Fanfics Brasil - Capitulo 4 Perdida (Adaptada) Ponny

Fanfic: Perdida (Adaptada) Ponny | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho


Capítulo: Capitulo 4

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—É tipo uma situação embaraçosa. Constrangedora. -Expliquei.


—Oh! Não me importo com isso também. Mas você, senhorita, tem uma reputação a zelar.


—Olha Alfonso, estou com tantos problemas que não dou mínima pra isso. Além disso, se tudo der certo, me mando logo daqui, então não importa. —Suas sobrancelhas arquearam novamente. Apressei-me para explicar. —Caio fora. Dou no pé. Pico a mula. —A incompreensão ainda tingia seu rosto.—Vou embora, sacou, digo, entendeu?


A incompreensão deu lugar a outra coisa. Pareceu—me ser... desapontamento?


—Você está sendo super bacana comigo. —Tentei correr com as palavras.


Não queria que ele me achasse uma ingrata.


—Mas é que eu realmente preciso descobrir uma forma de voltar. Minha vida está lá me esperando. —meu emprego, minha casa e Dulce,minha melhor amiga, que devia estar me procurando como uma alucinada por eu não ter aparecido ainda em seu apartamento


—Posso imaginar, senhorita Anahí. —Ele me encarou por um longo minuto, depois recomeçou a andar.


Eu o segui.


—Alfonso, será que posso te pedir outro favor?


—Certamente, senhorita. —Seu rosto ficou sério. Ele me observou com curiosidade.


—Dá pra me chamar só de Anahí? Sem o senhorita? Apenas Anahí? Já está me dando nos nervos


Ele riu, um pouco surpreso com meu pedido.


—Posso tentar.— Ele disse. —Não sei se consigo ser tão espontâneo quanto você.


—Claro que consegue!


Ele riu.


—Vou tentar. Agora venha, vou lhe mostrar minha casa. —Disse, apontando para uma das portas.


Pensei que precisaria desenhar um mapa se quisesse realmente encontrar os cômodos outra vez. Eram tantas as salas — de leitura, de pintura, de estudos, escritório —e tantos os quartos — de dormir, de costura, de vestir — e apenas quatro deles estavam, de fato, sendo ocupados.


Alfonso me guiou pelo labirinto até chegarmos à cozinha.


—Senhora Madalena, creio que já conheceu a senhorita Anahí — Ele disse, formalmente.


Meus olhos se estreitaram ao constatar que ele ainda não colocara em prática a promessa de me chamar apenas por meu nome.


A mulher baixinha secou as mãos no avental amarrado na cintura e se aproximou.


—Como está, senhorita? O vestido lhe caiu muito bem. —Ela me examinou de cima a baixo. Seus olhos se detiveram em meus pés. Sua testa se enrugou. —Os sapatos não eram de seu agrado?


Olhei para meus pés, assim como fez Alfonso. Eu realmente havia me esquecido dos tênis. E tinha certeza de que eles atrairiam olhares curiosos, ainda que não fossem vermelhos.


—Na verdade, ficaram pequenos. —Eu disse, me desculpando, como se fosse culpa minha ter pés maiores que o sapato; não pés grandes demais, mas decididamente não eram pequenos.


—E eu gosto destes aqui. São mais confortáveis.


Alfonso. Além de lhe cair bem, o sorriso vinha facilmente aos seus lábios. Gostei disso. Gostava de pessoas bem humoradas que sorriam mais do que faziam caretas.


—Este é o Senhor Gomes, meu mordomo —Disse ele, ainda sorrindo.


—Encantado em conhecê-la, senhorita Anahí. —O homem de meia idade se inclinou de forma exagerada.


Precisava daquilo tudo?


—Errr... O prazer é meu, Seu Gomes.


Alfonso sacudiu a cabeça, rindo baixinho, e continuou me guiando de volta por um dos corredores — que eu não fazia ideia de onde iria dar. Depois de um tempo, porém reconheci um dos quadros na parede do corredor. Já tinha visto aquele quadro mais cedo. Estávamos voltando para a sala onde Teodora e Maite deveriam estar.


—Acabou? Você me mostrou tudo? —Perguntei aflita.


—Sim. Mostrei toda casa. Há algo errado, senhorita Anahí?


É claro que havia! Uma casa com uma dezena de salas, a cozinha gigantesca uma dúzia ou mais de quartos e só isso. Nada mais. Oh, Deus, por favor! Permita que eles já existam, por favor!


