Fanfics Brasil - Capitulo 11 Perdida (Adaptada) Ponny

Fanfic: Perdida (Adaptada) Ponny | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho


Capítulo: Capitulo 11

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Quero dar as boas vindas a nova leitora da fic: jessie_moreira !!! E tambem se tiver algum leitor anônimo seja bem vindo!!


 


 


 


Uma das coisas que descobri sobre a comida de 1830 é que não era necessário tirar a casca das frutas. Não havia agrotóxicos. Descobri também que não existia nada gelado, talvez num dia muito frio de inverno, mas não era esse o caso agora, já que não existia geladeira. O cardápio era à base de carnes e gordura animal, meio pesado. Senti muita falta da pizza de domingo.


Passei o resto da tarde na companhia de Maite e Teodora. Participei pouco da conversa. Eu tinha a impressão de que Alfonso não queria que eu dissesse tudo o que pensava a Maite. Fiquei espantada com a postura das garotas. Elas se sentavam tão eretas que minhas costas doíam só de olhar. Minha mãe teria gostado disso.


Os movimentos delas eram tão graciosos, tão meticulosamente delicados, que acabei me sentindo um ogro desajeitado. Eu nunca, em toda minha vida, ouvi as palavras “delicada” e “Anahí” usadas numa mesma frase. Geralmente era desajeitada, atrapalhada, desatenta acompanhadas por Anahí.


Essas sim, ouvi milhares de vezes. Contudo, nunca dei muita importância, porque nunca me vi cercada de pessoas que faziam do ato de se sentar praticamente um balé. E lá estava eu, afundada na poltrona como sempre, enquanto as duas pareciam se equilibrar na beirada do sofá. Tentei copiar a postura de Maite, mas desisti depois de uns quinze minutos. Meu corpo já tinha memorizado a postura: encoste as costas no sofá, solte os ombros e se afunde, cruze as pernas.


Cruzar os braços em caso de irritação ou frio. Por mais que tentasse copiá-la, aos poucos meu corpo voltava à posição despojada. Eu não pertenço a este lugar. Se elas se comportassem do mesmo modo em 2010, seriam taxadas de esnobes.


Tentei me convencer disso, mas não funcionou muito.


Os movimentos delicados que Maite fazia para bordar um pequeno pedaço de tecido eram mais graciosos que qualquer gesto que eu pudesse fazer. Pensei que as mulheres acabaram ficando sem tempo para detalhes como esse.


Depois do jantar fui até a cozinha falar com Madalena


—Eu queria te pedir um favor, Madalena.


—O que quiser, senhorita Anahí.


—Por acaso, não teria um pedaço de tecido sobrando por aí?—Notei a curiosidade em seu rosto. —Algum tecido velho que eu possa usar para fazer uma... Coisa.


—Na verdade, tem sim. Sempre precisamos de tecidos para fazer alguns remendos num lençol ou em uma roupa. Precisa de quanto?


—Ah, só um pedaço pequeno basta.


—Vou pegar meio metro então. —E me fitou com suspeita.


—É mais que o bastante! Também vou precisar de tesoura. —Acrescentei.


—Claro. —Ela se inclinou ligeiramente. —Voltarei num instante.


Madalena me entregou o tecido bege e uma tesoura de ferro muito pesada. Corri para meu quarto. Estiquei o tecido sobre cama. Procurei a caneta em minha bolsa, peguei minha calcinha — minha única calcinha —e a coloquei sobre o tecido.


Risquei em volta da parte da frente, depois da parte de trás, sem interromper o desenho. Tracei fitas de dois dedos de largura nos dois desenhos. Peguei a tesoura e comecei a recortar. Meu Deus! Como é pesada! Também pudera, parecia feita de metal fundido.


Puxei algumas linhas soltas quanto terminei e provei. Parecia mais um biquíni de amarrar muito mal feito que uma calcinha —o tecido não era de lycra, claro, então facilitava muito ter as tiras para o ajuste. Só esperava que não desfiasse muito!


Claro que eu já tinha usado roupas sem nada por baixo. Mas sempre com roupas justas, onde a calcinha marcava e deixava o visual meio cafona. Era diferente estar tão à vontade com aquele vestido rodado que podia se inflar como um balão a qualquer sinal de vento. Melhor garantir.


Dobrei o resto de tecido — sobrou mais que a metade — e o guardei dentro da cômoda de madeira escura que combinava com a cama. Nenhuma das gavetas estava ocupada. Deixei a tesoura no aparador ao lado da banheira.


