Fanfics Brasil - Capitulo 37 Perdida (Adaptada) Ponny

Fanfic: Perdida (Adaptada) Ponny | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho


Capítulo: Capitulo 37

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Quero dar as boas vindas aos meus novos leitores:vic_herrera, beca, Leelopes e Tsuki-Chan! Obrigada por favoritar à web,flores!!


 


 


Não voltei a casa dele outra vez. Não podia suportar ouvir seus descendentes contarem histórias sobre seu desespero e, pior ainda, falarem dele como se estivesse morto. Ele não estava morto! 


Parte de mim tentava ser racional e entender que ele nascera há mais de duzentos anos e que, a essa altura... Mas ele não estava morto! Eu sabia disso. Tinha certeza! Ele ainda vivia em algum universo paralelo estranho e incompreensível, mas vivia! 


Meus dias se tornaram nulos, nada importante acontecia. Ou eu é que não percebia mais os problemas à minha frente. Todos os dias passava horas sentada no banco perto do cedro imenso, lembrando dos momentos mais felizes que tive na vida. Gostava daquele lugar. Era minha ligação com Alfonso. Nosso lugar especial. Ficava ali por horas ouvindo nossa música. 


Peguei carona no carro com a noiva para ir até a igreja no grande dia. Dulce estava deslumbrante! Seu vestido simples e elegante ressaltava ainda mais sua pele cor de chocolate. Ela estava radiante e mais linda do que nunca. 


Fiquei feliz demais ao ver os pais dela ao seu lado no altar. Ambos pareciam acanhados e ainda se via uma pontada de ressentimento em seus olhos, mas eles estavam ali, era o que importava. Talvez quando vissem o quanto Christopher amava Dulce, o quanto ele se preocupava com ela, talvez acabassem gostando dele. Pelo menos um pouquinho. 


A cerimônia foi perfeita e eu acabei chorando, o que não era comum para mim. Até bem pouco tempo, casamentos não me emocionavam, me deixavam apavorada. Percebi depois que não fui a única a chorar. Christopher tentou bravamente esconder as lágrimas, mas, depois de um tempo, ficou muito evidente em seus olhos inchados. Tive a impressão de que ele amava Dulce muito mais do que deixava transparecer. 


Tirei centenas de fotos com meu novo e simples celular na deliciosa recepção. Mas quando os noivos assumiram o centro da pista de dança para a valsa, tive que sair dali. Não dava para não pensar em Alfonso vendo os dois rodopiando apaixonadamente pelo salão. 


Dulce praticamente me acertou com o buquê — de rosas azuis — deixando várias garotas com cara de desapontadas. 


—Te trará sorte. — ela disse sorrindo. 


— Tomara. Eu tô mesmo precisando de um pouco pra variar. — sorri um pouco. Mas não precisava ter escolhido as flores azuis por minha causa. 


— Mas eu quis flores azuis! Não tem nada a ver com o que a Mãe Cleusa te disse. Eu quis! 


— Sei. — retruquei desconfiada. 


Dulce tentava me animar de toda forma nos últimos dois meses. Eu tentava demonstrar um pouco de entusiasmo quando estava perto dela, mas parecia que eu não tinha mais esta capacidade. 


— Anahí será que não seria melhor se... — ela começou insegura. — Sei lá... você tentasse... esquecer? 


— Não! Eu não quero esquecer. Não consigo esquecer o que vivi com Alfonso seria como... Como tentar alimentar um tubarão só com legumes. Não dá! Eu não... Eu só...


— Desculpe, eu não queria te deixar nervosa. Só queria que pudesse ser feliz de algum jeito. 


— Valeu, Dulce, mas não precisa se preocupar comigo. Eu estou bem. 


Ela não disse nada, apenas me encarou. Não acreditou na minha mentira deslavada. Era inútil tentar esconder qualquer coisa dela 


— Eu vou ficar bem. Você vai ver! — emendei, tentando parecer mais segura. 


Peguei minha bolsinha sobre a mesa e meu buquê. 


— Tem certeza que não quer ficar um pouco mais? Ainda vai demorar um pouco para sairmos para a nossa lua de mel. — Dulce revirou os olhos. 


— Tenho. Já está tarde e amanhã eu vou até a divisa do estado. Encontrei uma garota na internet que diz ter vivido algo parecido. Quem sabe eu descubro alguma coisa dessa vez. Além do mais, eu já vi o melhor da festa! — apontei para o Christopher no centro da pista dançando animadamente uma música muito rebolativa.


— Ele sempre se empolga quando bebe um pouquinho a mais... — ela sorriu encantada, admirando seu marido com olhos brilhantes.


—Você está feliz, não está? — perguntei, constatando o óbvio, 


— Muito. Imensamente feliz. Acho que eu só poderia estar mais feliz se você não estivesse tão triste. 


— Esquece isso! Hoje é o seu dia! A sua noite, melhor dizendo! — pisquei pra ela, forçando um sorriso. 


Ela suspirou. 


— Anahí, estou tão cansada que a única coisa que eu vou querer é cama! Pra dormir e mais nada. — ela fez uma careta, remexendo um dos pés. — Sou capaz de acertar a cabeça do Christopher com o abajur se ele começar com gracinhas. 


— Que belo começo de casamento! — zombei. Depois a abracei. — Boa viagem. Me liga quando voltarem. 


— Adeus, minha amiga! — e me apertou forte. 


— Ai, Dulce, credo! Você só vai ficar fora por uma semana, não precisa fazer drama. — eu brinquei, mas também a abracei mais apertado. — Te amo, Dulce. Fala que eu disse “boa viagem” pro seu mandão! 


— Anahí! — ela me soltou fazendo uma careta, e depois sorriu, enquanto eu me dirigia para a saída. 


Voltei a pé para casa, não tinha táxi ali perto e não era tão longe assim. E eu gostei de caminhar com a brisa suave da noite brincando em meu rosto. A imensa lua branca deixava tudo prateado, como num quadro em branco e preto. 


Parei na pracinha, perto da minha pedra que eu ultimamente tinha como meu lar —, incapaz de resistir. Fiquei no banco por uns dez minutos, contemplando a lua e pensando o que Alfonso estaria fazendo naquele momento. 


E então, vindo do nada, a mulher que procurei incessantemente nos últimos dois meses se materializou bem diante dos meus olhos. 


— Acredito que esteja procurando por mim. — ela disse e sorriu gentilmente.   


Levantei-me num salto, eu queria torcer seu pescoço, pisar na sua cabeça até os olhos saltarem. Mas, ao invés disso, apenas encarei a mulher que bagunçou minha vida com toda a raiva que eu sentia. 


— Por que? — perguntei trincando os dentes. 


Ela não respondeu, apenas me contemplava com olhos gentis. Minha raiva aumentou. 


— Por que? — repeti, sentindo o sangue ferver nas minhas veias. — Por que fez isso? 


— Você tinha que passar por isso. Tinha que conhecer Alfonso. — ela disse com sua voz suave e musical. 


— E pra que? 


— Ele estava no seu destino. — ela deu de ombros. — Não tive outra alternativa. Precisei reuni-los como pude! 


Eu não entendia o que ela me dizia. Nada fazia sentido. 


— Vou explicar melhor, querida. Imagine que todas as pessoas tem sua outra metade e, que algumas vezes, passam por ela sem nem mesmo notar. Outras pessoas são mais atentas e as notam e tem a chance de escolher, de ser feliz por toda a vida. 


Eu ainda a encarava sem entender. 


— Acontece que ocorreu um pequeno erro e você não teve esta chance. Sua metade não vivia no mesmo presente que você. Precisei reuni-los para equilibrar as coisas. 


— Reunir? Você acabou com a vida de Alfonso e com a de Maite! E a minha também! — eu gritei. 


Ela não pareceu abalada. 


— Bem, sim. Mas você aprendeu o que precisava. 


— Aprendi! Aprendi a nunca confiar em estranhas que querem ferrar com sua vida usando um sorriso gentil no rosto! 


Ela levantou uma sobrancelha. 


Eu bufei. 


— É claro que aprendi. Mas não precisava ter estragado a vida de outras pessoas para fazer isso, não de pessoas tão boas como eles.  Se queria me ensinar a ser menos fútil, podia ter dado outro jeito. 


— Não é bem a isso que estou me referindo. Nunca foi sobre sua futilidade. 


— Ah! Não? E porque você fez aquela cara quando me vendeu o celular? 


— Porque, sendo você como era naquela época, eu sabia que sofreria mais em sua experiência do que outra pessoa. Muitas pessoas estão habituadas a uma vida mais simples. Seria mais fácil se você fosse assim, só isso! — deu de ombros. — Me referia ao seu autoconhecimento. 


— Então... então... — agora é que eu não entendia nada mesmo! 


— Na verdade, Anahí, como eu disse, foi tudo um erro de planejamento. 


— Um erro? 


— Sim, querida. 


Ela estava me irritando profundamente com os seus “queridas”. 


