Fanfic: `Apenas mais uma de amor` Finalizada | Tema: Anahí e Alfonso-AyA

A cena na cozinha seria engraçada se não fosse dramática. Estavam Christian, