Fanfics Brasil - Capitulo 8 Perdida (Adaptada) Ponny

Fanfic: Perdida (Adaptada) Ponny | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho


Capítulo: Capitulo 8

320 visualizações Denunciar


Precisei de alguns minutos para sair da casinha. Não que fosse agradável estar lá dentro — não era! — mas eu precisava pensar no significado daquela mensagem.


De alguma forma, eu havia acertado o alvo, sem nem ao menos vê-lo. Então, talvez eu estivesse certa, havia mais alguém ali. Ou a coisa que eu tinha que encontrar estava na vila. De toda forma, eu estava no caminho certo. Tinha que ser isso, porque a única coisa que eu havia feito naquele dia foi ir até a vila e brigar com o Alfonso, mas isso, com certeza — a briga —, não tinha relevância alguma, já que não me levaria de volta para casa.


 Respirei fundo — não foi uma boa ideia, tendo em vista onde eu me encontrava — e sai da casinha. Encontrei Alfonso me esperando nas escadas em frente à casa. O rosto preocupado.


—Está tudo bem, senhorita Anahí? Precisa de alguma coisa? Quer que eu chame o médico? —Ele disse, correndo com as palavras.


—Por que eu iria precisar de um médico? —Só por que tinha saído correndo e me trancado na... Oh! —Não, não. Eu tô bem. Tudo em ordem. Não preciso de nada, não.


 Ele concordou com a cabeça, me observando atentamente. Não pareceu muito convencido que eu estivesse realmente bem. E eu não podia culpá-lo, meu rosto devia estar branco feito um papel. Ainda estava assustada com o novo contato


—Então, Vamos entrar. Maite já deve estar de volta. —Alfonso indicou a porta para que eu entrasse.


 Encontramos Maite e Teodora na sala de artes. Maite pintava um tecido e Teodora não fazia nada além de caminhar entedia da pela sala. Aproximei-me um pouco para ver melhor o desenho de Maite. Flores de todos os tamanhos e cores. Era muito bom!


 —É lindo, Maite! Você é muito talentosa! —Exclamei, incapaz de conter minha admiração.


 —Obrigada, senhorita Anahí. Mas eu apenas desenho razoavelmente bem. O artista da família é meu irmão. —Ela me mostrou as adoráveis covinhas


 —É mesmo? —Perguntei surpresa. Não que não achasse Alfonso capaz de fazer tal coisa, com seu modo gentil e educado, só que suas mãos, e todo o resto, eram muito grandes. Pelo menos onde se podia ver...


 —Não é de todo verdade. Maite me enaltece demais. — Alfonso falou sem jeito.


 —Você pinta? De verdade? Tipo quadros? —Inquiri, me aproximando dele.


 —Sim, eu pinto... Tipo quadros. É apenas um passatempo, aliás. Nem todos os dias são tão tumultuados por aqui. —Apenas uma sobrancelha se ergueu. Um convite a contradizê-lo. Não o fiz. Estava curiosa demais.


 -Posso ver algum? —Seriam os que estavam pendurados por toda casa? Por que eram muito bonitos.


 —Basta olhar em volta, senhorita Anahí, — Disse Teodora, com a voz afetada.—Todos estes quadros foram feitos pelo Senhor Herrera. Ele é um grande pintor. Mas nunca permite que estranhos vejam suas obras. Ele é muito modesto!


 Alfonso disse alguma coisa a ela, mas não prestei atenção. Estava maravilhada demais com suas telas. Mal pude conter a excitação, não sabia para qual deles olhar primeiro. Havia muitos quadros, uns dez ou doze, de tamanhos variados: uma casinha na montanha, paisagens naturais ao pôr-do-sol, um cachorro marrom, que parecia muito dócil no quadro, apesar de seu tamanho... Diversos quadros, todos muito bonitos e extremamente reais.


Aproximei-me de um deles, um dos maiores, de um realismo impressionante. Um cavalo negro empinando contra a paisagem rural ao entardecer. Mas o que chamou minha atenção foram os detalhes da tela. Dava pra ver na expressão do animal toda sua fúria, toda sua teimosia, sua altivez. Aquele cavalo não se deixaria ser domado. Selvagem, foi a palavra que pensei para expressá-lo.


Estiquei meu braço timidamente, querendo acariciar seu dorso pra ter certeza se o pelo brilhante e liso era tão macio quanto parecia. Entretanto, não toquei a tela; acompanhei os contornos das costas até chegar aos quadris do animal


 —Você desenhou isso? —Sussurrei.


