Fanfic: Perdida (Adaptada) Ponny | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho
Seja bem vinda à fic mabilyponny! E obrigada por acompanha-la *----*
Para me distrair, tentei me concentrar em coisas mais simples mantendo Alfonso longe dos meus pensamentos. Coisas mais simples como fazer um condicionador. Contudo, não era tão simples assim conseguir um no século dezenove. Uma vez, numa das muitas maluquices de Dulce na primeira viagem que ela fez para o exterior, a doida resolveu que tinha que ser para a Indonésia, ela cismou que o condicionador caseiro que as indonésias usavam era muito melhor que os caros de perfumaria. Servi de cobaia na época e o resultado até que foi satisfatório. Nem de longe tão bom quanto os cosméticos que eu usava, mas para o que eu estava usando detergente sem nada para hidratar, a gosma da Dulce era melhor que nada.
—Madalena, você conhece leite de coco? —Eu já tinha encontrado as outras frutas.
—Leite de coco? Leite?
—Já vi que não! —sem leite de coco. Humm...
Mas tinha coco na imensa fruteira! E a água de coco era hidratante pelo menos os médicos a indicava em caso de diarreia e, se a água era capaz de hidratar por dentro, por que não por fora? Valia a pena arriscar!
—Errr... você pode furar este coco para mim, não sei fazer isso.—Me desculpei, estendendo a fruta. —Só preciso da água.
—Claro. —Disse ela, desconfiada. —Não sabia que a senhorita pretendia cozinhar!
—Madalena, não vou cozinhar. Eu nem sei como fazer isso, já te falei! —Assegurei a ela. —Mas preciso fazer um pouco de condicionador pro cabelo. Daqui a pouco, você pode me confundir com um leão e atirar uma panela de água quente em mim.
—Condicionador? Para o cabelo? — Sua testa se enrugou.
Suspirei.
—Sim, veja como está seco. Preciso hidratá-lo ou vou acabar parecendo uma vassoura velha.
Enquanto ela abria o coco, adiantei meu trabalho. Amassei meio abacate e uma banana, misturei bem até virar uma papa grossa. Madalena me passou uma caneca com a água. Sob seu olhar curioso, fui adicionando o líquido aos pouquinhos e mexendo até que a consistência ficasse parecida com a de um condicionador de verdade. O cheiro era bom, muito melhor que o xampu com aroma de azeite.
—Pronto! —Exclamei quando a meleca estava no ponto certo.
Madalena me olhava de um jeito estranho, parecia não entender o que eu faria com aquele mingau esverdeado.
—Quer experimentar? —Ofereci.
Ela ergueu o dedo timidamente, passou na papa e depois lambeu.
—Não, Madalena, no cabelo. Quer experimentar para usar no cabelo?
Ela me lançou aquele olhar de “você é doida?”
Revirei os olhos.
—Funciona assim, você lava o cabelo com o xampu. Depois de enxaguar, aplica uma quantidade mais ou menos assim... -Peguei um punhadinho na mão — Espalha no cabelo e enxágua de novo, vai ficar macio e desembaraçado.
Ela não pareceu convencida
—Eu nunca ouvi falar disso!
—Eu sei! É por isso que eu tive que fazer! —Poxa vida! As pessoas podiam se esforçar mais para me entender. Eu não era louca. —Vou deixar um pouco para você, fiz o bastante para duas. Você usa e amanhã me conta o que achou, certo? —Coloquei um pouco dentro de uma xícara
Ela ainda parecia desconfiada.
—Tudo bem, Madalena. Se não quiser usar, não tem problema. Mas eu realmente preciso tratar esta palha. —Toquei meu cabelo ressecado. Pensei que poderia virar pó se o apertasse muito, de tão seco que estava.
—Vou preparar seu banho, senhorita. —Disse ela, pegando o balde enorme.
—Obrigada, Madalena. —De repente, me lembrei. —Sabe aquele troço que os homens usam para se barbear?
—A senhorita se refere à navalha? —Sua testa se enrugou.
—Isso! Preciso de uma. Pode me arrumar?
