Fanfics Brasil - Penultimo capitulo Perdida (Adaptada) Ponny

Fanfic: Perdida (Adaptada) Ponny | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho


Capítulo: Penultimo capitulo

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Senti saudades dos vestidos  bufantes quando tentei acelerar a corrida e o tecido não permitiu.


Droga de vestido apertado! 


Tirei os sapatos de salto agulha e levantei a saia — o pouco que pude — tentando ganhar mais velocidade. Eu meio corria, meio andava. Parecia um pato descontrolado correndo atrás de uma minhoca voadora mas, a cada segundo, eu me aproximava mais de Alfonso. 


Meu coração saltou dentro do peito assim que avistei a casa grande, ainda cor de creme, ainda sem nem uma ação de desgaste. Tudo estava como deveria estar. Meus pulmões ardiam pelo esforço, mas eu não parei até praticamente arrombar a porta da sala e entrar feito um furacão, assustando Maite, Teodora e Gomes, que tinha uma bandeja nas mãos e com o susto acabou derrubando tudo no chão. 


— Maite! — exclamei sem ar.  


— Anahí? — ela perguntou, completamente desnorteada, enquanto me lancei contra ela. — Anahí! 


— Maite! Maite! — eu a apertei, soltando meus sapatos, minha bolsinha e o buquê, que caíram na bagunça de xícaras e açúcar. — Senti tanto sua falta! Muita mesmo! 


Eu a deixei e abracei Teodora. Estava eufórica demais. 


— E também senti saudades suas, Teodora. Não é estranho? 


Ela me abraçou meio sem jeito. 


— Acho que sim... — mas estava sorrindo. 


— Gomes! Como é bom ver essa sua careca outra vez! — eu disse, enquanto o esmagava com os braços. Ele ficou meio sem jeito, mas acabou retribuindo meu abraço. — Desculpe pelo susto... 


— Que bom que está de volta, senhorita. — disse um pouco acanhado. 


— Onde ele está? — perguntei ainda ofegante. 


— No quarto. Ele não sai de lá. — Maite disse com os olhos arregalados, ainda surpresa com meu súbito aparecimento. 


Comecei a correr em direção ao quarto dele quando Maite gritou: 


— Não no quarto dele! Em seu antigo quarto.


— Alfonso! — resmunguei, mudando de direção. 


Não me perdi dessa vez. 


Não me perderia nunca mais! 


Alcancei a porta e tentei abri-la, mas estava trancada com chave. 


— Vá embora! — gritou lá dentro. 


Meu corpo todo estremeceu ao ouvir sua voz, mesmo estando mais rude que de costume. Bati na porta com mais força. 


— Já pedi para me deixar em paz. —ele vociferou. 


Não desisti. Continuei batendo insistentemente até que ouvi sons de passos pesados e sua voz lamuriosa esbravejando outra vez. 


— Eu já disse para ir embora! — berrou ao abriu a porta. Seus olhos furiosos se arregalaram, depois ficaram confusos. O rosto abatido me examinou por alguns segundos. 


Meu coração batia ensandecido dentro do peito. Ele estava ali, bem na minha frente! 


— Tem certeza? Eu vim de tão longe! Mas se quiser que eu vá emb... — não pude terminar, seus braços urgentes me puxaram para si e seus lábios esmagaram os meus com desespero. 


Alfonso me apertou muito, num abraço quase insuportável, mas não pude ficar mais agradecida. Queria que ele nunca mais me soltasse! Minhas mãos tocaram o máximo dele que conseguiram: seu cabelo, seu pescoço, seu rosto, seus ombros. 


— Anahí! — ele gemeu vez ou outra sem desgrudar os lábios dos meus. 


Senti minha vida se encaixar novamente, exatamente como eu me encaixei em seus braços. Tudo fazia sentindo outra vez. 


Alfonso me beijou, ainda na porta do quarto, até que tudo ao meu redor se tornou um borrão giratório e eu fiquei sem fôlego. Sua boca deixou a minha, mas suas mãos não deixaram meu corpo, ainda me apertavam com urgência. 


