Fanfics Brasil - Capitulo 18 Perdida (Adaptada) Ponny

Fanfic: Perdida (Adaptada) Ponny | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho


Capítulo: Capitulo 18

758 visualizações Denunciar


Seja bem vinda à fic gabriele1! Obrigada por acampanha-la!!


 


Os dois homens iniciaram uma animada conversa sobre caça ainda que eu não pudesse imaginar Alfonso atirando em qualquer coisa. Valentina se sentou ao meu lado. Ela não tirou os olhos de Alfonso, e sua mãe, de mim. Eu não parava de pensar que aquela visita para me apresentar a seus pais era apenas uma desculpa e que, no fundo, Valentina e sua mãe queriam investigar o que eu estava fazendo ali e o que Alfonso achava disso.


Adelaide parecia desconfiar de alguma forma e, na verdade os instintos dela estavam quase certos. Falei pouco para não correr o risco de dizer asneiras, mas ouvi boa parte da conversa das mulheres. Coisas sem importância para mim: a família Borges também adquiriu uma nova carruagem, o alfaiate brigou com o padeiro, e se negava a abrir a loja enquanto ele não retirasse a banca de pães da frente da sua porta. E falaram sobre fitas e vestidos um assunto discutido muito animadamente.


Descobri que Valentina realmente estava apaixonada por Alfonso. A forma como olhava para ele, com adoração, com prazer, com constrangimento, deixava claro o que sentia por ele. Não gostei dessa parte. Vez ou outra Alfonso olhava em nossa direção e sorria. Não pude ter certeza se seus sorrisos eram destinados para a garota pequenina, delicada e inocente ao meu lado ou se para mim. Valentina corou e baixou a cabeça toda vez que o viu sorrir. Senti meu rosto esquentar também, mas não por constrangimento. Como ele se atrevia? Flertar com Valentina bem na minha frente? E todas as coisas que me disse naquela tarde? E aquele beijo?


No entanto, assim que consegui recuperar o bom senso, pensei que talvez fosse bom se ele se interessasse por ela. Valentina poderia ser uma ótima esposa e uma irmã muito atenciosa para Maite. Dava pra ver que as duas tinham afinidade. Se bem que eu achava difícil Maite não gostar de alguém, praticamente impossível. Com o coração pesado, compreendi que talvez a vida dele seguisse esse curso se eu não tivesse simplesmente me transportado para aquele século e bagunçado sua vida.


E eu queria que ele fosse feliz. Valentina seria perfeita para ele. Era linda apesar do seu pisca-pisca irritante, usava o vestido bufante sem parecer ter problemas, saberia como recepcionar os convidados nas festas e jantares, saberia organizar a casa e os empregados. Ensinaria Maite o que uma mulher do século dezenove precisaria saber e, quando conversasse com seus amigos, não os chocaria. Eu era a pedra no sapato, não ela. De repente, meu estômago se retorceu, a fome esquecida.


—Maite, se importa se eu for pro meu quarto? Estou com dor de cabeça e não serei uma companhia muito agradável para ninguém. —Sussurrei.


—Ah! Que pena! —Ela disse desanimada. —Quer que eu peça à Senhora Madalena para lhe fazer um chá?


—Não, obrigada.—Eu só queria sair dali, o mais rápido possível!


—Espero que melhore logo, senhorita Anahí.—Valentina me disse, com os olhos sinceros.—É uma pena não termos sua companhia no jantar...


Apenas assenti com a cabeça. Não queria ficar perto dela nem mais um minuto. Por que, apesar de tudo, ela parecia ser uma boa garota. Não queria acabar gostando dela e me sentindo uma vadia por interferir no seu destino. Pois, diferente de Teodora, Valentina parecia se importar com Alfonso, e eu não poderia odiá-la mesmo que tentasse. Ela era amável e gentil, a mulher certa para ele. Meu estômago revirou outra vez.


Desculpei-me com os outros convidados e disparei feito um raio para meu quarto. Não olhei para Alfonso. No entanto, quando eu estava na metade do longo corredor mal iluminado, ouvi passos pesados atrás de mim e me virei para ver quem era. Alfonso, claro, vindo ao meu encontro. Andei mais rápido, tentando chegar ao quarto antes que ele pudesse me alcançar.


—Senhorita Anahí.—Ele chamou à meia voz.


Por que me arrepia o corpo todo apenas ouvir o som de sua voz? Argh! Não parei. Continuei mais rápido até quase estar correndo. Ouvi seus passos se acelerarem também.


—Senhorita Anahí—Ele repetiu mais firme.


Eu realmente corria agora. Lancei-me para dentro do quarto como uma bola de canhão e rapidamente comecei a fechar a porta. Mas Alfonso estava mais perto do que eu pensava. Ele colocou o pé entre as portas, antes que eu pudesse fechá-las. Tentei empurrar mais forte, usando todo o peso do meu corpo como apoio, esmagando seu pé, mas foi em vão. Derrotada e sem outra opção, desisti, deixando as duas partes da porta se escancararem.


