Fanfics Brasil - Eu vou dizendo na sequência bem clichê WEB`S Portiñón

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Capítulo: Eu vou dizendo na sequência bem clichê

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E o passado se faz presente


 


 


 


 Ano 2000, Rio de Janeiro, RJ:


 


 


 


--Dul, vem cá amor, me beija.


 


--Na frente de todo mundo da balada Anahí, nem rola.


 


--Só um beijo meu amor...


E Anahí fez aquela carinha de pidona que Dulce , não resistia.


 


--Tá bom , mas só um hein.


 


E as duas acabaram se beijando a noite toda, sem ligar para os olhares curiosos ou preconceituosos da galera da balada, a noite terminou no apartamento de Dulce, e as duas fizeram amor a noite toda, ao som das baladas do momento.


 


Dulce e Anahi eram namoradas a mais de 2 anos Dul , como todos a conheciam, era estudante de moda na capital carioca,Ruiva, magra, de estatura média,era do tipo bonitinha e com estilo, filha de uma família de boa condição financeira, tinha seu carro e seu apartamento em Copacabana , e vivia a vida que muitas garotas sonhavam, liberdade, grana e amor, Anahi era mais nova,loirinha, magrinha, cabelinhos sempre lisos, era do tipo patricinha, fazia cursinho, e morava com os pais, embora as duas fossem assumidas, a mais nova ainda tinha alguns tabus a serem quebrados, mas todos eles vinha sendo quebrados gradativamente por Dul, seu grande amor.


 


A vidas das duas durante a semana era um tanto quanto atribulada, por isso viam-se apenas nos fins de semana,  quando geralmente iam pra alguma boate, ou alguma festa que rolasse, e o fim era sempre o mesmo, noites de amor, no AP de Dulce, tudo parecia perfeito na vida das garotas, até que, Anahi  do nada,  se tornou um tanto quanto fria:


 


--Amor, você ta diferente.


 


--Nem to Dul, é impressão sua.


 


--Não é nada, me fala vai .


 


--Deixa de paranóia Dulce, já falei que não é nada poxa.


 


--Beleza, mente mesmo.


 


--Ta bom, quer saber, meu pai quer que eu vá fazer aquele curso na frança.


 


--E você vai?


 


--Vou ter que ir né, não tenho escolha.


 


--E não pretendia me contar?


 


--Sim,mas em outro momento, sem pressão.


 


--E se eu te der uma escolha você fica?


 


--Que escolha?


 


-- Vem morar aqui comigo?


 


--Morar tipo casar?


 


--É, morar tipo ser minha companheira pro resto da vida.


 


--Num acha que somos muito novas pra isso não?


 


--Acho, mas a situação pede isso.


 


--Eu te amo muito Dul, mas acho que nem rola,não daria certo, somos muito imaturas ainda, é melhor eu ir, e quando eu voltar a gente casa, você me espera?


 


--Não espero coisa nenhuma, se for, não precisa voltar.


 


--Como você é egoísta, quando você passou seis meses em Milão, eu aceitei, e te esperei aqui.


 


--É diferente, agora tu vai ficar quase cinco anos lá, isso é uma vida,e não vou viver aqui sozinha, esperando enquanto você se diverte em Paris.


 


--Achei que nosso lance fosse sério, que a gente se amasse, mas não, você só queria trepar comigo,  e tirar onda de namorada perto daqueles seus amigos escrotos.


 


--Não seja ridícula garota, eu amo você, é tu que ta indo embora, eu te pedi em casamento e você disse que não. Não sou otária, você vai arrumar uma francesa lá, e eu aqui esperando, sai fora. Se for não volta pra mim.


 


--Então nesse caso, adeus, viajo na sexta.


 


--Adeus Anahi, seja feliz.


 


 


 


E assim com o fim mais sem dialogo que podia acontecer se deu o fim daquele namoro, lindo e imaturo, como o da maioria das jovens. Ambas não deram o braço a torcer, mas  sofrem e muito, o amor apesar de ser tão juvenil, conseguiu marcar, ambas tinham sido a primeira mulher uma da outra, e o primeiro amor, e a primeira transa, o primeiro porre,  enfim se descobriram juntas em todos os sentidos. Mas como tudo que começa teve seu fim, sem mais nem menos, Dulce mão acordava mais com Anahi ligando no meio da madrugada. E Anahi não mais passava suas tardes mandando mensagens de amor no celular de Dul.Agora um oceano as separava, mas muitas vezes o pensamento de ambas se cruzava, pensavam em ligar uma pra outra, mas isso nunca acontecia. Anahi até escreveu um email para Dulce, mas apagou antes de enviar.


