Fanfic: `Apenas mais uma de amor` Finalizada | Tema: Anahí e Alfonso-AyA

Anahí dormiu. Muito. Alfonso não deixava ninguém nem olhar na direção dela, logo era ele que lhe dava os chás, no tempo certo. Mas ela dormia segundos após ser colocada de volta a cama.

Estava pálida, o que destacava as manchas roxas e os inchaços, e os cabelos cacheados estavam soltos a sua volta, nos travesseiros brancos. Alfonso estava agoniado.

Alfonso: Eu estou aqui. – Disse, segurando a mão dela, que o olhava, sonolenta. Ela tivera convulsões durante a madrugada e chegou a tossir sangue, mas não vomitou. – Qualquer coisa… – Interrompido.

Anahí: É só te olhar. – Completou, sorrindo de canto. – Eu estou tão… – Ela suspirou, olhando pra frente… E dormiu. Alfonso viu aquilo como uma derrota. Ele pôs a mão dela no lugar e se sentou, respirando fundo. Foi quando Christopher e Dulce Maria entraram, após bater na porta.

Alfonso: Porque ela dorme tanto? – Perguntou, angustiado.

Christopher: Pense nas surras que ela levou e deixe-a dormir. Antes adormecida que morta. – Assinalou.

Alfonso: Não tive oportunidade de agradecê-la. – Disse, olhando Dulce Maria. Esta dispensou com o rosto, sorrindo – Porque você me mandou soprar ar para ela? – Perguntou, lembrando-se de como fora lento.

Dulce Maria: Porque acredite, você não ia querer que eu tivesse o sangue dela em meus lábios. – Respondeu, se aproximando da cama, e Christopher riu gostosamente. Ela tocou a veia do pescoço de Alfonso, observando suas feições – Você a alimentou?

Alfonso: Ontem a noite. Ela não acordou desde então. – Respondeu.

Dulce Maria: Só está fraca. – Disse, observando – E esse osso está quebrado, alguém não devia ter tomado uma providencia? – Perguntou, apanhando o braço de Anahí sutilmente. O pulso realmente estava em um ângulo estranho.

Alfonso: O médico não disse nada. – Disse, preocupado, olhando.

Dulce Maria: Me dá licença? – Alfonso assentiu. Dulce Maria checou os ossos de Anahí rapidamente, braços, pernas, dedos. Apenas um pulso estava partido. – É, apenas o pulso. E duas costelas, se eu não me engano. – Alfonso ge/meu. Anahí, por sua parte, continuou no mais profundo sono. – Eu acho que tenho algo. Com licença. – E ela saiu.

Alfonso: Ela é sempre assim? - Perguntou, olhando Sophia.

Christopher: Encantadora, não é? – Perguntou, orgulhoso. – Escute. Defenderei você diante da suprema corte. – Alfonso o olhou.

Alfonso: Defenderá?

Christopher: Acredito que Christian e Robert também. Você não fez nada, não merece ser punido. – Disse, com as mãos nos bolsos – Eu não entrei nessa guerra para perder. – Resumiu.

Alfonso: Você entrou? – Perguntou, admirado.

Christopher: É divertido aqui. – Disse, tranqüilo, como se isso justificasse.

Alfonso: Obrigado. – Christopher assentiu. Nessa hora Dulce Maria voltou. Trazia algo branco nas mãos.

Christopher: Dulce… Dulce Maria, em nome de Deus, o que é isso? – Perguntou, confuso.

Dulce Maria: Espartilhos são objetos curiosos. – Disse, se sentando ao lado de Anahí.

Aparentemente Dulce Maria rasgara um espartilho seu, o que lhe dera bastante tecido, e uma espátula de aço. Ela apanhou o pulso de Anahí, pondo a espátula cumprida (ia da mão até perto do cotovelo) debaixo do braço dela. Anahí se remexeu quando Dulce Maria sutilmente pressionou seu pulso, levando o osso torcido de volta ao lugar. Em seguida atou todo o braço dela com o linho branco, imobilizando fortemente, mantendo a espátula lá. Anahí havia voltado ao seu sono. No final ficou como engessado, tudo perfeitinho, nem uma linha fora do lugar.

Dulce Maria: Vai funcionar. – Garantiu.

Alfonso: Chamarei o médico novamente. – Disse, acariciando a outra mão de Anahí. Christopher observava Dulce Maria como quem observa um troféu caro.

Dulce Maria: Eu preciso de apoio antes que as costelas dela comecem a se reagrupar fora do lugar. – Disse, parecendo falar consigo mesma. – Christopher, me ajude?

Christopher: Sempre. O que quer? – Perguntou, se aproximando.

Dulce Maria passou as duas mãos por debaixo do tronco de Anahí, erguendo-a levemente… Levando as costelas a posição onde deveriam estar. Por fim Anahí gemeu de dor, franzindo o cenho.