—Você está aqui! — ele sussurrou colando sua testa na minha. 


— Estou! — fechei meus olhos inspirando, deixando seu cheiro invadir meus sentidos. Eu estava finalmente em casa. — Desculpe ter demorado tanto. Mas acreditaria se eu te dissesse que levei dois séculos para conseguir voltar? 


Ele levantou a cabeça e me encarou. 


— Como? — o sorriso não deixava seus lábios. 


— É uma longa história. — sorri, incapaz de não corresponder a seu sorriso. 


Ele alcançou a porta e a fechou, me puxando para dentro de meu quarto. Vi com satisfação que tudo ainda estava como deveria estar. Apenas meu retrato com o vestido rosa estava ali já terminado e uma garrafa quase vazia com um líquido âmbar fora colocada ao lado do vinho. 


Suspirei de alívio. Eu iria mudar o futuro. Ele não se acabaria em tristeza, eu não deixaria isso acontecer. Iria amá-lo tanto que o sufocaria de felicidade, seríamos felizes para sempre. Ficaríamos juntos para sempre. 


— Não estou com pressa. — disse ele. 


— Ela me procurou esta noite. Consertou as coisas. — falei apressada. Eu estava com pressa! Queria começar de onde paramos de uma vez por todas. 


Entretanto, ele fechou os olhos e suspirou. 


— Quanto tempo desta vez? — a voz embargada. 


Toquei seu rosto. 


— Não tem tempo. É definitivo desta vez. 


Ele abriu os olhos e eu sorri, seu rosto aos poucos se transformou. Um sorriso imenso apareceu ali enquanto ele entendia a nova situação. 


— Ficará aqui? — perguntou, parecendo não acreditar no que tinha ouvido. — Ficará comigo para sempre? 


— Essa é a ideia! Ela me deixou escolher onde eu queria viver. E escolhi viver aqui. Não poderei voltar nunca mais. — nenhuma gota de arrependimento em minha voz. 


Sua testa vincou. 


— Você abandonou toda sua vida por mim? — indagou, apavorado. 


— Não! Eu abandonei todo o resto para ficar com a minha vida! — eu o corrigi. — Você não entende? Não dá pra suportar viver longe de você. 


Ele assentiu, provavelmente sentia o mesmo. 


—Tem certeza do que fez? Que escolheu corretamente? 


— Alfonso, eu não tenho vida se você não estiver por perto. Simplesmente não rola! — sacudi a cabeça. — Sabia que isso deveria acontecer? Você e eu quero dizer? 


Suas sobrancelhas arquearam. 


— Deveria? 


— Sim, ela me disse que estávamos predestinados. E que, por engano, fui colocada na época errada. — eu ri. Era a minha cara estragar tudo me perdendo para variar. — Então ela me mostrou como deveria ter sido, quando estive aqui da primeira vez. E hoje me deu a escolha de viver onde eu quisesse. Então, Alfonso, vou precisar de sua ajuda outra vez. 


Seus olhos se arregalaram e seu rosto ficou tenso. 


— Ajuda? — ele repetiu com a voz instável. 


— É. Olha só, eu tô sem emprego, sem casa pra morar e os únicos amigos que eu tenho aqui são Maite, Gomes, Madalena e você. Talvez Teodora também. Estava pensando se poderia me emprestar este quarto e me dar um pouco de comida até que eu arrume um jeito de ganhar dinheiro. 


Seu rosto se iluminou, o brilho prateado que senti tanta falta nos últimos dois meses apareceu em seus olhos. 


— Creio que posso lhe emprestar este quarto. Talvez possamos fazer um acordo quanto ao pagamento. — ele deslizou os dedos por meu braço e eu estremeci com o toque quente e suave. 


— Que tipo de acordo? — perguntei, minha respiração acelerando. 


— Humm... Talvez possa me pagar com beijos. — o sorriso malicioso que eu amava deu as caras. 


— De acordo! — eu disse, rapidamente me apressando em pagar adiantado. 


Obviamente, Alfonso aceitou sem relutância alguma meu adiantamento. No entanto, depois de alguns minutos ele interrompeu o beijo. 


