Fanfic: Até que a morte nos separe ... (AyA)

No dia seguinte, acordei com Maite me chacoalhando em meu quarto. Primeiramente pensei que estivesse sonhando, pois uma hora dessas era para ela estar na França, mas percebi que não era sonho quando ela tirou minha coberta e senti frio.

Anahí: Mai? – levantei assustada – O que faz aqui?
Maite: Vim aqui tomar café da manhã com minha amiga. – ela sorriu.
Anahí: Mas você não estava viajando?
Maite: Resolvi voltar antes. Liguei para Dulce para ela vim também, mas estava na casa do Christopher.

Desde que Dulce e Christopher começaram a namorar, não se desgrudam mais. Aonde um vai, o outro vai junto. É tipo Alfonso e eu, mas ainda bem que não somos namorados. Me espreguicei, coloquei meus chinelos e fui até a cozinha com Maite e pra minha infelicidade, tinha um imbecil preparando o café da manhã para ele, é claro.

Anahí: Que pesadelo ter que acordar e já te ver aqui. – resmunguei indo do lado dele, que preparava um suco de morango.
Alfonso: Desculpe senhorita, mas é meu emprego. – eu sabia que ele queria me irritar me chamando assim, só que não ia conseguir. Mas confesso que me segurei para não mandá-lo para aquele lugar.
Anahí: Maite, este é Alfonso, meu...
Maite: Já nos conhecemos, Annie. – como assim? Se conhecem de onde? – Ele que abriu a porta da sua casa para mim.
Alfonso: E claro, já me apresentei não é Mai? – ele disse sorrindo, olhando para ela.
Anahí: Mai? Desde quando ele te chama pelo seu apelido?
Alfonso: Desde hoje. – ele pegou o sanduíche e o copo de suco de cima da mesa e foi em direção à sala. – Aceita Mai?
Maite: Não, obrigada Poncho. – ela sorriu.
Anahí: Poncho? – deve ser seu apelido – O que é isso hein? Que intimidade é essa? – agora ele passou dos limites.
Alfonso: Acho que alguém está com ciúme. – ele gritou da sala.
Anahí: Cala a boca idiota! – eu respondi gritando ainda mais alto.

Fiz um sinal para Maite. Queria saber o que estava acontecendo. Minha melhor amiga não podia se tornar amiguinha daquele idiota. Ela encostou a porta da cozinha em silêncio e começou a falar baixinho, enquanto pegava algumas coisas da minha geladeira.

Maite: Amiga do céu! Que Deus grego é esse? – ela só pode estar tirando uma com a minha cara.
Anahí: Mai! – chamei sua atenção – Você sabia que esse imbecil vai estar comigo 24 horas por dia? Imagine o tanto que vou sofrer com esse carrapato no meu pé e você aí falando coisas desnecessárias.
Maite: Amiga, se eu tivesse que andar com um gato desses atrás de mim 24 horas por dia, eu não estaria reclamando não. Muito pelo contrário, estaria agradecendo meu pai por colocar um anjo desses no meu caminho. – sim, ela só podia estar brincando.
Anahí: Ah não! – só podia ser um pesadelo – Por favor Mai, ele é um chato e...
Maite: Não sei onde. – ela nem deixou eu terminar de falar – Ele foi super simpático comigo, Annie. Me tratou super bem.
Anahí: Pode parar dona Maite! – chamei sua atenção.
Maite: Annie, você pode achar ele um chato, mas não pode mentir que ele é feio.

Ta certo. Ela me pegou desprevenida com esse comentário. Fiquei calada sem saber o que responder, porém na minha cabeça me veio ele. Realmente, não podia negar que aquele idiota que estava na minha sala comendo da minha comida, era bonito. Ele era ajeitadinho. Ta bom, ta bom, ele era de fato, lindo. Mas a beleza do imbecil não mudaria minha opinião de que ele era um chato.

Anahí: Ele é bonitinho. – respondi fingindo não me preocupar.

Maite riu colocando nosso café da manhã em uma bandeja. Fomos até a sala e lá estava ele, dando seu último gole no suco enquanto assistia TV. Eu e Maite sentamos na mesa de jantar que havia no canto da sala e começamos a tomar nosso café da manhã.

Alfonso: Você vai sair agora de manhã? – ele perguntou se levantando do sofá.
Anahí: Não.
Alfonso: Então vou dar uma saidinha e volto antes do almoço, ok?
Anahí: Por mim não precisa voltar. – dei um gole no meu suco.
Alfonso: Mas pra sua felicidade, eu volto.

Ele foi até a cozinha deixar o copo e voltou para sala, se despedindo de Maite com um beijo na bochecha e fingindo ser educado, dizendo que havia sido um prazer conhecê-la. Se existe uma pessoa mais sem noção nesse mundo, esse alguém se chama Alfonso, ou Poncho, para os que acham ele legal, o que não é o meu caso. Ele saiu do meu apartamento sem nem ao menos dizer tchau para mim, mas claro que não me importei nenhum pouco, afinal, já sabia o quanto mal educado ele era.

Eu e Maite comemos e ficamos jogando conversa fora. Ela me contou detalhes da sua viagem e me entregou o perfume francês que trouxe de presente para mim de lá. Guido, namorado francês dela, ligou em seu celular o que fez ela ir embora rapidamente, almoçar com ele. Fiquei sozinha assistindo TV e acabei cochilando.