Fanfic: AMOR SOBRENATURAL | Tema: Vingança, amor, arte, trauma, comédia... (Inspirada em Amor a Vida)

CAPÍTULO #8

Lua afirmou que irá se vingar de Lana por não ter ajudado Juan a sair da cadeia e deixou Paolo preocupado.

Lua: Si el amor que sentía era de verdad, ella debería haber ayudado. Pero haré lo que sea para que ella pague por lo que ha hecho. Yo juro... Voy a tomar mi venganza!

Paolo: Venganza? ¿Qué es esto Lua?

Lua: Voy a tomar mi venganza! Ella no debería haber hecho eso con Juan.

Paolo: ¡Basta! Estas loca?

Lua: No, Estoy con odio de ella. No se importó con mi hermano.

Paolo: Yo habría hecho lo mismo!

Lua: ¿¡Qué!

Paolo: Pensa un poco antes de tomar cualquier decisión. Ok?

Paolo sai do quarto irritado e deixa Lua sozinha com raiva.

Bruna e Flávio andam e conversam pela Avenida Paulista.

Flávio: Vem cá, vamos tomar alguma coisa?

Bruna: Acho melhor não.

Flávio: Bruna, eu não to te pedindo em casamento, só to falando pra gente ir tomar uma parada.

Bruna: Olha só, eu não quero começar a sair muito com você porque eu sei que isso vai dar em uma relação.

Flávio: Espera um pouco, você se acha? É isso?

Bruna: Eu não me acho, eu só estou impondo limites.

Flávio: Limites?

Bruna: Isso, exatamente! Limites! Homem pra mim agora é só diversão!

Flávio: *risos* Sabe que eu gosto muito de você? Você é alto astral!

Bruna: Nossa, nossa! Que cantada em Flávio! *risos* Olha só, já me disseram que eu sou linda, que eu sou gostosa... Agora alto astral não é muito sexy!

Flávio: Não, não é nada sexy, mas sabe o que eu quero? Quero estender essa noite que ta maravilhosa.

Flávio chega bem perto de Bruna e diz sorrindo:

Flávio: Agora confessa pra mim. Confessa que a gente junto é muito bom!

Bruna: É muito bom! *sorrindo*

Flávio: *sorrindo* É muito bom!

Os dois se beijam no meio da Avenida Paulista, e depois vão para um barzinho.

Enquanto isso, no bairro Pacaembu, Carlos toca violão na varanda de casa quando Melissa aparece dizendo:

Melissa: Nossa, que bonito!

Carlos: *sorri* Melhor que o violino?

Melissa: Nossa Senhora, nem me fale nesse ser, por favor!

Os dois riem.

Melissa: Mas porque você tava tocando música triste?

Carlos: Bom... Porque eu tava pensando em você.

Melissa: Ai Carlos, que isso? Para, por favor, sou uma pessoa séria, seríssima!

Carlos se aproxima de Melissa e fala baixinho:

Carlos: Fica aqui em casa comigo hoje.

Melissa: Mas cadê o urso do Reinaldo e o seu coleguinha?

Carlos: Eles saíram, foram em um aniversário sei lá de quem. Fica comigo Melissa!

Melissa não resiste e beija Carlos. Após o beijo ela aceita ficar com Carlos, os dois vão para dentro de casa e passam a noite juntos.

No dia seguinte, domingo, Carlos e Melissa dormem juntos pela manhã quando, de repente, Vinícius entra no quarto e se espanta ao ver os dois seminus.

Vinícius: Carlos, você já... Mas o que?!

Eles acordam, se assustam e se cobrem rapidamente.

Melissa: Vinícius?! O que você ta fazendo aqui?

Vinícius: O que você ta fazendo aqui né? Eu moro aqui! Carlos, você passou a noite com a Melissa?

Carlos: Bom... Parece que sim né?

Vinícius: Eu e meu pai chegamos e pensamos que você estava dormindo, mas na verdade você estava aqui com a Melissa.

Reinaldo chega ao quarto de Carlos e vê ele e Melissa.

Reinaldo: Mas que pouca vergonha é essa na minha casa? Virou bordel? Carlos, se você passou a noite com a Melissa dentro da minha casa, considere-se morto!

Carlos: Ai meu Deus, eu to morto!

Reinaldo: Ta mesmo, lhe dou logo umas chapuletadas!

Vinícius: Não pai, espera um pouco, calma. Melissa e Carlos, por favor, coloquem as roupas e depois vai embora Melissa.