— Então ficará para sempre? De verdade, senhorita? — a felicidade estampada em seu rosto inflou meu coração até quase explodir. Era por isso que eu estava ali! 


— Pra sempre! Acho que desta vez terei que me habituar aos vestidos longos de uma vez por todas. — franzi a testa. 


Seus olhos voaram instantaneamente para o meu vestido. Ele examinou cada linha de meu corpo, então seus olhos se estreitaram. 


— Onde estava antes de voltar para casa? — adorei a forma como ele usou a palavra casa, tão natural, tão seguro de que ali era minha casa. Exatamente como eu também sentia. 


— No casamento da Dulce e do Christopher. Foi hoje à noite. — Ele ainda examinavam o vestido. 


— Este vestido é apropriado para ser exibido em público? — os olhos acompanhando minha silhueta. 


— Sim, Alfonso, — eu ri de sua reação reprovadora. — Eu sabia que você pensaria que este vestido é... 


— Indecente! — ele completou sorrindo, enquanto tocava meu rosto. — Perturbador! — seus dedos acompanharam minha clavícula. — Escandalosamente justo! — sua mão deslizou suave e quente até minha cintura enquanto a outra rodeava meu pescoço, me fazendo estremecer. 


Tentei não perder o controle. 


— Eu ia dizer inadequado. Mas vou guardá-lo, não se preocupe. Só preciso saber onde estão minhas coisas. — respondi, o sangue voando nas veias enquanto ele aproximava seus lábios para tocar meu pescoço. 


— Posso ajudá-la a se livrar desta peça horrível, se desejar. — a voz rouca contra minha pele mandou meu controle às favas. 


— Seria um alívio! — murmurei, fechando os olhos e prendendo minhas mãos em seus cachos macios. 


— Será um prazer lhe ser útil, senhorita, — e, com muita delicadeza, me levou para cama, onde minha vida finalmente começou. 


— Sabe o que eu estava pensando? — perguntei depois de um tempo. 


Alfonso sorriu largamente, virou-se na cama. 


— Não faço ideia! — e apoiou a cabeça numa das mãos para me observar. 


— Acho que talvez você possa me ajudar a desenvolver um projeto para um banheiro. Você desenha tão bem! Eu te explico como é e você pode fazer um esboço. Não pode ser tão difícil fazer algo parecido, já que conheço na prática como ele funciona. Talvez possamos encontrar um engenheiro para nos ajudar. — a casinha era a única coisa que me atormentava. 


— Podemos ver isso. — disse ele, pegando meu colar e o analisando com curiosidade. — “D”? — perguntou, arqueando uma de suas sobrancelhas perfeitas, um meio sorriso no rosto. 


— Dulce me deu de presente. Tipo um colar de irmandade. Acho que ela pressentiu o que iria acontecer. 


— E contou a ela sobre mim? — Alfonso parecia não acreditar que eu tivesse contado sobre minha viagem maluca a mais alguém e ainda estivesse livre. 


— É claro que contei! Dulce é como minha irmã. Nunca escondi nada dela. E ela acreditou de primeira! — meus olhos se estreitaram, ele sorriu se desculpando. — O casamento foi tão bonito! Queria que tivesse visto, Dulce estava tão linda, tão feliz! 


Ele me olhou por um segundo, seus dedos brincando em minha barriga. Começava a ficar difícil conversar quando ele me tocava assim. 


— Ela parece ser uma boa amiga! 


— A melhor de todo o universo. — então me lembrei. — E você pode conhecê- la! Quer dizer, por foto. Eu tirei algumas com o celular. Não aquele celular, um normal que só faz o que tem que fazer. Tá na minha bolsa, acho que a deixei lá na sala. 


Sua testa se enrugou. 


—Você não sabe o que é uma foto, não é? — deduzi. 


Ele sacudiu a cabeça. 


— É um retrato mais fiel, como a capa do meu livro velho, lembra? — ele assentiu. — Posso ir buscar minha bolsa, se quiser. O celular só vai funcionar mais alguns dias, depois a bateria vai acabar e não terei como recarregá-la. 