Dessa vez, assisti o preparo de meu banho. Achei engraçado vários empregados com baldes cheios de água indo e vindo, Madalena com um balde enorme cheio de água escaldante tomando cuidado para que o pano que protegia sua mão não escorregasse. Tudo muito complicado para uma ação que eu estava acostumada ser tão simples.


—Gostaria que eu voltasse depois para pegar seu vestido para ser lavado, senhorita? —Madalena perguntou, prestativa como sempre.


—Será que ele secará até amanhã? —bem que estava precisando ser lavado. Eu o estava usando há dois dias! —Vou precisar dele para ir até a vila amanhã.


—A noite está bastante quente. Acho que secará a tempo.


Fechei a porta e tirei o vestido. Quando o entreguei a ela, notei seu rosto vermelho.


—Madalena, você não precisa ficar envergonhada. É uma mulher também. —Ela assentiu. E, mais depressa do que eu imaginei que fosse possível, saiu do quarto.


Descobri que o conteúdo do vidro âmbar era algo parecido com xampu. Na verdade, mais parecido com detergente de cozinha que xampu, mas fez bastante espuma e pareceu limpar bem minha cabeça. No entanto, deixou meu cabelo um pouco espigalhado. Não encontrei condicionador.


Depois de me vestir — com alívio, com minhas próprias roupas —saí para procurar por Alfonso. Entretanto, não foi necessário. Ele estava ali, com a mão ainda erguida para bater na porta quando eu a abri.


—Alfonso, precisava mesmo te encontrar! —Exclamei satisfeita.


—E eu também. —Ele riu parecendo satisfeito com minha euforia por vê-lo ali.


Depois seus olhos percorreram meu corpo e um vermelho intenso se espalhou em seu rosto.


—Por que está vestida assim?


—Madalena tá lavando meu vestido. Ou uso estas roupas ou roupa nenhuma. —Avisei.


Por que eu não usei calças ontem? Calças não me deixariam pelada. Ele ficou desconcertado.


—Mas, senhorita...


—Você já me viu com elas, não precisa ficar todo estranho por causa disso. É só uma regata e uma saia. Totalmente inofensivos. Agora entre logo que eu quero falar com você.


Alfonso pareceu relutante.


—Algum problema? —Perguntei.


Sua cabeça se inclinou um pouquinho para frente enquanto ele me dizia:


—Não é adequado que eu entre em seu quarto, senhorita. Ainda mais durante a noite e com você... vestida com estes trajes.


Ah! Pelo amor de Deus!


—Deixa de ser tão antiquado, Alfonso. —Alcancei seu braço para dentro. —Vou deixar a porta aberta, está bem? Não vou te atacar. —Brinquei.


Ele não riu. Mas acabou se deixando arrastar, só um pouco.


Dois passos depois ele disse:


—A Senhora Madalena me procurou há pouco. Disse que a senhorita precisa de algumas roupas e eu gostaria de ajudá-la, mas creio que terá que esperar até amanhã de manhã. Com certeza, madame Georgette terá algum vestido que sirva em você.


—Por isso mesmo queria falar com você. —Fui até minha bolsa e peguei minha carteira.


—Você já viu algumas destas?


Estendi a mão para que ele pegasse as notas.


—Não. Nunca. O que são? —Ele examinava o dinheiro atentamente.


—São notas de dinheiro. —Expliquei desanimada. —Você usa para comprar coisas


—Sei o que é dinheiro, senhorita Anahí. Apenas nunca vi um que fosse feito de papel. Não deve ter valor algum.


—Tem muito valor! Cada uma vale mais que as outras, Veja, o número impresso nela determina seu valor, o número maior é para a que vale mais e...


—Você não usa moedas? —Perguntou surpreso.


—Ás vezes, para pequenas coisas. Elas não valem muito. —Daí entendi.—Vocês usam apenas moedas, não é?


Ele assentiu e aproximou a nota de seu rosto para examiná-la melhor.


—Então, eu tô lisa! —Com certeza a Mastercard não teria colocado uma máquina de cartão de crédito no atelier da madame sei- lá - o que.


—Como é que eu vou pagar pelo vestido amanhã? —Eu disse, mais para mim mesma.


—Isso deve bastar. —Alfonso tirou do colete três moedas douradas e estendeu a mão para que eu as pegasse. Peguei as moedas automaticamente


Olhei para elas por um minuto — tinha uma coroa desenhada em alto relevo e depois estiquei a mão para ele.


—Não. Não posso aceitar. Você já tem feito muito me hospedando em sua casa e me alimentando. Não posso aceitar seu dinheiro também.


