Fanfic: Aulas de Dança. | Tema: Vondy

POV`s Christopher Onn.  

Nem sempre o dia quer concordar com o seu humor. Logo no dia em que eu estava disposto a acordar de bom humor, basta eu abrir os olhos que ouço meu pai resmungando no corredor. Não o respondi, sequer o ouvi,  estava entorpecido demais com o sono, então somente me dirigi ao banheiro sem dar atenção ao que estava ao meu redor.

Além de que, lembro-me de que meu pai me ensinara: se não tens nada apropriado para falar, não fale nada.

Assim que me arrumei para ir trabalhar, parti sem me despedir, pois não queria ouvir baboseiras do meu ditador particular. No momento em que cheguei na empresa, senti meu peito se encher de alívio, até concedi sorrisos sinceros ao cumprimentar os funcionários, mas bastou-me sentar-se na cadeira para ocorrer o infortúnio de meu pai me mandar uma mensagem.

"Saindo de casa sem ao menos se despedir? É essa a educação que te dei?" 

Oh, claro que não. O senhor me criou perfeitamente bem papai. Eu que sou um mal agradecido, ironizei em pensamento. Não respondi sua mensagem, em vez disso preferi ignorá-lo, mas ao decorrer do dia, tal coisa tornou-se impossível com suas incessantes ligações para tratar de assuntos urgentes, que na realidade eu poderia deixá-los para... Não sei... Talvez mês que vem!

Já era a quarta ou quinta ligação, eu mantinha os olhso fechados tentando - em vão - manter a calma. Perdido em meus pensamentos, enquanto a voz rude de meu pai fazia minha cabeça latejar, imaginei o que Dulce, com todo seu orgulho e atitude, o que faria num momento como esse. Imaginei que ela daria uma bela cortada, sem perter sua pose de bailarina.

Não sei se já citei isso, mas achava muito elegante sua postura ereta. Reuni forças para interrompê-lo.

- Mas agora, entenda a urgência disso Christopher, a empresa precisa que...

- Papai. - o interrompi, meio aturdido.

- Diga. - disse seco, com raiva por ter sido interrompido.

- Acho que eu, ocupando o cargo de presidente, devo saber o que é importante ou não, o que é urgente ou não. Então, eu julgo cada palavra que me disse, coisas que podem ser deixadas para outra ocasião. - ele soltou uma risada sarcástica.

- Meu filho, eu fundei essa empresa com o meu suor, eu que sei o que é bom para ela ou...

- Se sabe tão melhor que eu, que sou um alienado... -ironizei. - Por que não está sentado nesta cadeira, lendo estes papéis chatos e se estressando com os meus problemas? - rebati, como ele não correspondeu, continuei - Desculpe, mas se o senhor não se incomodar, tenho problemas reais para resolver. - desliguei o telefone sem me despedir, sem esperar resposta.

Senti o calor da adrenalina correr rapidamente em minhas veias, senti uma vontade enorme de rir, era o mais perto que tinah chegado de enfrentar meu pai. Não é muito comparado ao que fazem todos os dias, mas para mim era um grande passo rumo à independência.

O telefone tocou novamente, bufei, mas decidi conferir o número antes de mandar meu bom humor ir passear. Era Maria Fernanda, minha secretária.

- Bom dia, senhor.

- Bom dia!

- Estão entrando em sua sala. - ela disse rapidamente e desligou. Surpreendi-me com tamanha falta de profissionalismo. Certo de que Fuzz não era um secretária exemplar, de início tentava seduzi-lo, mas desistiu rapidamente ao ver que não estava interessado e logo se tornou uma pessoa mais fria, porém profissional, havia muito tempo que ela já aprendera o serviço e estranhara o fato dela nem ter ao menos anunciado a pessoa.

Mas logo que a porta se abriu e aquele amplo, confortador e lindo sorriso fez meu escritório brilhar, eu entendi tudo.

- Bom dia, querido. Perdoe a Fuzz, ela só fez o que pedi, queria lhe fazer uma surpresa. - Maitê confessou, sorrindo enquanto examinava minha sala. Eu retribuia o sorriso, de modo sincero. Me levantei, indo em sua direção.

- Conseguiu e... Que bom que está aqui. - confessei - Parece que faz anos. - ela riu e nós nos envolvemos em um de nossos abraços desajeitados, porém confortantes.