Melissa fica indignada com a maneira como Vinícius fala.

Melissa: Você esta me expulsando é isso? Olha só Vinícius, não esperava isso de você ta bom? To chateada com você!

Vinícius fecha a porta do quarto e Carlos e Melissa se vestem. Após Melissa ir embora, Carlos escuta uma lição de moral de Reinaldo e promete nunca mais levar mulher alguma para dentro de casa.

Em La Paz, na Bolívia, Lua vai até a prisão para fazer uma visita a Juan. Os dois conversam sentados em uma mesa e vigiados por um policial.

Lua: Como você está meu irmão?

Juan: *suspira* Fisicamente eu sinto que posso destruir tudo, mas mentalmente... Eu to acabado!

Lua: Deve ser muito difícil passar por tudo isso.

Juan: Fazem apenas quatro dias que eu estou aqui, mas parece que faz anos. Eu ainda não acredito que a Lana foi embora.

Lua: É, eu também não. Me decepcionei com ela.

Juan: Eu esperava que pelo menos ela me escutasse, mas não, quando eu confessei que estava trazendo drogas pra cá ela simplesmente disse que não iria me ajudar e saiu.

Lua: Olha, eu não vou mentir pra você, eu estou com muita raiva dela.

Juan: Mas eu até entendo o lado dela, eu não devia ter entrado nessa parada.

Lua: A culpa foi minha, me desculpa.

Juan: Não, você não tem que pedir desculpas, a culpa foi minha também, eu aceitei porque eu quis. Agora também não adianta ficar discutindo isso, eu só quero sair o mais rápido possível daqui. E eu não acho que isso vai ser possível, não temos como pagar um advogado, nem como pagar a fiança... Eu to ferrado! Vou morrer aqui! Vou morrer!

Lua: Não fala assim Juan! Não se preocupa, eu vou dar um jeito, eu sempre dou um jeito.

Juan: Foi exatamente isso que eu disse pra Lana algum tempo atrás, e olha onde eu estou.

Os dois ficam em silêncio e em seguida se levantam e se abraçam forte.

Lana está em seu quarto, deitada em sua cama, se lembrando de tudo o que ocorreu. Ela começa a chorar e alguns minutos depois Lívia e Patrícia entram.

Patrícia: Lana, você não vai... Está chorando?

Lívia: O que foi Lana?

Lana: Só estou me lembrando de tudo o que aconteceu.

As duas vão até Lana e a consolam.

Patrícia: Não fica assim minha querida, vai passar.

Lívia: É Lana, você vai ver, você vai superar. Eu tenho certeza.

Lana: Eu sei, mas eu também sei que vai demorar. Não se preocupem comigo, podem ir fazer o que vocês tiverem que fazer, eu preciso descansar um pouco.

Lívia: Nada disso, eu vou ficar aqui com você pra te fazer companhia. Você pode ir se quiser Patrícia, você deve ter muito trabalho pra fazer.

Patrícia fica indignada com a maneira como Lívia fala com ela, mas não diz nada e sai.

Patrícia: Bom, com licença.

Patrícia vai para a cozinha preparar um chá para Lana e Haroldo diz:

Haroldo: Patrícia? Ta tudo bem? Você parece meio chateada.

Patrícia: Na verdade estou irritada.

Haroldo: Por que?

Patrícia: Por causa da Lívia, eu achei que com a chegada da Lana ela ia voltar pra casa dela.

Haroldo: Você não gosta dela?

Patrícia: Não é isso, é que às vezes ela tem uma maneira de agir que me irrita. Só isso, mas ela não é uma má pessoa. Mas deixa pra lá, não é nada demais.

À noite, Cléo resolve fazer uma visita aos seus pais.

Eliane: Que bom que você veio nos visitar filha.

Alberto: E o Ricardo? Não veio por quê?

Cléo: Ele foi na casa do primo dele, depois que eu resolvi vir pra cá, foi de ultima hora.

Eliane: E o casamento?

Cléo: *suspira* Tem tanta coisa pra resolver ainda, eu não sei por onde começar. Vocês sabem que nós não vamos nos casar na igreja né? Porque queremos casar o mais rápido possível.

Alberto: Mas pra que essa pressa toda minha filha?

Cléo: *risos* Eu não sei, quero me casar logo com o Ricardo. Até agora só decidi que vou chamar a Bruna, a Lana e a Lívia para serem minhas madrinhas. O Ricardo com certeza vai chamar o primo dele.