Ele apenas me encarou. Os olhos obstinados


—Guarde isso, Alfonso. Eu não quero. —Estiquei teimosamente o braço.


Ele não fez movimento algum. Então eu fiz. Aproximei-me dele e, como ele não se deu ao trabalho de me estender sua mão, a agarrei e coloquei as moedas dentro dela.


—Senhorita Anahí, por favor! Irá precisar de um vestido para o baile. E, apesar de o vestido que Maite lhe emprestou destacar sua beleza, está muito claro que não pode ter apenas um. —Ignorei o elogio. Ele apenas tentava me convencer a aceitar o dinheiro. —Você não sabe quanto tempo ficará aqui. Não pode passar todo o tempo apenas um vestido!


—Eu me viro. —Dei de ombros. —E tenho minhas próprias roupas.


—E acho que deveria guardá-las. Se algum cavalheiro mais... Inescrupuloso a visse vestida desta forma... —Ele sacudiu a cabeça e não continuou.


—Obrigada pela preocupação. Tá vendo? Você está se preocupando comigo sem ter nem uma obrigação pra isso. Eu já estou te incomodando demais! —então, de repente, tive uma ideia. —Mas talvez eu possa vender alguma coisa!


—Não lhe restou nada! Vender o que? —Ele não gostou da minha ideia, tive certeza disso.


—Ainda não pensei nessa parte. —E corri para minha bolsa. Tinha que ter alguma coisa ali que tivesse valor.


Joguei o conteúdo dela sobre a cama e me ajoelhei no chão, procurando por alguma coisa que pudesse interessar a alguém naquele lugar atrasado. Tirei o livro, o celular e a caixinha dele do caminho e os guardei — não poderia vendê-los por diferentes razões, mesmo que morresse de fome —e remexi em minhas coisas. Minhas únicas coisas, tentando encontrar qualquer objeto que pudesse ter algum valor.


Alfonso se aproximou da cama, olhando minha bagunça com curiosidade.


—O que é isto tudo? —Indagou.


—É tudo que tenho na vida agora. —Eu disse, desanimada. —Está vendo algo que possa ter valor? Que alguém possa se interessar para eu tentar vender amanhã lá na vila?


—Humm... —Resmungou. —Não sei bem. Nunca vi nem uma destas coisas antes.


Podia acreditar nisso.


—Vejamos... —Comecei a espalhar melhor meus pertence.


Maquiagem.


Não, Teodora estava sempre maquiada. Talvez não fosse tão sofisticada quanto as minhas, mas, sem dúvida, era maquiagem.


As minhas chaves.


Pra quê alguém iria querer as chaves de um apartamento localizado dois séculos adiante?


Ketchup?


Ainda não me lembrava de como aquilo tinha ido passar ali,


Camisinha


Talvez. Sempre útil. E eu podia apostar que ainda não haviam inventado o preservativo no século dezenove. Virei-me para perguntar para Alfonso o que ele achava, apesar de não ter a menor ideia de como explicar o uso dela, já que ele não reagia bem quando o assunto era sexo. Tive esperanças de que, se ele apenas lesse a embalagem conseguisse entender. Só então me dei conta de que ele estava bem ali, agachado como eu, com minha Bic nas mãos.


—O que é isso? —Perguntou, examinando a caneta de todos os ângulos.


—É uma caneta. Você usa para escrever. —Assim, tomei a caneta de suas mãos e fiz alguns rabiscos num pedaço de papel (minha conta de telefone, constatei).


—Não me diga que ainda não tem caneta aqui?


—Não, não tem! —Ele olhava fascinado para minha caneta simples comprada no supermercado — Usamos pena e tinta para escrever.


—Ah — Eu já tinha lido sobre isso. —É quase igual. Só que ao invés de mergulhar a ponta da pena na tinta, a caneta já vem com a tinta dentro. Veja. —Apontei o cartucho quase negro dentro do cilindro transparente e a devolvi para ele. —Deve ser mais prática, eu imagino


—É fantástico! —Alfonso exclamou.—Uma invenção maravilhosa! Como não pensei nisto antes! —Seu rosto ficou ainda mais lindo com o sincero entusiasmo. —Que material é este? Se parece com vidro, mas não é gelado!


—É plástico. É tipo um vidro só que mais resistente. Não vai quebrar se cair no chão, por exemplo. —não dava pra explicar que plástico era um derivado da nafta, um polímero que bla, bla, bla... Só complicaria mais a cabeça dele. —Acha que alguém pode se interessar por ela?


Alfonso estava completamente fascinado com a caneta. A olhava como se fosse uma jóia rara.


