Fanfic: `Apenas mais uma de amor` Finalizada | Tema: Anahí e Alfonso-AyA

Lá fora…
As espadas de Alfonso e Paul se batiam freneticamente, o barulho do metal se encontrando ecoando em volta. Agora ninguém dizia nada, todos olhavam. Havia se formado um circulo enorme em volta dos dois, para que ninguém pudesse interromper. Então Paul tropeçou, caindo de costas no chão. Muitos prenderam a respiração, achando que o fim estava ali, mas Alfonso não era covarde ao ponto de atacar alguém caído.

Alfonso: Levante-se. – Rosnou, o rosto duro – Eu não vou permitir que uma pedra retire minha glória.

Paul se amparou no punho da espada, se levantando… Mas Alfonso tinha honra, Paul não. Em um reflexo rápido, ainda ajoelhado, ele golpeou Alfonso, que se esquivou, e a luta recomeçou furiosamente. Quando se tratava de um duelo a regra era clara: Não machucar; matar. Tanto que ao entrarem para o duelo, ambos os dois retiraram as armaduras, aceitando a morte clara se ela viesse. Mas como eu disse, Alfonso tinha honra, Paul não. Foi por isso que, ignorando as regras, investiu contra a perna de Alfonso. Alfonso novamente desviou… Mas não a tempo de evitar o corte. Um corte grande, profundo na coxa esquerda. O sangue jorrou imediatamente e Alfonso grunhiu, cambaleando.

A mão de Christopher apanhou a bainha da espada, ele já tomando impulso para descer do cavalo e assumir a briga, mas Paul não esperou Alfonso se erguer: Deu uma coronhada com o cabo da espada na nuca de Alfonso, que caiu. Christopher pulou do cavalo e o caminho se abriu, mas Paul investia com a espada em direção a Alfonso, que desviava, rolando pelo chão, se esquivando. Christopher passou na frente e bloqueou Paul, que riu, recuando.

Christopher: Verme. Eu deveria lhe dar um motivo para achar graça. – Cuspiu, e se abaixou, apanhando a espada de Alfonso onde ficara, indo até o outro, que ofegava no chão – Pode se levantar?

Alfonso: Acho que sim. – Rosnou, a mão agarrando a coxa. Paul fizera propositalmente, para deixá-lo mancando. O riso do outro foi claro enquanto Christopher ajudava Alfonso a se levantar, então ele se virou pro castelo, abrindo os braços.

Paul: FOI POR ISSO QUE VOCÊ FUGIU?! – Perguntou, uma das mãos apontando para Alfonso caído – FOI POR ISSO QUE VOCÊ ME DEIXOU?! – A pergunta era claramente a Anahí. E ela ouviu.

Alfonso: Você fala demais. – Rosnou se levantando – E nunca mais se dirija a minha mulher. – Encerrou, antes de avançar pra Paul novamente, recomeçando tudo.

Uma vez dentro do castelo…

Christian: Maite. – Ele se ajoelhou ao lado dela, tocando o rosto da esposa, que o olhou, duas lágrimas caindo pelos cantos dos olhos. Ela mal respirava, e engasgava muito.

Maite: Christian. – Sussurrou.

Christian: Eu estou aqui. – Disse, os olhos atordoados, tirando o cabelo do rosto dela.

Maite: Christian. – Repetiu. Ela engasgou novamente, vendo o olhar atordoado dele – Estou – Ele franziu o cenho – Estou grávida. – Engasgou, e o choque do reconhecimento riscou os olhos dele.

Christian: Alguém faça alguma coisa, pelo amor de Deus. – Disse, olhando o corte dela. Perdera sangue demais – Não deixem que ela morra, eu imploro.

Robert: Saia daqui. Leve Anahí. – Christian fechou a cara em protesto. Anahí estava estagnada desde o grito de Paul. – Christian, vá. – Disse, urgente. Maite não tinha mais que minutos.

Christian: Escute. – Maite o olhou, o rosto pálido, engasgando novamente – Eu amo você. Vai ficar tudo bem, eu prometo. – Disse, secando a lágrima que caiu dos olhos dela.

Dulce Maria: Christian! – Apressou.

Christian se levantou e Anahí o levou dali. Ele estava tão abatido que não conseguiu dizer nada, ela tampouco. Ele só conseguia implorar. Deus, por favor, por favor. Leve a mim, mas ela não. Por favor. Bastava saber se Deus ouviria.

Algum tempo depois Robert apareceu na sala. Christian estava irredutível, mas Robert se conteve em dizer que Dulce Maria estava com Maite, que ela ia sobreviver.

Christian: Robert, é minha mulher, eu vou vê-la. – Disse, os olhos azuis ameaçando o outro a contestá-lo.

Robert: Christian, estamos em guerra. – Christian respirou fundo – Esse silencio não lhe indica nada? Vai acabar e precisaremos conter as demandas, não podemos deixar Christopher sozinho com isso, quando você voltar Maite estará aqui! No quarto de Anahí, pra ser mais exato. – Deu de ombros. Anahí, empedrada, olhou pra ele.

Christian: Ela está bem? – Perguntou, em um rosnado.

Robert: Está dormindo. Estará aqui quando voltar. Vamos. – E empurrou Christian. Quase na porta Robert se virou, vendo Anahí branca como uma estatua de cera – E tu… Fique calma. Não faça nenhuma bobagem. Volte pro quarto, lá é seguro. Vai terminar.

Anahí: Não deixe… Não deixe que ele se machuque. – Disse, com a voz quebrada. Robert assentiu e ela deu as costas, saindo.

Anahí vagou a esmo até chegar na torre. Queria sair do castelo. Queria ir até o local do duelo, e gritar até que Paul deixasse Alfonso. Queria se pôr entre os dois. Queria proteger Alfonso. Ao entrar na torre, sua atenção foi desviada. Maite estava deitada ao lado de Suri, branca feito a morte, o colo sujo de sangue… Mas respirava. Dulce Maria por sua vez estava amparada perto da janela, parecendo exausta, o olhar distante.