Fanfics Brasil - Capitulo 30 Perdida (Adaptada) Ponny

Fanfic: Perdida (Adaptada) Ponny | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho


Capítulo: Capitulo 30

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Fiquei ali tentando me acalmar. Senti um imenso alívio por ter contado a verdade a Alfonso. Senti-me muito mais leve por não esconder dele o meu grande segredo. Agora que ele conhecia a história, talvez me ajudasse a encontrar a tal pessoa. 


Ou talvez não procurássemos ninguém! 


Talvez se eu enterrasse o celular em algum lugar, talvez não captasse mais o sinal “mágico” e eu estaria livre! Talvez eu pudesse ficar ali. Eu poderia morar com Alfonso e ajudar na administração dos cavalos ou até mesmo ajudar Gomes a lustrar talheres, não importava. Poderia cuidar de Maite até que fosse adulta. Sentiria falta de muitas coisas, claro; meu banheiro ou qualquer banheiro — o computador a cafeteira, os enlatados, a pizza, as lanchonetes, bebidas geladas até do emprego. E sentira falta de Dulce. Muita falta! Mas ela estava com Christopher, iriam morar juntos. Ela seria feliz! Se ao menos eu pudesse avisá-la que estava bem e feliz... 


E quanto ao resto... 


Eu sobreviveria! 


Quem precisava de cafeteira ou micro-ondas quando se tinha uma Madalena? Quem precisava de enlatados, quando se tinha legumes frescos todos os dias? Quem precisava de TV quando se tinha Alfonso para conversar? Quem precisava viver uma vida solitária, quando tinha a chance de viver uma vida plena e feliz ao lado do homem que ama? 


Eu sobreviveria! 


Sim, eu sobreviveria sem tudo aquilo. Só não poderia suportar viver sem Alfonso. 


— Claro que acredito, Anahí. Claro que acredito! 


Era bom! Porque se ele, que me conhecia mais que qualquer um ali — e em meu século também, nem mesmo Dulce me reconheceria agora — não acreditasse no que eu dizia, não me sobraria nada. Estaria sozinha, perdida, sem saber como voltar e, provavelmente, na rua. Alfonso não permitiria que Maite convivesse com uma maluca. 


— Acalme-se, por favor, — pediu ele. Sua voz retorcida com uma emoção nova. 


— Você precisa acreditar em mim. Não estou mentindo, nem inventado nada, eu juro! — eu disse, me agarrando a sua camisa. 


— Eu sei, amor. — ele segurou minhas mãos geladas, mas, pela primeira vez, suas mãos estavam tão frias quanto as minhas. — Tudo ficará bem. 


Olhei dentro de seus olhos procurando confirmação, mas ainda estavam opacos. Não me diziam nada. Um arrepio subiu por minha espinha, um daqueles que não eram nada agradáveis. 


— Ouça-me. Vou até a sala avisar Maite que estamos aqui. Ela pode nos procurar e ficará preocupada se não nos encontrar. Voltarei logo, está bem? E então você poderá me contar tudo com mais calma. — não gostei do tom sua voz. Parecia... Pena. 


—Tá bem. — concordei fracamente. Eu ainda tremia um pouco. — Vou te esperar aqui. 


E, depois de beijar minha testa mais uma vez e me olhar daquela forma estranha novamente, ele deixou a sala


Esperei por ele por muito tempo, ansiosa para contar minha súbita descoberta, mas ele não voltava e minha paciência diminuía. Fiquei meio cismada com a expressão de seu rosto quando deixou a sala. De algum modo, ele parecia assustado de uma forma que eu nunca tinha visto antes, nem quando caiu do cavalo, nem mesmo quando Santiago me atacou. Depois de mais de meia hora esperando desisti e resolvi procurar por ele, pra saber se mais alguma coisa havia acontecido naquela noite desastrosa. 


Não fui muito longe, porém. Apenas até o escritório. Eu pretendia ir até a sala, ao baile, mas quando passei pelo escritório, vi a porta entreaberta e ouvi a voz de Alfonso lá dentro, me detive. 


— Então, não há outra forma? — seu tom desesperado fez meu coração bater mais rápido. 


O que era agora? 


— Não, Senhor Herrera . Sinto muito, mas não há outra forma. — espiei pela abertura e vi o médico em pé em frente à mesa, Alfonso estava sentado no sofá de couro escuro, os cotovelos no joelho, a cabeça afundada entre as mãos. — Pode ser apenas uma crise. Um surto. É normal acontecer isso depois de uma situação traumática. E, pelo que me contou, creio que seja este o caso. Sei que a estima muito mas, se interná-la agora, antes que piore, talvez dentro de alguns meses ela possa recuperar a sanidade. 