—Vou pegar uma do patrão. —A desconfiança em sua voz foi mal disfarçada. —A colocarei na mesa de banho.
—Valeu, Madalena. Você é muito bacana! —E sai, para não ter que explicar o uso da navalha.
Minhas pernas e minha virilha estão bem, obrigada! Graças ao meu depilador elétrico, mas minhas axilas... Nunca consegui depilá-las com ele. Os pelos precisavam ter um certo comprimento e eu não suportava deixar qualquer pelo ali.Usava lâmina de barbear todos os dias. Assim que os pelinhos começavam a aparecer, coçava e irritava demais a pele delicada das axilas. E desde sábado, eu não tinha uma gilete a mão. A situação estava crítica!
Me perdi no corredor outra vez e acabei numa sala com alguns instrumentos. Lá estava o piano que Alfonso havia mencionado e uma grande harpa de madeira escura. Curiosa, passei delicadamente os dedos pelas cordas. O som saiu mais alto do que imaginei que sairia. Era um som agradável, ainda que não se parecesse com música. Vi muitas partituras sobre o piano daquele sem cauda, que parece uma escrivaninha quando está fechado, pena que eu não soubesse tocar! Um pouco de música me ajudaria a acalmar os nervos e colocar meus pensamentos em ordem.
Voltei para o corredor e segui em frente até chegar à sala principal. Estava vazia Maite e Teodora não deviam ter voltado ainda. Não vi sinal algum de que Alfonso estaria por perto.Daquela sala, ficava mais fácil encontrar meu quarto, já tinha feito o percurso várias vezes.
A banheira já estava quase cheia quando cheguei. Esperei que os empregados terminassem de arrumar tudo e os agradeci fervorosamente, agora eu sabia o quanto custava tomar banho. Meus braços ainda doíam um pouco. Depois de lavar os cabelos, peguei meu condicionador caseiro e espalhei a gosma esverdeada por todo o comprimento, exagerando um pouco. Caprichei principalmente nas pontas ressecadas. Enrolei os cabelos empapados num coque meio solto enquanto usava a navalha afiadíssima
Com muito cuidado, deslizei a lâmina sobre o local já ensaboado e uma pequena linha lisa apareceu. Redobrei o cuidado nas curvas, não queria me machucar principalmente porque não tinha certeza se o pronto-socorro já existia.
Terminei de usar a lâmina e a coloquei de volta na mesa.Encostei-me na banheira e deixei meus pensamentos voarem, enquanto esperava que o condicionador fizesse milagres no meu cabelo. Não tinha desistido ainda de resolver o mistério livro- Alfonso -Santiago-celular. Entretanto, não tive tempo de começar uma única linha de raciocínio, pois a porta de repente se escancarou, fazendo muito barulho e Alfonso irrompeu o quarto como um touro bravo.
—O que está fazendo? —Perguntou, me procurando com os olhos por todo o cômodo. Quando me encontrou na banheira parou imediatamente.
—O que acha que estou fazendo? Estou tomando banho! —Cobri os seios com as mãos, não conseguiria pegar a toalha sem me expor ainda mais.
Alfonso me encarou por um segundo, depois seus olhos desceram um pouco até onde estavam minhas mãos, sua boca se abriu e ele corou violentamente.
—O que você está fazendo aqui? —Inquiri furiosa e constrangida ao mesmo tempo. Tentei me afundar mais na água esbranquiçada, mas não consegui descer muito.
—Eu... —Ele olhava para os próprios pés agora o vermelho não havia deixado seu rosto. —A Senhora Madalena... Disse-me que a senhorita pediu uma navalha e eu pensei... Pensei que depois do que lhe fiz esta tarde... —Seu constrangimento o impedia de falar claramente. Levei alguns segundos para entender sua quase- explicação.
Oh!
—Você pensou que eu tinha a intenção de... Me machucar só porque você me beijou?
—Bem... —Ainda olhando para o chão. —Perdoe-me, senhorita Anahí. É que já ouvi falar sobre jovens que...