— Então, Alfonso está sofrendo por um erro seu? Como você pode fazer isso com ele? Por que não me deixou quieta com minha vida vazia? Me deixasse passar pela vida sem vivê-la. Nunca deveria ter me mandado para lá! Nunca! Eu não posso continuar... Não depois de saber que Alfonso... — meu peito doía ao pensar que tinha sido infeliz em sua vida. E tudo o que eu mais queria era que ele fosse feliz. 


— É por isso que estou aqui, querida. — ela disse sorrindo maternalmente. — Vamos consertar algumas coisas? 


Olhei para ela, desconfiada, e querendo muito que não estivesse brincando comigo. Eu já estava no limite! 


— Não estou brincando. Vamos resolver isso de uma vez. Tenho outros... Clientes por assim dizer, que preciso visitar. 


— Por falar nisso, quem era a tal pessoa que estava lá também? —perguntei, querendo resolver finalmente este mistério. 


— Eu não disse que era uma pessoa. — e sorriu. 


— O que? 


— Storm era seu protetor, se tivesse prestado mais atenção teria percebido. — ela disse meio ríspida. 


O cavalo? Meu protetor? 


— Eu procurava por um homem e era um cavalo o tempo todo? 


— Eu jamais te deixaria sozinha, Anahí. Mas não podia envolver mais pessoas neste caso. Storm foi perfeito para esse trabalho. Ele te ajudou diversas vezes, não foi? — apontou. 


Comecei a juntar as coisas: Storm no quadro me deixou fascinada, depois que o conheci fiquei ainda mais ligada a ele. E foi por culpa de Storm que Alfonso e eu acabamos nos enroscando e caindo na estrada, o que levou ao nosso primeiro beijo. Ele me encontrou quando tentei fugir e me levou para casa quando chegou a hora de voltar. 


— Claro! — eu disse, sacudindo a cabeça tristemente. — Como fui estúpida! 


— Estúpida não. Apenas desatenta. — ela me corrigiu. 


— Como você faz isso? Como sabe o que eu estou pensando? 


— Querida, eu conheço todos os meus... clientes, profundamente. Digamos que eu esteja em sintonia com sua cabeça. — ela sorria pra mim como se fosse minha amiga. — E eu sou! Então, vamos acertar tudo? Agora que se conhece verdadeiramente, me diga o que realmente deseja, Anahí


— Quero voltar! — eu disse firme. 


— Não posso permitir que viva essa experiência outra vez. — seu rosto ficou sério. — É contra as regras. 


Assenti, sentindo parte de mim morrer naquele instante. 


— Então faça Alfonso feliz. Faça com que esqueça que me conheceu ou que se apaixone por outra garota ou qualquer outra coisa que o deixe feliz. — implorei, cansada. 


— Tem certeza de que quer mesmo isso? — suas sobrancelhas arquearam. — Ele não se lembrará de nada do que viveram juntos. Não se recordará nem mesmo que a conheceu. 


— Eu não me importo! — eu disse abrindo os braços, meus olhos inundados. Eu me lembraria e isso me bastava. —Desde que ele esteja feliz, não me importo com mais nada. 


Ela me observou por um longo minuto. 


— Estou muito orgulhosa de você, Anahí! — seu sorriso iluminou seu rosto delicado. — Muito bem, então! Me devolva o aparelho, por favor? — pediu esticando a mão. 


Abri minha bolsa e peguei o celular que eu passara a gostar. Ele tinha me levado até Alfonso e agora estava indo embora para arrumar o estrago que eu causei. Coloquei o aparelho na mão dela rapidamente. Quanto antes ela fizesse sua mágica mais rápido Alfonso deixaria de sofrer. 


—Tem certeza? — perguntou mais uma vez. 


— Você não disse que conhece cada segredo de minha alma? — retruquei. — Faça logo e o deixe viver em paz! 


Ela abriu um enorme sorriso eufórico. 


— Você manda! — disse apertando o botão verde. Obviamente, com ela, o aparelho funcionou. 


A luz branca me cegou. Dessa vez, porém, não me assustei. Esperei que a cegueira passasse para que eu pudesse voltar para meu apartamento e me enfiar no meu nada outra vez. Mas quando tentei fazer meus olhos focalizarem a rua, não fui capaz. Não por que ainda estivesse cega ou por não haver luz alguma, mas por que não existia rua alguma. Tudo havia sumido. 


Olhei em volta com o coração retumbando no peito, a luz prateada da lua me permitiu ver onde eu estava, ver a pedra perto de meu pé, o cedro ainda pequeno, o gramado que cobria todo o chão e a ela que ainda estava ali na minha frente. 


