Fanfic: A intrepida Rachel Berry | Tema: glee
Fazia uma manhã ensolarada na baia de San Marcos, capital de uma das ilhas do arquipelago de San Gonzales, e uma das principais zonas de comércio portuário da região.
A primavera já estava em seu auge nos campos e encostas da ilha. Enquanto na cidade, o comércio era intenso.
E, como sempre ocorria, nas manhãs ensolaradas do mês de setembro, o cais do porto de San Marcos estava um caos.
Navios atracavam, descarregando e carregando produtos e peças raras, marinheiros desciam para os bares para aproveitar o tempo fora do mar, viajantes e aventureiros transitavam pra lá e pra cá, entre o vai e vem de funcionários e soldados do governo, que tentavam fiscalizar a entrada e saída de pessoas, em busca de piratas e outros delinquentes indesejados.
No meio da multidão, um garoto com vestes simples e voz estridente, sacudia o último exemplar impresso do caderno de noticias. Ele gritava as manchetes enquanto vendia as folhas para os poucos interessados que passavam.
– EXTRA! EXTRA! A INTRÉPIDA RACHEL BERRY ATACA NOVAMENTE E FAZ SOLDADOS DE BESTA! A PIRATA SAQUEIA OUTRO PORTO EM SÃO FERNANDO! LEIAM HOJE! O GOVERNADOR WILLIAM SCHUESTER FAZ DECLARAÇÃO ESTA TARDE! RECOMPENSA PELA PIRATA AUMENTA EM MIL MOEDAS DE OURO!
– Eu fico com um, rapaz.
Um homem encapuzado joga uma moeda de bronze para o alto, e ela é prontamente pega pelo pequeno. O homem recebe o jornal e entrega a uma das mulheres que o acompanhava. Ela também usa um capuz, mas o pequeno jornaleiro percebe seus olhos castanhos e o sorriso audacioso no canto dos lábios da mulher, enquanto ela lê a manchete. Pelo menos até ela encarar o retrato falado da famosa pirata, que adornava meia página do impresso. Daí a mulher exclamou indignada.
– Por Barbra Streisand... meu nariz não é assim tão grande!
Ela recebe um cutucão nas costelas de outra mulher que a acompanhava.
– Cala a boca, Berry...Se le puede reconocer, enana! - disse a mulher gesticulando para o menino que estava de boca aberta olhando para os três estranhos encapuzados na sua frente.
Rachel se ajoelha, para ficar na altura dos olhos do pequeno vendedor e estende para ele algumas moedas de ouro.
– Que tal fazer uma surpresa para sua mãe, ein pequeno? - disse ela com um sorriso.
O menino agarrou as moedas e fez que sim com a cabeça. Rachel levantou-se e fez sinal para que seus dois acompanhantes a seguissem. De longe, eles ouviram o menino continuar a anunciar as noticias.
– EXTRA! EXTRA! A INTRÉPIDA E INVENCÍVEL CAPITÃ RACHEL BERRY ATACA NOVAMENTE E FAZ SOLDADOS DE BESTA! A DESTEMIDA PIRATA SAQUEIA OUTRO PORTO EM SÃO FERNANDO! LEIAM HOJE! O GOVERNADOR WILLIAM SCHUESTER VAI TENTAR EXPLICAR A INCAPACIDADE DE SUAS TROPAS EM DECLARAÇÃO ESTA TARDE! A RECOMPENSA PELA PIRATA PODE AUMENTAR EM ATÉ MIL MOEDAS DE OURO MAS EU DUVIDO QUE CONSIGAM PRENDE-LA!
– Agora as vendas dele vão aumentar.
Rachel sorriu para seu contramestre Noah Puckerman. Com uma chamada dessas no minimo o pequeno vendedor iria chamar tanta atenção para si, que três encapuzados, saindo do porto por entre a multidão, não seriam assim, tão interessantes...
Eles caminharam por um bom pedaço, pelos becos e galerias da região portuária e finalmente puderam tirar os capuzes, quando passaram do centro da cidade para uma zona de residencial da capital.
– E então... como você pode ter certeza que ela ainda mora aqui? Já se passaram seis anos, sabia? - peguntou Santana Lopez, a primeira imediato e segunda no comando do Barbra, o navio pirata comandado pela bela morena ao seu lado, a capitã Rachel Berry, a intrépida, como era conhecida.
– Porque ela é minha Quinn. Amor da minha vida e mãe de meus filhos. Ela vai está aqui. E são cinco anos e meio.
Eles escalaram a mureta de uma das casas e chegaram ao telhado. Apesar da zona ser residencial e quase agricola, as casas se dispunham muito próximas umas das outras, praticamente unindo seus telhados. E, convenhamos que, para piratas procurados pela lei, era melhor caminhar por cima dos telhados, do que no chão, por entre as "pessoas de bem."
– Yeah, Yeah...
– Eu ainda não entendo bem essa coisa de "esperma artificial" , eu gosto das coisas feitas ao natural...um zilhão de pequenos Puckassaurus quentinhos e prontos para o trabalho.
– Que nojo... - reclamou Santana.
Rachel revirou os olhos e saltou para outro telhado. Esse conceito de reprodução humana, não era recente, mas seria exigir muito de seu amigo compreender isso.
O mundo havia mudado muito depois da "regressão", como os históriadores chamaram. Depois de um grande BUM tecnologico algo deu errado e as maquinas e praticamente tudo que antes funcionava via eletricidade ficou inutilizado. Sem mais celulares, internet, rastreadores, televisores, nada... As poucas coisas que conseguiram ser preservadas, através do tempo, foram algumas pesquisas e procedimentos medicos que dependiam de processos simples e pouca energia para serem levados a diante. Os grandes feitos tecnologicos viraram história... e os velhos tempos de mãos à obra, retornaram.
Nem Rachel, nem sua geração conhecera esse mundo de facilidades tecnologicas, ela ouvira muitas histórias que seus pais contavam da época de seus avós... mas esse procedimento de fertilização por DNA, foi uma das últimas conquistas da ciência, antes da "regressão".
– O termo é invólucro de DNA, Noah. E eu já expliquei um milhão de vezes... ele é basicamente utilizado para reprodução entre casais do mesmo sexo, para que as crianças possuam caracteristicas geneticas de ambos pais ou mães, que foi nosso caso. Esse invólucro armazenou parte do DNA contido nos meus óvulos. Depois, essas pequenas capsulas moveis, cheias de material genético foram ingetadas nos óvulos da Quinn... de maneira bem natural se você quer saber... Humft... entendeu? Pronto. Bebês são nada mais que a mistura do código genético de seus pais... portanto, sim, eu e Quinn temos duas belas crianças juntas.
– Yeah, yeah... um menino e uma menina... já cansamos de ouvir.. o que eu não entendo é como um menino apareceu na história. - murmurou Santana.
Rachel suspirou. Como um procedimento pode existir há décadas e ninguém saber detalhes sobre ele? Quer dizer, ela era uma pirata, mas um pouco de informação e interesse pelo mundo fora da pirataria, era pedir demais?
– Santana, o gene Y, que determina o sexo masculino, pode não fazer parte da minha constituição genetica, por motivos obvios, mas ele é uma variavel biologica do gene X.
– Isso quer dizer o que? - Puck estava tão confuso que tropeçou numa chaminé.
– Quer dizer que seu cromossomo Y é na verdade, uma menina sub-desenvolvida Puck-ótario. - satirizou a latina, caindo na gargalhada.
– Hey...sua...
Rachel não deu bola para a troca de palavrões iniciada por eles. Ela estava ansiosa. Faziam cinco anos e meio que ela não via sua amada Quinn. Ela nem ao menos conhecia seus filhos!
Podia parecer cliché, mas Rachel teve que fugir as pressas da cidade, deixando o amor de sua vida, grávida de três meses, para trás. Ela não podia levar Quinn consigo, ela estaria sujeita a ataques e pilhagens, e o mar não é um ambiente saúdavel para uma mulher grávida! Não importava o quanto ela quisesse ficar. Rachel não tinha escolha. Se ela fosse apanhada iria imediatamente para a forca.
Ela sabia que era um dos nomes mais conhecidos da pirataria nos sete mares, não era um titulo muito honroso, mas era o que ela era. Então, naquela noite há cinco anos e meio atrás, ela fugiu, deixando Quinn e seus sonhos de ter uma familia de lado, durante cinco longos e sofridos anos. Rachel Berry fez o que tinha que fazer. Protegeu sua amada Quinn de ser associada a uma pirata procurada, e garantiu que seus filhos não fossem usados como iscas para captura-la.
– Toda essa história de "Berry e filhos" é uma verdadeira baboseira... como é que você vai ser mãe desses pirralhos mesmo, ein?
– Meus filhos não são pirralhos... e eu faço você andar na prancha no mar repleto de tubarões, Lopez, se você abrir a boca para se referir a eles dessa forma novamente. E não pense que eu não sei, que na verdade você, está irritada porque ainda não conseguiu que sua Britt Britt aceitasse seu material genetico nos óvulos dela...
Rachel deu um sorriso zombeteiro. Eles agora estavam se aproximando de uma parte do bairro onde as casas ficavam mais espaçadas. Os telhados estavam acabando e ficando mais baixos.
A casa de Quinn, pelo que Rachel lembrava, ficava próxima ao final dessa zona. Era um pequeno e belo chalé de pedras, que tinha um quintal grande e verde, onde a loira estendia as roupas para secar, nos grandes varais, nos dias de sol.
De onde estava, Rachel já avistava a pequena chaminé, por onde saia uma fumaça branca.
Quinn estava em casa.
– Britanny é uma dançarina! Ouviu? Dançarina! Ela não pode ficar grávida de uma hora para outra! - disse a latina enfesada. - Mas eu posso garantir que na hora que eu realmente pedir, minha Britt Britt vai ficar mais que orgulhosa em ter meu sangue latino misturado ao DNA dela!
Puck se adiantou até a beirada do último telhado para checar a segurança. Rachel não deu muita atenção aos reclames de sua imediata. Ela só pensava em Quinn e seus filhos... seus filhos e Quinn.
– Será que ela está com muita raiva de mim? Quer dizer...são alguns anos sem noticias, ne? Ou será que ela vai ficar feliz em me ver? - a morena se adiantou quando Puck fez sinal para que eles se aproximassem. Ela pode ouvir uma música alegre sendo tocada. Era agradavel. Uma valsa, talvez. - Será que ela fala de mim para as crianças?
– Será que ela vai mandar você calar a boca? - disparou Santana parando na beirada do telhado e olhando para a festa que acontecia no quintal da casa abaixo deles. A latina ergueu a sombracelha.
A morena não parava seus questionamentos. A música chegou mais forte aos seus ouvidos... ela não gostava muito da harmonia dos instrumentos...
– Sera que ela está bem? Será que ela continua tão linda como era?
– É... ela fica bem bonita de vestido de noiva. - observou Puck.
– O QUÊ? - a pirata gritou.
– Será que ela está casando? - Santana ironizou, imitando a tagarelice de sua capitã momentos atrás. Depois apontou para a cena que acontecia no quintal da casa, da outra mãe dos filhos de sua capitã. A marcha nupcial tocava seus acordes finais.
Rachel olhava mais não acreditava. Sua Quinn caminhando entre algumas poucas fileiras de cadeiras, com um simples, porém elegante vestido branco. Na frente dela, uma pequena morena sacudia, aparentemente de mal gosto, algumas petalas no chão. Perto do altar um menino loiro de terno, estava parado ao lado de um homem alto e com cara de idiota.
– É... acho que você deu viagem perdida, Rach... - falou Puck.
– UMA OVA! ELA É MINHA MULHER! E SE NÃO FOR COMIGO, ELA NÃO CASA!
Dizendo isso, Rachel tirou da cintura um laço grosso e atirou com força num mastro do quintal. Com um impulso a morena se sacudiu para fora do telhado, voando na direção dos noivos no altar. Santana deu um tapa na testa e puxou duas espingardas do cinto.
– Enana dos infernos! Puckerman, dispare o sinal a noroeste! Precisamos avisar ao Barbra que queremos reforços! Vamos pegar os filhos dessa maluca e tentar sair vivos daqui!
Santana agarrou-se no cano d`água preso na parede da casa e pulou. O cano se partiu e foi descendo de uma vez para o chão, servindo de suporte para a latina, fazendo a mulher descer no meio da festa sem problemas.
Rachel aterrissou no altar improvisado, na frente dos noivos, de costas para o padre. Santana deu um muro em um dos convidados que tentou puxar uma escopeta do casaco.
– Eu tenho uma objeção! - Berrou a morena.
Quinn arregalou os olhos.
Puck tirou um sinalizador vermelho e deu dois tiros para cima. Santana quebrou uma cadeira em um soldado presente, outros sete homens correram para ajudar o colega.
– Mas eu ainda não cheguei nessa parte...- tentou argumentar o padre.
– Rachel?
Quinn ainda olhava para a morena como se estivesse vendo uma assombração. Pelo canto do olho Rachel viu Puck derrubar quatro homens de uma vez, entretanto, dois vinham correndo na direção dela.
– Mas o que? Como? - continuava a loira chocada.
– Rachel Berry? A pirata?
Rachel desviou sua atenção para o pretenso "noivo" de sua mulher. Sutilmente, ela puxou uma pequena adaga do bolso de trás da calça.
– A única. - Ela arremessou a adaga nos culhões de um dos homens, que pensou vir ao auxilio dos noivos. O sangue dela fervia e seu olhar era feroz .- E posso saber quem é você?
– Eu sou Finn Hudson! Chefe da guarda! E você esta presa!
– UMA OVA, SUA ORCA! E SAIA DE PERTO DA MINHA MULHER!
Ela deu um soco no meio da cara do noivo-chefe-da-guarda. O golpe foi tão forte que o homem caiu do altar e tombou no chão.
– SUA MULHER? DEPOIS DE SEIS ANOS, VOCÊ APARECE PARA ANUNCIAR QUE EU SOU SUA MULHER?!
Quinn deu dois passos na direção dela, espumando de raiva. O buquê de flores do campo destruido em suas mãos delicadas.
– Foram cinco anos e meio... - e Rachel deu uma olhada ao redor. Santana e Noah estavam lutando com uns quinze soldados que estavam na cerimonia. Convidados corriam e gritavam apavorados. Um dos soldados tirou uma escopeta do cinto e apontou para elas no altar.
– ... Eu que não posso acreditar, que você acreditou, que eu não voltaria para você! Depois de tudo que dissemos uma a outra, Quinn!
E com um gesto rápido, Rachel enfiou o pé em uma das tábuas que faziam suporte para o altar, puxou Quinn pela cintura, juntando seus corpos atrás da tábua, que subiu na frente delas, e as protegeu da bala que fora atirada naquela direção. Rachel puxou a tábua para si esticando a madeira, e soltou de uma vez só, fazendo a mesma descer com toda a força na cabeça de Finn Hudson, que havia se levantado. O homem se estatelou novamente no chão. Rachel viu Noah torcer o pescoço do homem que havia atirado nelas.
– Você é inacreditável! Saia da minha casa, agora! - gritou a loira. Sua voz aguda cheia de raiva e ressentimento.
Rachel conhecia sua amada e viu o fogo no olhar dela. Aqueles olhos castanhos esverdeados cheios de frustração e ira. Ela simplesmente amava aquele fogo no olhar dela. O sorriso brotou em seus lábios e ela não esperou nem mais um segundo. Com um movimento rápido a pirata abarcou Quinn pelos quadris e a jogou por cima do ombro.
– Eu saio, mas dessa vez, você vem comigo. - declarou esmurrando um dos padrinhos.
– Rachel, me solte agora! Me ponha no chão! Rachel!
Mas a morena já tinha puxado a espada para se defender, e, segurando uma Quinn furiosa com o braço esquerdo, desarmou um soldado, com sua espada, usando o braço direito. Ela chutou o infeliz em cima de Finn Hudson, que mais uma vez, insistiu em levantar.
– Será que você pode ficar quieta? - a morena tentava equilibrar o corpo de sua amada no seu ombro, enquanto chutava e brandia sua espada se defendendo de outro soldado, que apareceu em seu caminho. - Já esta um pouco difícil lidar com seu mal humor... imagine com seus coiçes e bofetões...
– Me ponha no chão, Rachel! Agora!– dizia a loira tentando se livrar.
Rachel girou o corpo de uma vez, colocando Quinn no chão, ela aproveitou o impulso e chutou com os dois pés o torax de um soldado que estava atrás delas. Imediatamente ela puxou um lenço de seda do bolso e amarrou as mãos de Quinn.
– Como você ousa? - gruniu a loira.
Santana atirava nos soldados, se desviando entre as cadeiras que ainda estavam dispostas no quintal. A latina usou uma das mulheres, que gritava em meio ao caos, como peso e rodou a coitada em cima de três soldados que a perseguiam, abrindo caminho para a carruagem descoberta que estava mais adiante.
Puck dava urras de felicidade, enquanto sua espada cortava os suspensorios de vários trajes de gala dos soldados presentes. Os homens, que tentavam lutar com as calças arriadas, caiam por cima uns dos outros.
Depois de amarrar as mãos e pernas de Quinn, Rachel agarrou sua amada pela cintura e jogou-a mais uma vez por cima dos ombros. Ela puxou a escopeta do cinto e deu dois tiros em um covarde que tentava atacar Noah pelas costas.
O pirata percebeu o gesto e agradeceu.
– RACHEL! - Berrou a loira pendurada no seu ombro.
A morena ainda olhava para Noah, que prontamente arremeçou uma faca no meio do crânio de um homem que estava atrás de Rachel. A morena sentiu Quinn agarrar-se as costas de sua camisa. " Oh meu Deus!" a loira murmurava.
Nesse instante, as vozes de duas crianças se fizeram ouvir em meio ao caos de gritos e tiros.
– MAMÃE!
Rachel se virou para as vozes. As crianças estavam abraçadas embaixo de uma das cadeiras. Ela absorveu os acontecimentos ao seu redor instantaneamente. Santana derrubando um último soldado de cima da carruagem, tomando as redeas do veiculoe o guiando na direção deles. Noah jogando um pequeno explosivo dentro da camisa de um dos cinco homens com os quais ele lutava. O coitado gritou desesperado, enquanto seus colegas fugiam. Finn-o-idiota-Hudson jazia estatelado no chão. E mais um palhaço vinha na direção dela empunhando uma espada.
– Meus Filhos! RACHEL, MEUS FILHOS!
– Nossos filhos! - corrigiu irritada. - NOAH!
Houve um grande BUM e o coitado com a bomba na camisa voou pelos ares. A morena se defendeu de um golpe, com sua espada, e espetou o ombro do homem com terno que a atacava. Com o canto dos olhos, ela viu Noah correr na direção de seus pequenos. Ele agarrou o menino com um dos braços, mas a menina correu. Por sorte, Santana, que já havia conseguido trazer a carruagem até eles, agarrou a pequena cópia de sua capitã pela gola do vestido.
– Não tão depressa, sua mini clone de anã.
A resposta da pequena foi uma dentada bem plantada na mão da latina.
– Diablos enana! Faça isso de novo, que eu amarro esse seu pequeno traseiro clonado no mastro do navio!
A pequena olhava para a primeira imediato perplexa.
– Você usou uma palavra feia! Eu vou contar para minha mãe!
O queixo da latina caiu. A menina não era só fisicamente uma pequena cópia de sua capitã, mas a guria era também geniosa como a pirata-mãe. Senão fossem pelos olhos castanhos esverdeados, iguais aos de Quinn, Santana acreditaria que se tratava de um clone, ao invés de uma filha.
– Oh. Meu. Deus. Duas Rachel?
– Rachel? Mais eu não fiz nada de errado! - e a pequena cruzou os braços e fez bico.
Santana não parou para entender. Eles tinham que sair dali. Lutar com quinze soldados e alguns convidados metidos a hérois, em uma festa, era fácil...ter todo um regimento armado perseguindo você é bem diferente.
– RACHEL! AGORA! - berrou a latina.
Do outro lado do quintal, a pirata meteu o pé no torax de seu adversário, e correu para a carruagem. A capitã atirou Quinn, sem cerimonia, dentro do veiculo e subiu logo em seguida. Noah disparou com a carruagem a toda velocidade.
As crianças se jogaram em Quinn na mesma hora. A loira tentava abraça~las da melhor maneira que podia, pois ainda estava de mãos e pernas atadas.
– Charlie, Barbra, vocês estão bem? Você estão feridos? Deixe a mamãe olhar vocês... - ela puxava os filhos para si, enquanto tentava examina-los em busca de machucados.
– Você... o nome dela é Barbra? - disse Rachel tropeçando nas palavras. - Ela... você deu a ela meu nome do meio? Ela tem meu nome?
Os olhos de Quinn procuraram os da morena pela segunda vez naquela manhã. E dessa vez, Rachel viu neles um misto de decepção, confusão, frustação e amor. A pirata esperou cinco anos e meio para redescobrir o amor nos olhos de Quinn, e lá estava ele, por poucos segundos, ele se mostrou nos olhos dela. Mas, o orgulho se espalhou como fogo em um campo seco, e na mesma hora, os olhos da loira mudaram, e ela puxou os filhos para si possessivamente, encarrando Rachel.
– Está tudo bem, meu amores. Mamãe está aqui. - repetia a loira, enquanto seus filhos se agarravam a ela.
A carruagem seguia a toda velocidade por entre as ruas da cidade. Eles tiveram alguns minutos de calmaria, até chegaram ao centro e esbarrarem em meio regimento, que estava a procura deles. Eram em torno de cinquenta soldados, à cavalo, à pé, em carruagens...
Rachel avistou Finn Hudson, montado em um dos cavalos que os vinha perseguindo e rangeu os dentes.
Tiros começaram a ser disparados, e Rachel se jogou na frente de sua mulher e filhos para protege-los. Seu rosto estava a centimetros do da loira.
– Fiquem abaixados, okay? - pediu a pirata.
Santana disparava contra os cavaleiros, mas alguns estavam próximos demais.
– Rachel?! Que tal uma mãozinha?
A morena olhou por cima do ombro e seus olhos castalhos escanearam tudo ao seu redor. Um sorriso debochado cresceu pelo canto de sua boca e ela puxou uma adaga de uma cinta em sua coxa esquerda.
– Santana! Siga para o Barbra! Eu cuido do resto.
– OK capitã!
– Aonde você vai? Tem pelo menos uns oitenta soldados atrás de nós agora! - a loira tentou, mas não conseguiu fazer que sua voz soasse despreocupada. Seu corpo lhe traiu e ela percebeu que suas mãos mesmo atadas, haviam se fechado no pulso direito da morena.
Vendo o sorriso da pirata crescer, Quinn largou o pulso dela e desviou o olhar.
Rachel agarrou o rosto de sua amada entre as mãos e beijou-lhe os lábios. A loira não teve tempo para reagir e, por um breve momento, amoleceu entre as mãos da outra mãe de seus filhos. A pirata afastou seus lábios dos dela, com um sorriso enorme. As crianças olhavam para elas de olhos arregalados. Em segundos, a intrépida morena deu um salto, se agarrando em uma das bandeirolas presas, em um dos muitos mastros espalhados pelas ruas da cidade. Quinn assistiu, de queixo caido, Rachel, realizar acrobacias pelos mastros e derrubar três cavaleiros. A morena pulou em uma das celas vazias, levando alguns segundos para se reposicionar na cela, ficando de costas para a cabeça do cavalo. Mais quatro soldados foram derrubados a tiros. Rachel puxou uma das bandeirolas e levando o tecido consigo conseguiu "cegar" um dos cavaleiros que vinha à sua esquerda fazendo o mesmo se chocar com uma barraquinha de frutas na calçada, depois, com um chute, derrubou um cavaleiro que vinha da direita. A pirata pegou a adaga, que até o momento, segurava prensa entre os dentes, e se inclinando para o lado cortou o cinto da cela de um cavaleiro que se aproximava, fazendo o mesmo levar um tombo, e, no processo, derrubar cinco, de seus colegas que vinham atrás.
– Um pequeno demônio do mar... - comentou Santana displicentemente, enquanto dava cobertura a sua capitã, atirando nos soldados armados.
A pequena Barbra olhou para a latina, que retribuiu o olhar com um sorriso maquiavelico. A menina, longe de se assustar, cruzou os braços e franziu a testa para a primeira imediato, murmurando "uma palavra feia."
– Um pequeno maldito clone da anã! - sussurrou Santana entre dentes, dando outro tiro em um cavaleiro.
O pequeno menino loiro nos braços de Quinn, chamou a atenção de sua mãe pela primeira vez.
– Mamãe, quem é ela? - perguntou o pequeno Charlie. Quinn desviou, a contra gosto, os olhos de Rachel, que derrubava um soldado atrás do outro na montaria logo atrás deles, e encarou os amaveis e mornos olhos castanhos cor de chocolate de seu filho. - Ela... é nossa Mãezinha? Ela voltou para gente, mamãe?
Quinn puxou seu filho para junto de si, sem responder a pergunta do pequeno. Ele sempre fora mais perceptivo, bem diferente de sua "intrépida irmã". Os olhos da loira buscaram localizar Rachel, em meio a confusão.
Enquanto isso, a guarda procurou ser mais criativa e alguns soldados se posicionaram nos telhados das casas. Rachel não pensou duas vezes, se colocou de pé em sua montaria e saltou num mastro. A pirata se pendurou na estrutura de aço, usando-a como ponte para se atirar numa varanda um uma das casas. Ela escalou a sacada, em segundos, alcançando a beirada do telhado e se impulsionando para cima.
Ela começou a correr velozmente por entre os telhados das casas, atirando e chamando a atenção dos soldados. A morena pegou alguns tijolos soltos que viu pelo caminho e em lances certeiros, acertou cinco homens.
Finn Hudson agitava as mãos feito louco, dando ordens aos seus subordinados. Mais da metade dos homens seguia Rachel, enquanto alguns poucos perseguiam a carruagem aonde sua noiva e filhos estavam. Ele não podia acreditar que uma mulher, estava conseguindo fazer todo seu regimento parecer um bando de tolos com armas.
– Atirem nela! Atirem nela, seus idiotas!
Nesse momento, um tijolo grosso e veloz se chocou com a cabeça do chefe da guarda, e ele mais uma vez, tombou no chão, caindo do cavalo. De cima dos telhados, Rachel berrava.
– ISSO É POR TER SE ENGRAÇADO COM MINHA MULHER, SEU DEMENTE DESCEREBRADO! E VÊ SE FICA NO CHÃO DESSA VEZ!
Rachel olhou para os lados e viu sacos de polvora, que um dos soldados desacordados aos seus pés, trazia preso ao corpo. Um sorriso maquiavelico se espalhou por seu rosto.
A carruagem seguia pela cidade a toda velocidade. Eles haviam perdido Rachel de vista desde o momento que a morena subiu nos telhados. Um soldados que os perseguia conseguiu subir no veiculo, então, Santana o agarrou pela camisa e deu-lhe uma bofetada. Outros dois homens pularam a bordo.
– Puckerman!
O pirata girou de uma vez e deu de cara com a filha de Rachel em pé atrás dele. Ele viu um dos os dois homens agarrarem Charlie, enquanto o outro mirava sua arma em Santana. Puck enfiou as redeas nas pequenas mãos da menina.
– Aula de direção, com o tio Puck.
A menina arregalou os olhos, mas tomou as redeas nas mãos. Puck atirou no soldado que mirava em Santana e esmurrou o homem que segurava Charlie.
– Segure firme. - continuou ele e entregou Charlie a Quinn.
– Barbra! - a loira gritou, abraçada com seu filho, tentando repreender a menina.
– Olha mamãe! Eu estou mandando nos cavalos!
A loira avistou uma curva logo a frente e arregalou os olhos.
– Para a esquerda! - gritou ela se lançando para as redeas nas mãos de sua filha e puxando-as firmemente para fazer com que os cavalos tomassem o rumo certo.
– Hey, Quinn! Foi exatamente como da última vez, ein? - sorriu Puck, finalmente atirando seu oponente para fora da carruagem. Santana deu um chute bem na cara de um soldado que tentava se segurar na bairada do veiculo
– É... muito lindo...só falta a outra maluca aparecer e teremos a familia completa.
Puck tomou as redeas das mãos de Quinn e olhou para a pequena Barbra.
– E assim a gente acelera. É-íííí-ááá! Uh-huuuuu!
Os cavalos avançaram, sacudindo Quinn e as crianças para trás. Santana segurou Barbra pela gola.
– Você é uma pirata com a boca muito suja, senhora. - exbravejou a pequena.
– Eu vi seu futuro, menina... e ele é tenebroso...
Quinn puxou sua filha, que mostrava a lingua para a latina.
– Não fale esse tipo de coisa para ela!
– Quem disse que o futuro será tenebroso para ela? Essa menina vai ser a propagadora do caos!
Os guardas procuravam pelos telhados, pelos becos, pelas ruas e nada da capitã pirata Rachel Barbra Berry. De repente, ouviu-se um assovio e há cinco quarteirões de distancia, parada, com um sorriso zombeteiro na cara, estava a propria tempestade em forma de gente. Rachel estendeu uma das mãos e com o indicador chamou os soldados. Um barril grande de madeira, estava escorado ao seu lado, e a morena se apoiou nele.
Sem ao menos imaginar as consequências, todos os últimos quarenta homens do regimento, incluindo Finn Hudson, correram esbravejando na direção dela.
Rachel olhava as unhas sinicamente, e quando ficou satisfeita com a distancia entre ela e os soldados, tirou um isqueiro do bolso e fazendo questão de se fazer notar, acendeu um pavil que estava em cima do barril. Alguns dos soldados diminuiram o ritmo da corrida. Ela derrubou o barril de lado e o chutou para frente. O barril, recheado com os sacos de polvora, seguia ligeiro, em direção ao regimento de idiotas, que finalmente percebendo a armação da pirata, tentou dar meia volta.
O Kabum foi ouvido por toda ilha. Quinn virou o rosto na direção da explosão, ainda a tempo de ver a nuvem negra subir de uma vez pelo céu.
– Oh Deus, Rachel... - murmurou a loira.
– É... definitivamente, Rachel... - repetiu Santana com um sorriso.
Charlie olhou ao redor confuso.
– Barbra, fez alguma coisa de errado, mamãe?
A menina estava de cara fechada ao lado da mãe. Santana e Puck trocaram olhares. O caminho estava limpo e sem guardas, eles estavam se aproximando da área de encontro, onde os reforços da tripulação do Barbra iriam encontra-los. Se Rachel não se juntasse a eles até a carruagem passar por debaixo da ponte, na saida da cidade, eles não poderiam esperar por ela.
Por isso, nesse mesmo instante, ela corria o mais rápido que podia. A pirata roubou um cavalo e disparou vários quarteirões pela cidade, enfrentando alguns contratempos no meio do caminho. Um deles tinha nome, sobrenome e uma cara que ela já tinha tomado abuso.
Finn Hudson, sujo e cheio de foligem, queimaduras e hematomas, perseguia a morena. Ele emparelhou seu cavalo com a montaria da pirata.
– Eu não vou deixar que você a roube de mim!.
– Ela nunca foi sua, seu palerma!
– Eu vou resgatar minha noiva e prender aqueles pirralhos insuportáveis em correntes no calabouço, que é onde filhotes de piratas merecem ficar!
Agora ele havia conseguido. Rachel se jogou em cima dele enfurecida. Os dois cairam no chão, rolando na rua, a morena dando muros no chefe da guarda. Eles se levantaram e Finn sacou sua arma, só que ele não foi rápido o suficiente. A morena atirou sua adaga no braço que ele segurava a arma. O homem gritou de dor. Ela se aproximou.
– Você pode se considerar um sortudo filho da mãe, por eu não ter tempo de fazer o que eu estou desejando fazer com você. Porque depois disso, eu não posso simplesmente só meter uma bala nessa sua cara de imbecil.
E ela deu um chute no meio das pernas dele.
– Da próxima vez, eu não vou ser tão racional.
Ela deu as costas a ele. Finn puxou a adaga do antebraço com um urro de dor, e alcançou a arma com a outra mão. No momento que ele atirou, Rachel já havia virado e apontado sua arma para ele. Finn caiu na calçada, com um tiro no um pouco acima do peito, no ombro esquerdo.
– Merda...errei. - reclamou a morena, mas ela não tinha mais tempo. Olhando ao redor, ela percebeu uma casa luxuosa que possuia três andares, e um deles era abaixo no nivel da rua aonde ela se encontrava. A ponte que margeava o fim da cidade ficava logo abaixo. Ela correu para dentro da casa, invadindo a residencia por uma das janelas de vidro.
Mulheres gritaram e correram. Rachel saiu jogando, cadeiras, pessoas, bandejas, cachorros para cima. Ela corria tão rápido que suas veias pulsavam em seus ouvidos. A morena se jogou pela escadaria da casa, contornando os ambientes e atirando pessoas para fora de seu caminho. Finalmente, ela avistou uma janela grande, e do outro lado, uma rua e a ponte.
Rachel no meio de sua corrida, piscou, e um brilho capturou a atenção da pirata. Ela quase tropeçou na beirada da janela, quando freiou seus movimentos.
Suspirando, ela deu meia volta, devagar, e se dirigiu a uma jovem e bela ruiva, sentada em uma das poltronas da sala.
– Perdão, Madame. Essas pedras nos seus brincos, são diamantes?
– Sim... - respondeu a mulher tremendo, apesar de seus olhos vagarem pelo corpo e rosto da morena.
– Hmmm... eu realmente sinto muito, mas eu tenho uma dama muito irritada esperando por mim há cinco anos e meio, então a senhora, compreende, não é mesmo? Diamonds are a girl`s best friends...
– Senhorita.. - interrompeu a mulher ofegante, enquanto entregava os brincos a Rachel.
