Fanfic: Até que a morte nos separe ... (AyA)

Já era de noite e Alfonso tinha acabado de ir para o apartamento dele. Enfim, estava sozinha. Mas não por muito tempo. Estava assistindo TV, enquanto comia pipoca e a campainha tocou. Estranho, pois o porteiro não interfonou para comunicar que alguém estava subindo. Ah, já sei! Deve ser o idiota. Estranhei de novo porque ele não aperta a campainha, infelizmente ele tem a chave.

Fui até a porta e abri. Era um cara com um uniforme cinza e uma grande caixa de pizza nas mãos. Será que o Poncho... quer dizer, o Alfonso pediu pizza e eu não sei?

Anahí: Me desculpe, mas não pedi pizza. – dei um sorriso para o moço não ficar sem graça. Melhor eu avisar que pode ser do apartamento ao lado, já que os únicos que moram nesse corredor somos eu e Alfonso – Olha moço, essa pizza deve ser do...

O que é isso? Fui surpreendia por ele jogando a caixa no chão, que se abriu e não havia pizza nenhuma.

Anahí: O que ta fazendo? – eu perguntei assustada.

Agarrou meus braços com força e começou a me puxar pelo corredor. Eu gritava enquanto tentava me soltar, mas era impossível. Me colocou com agressividade em seu ombro e gritava para eu ficar quieta. Ah meu Deus! Não quero morrer.

Anahí: Me larga, me solta seu nojento! – tentava me debater, mas ele me segurava pelas pernas, enquanto eu batia forte em suas costas.
- Cala a boca garota chata!

Ouvi alguém abrir a porta e quando pude parar pra pensar já estava agarrada no pescoço de Alfonso, que tentava me tirar das mãos daquele cara mal encarado que me puxava pelas pernas.

Anahí: Alfonso, não me deixa. Não me deixa. – eu chorava desesperada com meus braços em volta de seu pescoço.
Alfonso: Larga ela, porra! – ele gritava fazendo eco no corredor.

Ele conseguiu me tirar das mãos daquele entregador de pizzas filho da puta. Me colocou no chão e eu mal conseguia parar em pé.
Alfonso foi pra cima daquele cara, o imprensando na parede.

Alfonso: Quem te mandou aqui hein, seu idiota? – ele segurava o pescoço do falso entregador contra a parede.
- Me larga!

Ele empurrou Alfonso com força, lhe dando um soco na boca e saiu correndo pela escada. Eu estava em choque, mal conseguia me mexer. Quando vi Alfonso ali, parado, com a boca roxa, me esqueci do quanto imbecil era e corri o abraçando. Estava pálida, com medo e soando frio. Minhas pernas cambaleavam no chão, parecia que eu ia cair a qualquer momento. Mas quando senti os braços dele tocando minhas costas aos poucos, fechei os olhos e me encolhi em seu abraço. Procurava um apoio e pude sentir total segurança quando ele me apertou contra seu corpo quente e apoiou sua cabeça sobre a minha. Senti meus olhos enchendo de lágrimas e logo comecei a soluçar.

Alfonso: Calma Anahí. Ele já foi embora. – ele disse baixinho. Acho que está tentando me acalmar.
Anahí: E se ele voltar? – perguntei quase sem voz.
Alfonso: Não vai voltar, pelo menos por enquanto. – Ah, me ajudou muito esse “por enquanto”.

Entramos na minha casa abraçados, mas com meu desespero nem percebi que ainda estava grudada nele. Fechamos a porta e claro, ele teve que fazer uma piada sem graça.

Alfonso: Já pode me soltar, senhorita. – por um segundo eu pensei que ele poderia estar brincando, mas falou sério. Porém, como eu já estava desesperada cem por cento, ele não conseguiria me irritar.

Soltei ele e sentei no sofá, me encolhendo. Alfonso se aproximou e sentou do meu lado.

Anahí: O que ele queria comigo?
Alfonso: Não sei. Mas agora você entende o porque tenho que te seguir 24 horas por dia? – claro que entendi, depois do susto que levei, já até me conformei que isso era o melhor mesmo.
Anahí: Obrigada. – está vendo? Eu sei ser educada quando fazem algo de bom para mim.
Alfonso: Obrigada? – ele ficou confuso – Por que está me agradecendo?
Anahí: Você salvou minha vida. – merda! Agora ele vai se achar, mas não deixa de ser a mais pura e dolorosa verdade – Se não fosse você, sabe Deus lá onde eu estaria agora.
Alfonso: Mas não precisa me agradecer, afinal este é meu trabalho. Eu ganho por isso! – eu sei que você ganha por isso, até porque, se não ganhasse, aposto que ajudaria o entregador de pizzas abrir a porta do elevador para ele descer comigo – Mas então... – ele disse se levantando e indo em direção à porta – Vou para minha casa, não abra a porta pra ninguém ok? E qualquer coisa, me ligue.

Concordei balançando a cabeça afirmando e ele saiu da minha casa. Tranquei a porta, tomei um calmante e fui para meu quarto dormir.