Levei pouco tempo para entender o dialogo dos dois. Um milésimo de segundo apenas. 


O médico queria internar alguém em crise. Alguém que aparentemente tinha surtado! E Alfonso estava desolado com a descoberta. 


Senti que meu coração fora arrancado do peito. 


— Você mentiu! — eu disse, escancarando a porta. Alfonso se levantou, assustado com minha entrada tempestuosa. — Você mentiu pra mim! 


Lágrimas encheram meus olhos. Uma dor profunda e lancinante dilacerava o local onde deveria estar meu coração


— Anahí, acalme-se, por favor! Eu não menti. Apenas escute o que o Dr. Almeida tem a lhe dizer. — as mãos espalmadas numa súplica, seu rosto transformado pela dor. Não me comovi. Sua dor não era maior que a minha. Eu não tinha mais ninguém. Ninguém que acreditasse em mim. Ninguém a quem pedir ajuda! 


Ninguém! 


— Senhorita Anahí, o Senhor Herrera me contou o que lhe aconteceu esta noite. Talvez você apenas precise descansar um pouco, minha jovem. Conheço um lugar muito discreto onde... 


— Você vai me jogar num manicômio? — gritei para Alfonso. As lágrimas turvavam minha visão, eu respirava com dificuldade, a dor aumentava segundo a segundo. 


— Não é isso! Apenas ouça o que o Dr. Almeida tem a lhe dizer. — ele se aproximou os olhos cheios de piedade, suas mãos ainda abertas com as palmas para frente. Desarmado, diziam, assim como disseram a Storm no dia anterior. E logo em seguida, viria o bote. 


— Não toque em mim. — berrei, me afastando dele. 


— Anahí, amor, você prec... 


— Cale a boca, Alfonso! — eu berrava descontroladamente. Não me ajudava muito, contudo, me descontrolar daquela maneira quando já suspeitavam de minha sanidade, mas não pude conter a raiva. — Só... cale a boca! Eu me enganei com você. Como eu pude ser tão idiota? Eu sabia que daria nisso! Sempre soube que isso aconteceria. — minha única certeza. Um coração destroçado no final de tudo. — Pensei que você realmente me amasse! Pensei que acreditasse em mim! 


— Mas eu a amo... 


— Ama nada! Se me amasse, confiaria em mim. Você nem ao menos se deu ao trabalho de investigar minha história. Deduziu que eu estava louca e rapidinho arrumou alguém pra te ajudar a se livrar de mim! 


— Não é nada disso! Você está... 


— Como eu pude cair nessa? Esse tempo todo você só queria me levar para a cama! Como fui burra! Pensar que você pudesse me amar. Claro que nunca amaria alguém como eu, alguém que não sabe se comportar como as outras garotas, que nem ao menos consegue se expressar de forma clara, alguém usada.  Eu te odeio Alfonso! ODEIO! 


— Está enganada! Você não está entendendo, ouça-me... — implorou. 


— NÃO! — berrei e corri para meu quarto. 


Ouvi ele me chamar no corredor e depois me seguir apressado, mas consegui chegar a tempo de passar a chave e a trava de madeira na porta. Ele não entraria tão rápido dessa vez. 


Olhei em volta e juntei minhas coisas. Enfiei tudo que era meu na bolsa. 


— Anahí, perdoe-me. Eu... Estou confuso. — sua voz abafada, mas cheia de angústia. — Abra, por favor! Vamos conversar. Não vou deixar que a levem a parte alguma, eu prometo! 


Da mesma forma que prometeu que acreditava em mim! 


Abri a janela, era ainda mais alta do que eu esperava. As batidas na porta ficaram mais fortes. 


—Anahí, abra, por favor! — a urgência em sua voz me fez crer que, mesmo com a trava, ele entraria naquele quarto. E não levaria muito tempo. 


Pulei da janela sem hesitar a grama amorteceu um pouco o tombo, ralei apenas um joelho e um pouco do cotovelo. Estava frio ali fora, o vento gelado trazia a umidade da tempestade que se aproximava. Não me importei com isso, eu tinha que sair dali. Precisava sair dali. Não podia suportar olhar para Alfonso outra vez. Não podia suportar que ele me olhasse com piedade, depois de tudo o que vivemos. 


Corri o mais rápido que pude, totalmente às cegas. Eu não tinha para onde ir, nem a quem recorrer, mesmo que tivesse que dormir ao relento pelo resto da vida, ainda seria melhor do que ser trancada em um manicômio. 