 


 


 


O tempo passou.


 


 


 


Dias atuais,Rio de Janeiro, RJ.


 


 


 


 


 


 


 


--Nossa, sua coleção vai arrasar no Fashion Rio, gata.


 


--Será Chris, to tão nervosa.


 


--Que isso ? Você arrasa todo ano amor. Não faz a humilde.


 


--To sentindo um frio na barriga hoje, mas vamos lá.


 


--Arrasa, minha deusa.


 


 


 


Dulce, tinha se tornado uma estilista famosa, não mais soube de Anahi, seguiu sua vida, conheceu varias garotas, mas nunca se envolveu com nenhuma mais que um ou dois meses, virou caçadora, e devido sua fama, não era difícil achar prezas, dispostas a qualquer coisa para ao menos serem vistas com a poderosa estilista Dul Saviñon.


 


Mas essa vida vazia já estava cansando a moça, desde Anahi não houve mais ninguém que mexesse com seu coração, e pra suprir a carência de um amor, ela vive uma vida fútil, regada a sexo e festas , seu único companheiros de fato são seu cão Bobul, e seu melhor amigo Chris, um rapaz muito bonito, gay, e que era o esteio de Dul, em todos os sentidos, desde um ombro amigo até o melhor assistente que já tivera.


 


 


 


 


 


Dias atuais Paris, França.


 


 


 


 


 


 


 


--Pierre, está tudo pronto pro meu embarque hoje a tarde?


 


--Está sim Dra. Anahi, vamos sentir muito a falta da Dra. Aqui no hospital.


 


--Eu também sentirei saudades querido, mas já é hora de voltar pra casa. Meu pai quer se aposentar, e eu vamos assumir a diretoria do hospital no lugar dele, meus irmãos não se interessaram por ele, a única médica da família disposta a assumir fui eu, portanto preciso voltar.


 


--Lhe desejo toda felicidade do mundo Doutora.


 


--Também Lhe desejo Pierre, você foi um bom assistente e amigo, durante esses meses.


 


E assim, Anahi, após se formar e começar uma carreira médica bem sucedida na França, resolve voltar ao Brasil para assumir o hospital de seu pai.


 


--Seja bem vinda filha.


 


--Obrigada papai. Sua mãe ficou em casa preparando aquela Lasanha que você adora.


 


--Vou adorar pai.


 


--Está feliz por ter voltado meu amor?


 


--Sim papai, muito feliz, mas também não é fácil deixar uma vida pra trás, e lá deixei alguns amigos.


 


--Alguma namorada?


 


--Não papai, não me envolvi com ninguém sério depois de Suelen.


 


--Nunca mais a vi pessoalmente, só nas revistas, parece que ela é bem famosa agora.


 


--É ouvi dizer uma vez que teve um desfile na coleção dela na França. Vamos, estou cansada.


 


--Sim claro, mais tarde posso te levar ao hospital, assim você se intera de tudo.


 


--Pode ser, pai.


 


 


 


Anahi sentiu um aperto no coração ao saber noticias sobre sua ex, o tempo passou mas aquela gotinha de saudades começou a brotar em seu peito. Tanto para Dulce, quanto para Anahi, o fim do namoro não havia sido bem resolvido, foi de uma maneira tão repentina e infantil que nas duas permaneceu sempre esse vazio.


 


 


 


 


A festa.


 


 


 


--E ai gata vai animar ir no aniversario do Ucker, acho que vai bombar.


 


--A não Chris, to cansada, a festa depois do desfile de ontem me deixou morta.


 


--Lógico, voltou pra casa com duas modelos, acha que eu não vi.


 


--Lindas né? A noite foi perfeita.


 


--Você não tem jeito Dul.


 


--Olha quem fala.


 


--Eu sou uma bicha séria, tenho namorado.


 


--Namorado, desde quando?


 


--Desde ontem, e hoje vou ver ele na festa do Ucker, e queria te apresentar, mas você ta ai, fazendo a difícil.


 


--Ta bom bicha dramática, você venceu, eu vou nessa festa. Mas se uma daquelas suas amigas pegajosas vier pra cima de mim, você já sabe.


 


--Eu protejo você sapa, indefesa.


 


E os dois, fofocaram o resto da tarde, riram bastante, e depois foram se arrumar, pra tão esperada festa, pelo menos para  Chris, que acabava de encontrar um novo namorado.


 


 


 


Enquanto isso, em outra parte da cidade.


 


 


 


--Filha esse é o Dr. Uckermamm, ginecologista.