— Mas você disse que... — comecei sem entender. 


— Que não poderia repetir a experiência. E não pode. — ela sorriu. — Mas você pode escolher, Anahí. Agora que você sabe quem realmente é, o que realmente quer, poderá escolher. Ficar aqui ou voltar para o seu tempo, mas seja qual for sua decisão não haverá retorno. — ela ameaçou. — Não é uma ameaça! Estou apenas te avisando, para que não hajam mais erros. 


Eu não precisava pensar. 


— Fico aqui. — eu disse, enfática. Meu coração martelava nas costelas, um sorriso se apoderou de meus lábios. — Fico aqui com Alfonso. 


Ela assentiu sorrindo. 


— Imaginei que me diria isso. 


— Posso ir? — eu tinha pressa, passei mais tempo sem ele do que podia suportar. 


— Pode sim, querida. Seja feliz! 


Dei alguns passos, mas depois voltei. Atirei meus braços em volta dela e a apertei forte. 


— Obrigada, seja lá quem você for! Obrigada por trazê-lo para mim! 


Ela não pareceu surpresa com minha reação. 


— Sei que os mecanismos de magia se modernizaram um pouco ao longo dos anos, mas não pode ser tanto assim que você não me reconheça! — disse zombeteira. 


Eu a soltei e olhei em seus olhos. 


— Você é uma... fada? — experimentei dizer. Só podia ser! Como não pensei nisso antes? Talvez por que fosse ridículo demais, mas... 


— Quase isso. Você pode adivinhar. Vamos, Anahi, pense! Eu lhe mandei um príncipe charmoso, um vestido de baile, uma carruagem... — ela sorria divertida. 


A compreensão me atingiu como um raio. 


— Você é minha f... — mas a luz branca voltou e ela desapareceu. Seu riso ecoou na noite prateada. 


Fada Madrinha? Eu tinha uma fada madrinha? Ao que parecia, do tipo mais estranho que eu já tinha ouvido falar. Que te dava aquilo que você ainda nem sabia que queria. Mas eu estava onde queria estar, então, agradeci por ela existir e, assim que a cegueira passou, me pus a correr em direção ao caminho que me levaria até Alfonso.


 


 


Finalmente Anahí voltou para o Afonso *----* Infelizmente amanha postarei o penultimo capitulo e se der tempo postarei tambem o ultimo capitulo ; / Sentirei muitaa falta dessa web e principalmente de vocês. meus leitores amados ; / Ate amanha,boa noite,beijos,Bella.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 86



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  • ana_herrera Postado em 29/08/2016 - 20:08:09

    Ja ta quase acabando agosto de 2016 e nada( ._.)

  • bellyta_ponny Postado em 02/01/2016 - 20:15:18

    Ameiiiiiiiiii é perfeitaaaaaa!!!!

  • narachavez Postado em 14/08/2015 - 19:41:02

    Adorei ! Perfeita !!!!

  • jey_aya Postado em 17/12/2014 - 01:35:50

    Nossa qrooo a segunda temprada minha fiah kk *-* já tá quase pra lançar o filme e vc ainda não postou 2ª temporada!! kkkkk mais vcs ai se der passem na minha fic ta? é super legal e diferente das outras http://fanfics.com.br/fanfic/41001/amor-infinito-amor-aya-aya bjão !

  • LuanaFernandes Postado em 13/11/2014 - 13:51:50

    Eu tenho os dois livros! Owwn, rs. Lembro-me de rir horrores no primeiro livro, quando a Sofia descobre como fazem xixi na época. Hahahaha, melhor parte! E o final: Apesar de ser feliz, me deixou em prantos ao saber como seria a vida do Ian sem a Sofia... Enfim... O livro original é incrível, adaptado a Los A então... :)

  • leticiaaa Postado em 31/10/2014 - 15:55:58

    Cade vc?quero encontada *-*

  • lubelber Postado em 02/08/2014 - 17:12:44

    Que lindo Bela!!!!!!!!Quero muito uma 2ª temporada!!!

  • camile_ponny Postado em 01/07/2014 - 20:00:00

    Opa! Belaza haha amiga percebeu que as coisas boas tão em agosto?! Ah meu deus que agosto chegue logo! vou tá aqui pode deixar! ;)

  • franmarmentini Postado em 25/06/2014 - 13:33:46

    ai já to com o coração na mão esperando...

  • franmarmentini Postado em 25/06/2014 - 13:31:51

    *-*


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