As nuvens encobriam a lua e a noite escura não permitia ver para qual direção eu seguia, mas continuei em frente. Corri sem destino, na ânsia de me afastar de Alfonso o máximo possível. Eu queria fugir até mesmo das lembranças, que agora me dilaceravam. 


A chuva fina começou a cair e deixou a grama escorregadia. Caí muitas vezes, mas não parei. Os raios e trovões iluminavam o céu vez ou outra. Agradeci por eles. Clareavam a noite sombria. 


O vestido encharcado ficou pesado demais e correr se tornou impossível quando a chuva torrencial desabou de uma vez. Andei sem rumo por muito tempo. Acabei tropeçando e caindo novamente no mesmo instante em que um raio cruzou o céu. Reconheci onde estava. Reconheci em que tinha tropeçado. Não era a primeira vez que eu tropeçava naquela pedra. Peguei o celular na bolsa e apertei a tela freneticamente. 


— Por favor. — chorei, mas nada aconteceu. 


Encolhi-me, tentando suportar a dor. Abracei os joelhos e deixei minha cabeça tombar sobre eles. Rezei muito para que a vendedora pudesse me ver naquele instante e acabasse com a brincadeira, 


— Me leva pra casa, por favor, — rezei baixinho. — Eu não quero mais ficar aqui! Me leva pra casa! 


Eu não poderia ficar naquele lugar. Nunca seria a minha casa. Nunca seria o meu lar. Não sem Alfonso. 


Eu não podia suportar que ele me internasse num hospício. Não podia suportar que me visse como uma louca. Não poderia viver ali! Jamais! 


E não queria acreditar que ele me usou. 


Uma noite apenas! 


Eu tinha que voltar para casa pra ficar sozinha, como sempre foi. Voltar para a vida vazia de sempre. Sem amor, mas sem dor. 


Rezei para que, quando eu voltasse acontecesse um milagre e, como nos filmes, eu simplesmente esqueceria tudo que vivi ali. Porque eu queria esquecer o que vivi com Alfonso, esquecer suas falsas juras de amor, esquecer seus sorrisos, seu cheiro, nossas conversas, o que vivemos... esquecer tudo! 


Fiquei ali sentada, encolhida como uma criança assustada, por muito tempo. Eu tremia muito, convulsivamente, cada parte de meu corpo se transformou numa pedra de gelo, mas eu não sabia se era de frio ou de medo. Eu não tinha para onde ir. Não sabia o que fazer. Jamais me senti tão sozinha! 


— Por favor, me leva pra casa! 


Estava tão gelada que não sentia nem mesmo o calor das lágrimas que rolavam incessantemente por meu rosto. Abracei-me mais, tentando me aquecer de alguma forma, mas a chuva gélida e pesada caía impetuosamente. A consciência começou a me escapar. 


Não sei por quanto tempo fiquei ali, mas me pareceu uma eternidade. 


Como imagens fotográficas, um quadro por vez, vi algo se movimentar na escuridão. Não pude me mover, meus músculos pareciam estar congelados. 


A coisa se aproximava a cada vez que eu abria meus olhos. Meu corpo estava fraco e dolorido, como se milhões de agulhas estivessem enterradas nos músculos. Pisquei algumas vezes e a coisa estava bem perto agora. A coisa bufou e uma nuvem de vapor se fez visível na penumbra. 


— Anahí! — alívio e desespero se misturavam na voz dele. 


Alfonso.


Vi quando ele desceu da coisa preta. 


— Storm? — tentei dizer, mas a voz não saiu. 


— Anahí, você está bem? — seus lábios tocaram minha testa com urgência. — Meu Deus! Está congelando! — tirou o casaco molhado e rapidamente me embrulhou com ele. 


— T-t-tire as mãos d-d-de mim. — murmurei. Tentei empurrá-lo, mas estava fraca demais, tudo doía, o sono me vencendo. 


— Vou levá-la para casa. — seus braços me envolveram para me levantar do chão. 


—E-eu tô t-tentando voltar para ca-casa. Me s-s-s-s-solte! — não conseguia conter o tremor, a dor nos músculos se tornava insuportável. Tentei empurrá-lo com mais força. 


Não obtive sucesso. Ele nem notou que eu o empurrava. Levantou-me do chão com facilidade. 


— M-me po-ponha no chão! — ordenei. 


— Vou levá-la para casa, Anahí. Agora! Você precisa se aquecer! — sua voz firme, segura, não deixou espaço para réplica. 


Repliquei mesmo assim. 