Tentei me sentar, mas ele me abraçou, me impedindo. 


— Pode me mostrar amanhã. Não vou permitir que saia daqui. — e me apertou mais forte. — Nunca mais! Além disso, posso conhecer Dulce através de suas histórias, se quiser me contar. 


— Claro que vou contar. Parece que terei muito tempo aqui dessa vez. — e sorri. — Mas agora é sua vez, me conte tudo que eu perdi. O que aconteceu depois que fui embora? 


Ele ficou sério. De repente a diversão desapareceu de seu rosto. 


— Eu... Creio que nada aconteceu. — resmungou desconfortável. 


— Como assim? 


— Eu não estava muito atento ao que acontecia por aqui até esta noite. — falou envergonhado. 


Ele se sentou na cama, abraçou os joelhos e encarou a porta. Observei-o por um segundo, depois prendi o lençol entre os braços e me sentei também, apoiando minha cabeça em seu ombro, acariciando sua nuca com meus dedos. 


— Foi tão ruim assim? 


Ele apenas assentiu, ainda olhando para o nada. 


— Me desculpe, Alfonso. Eu tentei encontrar a fada desde o momento que voltei para o meu século, mas ela não estava em parte alguma! Até fui internada na ala psiquiátrica depois de uma pequena confusão numa loja e, se não fosse o Christopher ter me visto e av... 


— Fada? — ele me interrompeu, os olhos descrentes. 


— Não me olha assim outra vez! Estou falando a verdade! 


Ele piscou, parecendo atordoado. 


— Fada? — repetiu. 


— Ela tinha que ser alguma coisa, não tinha? Fala sério, quantas pessoas você conhece que tem o poder de mandar alguém para uma outra época? Eu não conhecia nenhuma até pouco tempo atrás! 


— Mas... Fada? 


— Eu sei. Eu acho que é tipo uma fada madrinha. E não faço ideia de por que eu tenho uma. Mas agora eu entendo melhor tudo o que aconteceu, como ela agiu, o que ela fez. Ela me disse que você e eu deveríamos nos conhecer e, por um erro de logística, por assim dizer, não havia essa possibilidade. Como ela me procurou, imagino que fui eu que acabei indo parar no lugar errado. E se ela tivesse usado uma abordagem mais direta, tipo dizer logo de cara que eu devia vir para cá e conhecer o amor de minha vida, eu tenho certeza que teria dito “vá te catar!” e fugido como uma doida. Eu não pensava em amor, Alfonso, não queria me envolver. Mas então eu te conheci e me conheci melhor. Descobri que eu queria sim, queria muito estar loucamente apaixonada. — beijei seu ombro. Ele sorriu um pouco. — E voltar para o meu tempo também foi muito... Esclarecedor. Eu poderia ter seguido com minha vida se eu quisesse. A dor teria que diminuir depois de um tempo, ou eu me tornaria mais forte a ela, ou essas baboseiras que as pessoas dizem pra animar quem está sofrendo. Só que eu não queria seguir em frente. Ficar longe de você me fez ter ainda mais certeza de onde eu realmente queria estar. Você não pode imaginar o estado em que eu fiquei quando vim até esta casa e a encontrei mudada, envelhecida, vazia, o Jonas me mostrou sua carta e os quadros, mas eu... 


— Minha carta? — inquiriu, tão surpreso, que eu tive que rir. 


— Você escreveu uma carta pra mim. Acho que quando tinha trinta anos. 


— Escrevi? E o que eu escrevi nela? — indagou surpreso. 


— Pensei que fosse morrer de tristeza naquele dia. — eu disse, sacudindo a cabeça. — Você escreveu que ainda me amava, que ainda me esperava, que estava tentando fazer uma máquina do tempo! Depois, Jonas me contou o que tinha acontecido com você. Foi o pior dia da minha vida, juro que desejei estar morta pra não ter que ouvir aquilo! — sacudi a cabeça, a lembrança ainda fazia meu peito doer. 


— Nunca mais diga isso! Não posso sequer imaginar que você... Nunca mais repita isso! — ralhou, o rosto sério. Então, uma pequena ruga surgiu em seu cenho. — O que foi que aconteceu comigo? 


