Fanfic: `Apenas mais uma de amor` Finalizada | Tema: Anahí e Alfonso-AyA

Alguns andares abaixo…

Christopher: Finalmente. – Disse, entrando no quarto. Ele já não usava a armadura, mas havia sangue seco e sujeira em seu pescoço e em seus braços. O quarto estava vazio. Estranho, Kristen dissera que Dulce Maria estaria ali. –Dulce? – Sem resposta.

Ele avançou pelo quarto, cansado, chamando por ela. Nada. Estranho. Já era tarde, Dulce Maria não sairia assim em um dia normal, quem dirá hoje. Apenas quando passou na porta do banheiro que viu: Dois pés pálidos, cobertos por renda preta. Ele se apressou até o banheiro e viu a esposa caída de qualquer jeito no chão, usando roupa debaixo e o hobbie de renda, os cabelos esparramados a sua volta… Desfalecida. Ele olhou em volta, procurando um atacante, mas não havia ninguém. Olhou pra ela, os olhos em um desespero mudo, mas não havia sangue. Que diabo acontecera ali?

Christopher: Dulce Maria! – Chamou, se abaixando, e apanhando o rosto da esposa nas mãos. A cabeça de Dulce Maria caiu pra trás, os cabelos negros se arrastando no chão. Os lábios estavam brancos, quase cinzas – Droga, Dulce. – Disse, passando a mão por debaixo do joelho dela, carregando-a até a cama. – Dulce. Dul, shhh. – Disse, dando dois tapinhas suaves no rosto dela. – Ei. Acorde. – Pediu, segurando ela pela maçã do rosto. Não demorou muito, Dulce Maria suspirou. Ele respirou fundo, se acalmando.

Dulce Maria: Me diga que eu não cai. – Pediu, a voz quebrada. Ele sorriu.

Christopher: Você não caiu. – Atendeu, e ela riu – O que há? – Perguntou, e ela abriu os olhos, encarando-o.

Dulce Maria: Nada. Apenas estou, resumidamente, exausta. – Disse, se sentando. – Cansada, exausta, faminta. – Acrescentou, e ele sorriu.

Christopher: Me assustou. – Disse, ajoelhado ao lado da cama.

Dulce Maria: Perdoe. Gente demais morrendo nesse castelo hoje. Paul tentou decepar a cabeça de Maite. – Ela suspirou. Estava realmente exausta – Mas tudo vai bem. Só preciso descansar. E tu, - Ela reparou no estado do marido – Precisa de um banho.

Christopher: Preciso. – Disse, puxando a camisa suja pela gola. – Você vai ficar bem?

Dulce Maria: Vou sair. – Ele a repreendeu com o olhar imediatamente – Não vou longe. Tome um banho demorado, lave os cabelos, - Ela passou os dedos carinhosamente nos cabelos dele, cobertos de poeira e fuligem – E quando terminar estarei aqui.

Christopher: Tome cuidado. – Disse, se levantando. Dulce Maria se levantou também, abotoando o hobbie, a renda ocultando muito pouco. Ele se aproximou para beijá-la, mas ela recuou, os lábios parecendo secos, os olhos que davam a aparência de arder. Ela olhou os lábios dele por um momento, então, parecendo se refrear, colocou dois dedos ali. Ele a encarou, confuso.

Dulce Maria: Não é uma boa idéia. Quando eu voltar, com certeza. – Christopher sorriu, e assentiu. Ela se afastou dele, respirando fundo – Eu já volto. – E deu as costas, saindo. Ele sacudiu o cabelo, sumindo no banheiro.

No quarto dos Chavéz...

Christian: Você me disse que está grávida. – Disse, e Maite assentiu – É meu?

Maite: É claro que é. – Disse, se sentando direito. Christian se sentou ao lado dela, olhando pra frente.

Chritian: Porque, Maite? Porque fez isso? – Ela ficou quieta – Ele era bonito? – Perguntou, tentando entender. Bom, Dulce Maria era bonita.

Maite: Era. – Murmurou, encolhida. Chistian ergueu as sobrancelhas, olhando o chão – Não tanto quanto tu, mas era. O que isso importa agora, Christian?

Christian: Era melhor que eu? – Perguntou, e ela suspirou.

Maite:Isto importa? – Perguntou, olhando-o.

Christian: Importa pra mim. Responda. – Ordenou.

Maite: Não. É claro que não. Nunca tive homem melhor que tu. – Disse, e ele assentiu – Era apenas diferente. Eu não sei porque fiz aquilo, eu não pensei, eu cogitei a idéia e quando eu dei por mim eu… Argh. – Gemeu. Os olhos dele voaram pra ela, varrendo seu rosto.

Christian: Sente algo? – Perguntou, alertado. A cicatriz vermelho escuro no pescoço de Maite bastava para apavorá-lo.

Maite: Sinto. Me sinto uma idiota porque cometi um capricho e agora meu marido está me deixando. Não é ótimo? – Disse, virando o rosto pra ocultar as lágrimas dele. Christian observou um instante, calado.

Christian: Eu não estou deixando você.

O silencio durou um instante. Maite virou o rosto, encarando-o, esquecendo de secar as lágrimas de desespero que já haviam começado a cair. O encarou, procurando algum sinal de deboche no olhar dele, mas não havia nada anormal no modo como ele a encarava. Nada do ódio com o qual ele a olhara nos últimos dias. Era o olhar normal dele pra ela, apaixonado, meio fascinado… E agora ressentido.

Christian: Não sou santo. – Disse, vendo a expressão dela – Pensei, sim, em me divorciar de ti. Mas tudo perdeu perspectiva quando a vi sangrando hoje. Eu te amo, Maite. – Resumiu. – Se isso fizer de mim um fraco, não tenho como me opor. Eu amo você. – Ela sorriu abertamente, então, alertando-o, o abraçou – SHHH! Cuidado!

Maite: Obrigado. Obrigado, obrigado, obrigado. – Disse, forçando a voz impossivelmente rouca – Nunca mais eu faço isso, nunca mais, eu juro por Deus, pela minha felicidade, pelo nosso filho. Ah, eu amo você, Christian. – Disse, enchendo o rosto dele de beijos.

Christian: Nosso filho. – Repetiu, sorrindo. Ela o encarou, ansiosa – Gosto disso.