– ... Mas é claro - e a pirata tomou um das mãos da jovem ruiva e depositou, de leve, um beijo junto as juntas dos dedos.- que indelicadeza a minha.
E com uma piscada de olho, ela correu e saltou a janela. A mulher olhou para a mão que fora beijada pela morena e notou que a pirata havia lhe roubado seu anel de brilhantes.
– Ela é galantemente intrépida... Rachel Berry... - suspirou a ruiva.
Rachel caiu na rua e correu para a ponte, ela havia avistado a carruagem vindo ao longe, e sabia que não tinha mais tempo.
Um comerciante de chapeus trombou acidentalmente com ela, e na pressa de se livrar dele, ela acabou perdendo o equilibrio e caiu da ponte.
– Mas aonde demonios está... RACHEL!
Santana berrou quando viu sua capitã cair com um baque seco e um bocado de chapeus, dentro da carruagem. A morena se levantou agitada, e ainda meio desorientada, olhando para os lados. Ao perceber que estavam todos aparentemente sãos e salvos, ela sorriu.
– E ai? Sentiram minha falta?
Puck deu uma gargalhada.
– Essa cidade nunca mais vai esquecer da intrépida Rachel Barbra Berry! u-huuuuuuuuuuu!
Charlie e Barbra trocaram olhares. Quinn ainda absorvia a presença de Rachel na sua frente, seus olhos percorriam o corpo da morena, involuntáriamente, procurando por feridas e machucados.
Sem conseguir conter a boca, nem a curiosidade, a pequena Barbra disparou.
– Seu nome é RACHEL BARBRA?
Charlie tinha o olhar fixo nos olhos da mulher morena na sua frente.
– Mãezinha? - perguntou o menino timidamente.
Barbra olhou de Rachel para o seu irmão, e de novo para Rachel.
– Quem é você? - disparou a pequena com as mãos na cintura e testa franzida.
Rachel sorria para seu filho, emocionada pelo jeito como ele a havia chamado. Ela era a mãezinha dele. Quinn assistia seus filhos descobrirem sua outra mãe. Ela não conseguiu dizer nada, na verdade, a loira havia sonhado com esse momento durante todos os dias, nesses quase seis anos.
– Eu s-sou... - ela limpou a garganta. - Eu sou a mãe de vocês... a outra mãe de vocês... - a pirata sentia seu coração bater forte em seu peito. Era o momento mais assustador e mais maravilhoso de sua vida.
– UMA OVA!
Todas as cinco cabeças se viraram para a pequena morena de olhos castanhos esverdeados, que cobria a boca com a mão, completamente ciente da bronca que ia levar.
– Palavra feia... - cantarolou Santana, dando um risinho zombeteiro.
– RACHEL BARBRA FABRAY! - Quinn ralhou com sua filha. Abismada com a capacidade da menina de absorver, ainda mais, os trejeitos de sua outra mãe, em tão pouco tempo.
– Rachel Barbra... - Balbuciou a morena mais velha.
Charlie segurou a mão da morena e apertou forte. Ele tentou capturar a atenção de sua mãe novamente, enquanto explicava.
– Mamãe só chama ela pelo primeiro nome quando ela faz uma besteira. - sussurrou o pequeno. - Mãezinha... - chamou ele um pouco inseguro.
– Sim, meu amor. - respondeu Rachel com carinho. Seu filho era uma cópia exata de sua amada Quinn, até mesmo a maneira doce e meiga de falar. A única excessão eram os olhos. Os olhos de Charlie eram exatamente iguais aos dela.
Quinn não pode evitar um pequeno sorriso bobo brotar em seus lábios, ao ver seu filho buscar tão naturalmente pela atenção de sua outra mãe. Ao contrario da pequena Barbra, que ainda estava emburrada e de braços cruzados ao seu lado, lançando olhares irritados a uma sorridente Santana.
– Nós vamos morar com você agora? - quis saber o garoto.
Rachel olhou para Quinn, que desviou o olhar tentando ignora-la. A pirata olhou ao seu redor e viu Noah acenar para alguns dos marujos de seu navio. Santana murmurar entre dentes "Sua pequena clone de anã",enquanto sua filha esticava a lingua para ela. E voltou a olhar dentro daqueles olhos castalhos cor de chocolate. Olhos iguais aos seus, que adornavam os traços delicados e indiscutivelmente belos, de uma versão "pocket e masculina" de Quinn.
– Sim, meu amor.
Ela viu os olhos castalhos esverdeados da mulher que ela amava, faíscarem de irritação na sua direção.
– Nós vamos ficar todos juntos daqui para frente. - garantiu a morena ao seu filho.
O sorriso torto no rosto da morena cresceu mais ainda quando Quinn ergueu a sobrancelha em desafio. E nesse minuto, Rachel Barbra Berry jurou, que não importava quanto tempo iria levar, ou o que ela precisaria fazer, mas ela faria que Quinn Fabray entregasse seu coração a ela novamente.
Autor(a): danaandme
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