 


--Prazer Dra. Anahi.


 


--Prazer Doutor.


 


--Pode me chamar de Ucker.


 


--Pode me chamar de Anahi.


 


--E ai sobreviveu a volta ao terceiro mundo?


 


--Sempre sobrevivo.


 


Todos riram.


 


--Anahi, vou dar uma festa na minha casa hoje, está convidada.


 


--Hum, festa que legal, talvez eu vá sim.


 


--É uma festa pra comemorar 5 anos do meu casamento com Poncho. Mas vou avisando, a maioria dos convidados vai ser gay, portanto não vá pensando em arrumar um namorado, pois não vai achar.


 


--Pode ficar tranqüilo não vou procurar.


 


--Então, começa as 21h, não se atrase.


 


E novamente todos riram, mas o pai de Anahi, que sabia muito bem da opção da filha, não se ateve ao comentário.


 


--Festa gay, ela vai adorar Ucker. 


E deu uma piscada pro médico, que loco sacou do que se tratava.


 


O velho foi repreendido pela filha, mas essa até que se interessou pela festa. Anahi  passou o resto da tarde no hospital, mas chegou em casa decidida a ir a festa,se arrumou bastante, fato que era típico dela.E foi em direção a festa do casal.


 


Já na festa, os primeiros a chegar foram Dul, e Chris. E ao cruzarem a porta Ucker disse:


 


--Que bom que vieram, meus queridos.


 


--Tive que arrastar essa chata, que não queria vir de jeito nenhum.


 


--Que isso amiga, ia nos dar bolo?


 


--Nada disso Ucker, eu só estava muita cansada, ontem foi o encerramento do Fashion Rio, e teve uma festa, que acabou comigo.


 


--Imagino como!!


 


--Ucker, aquelas amigas oferecidas de vocês não vem né?


 


--Não querida, é uma festinha só para os mais íntimos. Mas vem minha nova chefa,que é entendida, muito linda, chegou hoje da França, e acho que vai arrasar muitos corações lésbicos por ai .


 


--Que tudo, me apresenta, se vai arrasar, quero ser a primeira.


 


--Pode deixar, quando ela chegar eu te chamo.


 


 


 


Os convidados foram chegando, aos poucos, e a festa fluía normalmente, Chris apresentou seu namorado para a amiga, que então foi deixada em paz, muitos amigos estavam no local, então Dul estava completamente a vontade, ria alto, bebia, fumava, assim como todos na festa. Mas sem mais nem menos , após a campainha toca todos se viraram para figura deslumbrante que adentrou a festa.


 


--Nossa, Dul, olha a gata que ta entrando. Deve ser a chefa do Ucker, vai lá se apresentar.


 


--Não vi ninguém.


 


-- Olha lá, falando com ele.


 


--Meu deus. Não pode ser.


 


--O que não pode ser Dulce ?


 


--É a Anahi.


 


--Que Anahi ?


 


--Minha ex.


 


--Aquela que foi embora pra França?


 


--Ela mesma.


 


-- Por isso  que até hoje você tem dor de cotovelo , ela é linda.


 


--Muito linda.


 


--Acho que alguém ainda gosta de alguém.


 


--Da um tempo bicha malvada.


 


Anahi entrou na casa e foi logo cumprimentar os anfitriões, depois ficou por ali conversando com Ucker, e com algumas pessoas que haviam se apresentado, o papo fluía bem, quando uma voz conhecida lhe chamou:


 


-- Oi Anahi, quanto tempo, não sabia que tinha voltado.


 


--Oi Dul, pois é, voltei hoje. Quanto tempo !!!


 


-- Pois é muito tempo.


 


--Fiquei sabendo do seu sucesso como estilista. Meus parabéns, realizou seu sonho.


 


--É, realizei sim, um deles, mas ainda faltam muitos.


 


--E você como está?


 


--To muito bem, me formei em medicina, e agora to assumindo o hospital do papai.


 


--Também fico feliz por você, também realizou seu sonho.


 


--Obrigada.


 


--De nada.


 


E ficou aquele silencio sem graça, típico de encontros com ex, mas as duas não desviavam os olhos uma da outra, então Anahi resolveu quebrar o silencio.


 


--Então Dul, já casou?


 


--Não, fiquei traumatizada com pedir pessoas em casamentos e tomar um fora sabe.


 


--Sei sim, as vezes pessoas precipitadas tomam foras mesmo.


 


--E as vezes pessoas covardes fogem de seus amores.Vou ali, meus amigos estão me esperando, só vim dar um oi mesmo.


 


--Tudo bem, foi bom ver você.