—Pois eu não sou desse tipo. Nem sou covarde! —Se bem que naquela mesma tarde, eu agi como uma. —De toda forma, eu precisava da navalha para... assuntos particulares. E agora, se me der licença...
—C- claro, senhorita. —Ele olhou rapidamente para meu rosto, voltou a olhar para o chão e depois de volta para mim. Seus olhos analisavam minha cabeça curiosamente. —Por que seu cabelo está verde?
Por puro reflexo, levantei a mão e toquei meu cabelo cheio de gosma verde. Ai! Droga! Com a confusão, acabei me esquecendo do condicionador. Claro que as heroínas dos meus romances, quando eram surpreendidas por seus... Amores, amantes, cachos, ficantes ou o que fosse, sempre estavam naturalmente deslumbrantes e gloriosamente vestidas. E lá estava eu, ensopada, nua e com o cabelo verde e gosmento. Minha mão ainda estava em meu cabelo, quando vi Alfonso ruborizar ainda mais e arregalar os olhos, os baixando logo em seguida. Percebi que a parte do corpo que minha mão cobria até segundos antes estava totalmente exposta.
—Fora! —Gritei ultrajada.
Ainda olhando para o chão, ele se inclinou e, sem dizer uma palavra, deixou meu quarto. Meu rosto ardia de humilhação. Porque sempre que era importante, eu acabava numa situação embaraçosa? Terminei o banho, furiosa e mortificada. Não só havia beijado Alfonso, como depois chorado, fugido e agora ele havia me visto nua realmente nua, não com as roupas que insistia que não cobriam nada e, pra piorar, com o cabelo coberto de meleca verde.
Poderia ficar pior? Descobri que sim, podia ficar pior! Logo que cheguei à sala percebi que podia ficar muito pior.
Eu não tinha intenção de sair do quarto, mas meu estômago se contorcia desconfortavelmente e me vi sem alternativas. Fiquei surpresa ao encontrar Alfonso na sala, pensei que fosse me evitar depois do incidente embaraçoso em meu quarto e na estrada. Fiquei ainda mais surpresa quando vi que havia mais cinco pessoas na sala de estar: Maite, Teodora, um casal mais velho e a garota que conheci no primeiro dia que fui à vila. Valentina sei-la-do-que.
—Senhorita Anahí, que imenso prazer em revê-la! —Valentina veio a meu encontro, piscando muito. Sério, a garota tinha algum problema nos olhos? —Estava agora mesmo perguntando para a senhorita Maite se nos daria o prazer de sua companhia. —Completou, parando bem ao meu lado. Inclinou-se ligeiramente e sorriu.
—Hã... Me desculpe, Valentina. Eu estava...
—Eu estava explicando à senhorita Valentina que você não estava se sentindo bem esta noite. —Alfonso interveio... —Está melhor agora, senhorita Anahí?
Não pude encará-lo. Ainda estava muito constrangida com os eventos daquele dia desastroso
—Estou.—Respondi fracamente. —Obrigada, estou bem
—Fico feliz em ouvir isso. —Maite colocou suas mãos no meu braço. —Estava sentindo sua falta, Anahí.
Maravilha! Mais uma pessoa que ficaria magoada quando eu fosse embora! Valentina se aproximou do casal e se dirigiu a mim.
—Senhorita Anahí, quero apresentar-lhe meu pai, Senhor Walter de Albuquerque, e minha mãe, Senhora Adelaide de Albuquerque.
—Prazer em revê-la, senhorita. Vejo que encontrarmo-nos numa ocasião mais agradável desta vez. Parece estar muito melhor do que quando nos conhecemos. —Sabia que já tinha visto aquele bigode antes! Era o homem de cartola na carruagem. —E Valentina estava demasiadamente ansiosa para revê-la. Parece que causou boa impressão, minha jovem.
—O prazer é meu, senhor. E causar é minha especialidade. Dulce sempre diz isso. Sorri ao pensar nela. Estava com uma saudade louca da minha amiga. Apenas eu ri, mais ninguém entendeu meu trocadilho, revirei os olhos e suspirei.