Eliane: Agora vamos falar do vestido. Eu conheço um lugar onde fazem vestidos lindos, amanhã nós podemos ir lá se quiser.

Cléo: Ta bom, combinado.

Alberto: Sua mãe fez um bolo filha, você quer?

Eliane: É verdade, tinha me esquecido, você aceita um pedaço filha? Vem aqui na cozinha.

Os três se levantam e vão para a cozinha.

Enquanto isso, no apartamento de Nathan, ele conta ao seu primo Ricardo:

Nathan: Sexta-feira, depois que você foi embora do bar eu conheci uma pessoa.

Ricardo: Que pessoa?

Nathan: O nome dela é Bárbara, ela tava perturbada por causa de uns problemas com a família e eu ofereci minha companhia no bar e a gente se conheceu melhor.

Ricardo: E pelo jeito você já ta bem interessado nela não é? *risos*

Nathan: *risos* Calma ai, acabei de conhecer a garota. Agora eu to a ajudando com um seminário que ela tem que preparar pra faculdade. Ela é sete anos mais nova do que eu, tem 19. Você acredita que ela estuda artes visuais?

Ricardo: Verdade?! Nathan, você encontrou!

Nathan: Encontrei o que?

Ricardo: A mulher que vai ser madrinha com você no meu casamento.

Nathan: Espera ai Ricardo, você ta adiantando as coisas. Eu nem conheço a Bárbara direito.

Ricardo: Não interessa ué. O casamento vai demorar um pouco, até lá vocês já se conheceram muito bem.

Nathan fica pensativo.

Ricardo: E ela é bonita?

Nathan: Se ela é bonita? *risos* Ela é linda! Amanhã talvez eu vá me encontrar com ela pra ajudar mais no seminário.
Nathan e Ricardo continuam conversando sobre Bárbara e o casamento.

Bárbara trabalha no seu seminário em seu quarto quando sua mãe entra e pergunta:

Isabel: Está fazendo trabalho?

Bárbara: To preparando um seminário, vou apresentar na sexta.

Isabel: E ta ficando bom?

Bárbara: É, um amigo ta me ajudando.

Isabel: Amigo? Que amigo? Você sempre disse que não tinha amigos na faculdade.

Bárbara: Exatamente, na faculdade não, mas fora sim. Mas é um amigo que eu conheci há pouco tempo.

Isabel: Bom, deixa pra lá. Eu queria conversar com você filha, sobre tudo que anda ocorrendo nos últimos dias.

Bárbara: Mãe, eu não quero brigar de novo.

Isabel: Não, ninguém vai brigar com ninguém, não se preocupa. Eu só quero te dizer que quando eu digo que essas coisas que você gosta não vão te levar a lugar nenhum, é porque eu me preocupo com o seu futuro, entende?

Bárbara: Eu também me preocupo, me preocupo muito com o meu futuro! E é por isso que eu faço isso tudo. Eu gostaria que você e o papai tivessem uma visão mais ampla. Olha só, esse amigo que eu conheci, que ta me ajudando com o seminário, ele estudou artes visuais também.

Isabel: E o que ele faz hoje?

Bárbara: Trabalha no Museu de Artes Modernas, sabe? Lá no Ibirapuera.

Isabel: Sei. *suspira* Bom, eu vou tentar não implicar mais com você por causa disso ta?

Bárbara: Ok mãe, eu agradeço.

Isabel sai do quarto e Bárbara continua preparando o seu seminário.

Lana lê um livro deitada em sua cama quando Patrícia entra em seu quarto.

Patrícia: Lana? Você está ocupada?

Lana: Não Patrícia, só estou lendo um livro. ‘Amanhã não tem ninguém’, do Flávio Izhaki, é sobre uma família judaica com um misto de delicadeza e desencanto, as fraturas afetivas, religiosas e sociais de personagens às voltas com a consciência da morte e a descoberta da solidão.

Lana se senta e deixa o livro de lado.

Patrícia: Nossa, que interessante! Quando você terminar eu posso ler?

Lana: Claro. Mas o que foi? Aconteceu alguma coisa?

Patrícia: Eu gostaria de conversar um minuto com você.

Lana: Pode conversar. Você está séria, está me deixando preocupada.

Patrícia: É sobre a Lívia.

Lana: Sobre a Lívia?

Patrícia: Exatamente!

As duas ficam se olhando e o silêncio toma conta do ambiente.

FIM DO CAPÍTULO #8