—Senhorita? —Alfonso me lançou um olhar preocupado. —Está se sentindo bem?


 Cadê os banheiros? — Perguntei em pânico.


—Banheiros?


Ah, Não!


Não! Não! Não!


—Sim. Banheiros. Onde se toma banho... Por favor, me diga que você tem pelo menos um nesta casa!


Por favor!


Alfonso ficou confuso. Muito confuso. Então eu soube a resposta. Nada de banheiros! Eu não queria pensar nas opções. Recusei-me a pensar nisso.


—Imagino que tenha notado a banheira em seu quarto. —Ele disse, inclinando a cabeça levemente para o lado, ainda desnorteado.


—Sim. Acho que vi. —Não tinha visto, realmente, mas se ele disse que havia uma... Não dava mais pra confiar no que apenas eu via.


Banheira era bom. Acalmava. Relaxava. Mas não resolvia todos os meus problemas. Eu ainda olhava pra ele com um horror crescente. Totalmente desesperada, na verdade.


—A banheira, beleza. Mais e quanto ao resto?


—O resto? —Repetiu.


Ele estava tentando me irritar? Por que, nervosa como eu estava, nem precisava se dar ao trabalho


—É, Alfonso, o resto? E pare de repetir tudo o que eu digo. Está me deixando nervosa.


Não entre em pânico! Não entre em pânico!


—Perdoe-me. A que resto, exatamente, a senhorita se refere?


Alfonso parecia verdadeiramente confuso. Respirei fundo, tentando me acalmar e pensando que, se ele não sabia o que era um banheiro, então não saberia qual era sua finalidade também. Isso não pode estar acontecendo! Fechei meus olhos bem apertados, tentando acordar mais uma vez. Quando voltei a abri-los. Alfonso ainda estava ali, me observando curiosamente. Respirei fundo outra vez.


—O resto! —As palavras saíram sem controle. —O resto. As necessidades fisiológicas, o xi...


—Ah! Entendo. -Ele me interrompeu assim que compreendeu sobre o que eu perguntava.


—Você deve estar falando da casinha!


 Não gostei da forma como ele disse “casinha”. Não gostei nada


—Fica do lado de fora. Vou lhe mostrar.


Observei a casinha por um longo tempo. Era surreal demais!


A casinha era exatamente isso, uma casinha de madeira, há quase um quilômetro da casa imensa. Era tão baixa que alguém precisaria se abaixar para entrar nela, até tinha uma pequena janela. Dentro, havia algo parecido com um caixote de madeira com tampa e dois buracos lado a lado na tampa. Pensei um pouco sobre os buracos. Pra que dois? Seria buraco para líquidos e buraco para sólidos? Ou seria para interação social. Você convida alguém para ir até acasinha e bate um papinho enquanto faz... a oferenda?


Por que dois buracos? Não havia outra forma de descobrir. Tinha que perguntar.


—Por que tem dois buracos? -Alfonso me fitou com um pouco de constrangimento no rosto.


—É uma ideia modernista. —Por um momento, pensei que ele estivesse me gozando. —Substitui muito bem os...penicos. Mas a função é a mesma. Imagine que aquele buraco é um penico e...


—Eu sei pra que servem os buracos. Só não entendi o porquê de dois deles. Supõe-se que uma pessoa por vez use a casinha, certo? —Minha voz denotou todo meu horror à menção da palavra casinha.


—Sim, para uso individual, mas pode haver emergências. —Ele olhava pra todo lado, menos para mim. —Imagine que a casinha esteja ocupada e, digamos. Uma criança precise usá-la também. Acomoda duas pessoas, se for necessário


—Sei. Então não seria melhor ter duas casinhas separadas, com apenas um buraco em cada uma delas em vez de apenas uma casinha com dois buracos? —Indaguei meio enrolada.


Suas sobrancelhas arquearam. Ele entendeu meu ponto.


—Na verdade seria sim. — Ele disse espantado.


Depois, contemplei outro dilema. Supondo que eu tivesse usado a casinha. Supondo que tivesse terminado o que fui fazer ali e quisesse voltar para minha vida. Eu precisaria de algumas coisas...


—Alfonso? -Minha voz tremeu um pouco.


—Sim, senhorita Anahí?


—Você usa a casinha, certo?


—Humm, certo. — Confirmou, inseguro.


—Então você sabe o que fazer depois.— Eu disse, arqueando uma sobrancelha.