—Sim. Quanto quer por ela? —Indagou, se virando pra me encarar.


—O que? —Apertei os lábios.


—Eu a quero. Quanto quer por ela? Estou disposto pagar qualquer quantia! —Seus olhos brilhavam como duas estrelas.


Percebi o que ele estava fazendo.


—Não posso vender pra você! —Disse com certa indignação.


—E por que não? Meu dinheiro é tão bom como o de qualquer outro. —Disse ele, ofendido.


—Eu sei disso, Alfonso. Mas você só está tentando me ajudar. Outra vez! Eu não quero que faça isso. —Fiquei desconfortável com a situação.


Senti-me como uma daquelas garotas aproveitadoras que ficavam com caras ricos até conseguir arrancar tudo o que podiam deles e depois caiam fora. Porque seria exatamente isso que aconteceria, Alfonso me ajudaria e eu cairia fora.


—Não é isso, senhorita Anahí. Eu realmente quero a caneta. É maravilhoso! —Ele pegou a mesma conta de telefone e experimentou um risco. —Olhe! —Mais alguns traços. —É extraordinária! Sem manchas ou borrões. Seria muito útil, principalmente com os livros da contabilidade


Observei seu rosto por um instante, os olhos brilhavam e um sorriso entusiasmado o deixou ainda mais lindo. Era como se ele tivesse acabado de encontrar o maior tesouro do planeta. Sacudi a cabeça e então comecei a rir. Quem dera as pessoas fossem assim tão fáceis de agradar como Alfonso era!


—Tá bom, então é sua. —Eu ainda ria.


Ele sorriu radiante e botou a mão no bolso.


—Ah! Não! Pode guardar estas moedas. Eu não vendi, eu te de a caneta.


—Mas não posso aceitar, senhorita. Vejo que não tem muitos recursos no momento e este invento vale algumas moedas com certeza, seria injusto tirar-lhe este objeto de grande valor.


Grande valor! Não custou nem dois reais!


—Mas eu quero te dar a caneta... —Ele sacudiu a cabeça antes que eu pudesse terminar. Tentei outro caminho. —Como um presente! Um presente de agradecimento. Por toda a ajuda que tem me dado. Você não vai me ofender recusando a única coisa que posso te oferecer neste momento, vai?


Ele parecia relutante.


—Não quero ofendê-la, senhorita, mas...


—Então, não me ofenda. Aceite, por favor. Gostaria de ter algo realmente bacana pra te dar Alfonso, mas no momento tô meio sem opções. —Eu sorri, meio envergonhada.


Ele também sorriu, ainda que os olhos não. Ainda estava contrariado


—Muito obrigado pelo presente. É estupendo! Não creio que pudesse me dar algo que eu apreciasse mais. —Então, de repente, uma chama faiscou em seus olhos. —E, se me permite, também quero lhe dar um presente.


Meu sorriso desapareceu. Eu sabia exatamente quais seriam suas próximas palavras.


—Você aceitaria vestidos como prova de minha amizade não aceitaria? Não me ofenderia recusando um presente meu, ofenderia? —Pude ouvir o leve triunfo em tom.


Ele jogava sujo. Estreitei meus olhos.


—Não. —Disse derrotada. —Pode pagar a droga do vestido!


—Excelente. —Ele sorriu vitorioso, pegando as moedas outra vez.


—Alfonso, se não quiser engolir estas moedas é melhor guardá-las de novo. —Resmunguei carrancuda.


—Precisará delas amanhã. Você já aceitou os vestidos! —Exclamou confuso.


—Vestidos, não dinheiro. —Expliquei secamente. —Não sei como funcionam as coisas por aqui, mas, de onde eu venho, não é muito lisonjeiro quando um homem dá dinheiro a uma mulher que não é a sua. Estou sendo clara?


Ele corou.


—Muito! Perdoe-me, não tive a intenção...


—Eu sei que não teve. —Eu o interrompi, ainda aporrinhada com a ideia de que ele me comprasse coisas.


—Entregarei a Maite, então. —Disse inseguro.


—É melhor. —Resmunguei ainda insatisfeita. Por que me incomodava tanto o fato dele querer me dar dinheiro?


—Vou deixá-la descansar. Vemo-nos pela manhã. —Alfonso se levantou esticando a mão para me ajudar.


Aceitei o apoio e me levantei também, assim que olhei em seu rosto na intenção de agradecer, perdi o fôlego. Ele estava mais perto do que eu havia imaginado. Perto o bastante para que eu pudesse ver pequenos pontos prateados brincando em suas íris verdes. Fiquei ali parada olhando pra ele como uma idiota.