 Alfonso me ouviu. Deixou sua irmã na companhia de Teodora e veio se colocar ao meu lado.


 —Pintei este quadro há algum tempo. Comprei este cavalo quando meu antigo adoeceu. Pretendia que fosse minha montaria, mas nunca consegui domá-lo. —Exatamente como o quadro demonstrava. —Tentei diversos treinadores, mas esse bicho é muito arredio! Acabei desistindo e comprei um outro mais dócil.


 —O que fez com ele? —Eu não conseguia desviar os olhos do cavalo.


 —Nada. Ele está em meu estábulo, junto com os demais. Não pude vendê-lo. Tem alguma coisa nele... Ele é diferente! Resolvi pintá-lo da forma como eu o via. Talvez tenha exagerado.


 —Você fez um trabalho e tanto, Alfonso. —Discordei. —Parece tão real! Quase sinto o calor transbordando dele. Você é um artista! É o primeiro que eu conheço pessoalmente


 —Obrigado, senhorita. Mas não mereço elogios. Apenas tive bons professores.


 Tirei os olhos do quadro e o encarei, minha expressão séria.


—Ah! Não mesmo! Eu tive bons professores. E nem ao menos sei desenhar um pônei! —a não ser que alguns riscos, duas bola e dois triângulos pudessem ser considerado um cavalo expressionista. —Você é talentoso. Muito talentoso! Não discuta isso comigo!


 —Está bem — E sorriu. —Então apenas agradeço tão adorável elogio.


 Desviei os olhos para os outros quadros. Todos tão diferentes uns dos outros, mas com algo em comum.


 —Você não retrata pessoas. —Constatei. —Eu não ach...


 —O Senhor Herrera não gosta de retratar pessoas. —Interrompeu Teodora. —Diz que não tem habilidade para traços tão delicados, não é mesmo, Senhor Herrera?


 —Sim, senhorita Teodora. Eu não gosto de retratar pessoas. Não acho que seja capaz de capturar a essência da pessoa retratada, o que seria imperdoável de minha parte. —Ele parecia convencido de sua incapacidade.


 Olhei de volta para o cavalo na tela.


 —Não acredito nisso! Se você conseguiu captar a essência daquele cavalo, pode pintar qualquer pessoa que quiser. —Pensei um pouco e depois completei. —Será que você não pinta pessoas porque talvez tenha medo de que elas não gostem de se ver na visão de um artista tão sensível?


 Ele não me respondeu, apenas me encarou por um tempo. Pela expressão de seu rosto, pensei ter chegado bem perto. Então, Teodora cansada de não ser o centro da conversa de não ser incluída nela, resolveu exigir a atenção do seu querido Senhor Herrera.


 —Senhor Herrera, Maite e eu conversávamos há pouco sobre o baile de sábado. —Ela se levantou para se aproximar mais dele. —Oh, meu caro, será o baile mais importante deste ano. Toda a sociedade estará presente. Estou tão ansiosa que mal posso esperar!


 —Bem lembrado, senhorita Teodora. Os seus planos ainda são os mesmos para sábado, Maite? Encontrei-me com a senhorita Valentina hoje de manhã e ela me perguntou sobre o baile.


 —Claro que não mudei de ideia. Ainda mais agora que a senhorita Anahí está aqui conosco! —Ela sorriu pra mim. Eu eslava gostando cada vez mais de Maite. —Será um prazer poder apresentá-la a nossos amigos, irmão. Ela causará boa impressão a todos, tenho certeza. Ainda que precise usar um dos meus vestidos. Acredito que a Senhora Madalena poderá acertar o comprimento, mas nossos conhecidos certamente reconhecerão.


 —Olha só, Maite, valeu mesmo pela preocupação. —Suas sobrancelhas arquearam da mesma forma que as de Teodora. Dessa vez, as de Alfonso não. —Mas talvez eu nem esteja aqui no sábado. Talvez já tenha voltado pra casa. E eu esperava já estar em casa até lá. Seu Carlos soltaria fogo pelas ventas se eu não aparecesse no escritório a semana toda sem dar explicação alguma.


 —Pensei que ainda não tivesse nenhuma informação de como fazer isso. —Alfonso disse, incisivo. —Pensei que as buscas de hoje não tivessem dado bons resultados. Pensei que tínhamos feito um acordo hoje de manhã e que passaria um pouco mais de tempo aqui conosco.