 


--Também gostei.


 


E Dulce voltou para perto dos amigos, e sentiu uma louca vontade de beber, para esquecer de tudo que ainda sentia por Anahi. E então bebeu, e bebeu, até não se agüentar mais nas pernas.Literalmente, deu vexame.


 


-- O que foi com essa louca ai?


 


--Bebeu demais né. Que vergonha.


 


--Coloca ela lá no quarto, ela precisa dormir pra curar a bebedeira, depois amanhã ela vai.


E Chris colocou a moça no quarto de hospedes da casa de Ucker.


 


-- O que foi com a Dulce ?


 


--Nada, só bebedeira.


 


--Conheço bem as bebedeiras dela...


 


--Conhece? Vocês já se conheciam?


 


--Sim Ucker, ela foi minha primeira namorada, nos separamos quando eu fui pra França.


 


--Shiiiiiiiiiiiiii! Que bafão. Pelo que eu saiba, você deve ter sido a única,porque aquela lá, não leva ninguém a sério.


 


--A gente namorava sério, mas acabo, talvez não fosse pra dar certo, tudo sempre tem um fim e com a gente não foi diferente.


 


--Mas chefinha mudando de assunto, minha amiga Paola, aquela gata ali perto da porta, me pediu pra te chamar, quer falar com você, topa?


 


--Claro, porque não.


 


Anahi ficou de papo com a tal Paola, até de madrugada. Dulce, ficou dormindo um longo tempo, acordou com a cabeça girando, e olhou no relógio, vendo que ainda eram duas da madrugada, então resolveu voltar pra festa. Deu de cara com Anahi, de papo com sua ex ficante, Paola.


 


-- Oi Paola, tudo bem?


 


--Oi Dul, pensei que tivessem carregado você pra casa.


 


--Não foi preciso. Mas realmente já estou indo, tem gente demais nessa festa. E estou cansada.


 


--Tchau Paola. Tchau pra você também Anahi.


E as duas deram respectivos até logo. Quando Dulce saiu, Anahi disse :


 


-- Paola, o papo ta ótimo, mas também já vou indo, amanhã tenho muitas coisas pra fazer, acabei de voltar, tenho uma vida pra organizar.


 


 


Carona


 


E saiu do apartamento, desceu até o estacionamento, pegou seu carro, e quando ia saindo viu Dulce na calçada, parecia esperar algo, deveria ser um taxi. Então resolveu parar.


 


--Quer carona?


 


--De você não quero nada. Alias quero, distancia.


 


--Não parecia querer distancia quando ficou me encarando mais cedo.


 


--Você continua tão convencida como sempre.


 


--Aceita a carona logo, ta tarde, ta frio, e eu to cansada e ficar aqui esperando .


 


--Ta vai, não vai me matar uma carona. Então a garota entra no carro da ex.


 


--E ai ainda mora no mesmo prédio?


 


--Não, comprei uma cobertura no Leblon, segue pra lá quando tiver perto eu te falo.


 


E as duas permaneciam em um silencio absoluto até que Dul, resolveu quebrar o gelo.


 


--Porque nunca me ligou?


 


--Você também nunca ligou.


 


--Foi você que se foi e não eu.


 


--Mas foi você que não quis esperar.


 


--Eu te amava mais que tudo, te pedi em casamento, e você disse simplesmente, que não ia dar certo, não tem direito de me cobrar nada.


 


--Então também não me cobre. Acha que eu também não amava você? Pois eu respondo, amava mais que tudo no mundo. Mas eu precisava ir.


 


--Precisava nada, você foi porque quis , aqui no Brasil tem muita faculdade boa de medicina.


 


--Não vou discutir isso com você Dulce.


 


--Nem eu quero ouvir suas desculpas esfarrapadas de novo garota.


 


--Pronto, já estou no Leblon, por onde sigo agora?


 


--Segue reto ai, depois vira a direita, depois a esquerda, e para em frente ao prédio Dom Cortez.


 


--Pronto, é esse?


 


--Sim é.


 


--Uau, ser estilista deve dar dinheiro.


--O suficiente pra sustentar uma família, se eu tivesse.


 


--Nunca vai me perdoar por não ter aceitado casar com você.


 


--Não.


 


--Infantil.


 


--Melhor que ser covarde.


 


--Quer saber, tchau Dulce.


 


--Tchau.


 


Mas nesse momento, o destino deu uma forcinha, e o carro não pegou, Dul não continha o riso, e Anahi morria de ódio tentando dar partida no carro de seu pai.


 


--Acho que a bateria deu pau.