—Bem... —Maite percebendo o embaraço geral, tentou mudar de assunto. —Espero que seu vestido já esteja pronto, Senhorita Valentina. Certamente virá ao baile no sábado!
—Mas é claro, senhorita Maite. Já o encomendei. Deve, ficar pronto amanhã. Estou muito animada com este baile. O ultimo ao qual fui convidada ocorreu no mês passado na casa de Marquês de Bourbon!
Ainda existiam os marqueses? Que máximo!
—E não foi um baile muito agradável. —Disse sua mãe. Notei de onde sua filha herdara a beleza, mesmo sendo mais velha ainda era uma mulher muito bonita. —Alguns cavalheiros se excederam no uísque e tivemos que deixar o baile apressadamente.
—Sim, mamãe, eu me lembro. Mas os amigos dos Herrera são mais respeitosos que os do marquês. Creio que por ainda ser solteiro, sem uma boa esposa para guiá-lo no caminho certo o marquês acabou cercado de amizades inconvenientes.
—Oh, sim! —Disse veementemente a Senhora Adelaide. —Um homem sem esposa acaba perdendo seu rumo. —Notei o olhar que ela lançou na direção de Alfonso. —Valentina será uma esposa admirável. Foi muito preparada para isso. Não concorda, Senhor Herrera?
Que gentileza a dela! Oferecer tão sutilmente sua filha daquela maneira!
—Sim, Senhora Adelaide — Disse Alfonso, depois de pigarrear. Ele também notou a oferta. —Suponho que todo homem de bem precise de uma boa esposa ao seu lado. E o homem que escolher sua filha será um homem de muita sorte, certamente.
Valentina baixou os olhos, corando, um pequeno sorriso nos lábios. Vi o constrangimento e a satisfação surgirem em seu rosto de boneca. Aquilo ficava cada vez melhor! Por que foi que eu saí do quarto mesmo?
Eu adorei a cena que o Alfonso entra no quarto e vê Anahí quase pelada *--* Amores, eu vou postar outro capitulo só amanha porque eu viajei para uma casa de praia e aqui a net não pega muito bem, mas amanha eu prometo que irei postar dois capítulos sem falta, perdoe-me!! Ate amanha, beijos, Bella.
Autor(a):
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 86
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ana_herrera Postado em 29/08/2016 - 20:08:09
Ja ta quase acabando agosto de 2016 e nada( ._.)
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bellyta_ponny Postado em 02/01/2016 - 20:15:18
Ameiiiiiiiiii é perfeitaaaaaa!!!!
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narachavez Postado em 14/08/2015 - 19:41:02
Adorei ! Perfeita !!!!
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jey_aya Postado em 17/12/2014 - 01:35:50
Nossa qrooo a segunda temprada minha fiah kk *-* já tá quase pra lançar o filme e vc ainda não postou 2ª temporada!! kkkkk mais vcs ai se der passem na minha fic ta? é super legal e diferente das outras http://fanfics.com.br/fanfic/41001/amor-infinito-amor-aya-aya bjão !
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LuanaFernandes Postado em 13/11/2014 - 13:51:50
Eu tenho os dois livros! Owwn, rs. Lembro-me de rir horrores no primeiro livro, quando a Sofia descobre como fazem xixi na época. Hahahaha, melhor parte! E o final: Apesar de ser feliz, me deixou em prantos ao saber como seria a vida do Ian sem a Sofia... Enfim... O livro original é incrível, adaptado a Los A então... :)
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leticiaaa Postado em 31/10/2014 - 15:55:58
Cade vc?quero encontada *-*
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lubelber Postado em 02/08/2014 - 17:12:44
Que lindo Bela!!!!!!!!Quero muito uma 2ª temporada!!!
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camile_ponny Postado em 01/07/2014 - 20:00:00
Opa! Belaza haha amiga percebeu que as coisas boas tão em agosto?! Ah meu deus que agosto chegue logo! vou tá aqui pode deixar! ;)
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franmarmentini Postado em 25/06/2014 - 13:33:46
ai já to com o coração na mão esperando...
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franmarmentini Postado em 25/06/2014 - 13:31:51
*-*