— Não importa mais! Não vai mais acontecer. Eu nunca mais vou sair do seu lado! 


Ele beijou minha testa. Tentei distraí-lo com assuntos mais leves. 


— Sabia que eu conheci o seu sobrinho-neto. Sobrinho -tataraneto. 


— Meu sobrinho? 


— Ele é um cara muito bacana. Tem o sorriso de Maite. 


— Você conheceu... O neto... De Maite? — perguntou descrente. 


— Tataraneto. Maluco, né? — e ri. 


— Ela se casará, então? — e também sorriu. 


— Sim. Eles se apaixonaram no... Quer saber? Acho melhor as coisas seguirem seu rumo. Não quero interferir em mais nada. Ela será feliz, é o que importa certo? 


Ele assentiu e depois voltou a ficar sério. 


— O que foi? — perguntei tocando seu rosto. 


— Lembra-se da última vez que dançamos? — e me observou com olhos intensos.  


— Claro que sim. — me lembrava de absolutamente tudo, até mesmo da cor rosada do pôr-do-sol. Não entendi a expressão de seu rosto. Era uma lembrança feliz. 


— Lembra-se que lhe fiz uma pergunta? — seus olhos fulguraram nos meus. 


Ah! Isso! 


— Lembro. — murmurei incapaz de desviar meus olhos. — Não podemos viver dessa forma, Anahí! Não posso viver sob o mesmo teto que você desse jeito. Não é honrado de minha parte. Arruinaria a sua reputação e a de Maite. 


— Oh! murmurei — meio insegura. Não tinha pensado nisso. — Posso... viver na pensão por um tempo até conseguir um trab... 


— Não foi isso que eu disse. — ele me interrompeu, sacudindo a cabeça. — Você não entendeu! Não quero que seja minha amante. — meu coração se transformou numa britadeira assim que entendi o que ele me dizia. — Quero que seja a dona desta casa, assim como já é de meu coração. Quero que seja oficialmente minha e que todos saibam que existe uma nova Senhora Herrera. 


— Ah, pelo amor de Deus! É mesmo necessário me chamar de Senhora Herrera? Me faz parecer uma velha de sessenta anos! E nem pense que vou chamar o meu marido de Senhor Herrera! Acaba com o tesão de qualquer uma! — ele arqueou as sobrancelhas. — Se você está pensando em me pedir em casamento, acho melhor excluir essa coisa de senhor e senhora do acordo. 


— Não quer ser minha esposa, então? — vi a dor cruzar seu rosto. 


— Não! Quero dizer, sim! — ele piscou confuso. Tentei ser mais clara. — Claro que eu quero ser sua esposa, Alfonso! Mas não vão me chamar por aí de Senhora Herrera. Não vão mesmo! Já vou ter que usar aqueles vestidos gigantes e me virar até que você me ajude com o projeto do banheiro, então, vê se não complica ainda mais as coisas pra mim. Acho justo que você também sacrifique alguma coisa. 


De jeito algum eu iria me transformar na Senhora Herrera! Depois o quê, me preocupar se a fita combinava com o vestido? Nem pensar! 


— Entendo. Então, supondo que eu consiga fazer com que as pessoas não lhe chamem de Senhora Herrera, aceitaria se casar comigo, senhorita? — ele tentou bravamente não sorrir. Parecia estar se divertindo muito. 


Pensei por um segundo. 


— E se você me ajudar a construir o banheiro! — esclareci meus termos. 


Ele deliberou por um momento, tentando manter a fachada de negociante, mas os cantos de sua boca teimavam em subir. 


— Muito justo! 


— E já sabe que eu não entendo nada sobre comandar empregados, entreter convidados e essas baboseiras todas. Não sou uma jovem preparada! 


— Ah! Não diga isso, senhorita, você consegue entreter qualquer pessoa que a conheça. E seus talentos são infinitamente mais interessantes que os de qualquer outra jovem que eu conheço. — Alfonso se virou até seu rosto ficar bem próximo do meu. — E então? 


