhar na loteria sozinha. – eu repeti enquanto ia para meu quarto.

No almoço tive a surpresa de receber Dulce e Maite aqui em casa. Almoçamos e fomos para o quarto para mim contar a novidade.

Dulce: Não acredito! – ela disse sentando no enorme pufe que eu tinha no canto do meu quarto.
Maite: E você vai mesmo sair com ele, Annie? – ela perguntou preocupada abrindo a porta do meu closet.
Anahí: Vou, claro que eu vou!
Dulce: Mas Annie, você esqueceu que quando vocês estavam quase para engatar um relacionamento mais sério, ele veio com a conversinha de que não sabia se gostava completamente de você e...
Maite: e depois de quatro dias voltou com a Karla.

Caramba, elas tinham mesmo que me lembrar desses detalhes?

Anahí: Mas ele deixou claro que não está mais com ela, gente. – eu sentei na minha cama.
Maite: Annie, faz três meses que ele te deu um pé na bunda para voltar com a ex, e agora ele veio com a mesma conversinha de antes.
Dulce: Mesma conversinha de sempre você quer dizer, não é Mai? – realmente, elas não gostavam do Rodrigo.
Anahí: Talvez dessa vez seja diferente.
Maite: Anahí, acorda. – ela disse jogando algumas roupas do meu closet em cima de mim – Vocês estão nesse chove não molha há mais de um ano.
Anahí: E daí? Eu gosto dele.
Dulce: Gosta Anahí? Então porque não liga quando ele te dá um pé na bunda? Ou já se acostumou com isso, que nem dá mais bola? – ta aí, é uma coisa pra se pensar.
Maite: Anahí, está na hora de você conhecer alguém novo. Se toca, não é porque o Rodrigo foi o primeiro e único cara que você transou e namorou sério, que você não pode conhecer outros que podem ser muito melhor que ele.

Odeio quando minhas amigas tem toda razão. Ta certo que eu nem penso muito no Rodrigo, e que sempre que estou com ele, não sinta nada de especial, mas ele faz diferença na minha vida, oras.

Anahí: Ai gente, chega!
Maite: Chega nada. Annie, você não pode ter medo de se apaixonar de novo.
Anahí: Medo? Não tenho medo.
Dulce: Não? – ela levantou do pufe e sentou do meu lado – Então porque está sempre trancada nessa casa, não sai pra nenhum lugar e quando algum cara vem pra cima de você, você sai correndo imediatamente?
Maite: Annie, não é porque você já sofreu muito por amor e que o único que te fez feliz na vida foi o Rodrigo, que você vai ter que ser presa à ele pra sempre.
Dulce: E o pior, você nem gosta dele como antes e sempre que está sozinho, ele te procura pra saciar a carência dele.
Anahí: Mas...
Dulce: Mas nada Annie, você sabe que é a mais pura verdade.

Ta bom, eu odeio esse jeito delas de me conhecer a fundo. Caramba, elas sempre sabem o que realmente eu sinto, sem eu nem ao menos dizer nada. Queria saber aonde elas compraram a bola de cristal delas, porque eu também gostaria de ter uma.

Anahí: Ta. É a mais pura verdade, mas vocês como minhas melhores amigas, vão me deixar feliz pelo menos hoje. – eu dei um sorriso tentando convencê-las de que sair com Rodrigo, não ia me arrancar nenhum pedaço.
Maite: E é por isso que estou aqui fuçando no seu closet desde que entrei no seu quarto. E já achei a roupa perfeita para deixar Rodrigo de queixo caído.
Anahí: Aiiiii! Por isso que amo vocês meninas. – abracei Dulce que estava do meu lado.
Dulce: Não me abrace Annie. Pois acho que a única que quer te deixar feliz hoje é a Maite. Você sabe que ainda não concordo com isso.

Eu e Maite rimos, empurrei Dulce na cama e fui para cima dela. Maite correu até agente e se jogou em cima de mim. Nós três riamos e Dulce dava gritos ameaçando matar agente se não saíssemos de cima dela.