 Fiquei ligeiramente confusa com seu tom ríspido. Alfonso não costumava — pelo menos desde que o conheci, que no caso era pouco mais de vinte e quatro horas —ser tão rude com as pessoas.


 —Mas eu não prometi nada, lembra? Disse que veria isso depois. E eu não tenho nenhuma informação — Não era uma informação, apenas uma confirmação de que estava no caminho certo. —Só que eu realmente preciso voltar. Toda minha vida está de pernas pro ar. Eu nem sei o que me espera quando chegar lá. Talvez tenha que entrar na fila do desemprego.


 —Por favor, senhorita Anahí. —implorou Maite, seu rostinho triste, os olhos suplicantes. —Não pode ficar ao menos até o baile? Eu ficaria tão feliz se pudesse lhe apresentar ao nossos amigos! Tenho certeza de que terá uma noite muito agradável. Quem sabe não arranja um pretendente!


 Ah! Era só o que me faltava! Arrumar um pretendente, Daí sim minha vida estaria perfeita!


 —Maite, eu não posso prometer. Eu até gostaria de ir ao baile e ver como as coisas são...por aqui. Mas eu nem sei direito como cheguei aqui e não tenho ideia de como ou quando vou voltar, então...  —Parei quando vi seu rosto ficar ainda mais triste.


 Mas o que eu podia fazer? Não dava pra prometer, e eu não queria acabar mentindo para ela. Maite me encarava com olhos enormes e brilhantes, como um cachorrinho com fome. Argh!


 —Tudo bem, Maite. Você ficará satisfeita se eu disser que me esforçarei muito para estar aqui no sábado? —Perguntei derrotada.


 —Muito satisfeita! —Seu rosto triste rapidamente se iluminou, ficou radiante. —Então, Alfonso, ela vai precisar de um vestido de baile. —Ela correu para o irmão, agarrando-o pelo braço. —Não dá pra a pobrezinha passar toda a sua estadia aqui usando aquele meu vestido velho e curto. Veja que nem chega a cobrir seus tornozelos! O que nossos conhecidos vão pensar quando souberem que a pobre senhorita Anahí teve todos os seus pertences roubados e nós nem ao menos lhe arrumamos roupas decentes para vestir?


 Seu rosto voltou a ficar suplicante. Ela era tão convincente. Até eu fiquei com pena.


 —Eu não fui assaltada. —Objetei, mas ninguém me deu ouvidos.


—Vou amanhã até o atelier de costura para encomendar meu vestido de baile. Talvez pudesse encomendar um para ela também. —Ela continuou, os enormes olhos pretos transbordando tristeza.


 —É uma excelente ideia, Maite. Não havia pensado no assunto. Acho que fui muito relapso quanto a isso. —Alfonso respondeu e depois voltou os olhos para meu vestido. —Veja madame Georgette tem alguns vestidos já prontos para a senhorita Anahí, você tem razão, ela não pode continuar com este vestido curto. Curto?


 Não tinha um pedaço de pele que não estivesse queimando por causa de todo aquele tecido! Quase ri pensando na cara deles se me vissem com o vestido que usei na festa de aniversário da Dulce. Era preto, muito justo e escandalosamente curto. Talvez tivessem um ataque


 —Você é o melhor irmão de todo o mundo, Alfonso. —Ela lhe deu um abraço apertado.


 Gostei disso. Gostei de ver que havia algum tipo de contato físico naquele lugar. Todo mundo parecia tão cauteloso em não tocar em ninguém, como se fosse pecado ou coisa assim. Sem abraços, beijos ou aperto de mão. Fiquei aliviada ao ver que Alfonso retribuiu o abraço, o rosto sorridente, e não constrangido como imaginei que ficaria.


 —Não exagere, Maite. —Disse ele. —Então iremos bem cedo! Podemos sair logo depois do café. Precisamos nos apressar. Não se faz um vestido da noite para o dia!


 —Por mim, tudo bem. —Eu estaria na vila bem cedo, poderia procurar informações. —Mas acho que não há necessidade de me comprar vestidos. Maite, eu já disse que...


 —O que acha, Teodora? Não é uma ótima idéia? —Ela se virou para a amiga, me ignorando.


—Excelente ideia, minha cara. E poderemos escolher as fitas! Preciso encontrar uma para combinar com meu novo chapéu. Nenhuma das que vi semana passada me chamou a atenção. E, além do mais, preciso de um vestido à altura do baile que teremos! Tenho certeza que tomará todo o tempo de madame Georgette.