—O que você quer? —Perguntei friamente.


—Quero falar com você.—Exigiu.


—Acho que não é nem a hora e nem o lugar ideal para isso. Pode falar comigo amanhã. Agora volte para seus convidados e me deixe em paz!


Seus olhos ficaram tão tristes que meu coração se encolheu dentro do meu peito.


—Por que está fazendo isso? —Perguntou, sua voz baixa e intensa. Calafrios subiram e desceram por minha espinha.


—Não estou fazendo nada.—Respondi petulante.


—Está fingindo que nada aconteceu. Que nada mudou —O brilho prateado em seus olhos verdes me perturbava. Por que ele tinha que me olhar daquele jeito? —Por que me manda embora?


Fiquei parada apenas o encarando, sem saber bem como responder a sua pergunta.


—Anahí—Ele sussurrou. —Não sei o que você quer, mas basta me dizer e eu farei.


—Quero que volte para a droga do jantar — Minha voz subiu um pouco. Minhas emoções tão confusas quanto meus pensamentos. —Quero que volte e aproveite a companhia adorável da futura esposa perfeita! Quero que se divirta com os sorrisos inocentes de Valentina. Quero que fique bem longe de mim! Quero que suma da minha frente! —Tentei fechar a porta para que meu recado fosse ainda mais explícito, mas Alfonso não se moveu. A última coisa que eu esperava ver em seu rosto era um sorriso, que se tornava cada vez maior conforme os segundos passavam.


—Você está com ciúme! —Ele afirmou satisfeito.


—Eu? Ciúme? De você? Rá! —Tentei empurrá-lo para fora com a ajuda da porta, mas ele era grande demais, forte demais.


—Pois eu penso que está. —Seu sorriso enorme me irritou ainda mais. Eu queria tanto quebrar seu nariz!


—Não dou a mínima pro que você pensa. Agora, por favor, saia. Você já invadiu meu quarto hoje! Por que não pode simplesmente me deixar em paz?—Usei toda minha força para fechar a maldita porta


—Eu preciso lhe fazer uma pergunta — Ele segurou facilmente a porta quando tentei fechá-la outra vez. —Depois a deixarei em paz. Prometo.


Suspirei e desisti da porta. Meus dedos doíam pelo esforço e eu não consegui mover Alfonso nem um único milímetro.


—Então, comece logo, estou cansada. —Bufei derrotada.


 —Lembra-se sobre o que conversamos esta tarde?


—Poderia ser mais específico? Falamos sobre muitas coisas.


Ele sorriu maliciosamente.


Argh!


—Certamente. Esta tarde você me disse que nunca assistiu uma ópera, não disse? —Perguntou, com os olhos brilhando de entusiasmo.


—E daí? —Tentei parecer indiferente, mas o assunto que ele escolheu realmente me pegou de surpresa.


—Pois mandei Isaac comprar nossas entradas para a apresentação de amanhã à noite. Então, eu queria... Ter certeza de que não mudou de ideia depois de meu comportamento... Grosseiro.


—Grosseiro? Acho que dizer que se comportou como um animal seria mais adequado. —Minhas bochechas queimaram de vergonha com a lembrança de seu rosto abismado olhando meu corpo nu na banheira.


—Não imagina o quanto lamento por ter invadido sua privacidade daquela maneira, senhorita. —O embaraço em sua voz espelhado em seu rosto. —Não mais se repetirá, prometo.


—É mesmo? Por que tenho a impressão de que está fazendo exatamente a mesma coisa agora! —Rebati cruzando os braços.


Sua boca se retorceu e sua testa se enrugou. Ele ficou constrangido. Constrangido e infeliz.


—Você está certa. —E recuou um passo, deixando o caminho livre para que eu pudesse fechar a porta. Não a fechei, entretanto. Encarei-o por um tempo. Seu rosto triste me impedia de bater a porta e seguia dentro do quarto. —Então, irá comigo? —Indagou inseguro, depois de um tempo em silêncio. —Ao espetáculo? À ópera?


—Você e eu? —Ele estava brincado comigo?


—Sim. Eu e você. —Disse lentamente. —Teodora e Maite certamente também irão. É uma peça muito aclamada. La Cenerentola, de um jovem músico, Rossini. Já ouviu falar dele?


—Acho que não. Não sou muito de ópera. —Ele já sabia disso. Ele esperou. Depois de um tempo desistiu. —Tem certeza que não prefere convidar Valentina? Ela com certeza saberá quem é esse tal Rossili


—Rossini.—Corrigiu, tentando não sorrir e não obtendo sucesso —Apesar de suas negativas, senhorita tenho a impressão de que está com ciúmes da senhorita Valentina.


Ele ergueu a mão quando tentei protestar, dando um passo a frente para se aproximar outra vez e colocou um dedo sobre meus lábios.