— Então o que? — repliquei, enquanto me deleitava com a visão de seu corpo nu. Alfonso era perfeito! O corpo mais perfeito que já tive o prazer de ver sem roupas. Tudo nele era perfeito, absolutamente tudo. 


Ele revirou os olhos. 


— Será minha esposa? 


— Sim! A esposa mais despreparada que alguém já viu. — Puta Merda! Como eu iria fazer isso? — A mais atrapalhada, desastrada e esquisita que já se teve notícias por aqui. 


Ele sorriu aquele sorriso de fazer minha cabeça girar. 


— A mais petulante, complicada e teimosa, não se esqueça. A mais linda também! — adicionou carinhoso. 


— Sabe bem onde está se metendo, não sabe? 


— Anahí, não tenho escolha! Meti-me na maior confusão de minha vida quando parei para ajudá-la. — eu fechei a cara. Ele riu. — E vou agradecer todos os dias por ter feito isso. 


— Vamos ver se ainda vai pensar assim daqui a alguns anos! 


Ele riu e tocou meus lábios suavemente com os seus. 


Reagi imediatamente, deixando os pensamentos de lado, enquanto sua boca faminta mordiscava meu queixo. 


— Há mais alguma coisa que deseje? — e, delicadamente, me deitou na cama. 


Seus lábios desceram até meu pescoço, fazendo minha respiração voar. Continuou descendo um pouco mais, sua barba curta pinicava deliciosamente minha pele. 


— Não. Acho que é tudo. O banheiro e meu nome. — estava muito distraída com suas carícias, mas, com algum esforço, me concentrei em sua pergunta e me lembrei da mais importante de minhas condições. — Não, espere! Tem mais uma coisa sim! 


Ele levantou a cabeça e me olhou nos olhos, a testa enrugada. 


— E qual seria? 


— Será que não dava para me casar com você e continuar sendo sua amante? Eu gosto de ser amante! — e me abracei a seu pescoço. — Gosto demais! 


Vi o sorriso malicioso transformar seu rosto, os olhos brilhando prateado. Seu corpo quente rolou sobre o meu me afundando um pouco no colchão. 


— De acordo! — concordou sem hesitar.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 86



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  • ana_herrera Postado em 29/08/2016 - 20:08:09

    Ja ta quase acabando agosto de 2016 e nada( ._.)

  • bellyta_ponny Postado em 02/01/2016 - 20:15:18

    Ameiiiiiiiiii é perfeitaaaaaa!!!!

  • narachavez Postado em 14/08/2015 - 19:41:02

    Adorei ! Perfeita !!!!

  • jey_aya Postado em 17/12/2014 - 01:35:50

    Nossa qrooo a segunda temprada minha fiah kk *-* já tá quase pra lançar o filme e vc ainda não postou 2ª temporada!! kkkkk mais vcs ai se der passem na minha fic ta? é super legal e diferente das outras http://fanfics.com.br/fanfic/41001/amor-infinito-amor-aya-aya bjão !

  • LuanaFernandes Postado em 13/11/2014 - 13:51:50

    Eu tenho os dois livros! Owwn, rs. Lembro-me de rir horrores no primeiro livro, quando a Sofia descobre como fazem xixi na época. Hahahaha, melhor parte! E o final: Apesar de ser feliz, me deixou em prantos ao saber como seria a vida do Ian sem a Sofia... Enfim... O livro original é incrível, adaptado a Los A então... :)

  • leticiaaa Postado em 31/10/2014 - 15:55:58

    Cade vc?quero encontada *-*

  • lubelber Postado em 02/08/2014 - 17:12:44

    Que lindo Bela!!!!!!!!Quero muito uma 2ª temporada!!!

  • camile_ponny Postado em 01/07/2014 - 20:00:00

    Opa! Belaza haha amiga percebeu que as coisas boas tão em agosto?! Ah meu deus que agosto chegue logo! vou tá aqui pode deixar! ;)

  • franmarmentini Postado em 25/06/2014 - 13:33:46

    ai já to com o coração na mão esperando...

  • franmarmentini Postado em 25/06/2014 - 13:31:51

    *-*


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