- Só foram alguns dias, desculpe se estou afastada demais. - suspirou - Também senti sua falta.

- Também ando ocupado, não precisa se desculpar por nada. - lhe dei um selinho demorado e senti o cheiro de seu perfume preferido, fazia anos que ela nunca trocava e eu também adorava o cheiro doce que ele emanava.

- Começou as tais aulas de dança? - perguntou, se afastando, desajeitadamente.

- Sim. - olhei no relógio, estava quase na hora de ir ver Dulce.

-  Ela é bonita? - perguntou, travessa. Franzi a testa, fazendo-me de tolo. - A professora.

- Ah, nem reparei. - menti, foi sua vez de franzir a testa e um riso se formava em seus lábios, enquanto se recusava em acreditar em minhas palavras. Com razão - Ela é. - confessei, coçando a nuca, nervoso.

Mai riu de meu nervosismo e meu coração apertou ao perceber que mesmo com tudo esfriando, sentia falta de sua risada e de nossas conversas. Ela tinha uma gargalhada contagiante e enormes olhos que nos cativavam. Acima de tudo, sempre fomos amigos e eu sentia falta de todas as nossas "aventuras".

- Inclusive, preciso ir. - disse, me sentindo meio culpado pelo pouco tempo que passavámos juntos. Como sempre, a puxei para mim de forma desajeitada, ela nunca se incomodava, na verdade, sua expressão sempre transmitia serenidade.

- Eu também. - sorriu de canto, ao conferir o horário em seu relógio - Até querido. - ela deu a iniciativa de um beijo, que como de costume era desajeitado, mas desta vez tinha algo a mais. Um sabor amargo, nos separamos meio nervosos e resisti ao ato de limpar o lábio para esquecer sensações e pensamentos estranhos.

Como a sensação de beijar minha mãe e Dulce no dia anterior.

Maitê tentou sorrir e estendeu a mão para mim antes de dizer para irmos, me despedi de Jack antes de partir e de Mai no estacionamento. Vi ela entrar em seu carro e acenar para mim com um olhar atormentador, tive uma sensação ruim que me deu vontade de correr para abraça-la.

Com proteção e talvez até... possessividade.

Mas em vez disso me virei, a deixando para trás e fui em direção ao carro. Estava ansioso para ver a Sweet, conversar com ela, dançar e esquecer de meus problemas. Minha mais nova e fiel amiga.

Mas o trânsito não estava muito a fim de cooperar com minha ansiedade, um tremor tomou conta de mim com a possibilidade dela não esperar e ir embora. Pela primeira vez, cheguei a ser imprudente no trânsito, ao chegar lá, entrei com pressa e parei somente para me informar se Dulce já havia ido.

Angelique, com um enorme sorriso, respondeu que não, que estava à minha espera. Um alívio se espalhou dentro de mim e se misturou uma felicidade inocente ao saber que iria vê-la. Me dirigi até sua sala, ao me aproximar da porta, ouvi uma música de ritmo contagiante, parecida com aquelas de dança do ventre.

Estranhei, mas abri um sorriso ao imaginar possibilidades em minha mente, abri a porta com cautela e tive uma bela...

Belíssima surpresa.

marianaevano: Lê para descobrir u.u

camillatutty: KKKKKKKKKKKK` Eu sabia que você iria gostar, você não fala de outra coisa desde que entrou em minha vida, e foi você mesma quem deu a ideia. E quanto à o ue ela vai dançar, quando voltarmos com a narração da Dulce, ela vai dizer detalhe por detalhe, a visão do Ucker não é tão detalhada, sem querer da spoiler, ele fica mais encantado com o "supra sumo da sensualidade" de Dulce dançando. kk`

gabivondy: Continuação pra voc, flor ;) E não é tão ruim, é só para vocês verem que ele gosta da Mai também, então não sei se vai ser fácil ele deixar ela pela Dulce.

Demorei, mas postei.

Pra quem lê, amanha postarei em Meu Ex- Melhor Amigo. 

Desculpem a ausência, mas ando ocupada.

Talvez eu poste aqui amanhã, porque passei madrugadas escrevendo vários capítulos dessa fic, mas tudo vai depender do tempo que poderei usufruir no computador - isso porque não tenho irmãos -.

Me esperem, chicas....

E comentem!!

-besos

karen` <3