 


--É também acho, vou ligar pro papai.


 


--As três e meia da madrugada?


 


--Pior, ele deve estar dormindo.


 


--Faz assim, vou pedir pro porteiro levar ele pra dentro da garagem, empurrando, você fica aqui em casa, e amanhã resolve isso.


 


--Você sempre pensando que pode resolver as coisas do seu jeito.


 


--Não quer aceitar, então se vira, to subindo, ta tarde, e estamos no Rio de Janeiro, não vou nem comentar nada.


 


--Você venceu, chama o porteiro lá.


 


 


 


 


 


Enfim um sim.


 


 


 


E as duas subiram ao apartamento de Dulce, uma cobertura super confortável, com três suítes, piscina, varias hidromassagens, e muito luxo. Ela morava sozinha, mas Chris quase sempre dormia lá.


 


--Não repara a bagunça, quase não fico em casa e a empregada se aproveita disso.


 


--Imagina, lindo seu apartamento.


 


--Obrigada. Bem melhor que aquele de Copa né?


 


--Sem comparação.


 


--Quer beber alguma coisa? Um vinho? Cerveja? Algum drink?Suco? Água ?


 


--Água por favor. Não vou beber nada alcoólico mais hoje.


 


--Pois eu to afim de tomar uma vodkazinha, só pra dormir melhor.


 


--Nem vai, já bebeu muito por hoje.


 


--Tinha esquecido o quanto você é certinha.


 


--E eu tinha esquecido o quanto você é irresponsável.


 


--Não tenho ninguém pra cuidar de mim. É por isso.


 


--Nem eu, e nem por isso, saio por ai, enchendo a cara.


 


--Ai, olha a santinha. Mas então está solteira?


 


--Sim estou.


 


--E a Paola, gostou dela?


 


--Bonita, mas não é meu tipo.


 


--Já fiquei com ela.


 


--Imaginei mesmo.Pela troca de olhares hoje mais cedo.


 


--Bom, parece que você está cansada, vou arrumar o quarto de hospedes pra você.


 


--Tudo bem, me empresta também uma roupa sua de dormir?


 


--Claro, vou lá buscar.


 


E assim na maior inocência e como duas velhas a amigas, a noite passou, assim como a manhã. E beirando as duas da tarde, Anahi foi acordada pelo barulho insistente de seu celular.


 


--Oi.


 


--Filha onde você está?Estamos preocupados, já são duas da tarde.


 


--To na casa da Dulce mamãe, não se preoculpe.


 


--Que Dulce? Aquela antiga?


 


--Sim, aquela.


 


--Hum.. Então nem aparece hoje.


 


E sem que a filha pudesse retrucar, a mãe de Anahi, desligou o telefone.


 


Está por sua vez, se levantou, e foi em direção ao quarto de Dul, para lhe dizer que já ia, mas ao entrar no quarto, se rendeu as lembranças, sentiu o perfume de seu grande amor, e viu suas pernas bambearem, não resistiu, tocou o rosto de Dul, de maneira carinhosa . Dulce acordou e viu a cena com que tanto sonhava.


 


--Oi..Disse timidamente.


 


--Oi, boa tarde, vim dizer que já estou indo.


 


--Ainda ta cedo.


 


--São duas da tarde Dul.


 


--Hoje é sábado, era o nosso dia lembra?


 


--Lembro sim, mas o tempo passou né, como você mesma disse que passaria.


 


--O tempo passou, mas nem um dia sequer, eu  deixei de pensar em você. Nos seus beijos, em como estaria sua vida, em seu corpo, nas nossas noites de amor, em como seria se você tivesse apenas dito sim.


 


--Não fala assim, se não eu choro.


 


--Me beija?Você ficou me devendo um ultimo beijo...


 


--Nunca consegui te negar um beijo...


E o beijo se fez, e foi longo e intenso, como duas almas que tinham se separado e se uniram novamente...


 


--Anahi..


 


--Oi?


 


--Eu preciso de você..


 


--Eu também preciso de você Dulce.


 


--Casa comigo?


 


--Sim, sim, sim, sim, sim.


 


E num misto de amor, e loucura, as duas decidiram que aquela era hora de se unirem, o tempo em que se separaram, as vidas que agora tinham, tudo foi motivo para deixar as duas mais instigadas, em se redescobrirem, e foi assim, se redescobriram, e se redescobrem todos os dias, pois seu amor, era simplesmente, inabalável.


 


 FIM



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Autor(a): MahSmith

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • laryssales Postado em 13/02/2015 - 15:46:28

    Gostei muito de todas *-*


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