 —Então está tudo arranjado! —Maite disse exultante.


 —Mas... —Eu tentei dizer, mas Alfonso rapidamente me interrompeu.


 —Ótimo. Poderei ir até a casa de um arrendatário aqui perto resolver alguns problemas. Não precisarão de minha ajuda para escolher o vestido, imagino.


 Fiquei desapontada. Pensei que ele me acompanharia até a vila novamente. Então, ao invés de dizer isso em alto e bom som, voltei minha atenção ao quadro do cavalo.


 —Você gostou dele, não é? —Alfonso me perguntou baixinho, quase num sussurro, depois que as duas garotas iniciaram uma discussão sobre a importância da fita de cetim.


 Talvez ele não quisesse interromper o tagarelar de Teodora sobre a diferença que a escolha errada de uma fita acarretava na vida de uma garota. Aparentemente a fita devia ter algum outro significado além de enfeitar, pois ela discursava fervorosamente.


 —É realmente lindo, Alfonso. —Sussurrei também. —Nunca vi nada tão perfeito. Olhe para os olhos! É como se estivesse zombando de alguém!


 —Aposto que estão mesmo. — Ele riu. —De seu dono estúpido, que levou um ano inteiro para compreender que não o domaria


 Eu ri também.


—Gostaria de conhecê-lo? —Ele ofereceu.


 —Claro! —Eu disse, mais alto do que pretendia, excitada demais. Mas aparentemente não alto o bastante para perturbar a atenção de Teodora.


 —Acho que não notarão nossa ausência. Parece que nenhum de nós dois está particularmente entusiasmado com as fitas. —Ele sussurrou se aproximando de meu ouvido. Um arrepio subiu por minha coluna, me fazendo estremecer da cabeça aos pés.


 O que estava acontecendo comigo, afinal? Aquele lugar definitivamente estava mexendo com minha cabeça. E eu não estava gostando nem um pouco disso. Teodora não notou nossa saída silenciosa. Maite notou, mas apenas sorriu conspiratoriamente e voltou sua atenção para a amiga.


 


 


 


 


Eu acho que a Maite esta adorando ver o irmão dela com a Anahí!! Hoje eu fiquei feliz ao descobrir que o livro "Perdida" que estou tirando a historia dessa fic vai ter continuação *--* estou ansiosa pelo lancamento. Bom, eu estou preocupada com os meus leitores, cade vocês? Desistiram de ler a minha fic ; / Amanha tem outro capitulo,beijos,bella!



Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Este autor(a) escreve mais 10 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

   


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 86



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • ana_herrera Postado em 29/08/2016 - 20:08:09

    Ja ta quase acabando agosto de 2016 e nada( ._.)

  • bellyta_ponny Postado em 02/01/2016 - 20:15:18

    Ameiiiiiiiiii é perfeitaaaaaa!!!!

  • narachavez Postado em 14/08/2015 - 19:41:02

    Adorei ! Perfeita !!!!

  • jey_aya Postado em 17/12/2014 - 01:35:50

    Nossa qrooo a segunda temprada minha fiah kk *-* já tá quase pra lançar o filme e vc ainda não postou 2ª temporada!! kkkkk mais vcs ai se der passem na minha fic ta? é super legal e diferente das outras http://fanfics.com.br/fanfic/41001/amor-infinito-amor-aya-aya bjão !

  • LuanaFernandes Postado em 13/11/2014 - 13:51:50

    Eu tenho os dois livros! Owwn, rs. Lembro-me de rir horrores no primeiro livro, quando a Sofia descobre como fazem xixi na época. Hahahaha, melhor parte! E o final: Apesar de ser feliz, me deixou em prantos ao saber como seria a vida do Ian sem a Sofia... Enfim... O livro original é incrível, adaptado a Los A então... :)

  • leticiaaa Postado em 31/10/2014 - 15:55:58

    Cade vc?quero encontada *-*

  • lubelber Postado em 02/08/2014 - 17:12:44

    Que lindo Bela!!!!!!!!Quero muito uma 2ª temporada!!!

  • camile_ponny Postado em 01/07/2014 - 20:00:00

    Opa! Belaza haha amiga percebeu que as coisas boas tão em agosto?! Ah meu deus que agosto chegue logo! vou tá aqui pode deixar! ;)

  • franmarmentini Postado em 25/06/2014 - 13:33:46

    ai já to com o coração na mão esperando...

  • franmarmentini Postado em 25/06/2014 - 13:31:51

    *-*


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais