Fanfic: Aulas de Dança. | Tema: Vondy

- Sabe de uma coisa, baby? Acho que também odeio o seu pai!

Acho que se não estivesse com Maitê, teria me apaixonado por Dulce exatamente naquele momento. Ela parecia perfeita – apesar da loucura evidente -, era bonita, extrovertida, simples, sincera e ainda era tudo que sei que meu pai não iria querer para mim.

Isso me dava uma boa sensação de independência. Realmente, não havia conseguido evitar a risada.

- Sabe de uma coisa, sweet? Acho que eu gostei de você.

- Também gostei de você, baby. – ela pincelou meu nariz com a ponta do dedo indicador. Sorri para ela, que retribuiu o gesto.

Ela se abaixou para apanhar a camisa, mas em vez de pendurá-la na barra, somente a jogou para na direção dela – da barra e deu de ombros quando olhou para mim, fiz o mesmo, mostrando que não me importava.

Dulce olhou para o relógio da parede.

- Olha só, a gente só jogando conversa fora, já perdemos meia hora de aula. Vamos trabalhar!

Foi se aproximando, me analisando. Ela chegou bem perto, a ponto de nossas respirações se misturarem.

- Vamos começar do básico. –disse.

Ela pegou meus braços e fez com que eles envolvessem sua cintura, pegou no meu queixo e o ergueu para que nossos olhos se encontrassem. Senti um frio na barriga!

-Quando se dança com uma parceira, nunca se pode tirar os olhos dos olhos dela. – assenti devagar e pude sentir meu coração batendo num ritmo acelerado.

Senti um ardor percorrer todo meu corpo quando ela passou as mãos pelo meu peitoral para leva-los até meu pescoço e tive de resistir ao impulso de fechar os olhos.

Minha respiração acompanhava o ritmo acelerado das batidas do meu coração, pude ver que ela também estava com a respiração mais ritmada. Não tanto quanto eu, mas estava.

Era estranho me encontrar tão aturdido por estar fixando meu olhar no dela, mas eu estava.

Estava completamente perdido naquele mar castanho, tão profundo e tão cheio de segredos que, repentinamente, bateu uma vontade de descobri-los. A cada passo que dávamos, que ela me ensinava me acostumava mais em tê-la tão perto de mim, nos meus braços e essa sensação também me soava estranha, apesar de que... boa!

Sentir minha pele roçando na sua e seu olhar fixado no meu ainda era eletrizante, mas eu já estava mais calmo e mais acostumado. 

E quando, por fim, acabou... Eu meio que... Senti falta de tais sensações.

- Olha só, baby. - ela falou apontando para o relógio - Ainda passamos da hora. A culpa é sua me distraindo. - me acusou rindo. Levantei as mãos, me inocentando.

- O que eu fiz?

- Fica aí, todo desnudo e devasso. - fez uma expressão indignada, não pude evitar de rir.

- Você é completamente louca, sweet. - falei, sorrindo e balançando a cabeça.

- Você também, só que você disfarça mais. - rebateu e jogou minhas roupas de volta para mim. As vesti depressa. - Olha, a patroa vai estar na sua casa hoje? - neguei com a cabeça - Por que a pressa, então?

- Tenho que passar na empresa antes de ir para casa.

- Ah! - ela exclamou num tom que exalava quase que... compreensão. A mirei e era exatamente isso que transaperecia sua expressão, isso me deixou curioso.

- Dulce! - a chamei, ela fitou meu olhar. - Quer jantar comigo hoje? - ela pareceu surpresa.

- Por que? - me surpreendi com seu tom de receio. Duas opções: bipolaridade ou algum trauma.

- Acho que havia dito que havia gostado de você. - falei simples - Quero uma amiga! - confessei a verdade entalada na garganta, precisava conversar com alguém que não vivesse no meio da bagunça que era a minha vida.

Ela voltou a seu estado normal de calma e loucura.

- Tudo bem, baby. Mas sexo só depois do terceiro encontro e olhe lá. - ela brincou, fazendo um gesto com a mão, sorridente. Novamente, não contive a risada.

- Não pretendo trair, Maitê. E se pretendesse... Acho que também seria lá pro terceiro encontro. E olhe lá! - imitei suas palavras e seu gesto, ambos não conseguimos evitar de rir.

- Que horas?

- Sete e meia pra oito, pode ser?

- Ai, baby, quer me matar de fome? - ela fez uma expressão indignada, eu sorri.

- É a hora que estou livre. - Dulce fez um biquinho engraçado e tive uma vontade de apertar suas bochechas rosadas.

- Tudo bem, baby. Só porque sou boazinha.

- Então, até, sweet.

Depois disso, fiz a coisa mais ousada que já fiz com uma mulher que não fosse minha namorada, fui até ela, a abracei e lhe dei um beijo na bochecha. Ela retribuiu e se despediu de mim sorrindo.

Voltei para a empresa contente, sabendo que quando chegasse lá, cada pedaço de felicidade iria por água abaixo.

POV`s Christopher Off  

babar_slon:KKKKKKKKKKKKKKKKK Com meus pais é a mesma coisa, mas tenho whats. Ent tudo bem, né? É a vida... 

gabivondy: Olha eu aqui!! Mais um capítulo pra você, floor <3

COMENTEM!

-besos

karen` <3