Ele corou. Meu Deus, ele era tão estranho!


-Depois de usar a casinha, vou precisar de... me interrompi sugestivamente, esperando que ele compreendesse e completasse minha sentença. Rezei fervorosamente para que a historia com os sabugos fosse apenas lenda.


—Ah, isso! É para isso que serve aquele pé de alface ali no canto. Todos os dias algum criado coloca um fresco.


Olhei para Alfonso como uma idiota, tentando entender o pé de alface e sua conotação. Então, uma gargalhada histérica explodiu de minha boca, não pude evitar. Pé de alface como papel higiênico! Sem agrotóxicos ainda por cima! Ao menos eram lavadas primeiro? Os ecologistas iriam adorar essa ideia. Totalmente biodegradável! Alfonso me observou, os olhos assustados. Deduzi que ele pensava que eu era louca. E eu o apoiava incondicionalmente neste caso. Pés de alface!


—O que é tão engraçado? — Perguntou.


—Nada. — Respondi ofegante, por culpa do riso incontrolável.


Lágrimas surgiram no canto dos meus olhos.


—É só que... O pé de alface... —Mais riso histérico.


—Desculpe, só que é tão...


—Se preferir, pode usar os sabugos. —Disse Alfonso, o rosto sério.


Parei de rir imediatamente.


—Alface tá bom. —Tentei me recompor. —Alface tá muito bom. Obrigada.


—Você precisa usar a casinha ou apenas queria saber sua localização? — Ele perguntou, constrangido.


Pensei nisso por um segundo. Em algum momento eu teria que entrar ali, mas iria adiar o quanto pudesse! Disso eu tinha certeza.


—Só queria saber onde fica, podemos voltar. Era só pra saber se tinha um banheiro.


Não me senti melhor sabendo da existência da casinha. E eu que pensei que não poderia sobreviver sem computador! Eu tinha a incômoda sensação de que banheiro seria apenas um a das muitas coisas que eu iria sentir falta.


Começamos a voltar para o casarão pelo caminho contrário ao que viemos. Olhei para o horizonte, vi que já começava anoitecer. Só então percebi que o lugar era bonito. Realmente bonito! O gramado se estendia até o final da pequena colina onde estava a casa imensa com suas dezenas de janelas. Contudo, ela combinava perfeitamente com a paisagem: um jardim bem cuidado enfeitava a entrada, o colorido das flores enchia de vida a casa pálida cor de creme. A luz rosada do entardecer deixou o quadro ainda mais belo.


—Será que me permite fazer uma pergunta? —Alfonso inquiriu casualmente.


—Claro.


—Seus sapatos são muito interessantes. —Comentou, observando os meus pés.


Fiquei esperando a pergunta, mas ele não continuou.


—E? —Tentei incentivá-lo


—Eu nunca vi nada como eles. Não parecem sapatos femininos, tampouco masculinos. Na verdade, não se parecem com nada que eu já tenha visto. —Só estava pensando que tipos de sapatos seriam.


—Você está certo. Não são femininos, nem masculinos.


Fiquei surpresa com seu raciocínio rápido.


—São unissex, servem para os dois gêneros. Chamam-se tênis. São usados para a prática de esportes, mas a maioria das pessoas os incluiu no guarda-roupa por serem tão confortáveis e duráveis. Acho que não existe um jovem que não tenha um par de tênis em casa.


—Bem... —Ele disse, com um meio sorriso no rosto. Meu estômago se contorceu levemente. —Existe sim. Eu não tenho nenhum.


—Você ficaria de queixo caído se visse as coisas que existem onde eu moro. —se ele achava um simples par de tênis impressionante, o que não pensaria sobre a inovação das inovações chamada papel higiênico!


—Acho que posso acreditar nisso. Nunca, em meus vinte e um anos, conheci alguém tão diferente quanto a senhorita.


—Você também é muito estranho, sabia? —Ainda mais pra quem só tinha vinte e um.


Alfonso parecia mais velho. Não apenas na aparência, mas pelo modo de falar também. Talvez parecesse mais velho por causa da altura. Alfonso era muito grande. Eu sabia, por experiência, que pessoas grandes sempre tinham problemas de coordenação motora. E, apesar de ser uns bons vinte centímetros mais alto que eu, Alfonso não parecia ser tão atrapalhado. Ao contrário, cada movimento seu era tão elegante que me flagrei algumas vezes observando a forma como ele caminhava com extrema segurança, os ombros largos sempre eretos, a forma como seus lábios se moviam quando falava...