Alfonso me encarava também, e só depois de alguns segundos percebi que ainda segurava sua mão. Tentei puxar minha mão, mas ele a prendeu um pouco mais forte, não permitindo que eu o soltasse, então se inclinou —ainda me encarando e, muito delicadamente beijou as costas de minha mão.


Um tremor desconhecido reverberou por minha coluna. Senti minhas bochechas arderem e todo meu copo se arrepiar.


—Boa noite, senhorita Anahí. —Sua voz baixa e rouca, os olhos não deixaram os meus um só instante.


Outro arrepio.


—Boa noite. —Baixei os olhos, tentando esconder meu embaraço e as sensações novas e estranhas que ele havia provocado em mim.


O que estava acontecendo comigo? Eu sempre soube como agir quando o assunto era o sexo oposto: como me livrar de um sujeito irritante, como atrair a atenção de um que valesse a pena e nunca, jamais, corava quando um deles me desejava boa noite.


Alfonso sorriu e depois saiu fechando a porta atrás de si.


Continuei ali parada, feito uma estátua, olhando para a porta, minha mão pinicando pelo seu toque gentil e pensei se, talvez, eu não tivesse enlouquecido de vez.


Eu sabia que voltaria para casa — não sabia como, mas acabaria descobrindo — e que aquelas pessoas, todas elas, incluindo Alfonso, não. Eles ficariam onde deveriam ficar, no lugar ao qual pertenciam. Eu não podia me envolver emocionalmente com nenhum deles. Quando eu voltasse para o meu tempo, todos já estariam...


Senti meus joelhos tremerem. Não gostei de pensar nisso. Não gostei mesmo! Mas era a verdade. E eu não me apaixonava desde... Não que eu estivesse apaixonada por Alfonso. Eu não estava! Mal o conhecia! Mas alguma coisa nele mexia comigo. Uma coisa que eu não sabia explicar, nem para mim mesma.


Então, sabendo disso tudo, o que eu estava fazendo? O melhor seria dar o fora dali. Mas para onde eu iria? Dormir na rua e morrer de fome? Teria que ficar com Alfonso por enquanto.


E teria que manter meus pensamentos bem longe dele. Fui para a cama — usando apenas a calcinha improvisada — e decidi que me manteria afastada de Alfonso o máximo que conseguisse.


 


 


 


Quem gostou do final do capitulo levanta a mão? \o/ \o/ \0/!! Apartir desse capitulo eles começam a demonstrar seus sentimentos um pelo outro *--* Beijos,Bella.


 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 86



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  • ana_herrera Postado em 29/08/2016 - 20:08:09

    Ja ta quase acabando agosto de 2016 e nada( ._.)

  • bellyta_ponny Postado em 02/01/2016 - 20:15:18

    Ameiiiiiiiiii é perfeitaaaaaa!!!!

  • narachavez Postado em 14/08/2015 - 19:41:02

    Adorei ! Perfeita !!!!

  • jey_aya Postado em 17/12/2014 - 01:35:50

    Nossa qrooo a segunda temprada minha fiah kk *-* já tá quase pra lançar o filme e vc ainda não postou 2ª temporada!! kkkkk mais vcs ai se der passem na minha fic ta? é super legal e diferente das outras http://fanfics.com.br/fanfic/41001/amor-infinito-amor-aya-aya bjão !

  • LuanaFernandes Postado em 13/11/2014 - 13:51:50

    Eu tenho os dois livros! Owwn, rs. Lembro-me de rir horrores no primeiro livro, quando a Sofia descobre como fazem xixi na época. Hahahaha, melhor parte! E o final: Apesar de ser feliz, me deixou em prantos ao saber como seria a vida do Ian sem a Sofia... Enfim... O livro original é incrível, adaptado a Los A então... :)

  • leticiaaa Postado em 31/10/2014 - 15:55:58

    Cade vc?quero encontada *-*

  • lubelber Postado em 02/08/2014 - 17:12:44

    Que lindo Bela!!!!!!!!Quero muito uma 2ª temporada!!!

  • camile_ponny Postado em 01/07/2014 - 20:00:00

    Opa! Belaza haha amiga percebeu que as coisas boas tão em agosto?! Ah meu deus que agosto chegue logo! vou tá aqui pode deixar! ;)

  • franmarmentini Postado em 25/06/2014 - 13:33:46

    ai já to com o coração na mão esperando...

  • franmarmentini Postado em 25/06/2014 - 13:31:51

    *-*


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