— Me-me-me s-s-s-s--solte. — sacudi os braços e as pernas, tentando descer. 


Não foi boa ideia. Parecia que meus músculos se rasgava, quando eu os movia. 


— Anahí, você vai comigo, de uma forma ou de outra ! — ameaçou. — Ninguém lhe fará mal, eu prometo! Não tenha medo! 


Desisti da luta. Não que tivesse acreditado nele, mas começava sentir a dormência dominar meu corpo inteiro. Sabia que não seria capaz de fugir, sentia a rigidez dos músculos minha força sendo sugada pela chuva. 


Alfonso me colocou no lombo de Storm com dificuldade, depois subiu e me segurou firme com as duas mãos. Eu estava muito sonolenta, nem mesmo a chuva gelada espantava o sono. Deixei minha cabeça cair em seu peito. 


— Logo estaremos em casa, você vai ficar bem! — Alfonso disse, me apertando mais forte. 


Fiquei furiosa comigo mesma por não ter ido mais adiante. Por deixar que ele me encontrasse tão facilmente e me levasse de volta sem meu consentimento. Ao que parecia, ninguém mais respeitava o que eu queria! 


Escondi meu rosto em seu pescoço, exausta, tentando fazer com que a chuva parasse de alfinetar minha pele. 


— Eu t-te ode-deio!— murmurei, fraca demais. 


— Não me importo com isso. Não muda nada para mim. — o cavalo começou a se mover e eu comecei a escorregar para a inconsciência. — Vou amá-la por toda vida. — foi a última coisa que ouvi antes de cair no abismo escuro.


 


Será que Anahí ira perdoar o Alfonso? Bom só amanha mesmo para vocês descobrirem amores!! Amanha postarei outro capitulo, boa noite,beijos,Bella.


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belle_doll:Por enquanto tenho apenas essa web, mas assim que terminar de posta-la irei começar uma nova web adaptada chamada:"Desejos secretos" e depois dessa postarei uma web de minha total autoria chamada "O Desejo Errado". Obrigada por comentar!!


franmarmentini: Entendi porque você advinha tudo, você presta atenção aos detalhes!Isso que é uma leitora de primeira!!kkkk! Obrigada por comentar!!


 


 



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Acordei completamente desnorteada, meu corpo todo doía e a luz do sol fazia meus olhos lacrimejarem. Olhei ao redor, estava no meu quarto na casa de Alfonso. Ele estava ali, assim como o médico. Minha memória voltou como um raio, fazendo minha cabeça latejar. Encolhi-me na cama, como um bicho acuado, sentindo todas as juntas doerem.  — ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 86



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  • ana_herrera Postado em 29/08/2016 - 20:08:09

    Ja ta quase acabando agosto de 2016 e nada( ._.)

  • bellyta_ponny Postado em 02/01/2016 - 20:15:18

    Ameiiiiiiiiii é perfeitaaaaaa!!!!

  • narachavez Postado em 14/08/2015 - 19:41:02

    Adorei ! Perfeita !!!!

  • jey_aya Postado em 17/12/2014 - 01:35:50

    Nossa qrooo a segunda temprada minha fiah kk *-* já tá quase pra lançar o filme e vc ainda não postou 2ª temporada!! kkkkk mais vcs ai se der passem na minha fic ta? é super legal e diferente das outras http://fanfics.com.br/fanfic/41001/amor-infinito-amor-aya-aya bjão !

  • LuanaFernandes Postado em 13/11/2014 - 13:51:50

    Eu tenho os dois livros! Owwn, rs. Lembro-me de rir horrores no primeiro livro, quando a Sofia descobre como fazem xixi na época. Hahahaha, melhor parte! E o final: Apesar de ser feliz, me deixou em prantos ao saber como seria a vida do Ian sem a Sofia... Enfim... O livro original é incrível, adaptado a Los A então... :)

  • leticiaaa Postado em 31/10/2014 - 15:55:58

    Cade vc?quero encontada *-*

  • lubelber Postado em 02/08/2014 - 17:12:44

    Que lindo Bela!!!!!!!!Quero muito uma 2ª temporada!!!

  • camile_ponny Postado em 01/07/2014 - 20:00:00

    Opa! Belaza haha amiga percebeu que as coisas boas tão em agosto?! Ah meu deus que agosto chegue logo! vou tá aqui pode deixar! ;)

  • franmarmentini Postado em 25/06/2014 - 13:33:46

    ai já to com o coração na mão esperando...

  • franmarmentini Postado em 25/06/2014 - 13:31:51

    *-*


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