Fanfic: Aulas de Dança. | Tema: Vondy

Sorri para ela. Dulce era meio bipolar, mas era evidente que era uma boa pessoa, e que para cada coisa que fazia, tinha um motivo. Resolvi mudar completamente de assunto, para que ela pudesse esquecer completamente o assunto anterior.

- Qual o nome do seu namorado? - perguntei.

Ela ergueu as sombrancelhas e pressionou os lábios, se segurando para não rir.

POV`s Christopher Off 

Chegamos em um restaurante que minha mãe muito apreciava, de início me preocupei um pouco com a hípotese da própria ir para lá e me ver. Ver Christopher.  E tudo ir por água abaixo.

O tudo inclui a pouca paz de espírito que eu consegui.

Mas logo me lembrei que todas as segundas, ela ia dar seu corpo para outros homens que não eram meu pai, então, de imediato me tranquilizei. Eu e Christopher começamos a jogar um jogo e a pergunta que ele me fez, tinha uma resposta complicada. Que envolvia Zoraida, mais uma vezme veio à cabeça a hipótese dele saber quem eu era, quem era minha irmã e de que ele estava me usando para alguma coisa.

O analisei antes de dizer o nome de minha irmã à ele. Eu já estava nervosa, num ímpasse entre achar que deveria desconfiar dele ou de confiar naquela linda imagem que ele me passava, então no momento em que ele fez aquele movimento sexy de passar a língua pelos lábios, eu quase me esqueci do que estávamos falando.

O pior é que percebi que ele não fazia de próposito, então eu nem poderia culpa-lo por estar suando frio.

Depois que eu o respondi, ele tocou na minha ferida dizendo:

- Não sabia que você tem uma irmã.

De novo, o pior era que eu sabia que ele não estava fazendo de próposito. Vi em seus olhos, quis sorrir agradecida quando ele se desculpou, mas não consgui.

Eu havia duvidado, perguntei para ele se de alguma forma ele conhecia o nome de minha irmã. Em vez de desculpá-lo, eu que pedi perdão. Christopher nunca me fez mal, mesmo que pessoas ligadas a ele tenham feito, ele nunca me fez e isso que importa. Pedi perdão por ter duvidado e porque talvez, eu já tenha feito algo que o prejudicou de alguma forma.

Ele não entendeu, mas me desculpou. Afagou minha mão e me olhava procurando alguma forma de encerrar com as lágrimas que queriam escapar de meus olhos.

Engoli o choro e sorri amplamente para ele, evidenciando que já estava melhor.

Ele me fez outra pergunta:

- Qual o nome do seu namorado ? - me segurei para não gargalhar, porque a verdade é que eu nunca tive um namorado.

Já tive rolos, minha primeira vez foi horrível, com um bêbado idiota e partir daí nunca dei muito valor para essas coisas.

Não saia por aí ficando com todos, abrindo as pernas para qualquer um, mas enquanto não encontrava a pessoa certa, o melhor era aproveitar. Nem que seja pouco.

- Acho que vou beber a vodka. - falei, já enchendo o copo até a medade.

- Por quê? - ele fez uma expressão curiosa - Não quer que eu saiba.

- Não é isso, baby. - falei, depois de beber um pouco. - É que não tem resposta para essa pergunta. - bebi mais um pouco, sentindo o calor da bebida descer pela minha garganta - Eu nunca tive um namorado. - bebi mais um pouco. - Mas também não sou uma virgem. - terminei de beber o que havia colocado no copo. Ele pareceu desconfortável quando eu mencionei a palavra virgem. - Você é virgem, baby? - perguntei travessa.

Percebi seu rosto ficar vermelho, te tanta tímidez ao falar sobre esse assunto, minha garganta se encheu em uma risada.

- Que diabos de pergunta é essa? - ele perguntou, com dificuldades ao falar.

- É a minha vez, ué. Posso perguntar o que quiser, mas olha... - eu sorri - que bonitinho você todo tímido, já estou até imaginando você confessando que é... 

- Eu não sou virgem! - ele falou, um pouco alto demais e umas pessoas nos olharam feio. Eu ri, ele ficou desconfortável, mas vi que pressionava os lábios para não rir também - Eu tenho uma namorada há bastante tempo e nós já... - gesticulou com as mãos, eu sorri debochada.

- Há bastante tempo? Vida toda você quer dizer.

- Não, não é da vida toda. E mesmo que fosse... - fez uma expressão de desconfiança - como sabe? - fiquei um pouco nervosa, mas não aparentei, em vez disso, sorri sapeca.

- Tenho minhas fontes.

- Você é do FBI?

- Não, sou daqui do México mesmo. - brinquei e ele revirou os olhos. - Por que me trouxe aqui e não sua doce Maitê? - tentei não evidenciar minha irônia, em vão. Não tinha nada contra ela, mas só pelo que via de longe, me parecia uma garotinha do papai.

- Pelo que eu saiba, sweet. É minha vez. - ele falou, um pouco sério.

- Não, você já perguntou se eu era do FBI, agora é minha vez. Me responda. - ele me fitou por alguns segundos, abriu a vodka e a derramou em seu copo, até a metade. 

- Não tem uma resposta para essa pergunta. - ele me imitou.

- Eu acho que tem. - falei, brincando. Mas percebi que ele estava com uma expressão frustrante. - Baby, pode me falar. Não sou fofoqueira! - toquei sua mão. Ele se surpreendeu, mas não recuou.

- É que acho que nosso relacionamento está muito desgastado. - ele confessou. - Ela parece distante e surpreendentemente isso não me incomoda,  porque quando estamos juntos parece que tudo é controlado pelo meu pai. Ele está praticamente me obrigando a casar com ela.

Não me surpreendi, o típico Victor Uckermann estava em ação, levei minha outra mão até a mão de Christopher e a apertei, numa simbologia de amizade.

- Você não pode deixar que seu pai te controle, Chris. - ele sorriu ao me ouvir falar, retribui o sorriso. - E se o relacionameto está desgastado é normal, porque vocês estão juntos a muito tempo. Isso acontece. Mas se vocês querem prosseguir, tem que conversar um com o outro, senão vai ser tarde demais. E olha - pisquei, sorrindo - quando ela ver os resultados das nossas aulas, você vai seduzir ela total. - brinquei e ele riu.

Sua expressão voltou a ficar séria aos poucos, o que me incomodou um pouco. Ele tinha um sorriso muito bonito, uma risada muito boa de ouvir e eu gostava de as ouvir e ver. Christopher não sabia, mas tinha um incrível poder de sedução, coisa que, eu tinha de confessar, estava me encantando aos poucos.

- E se eu não tiver mais tanta certeza de que quero "seduzir" ela? - ele fez aspas com as mãos e imitou minha voz fina ao falar "seduzir".

Bati em seu braço, alegando que odiava quando brincavam com minha voz, ele riu, me encantando novamente e dissipando minha raiva.

- Sua voz é linda, sweet. - falou, sorrindo com sinceridade. Retribui o sorriso. - Mas... - ele me deu um tapinha na mão - me responde! - eu ri da ansiedade dele, fiquei pensativa, matutando na melhor resposta, até que a encontrei.

inandamaia: De nada, flor. Postado ;*

gabivondy: Com o tempo, a Dulce vai explicando tudo e a confusão vai embora. - prometo!

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-besos

karen`<3