—Planeja me contar sobre ele, senhorita Anahí? Estou realmente curioso. Deve ficar muito distante daqui, pois nunca ouvi falar de um lugar onde mulheres usam roupas... Pequenas e apertadas ou sobre os tênis. —Os olhos, cravados nos meus, me estava sendo tão gentil comigo! Mas o que eu diria?


É que fica meio longe. Duzentos anos longe! Se você, por acaso, encontrar uma máquina do tempo perdida por aí, me avisa que eu te levo até o século XXI. A gente pode tomar um chope e depois cair na night! Claro que eu podia dizer isso a ele e, com toda certeza Alfonso não chamaria o médico outra vez e nem pediria a ele para me jogar no manicômio. Claro que ele entenderia!


—Um dia eu te conto. Quando eu souber o que está acontecendo e encontrar a forma de voltar, te explicarei tudo. Prometo! Quem sabe você compreende minhas esquisitices!


—Promete? — O rosto sério, os olhos brilhavam faíscas prateadas.


—Prometo. Palavra de escoteira. — Ele franziu o cenho. Mas nem os escoteiros? Valeu, Deus! —Resmunguei carrancuda.


Alfonso me encarou como seu eu fosse uma alienígena.


—Eu prometo. — Eu disse exasperada.


Ele sorriu mais uma vez. Pensei com amargura que era uma pena as pessoas de hoje não serem mais assim, não sorrirem com tanta facilidade, como fazia Alfonso. Se bem que, pelo menos naquele momento, Alfonso era as pessoas de hoje.


 


 


 


 


 


O proximo capitulo vai ser melhor do que esses que ja postei porque a "vila" da fic vai aparecer e com certeza mais para frente vai rolar muitas brigas entre Annie e ela huhuhuhu!!Vou postar o ultimo capitulo do dia mais tarde,pessoal!! Nao deixem de comentar sobre a fic...Beijos,Bella! E sejam bem vindos os novos leitores, se quiserem me add como amiga, eu sou nova aqui e nao conheço ninguem ; /



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Voltamos para a casa e tentei memorizar o caminho pelos corredores da mansão para o caso de precisar da casinha com certa urgência. A casa era bonita, antiga e imponente. De fora, ocupava todo o campo de visão. Do lado de dentro, cada parede com um quadro ou cada móvel tão bem trabalhado prendia minha atenção. Alfonso foi se li ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 86



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  • ana_herrera Postado em 29/08/2016 - 20:08:09

    Ja ta quase acabando agosto de 2016 e nada( ._.)

  • bellyta_ponny Postado em 02/01/2016 - 20:15:18

    Ameiiiiiiiiii é perfeitaaaaaa!!!!

  • narachavez Postado em 14/08/2015 - 19:41:02

    Adorei ! Perfeita !!!!

  • jey_aya Postado em 17/12/2014 - 01:35:50

    Nossa qrooo a segunda temprada minha fiah kk *-* já tá quase pra lançar o filme e vc ainda não postou 2ª temporada!! kkkkk mais vcs ai se der passem na minha fic ta? é super legal e diferente das outras http://fanfics.com.br/fanfic/41001/amor-infinito-amor-aya-aya bjão !

  • LuanaFernandes Postado em 13/11/2014 - 13:51:50

    Eu tenho os dois livros! Owwn, rs. Lembro-me de rir horrores no primeiro livro, quando a Sofia descobre como fazem xixi na época. Hahahaha, melhor parte! E o final: Apesar de ser feliz, me deixou em prantos ao saber como seria a vida do Ian sem a Sofia... Enfim... O livro original é incrível, adaptado a Los A então... :)

  • leticiaaa Postado em 31/10/2014 - 15:55:58

    Cade vc?quero encontada *-*

  • lubelber Postado em 02/08/2014 - 17:12:44

    Que lindo Bela!!!!!!!!Quero muito uma 2ª temporada!!!

  • camile_ponny Postado em 01/07/2014 - 20:00:00

    Opa! Belaza haha amiga percebeu que as coisas boas tão em agosto?! Ah meu deus que agosto chegue logo! vou tá aqui pode deixar! ;)

  • franmarmentini Postado em 25/06/2014 - 13:33:46

    ai já to com o coração na mão esperando...

  • franmarmentini Postado em 25/06/2014 - 13:31:51

    *-*


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