—Não precisa se dar ao trabalho de negar, acho que já a conheço bastante bem para saber que jamais admitiria tal coisa. E não há motivo para se sentir enciumada, posso lhe garantir!


Meu corpo reagiu imediatamente ao seu toque. E, pelo que vi em seus olhos, o dele reagia igualmente. Totalmente sem controle. Eu quis dizer a ele pra ir embora. Eu quis! Mas meus lábios não responderam ao comando, não porque o dedo sobre eles me impedisse mal me tocava, exercia uma suave pressão, mas porque eu simplesmente não era capaz de falar coisa alguma. E então pude dizer mais nada, pois uma grande parte de mim queria mandar tudo pro inferno e se agarrar a ele.


Instantes depois, Alfonso delicadamente acompanhou o desenho de meu lábio inferior com o dedo. Pequenos tremores abalaram minha estrutura. E então, de repente, sem mais nem menos, se afastou novamente. Fiquei desnorteada, sem equilíbrio.


—Desculpe-me. Isso não irá se repetir. Eu prometo.—Afirmou constrangido.


Eu não sabia se ria da situação ou se chorava em desespero. Ele estava me dando o que eu pedi. Estava mantendo distância.


—Ótimo! —Menti, ainda ofegante.


Alfonso colocou as mãos no bolso da calça e, depois de hesitar, falou novamente.


—Então, me acompanhará amanhã? —A insegurança em sua voz me desarmou completamente.


—Se mantiver suas mãos longe de mim... —Dei de ombros. Que soubesse que eu não me importava que não quisesse me tocar outra vez!


—Tudo bem. Já lhe prometi isso antes. Serei mais cuidadoso daqui em diante, lhe asseguro. —Vi seu rosto escurecer como uma nuvem de chuva através da fraca luz das velas. A obstinação que vi nele não deixava dúvidas de que cumpriria sua promessa. Assenti, frustrada. Eu não sabia mais o que queria...


—Boa noite, então.—Peguei as maçanetas, começando a fechar a porta lentamente.


—Até amanhã, Anahí. —Ele sussurrou e, enquanto eu observava sua figura desaparecer no corredor, senti que meu mundo, de pernas pro ar há alguns dias, desmoronava de vez


 


 


Eu adorei ver a Anahí com ciumes, foi muitoo fofo *---* Hoje resolvi postar os dois capitulos mais cedo porque a noite tenho um compromisso e nao vai dar para postar amores!! Daqui a pouco posto outro capitulo!!! Beijos,Bella.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Este autor(a) escreve mais 10 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Fiquei deitada na cama por um tempo, observando os desenhos da luz clara da manhã um gracioso balé de luzes brancas e quentes. Meus olhos ainda ardiam um pouco, mesmo depois de ter dormido. Engraçado que eu nunca fui esse tipo de garota, que chorava por qualquer coisa, mas era a primeira vez que eu me apaixonava de verdade. Não sabia bem o que est ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 86



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • ana_herrera Postado em 29/08/2016 - 20:08:09

    Ja ta quase acabando agosto de 2016 e nada( ._.)

  • bellyta_ponny Postado em 02/01/2016 - 20:15:18

    Ameiiiiiiiiii é perfeitaaaaaa!!!!

  • narachavez Postado em 14/08/2015 - 19:41:02

    Adorei ! Perfeita !!!!

  • jey_aya Postado em 17/12/2014 - 01:35:50

    Nossa qrooo a segunda temprada minha fiah kk *-* já tá quase pra lançar o filme e vc ainda não postou 2ª temporada!! kkkkk mais vcs ai se der passem na minha fic ta? é super legal e diferente das outras http://fanfics.com.br/fanfic/41001/amor-infinito-amor-aya-aya bjão !

  • LuanaFernandes Postado em 13/11/2014 - 13:51:50

    Eu tenho os dois livros! Owwn, rs. Lembro-me de rir horrores no primeiro livro, quando a Sofia descobre como fazem xixi na época. Hahahaha, melhor parte! E o final: Apesar de ser feliz, me deixou em prantos ao saber como seria a vida do Ian sem a Sofia... Enfim... O livro original é incrível, adaptado a Los A então... :)

  • leticiaaa Postado em 31/10/2014 - 15:55:58

    Cade vc?quero encontada *-*

  • lubelber Postado em 02/08/2014 - 17:12:44

    Que lindo Bela!!!!!!!!Quero muito uma 2ª temporada!!!

  • camile_ponny Postado em 01/07/2014 - 20:00:00

    Opa! Belaza haha amiga percebeu que as coisas boas tão em agosto?! Ah meu deus que agosto chegue logo! vou tá aqui pode deixar! ;)

  • franmarmentini Postado em 25/06/2014 - 13:33:46

    ai já to com o coração na mão esperando...

  • franmarmentini Postado em 25/06/2014 - 13:31:51

    *-*


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais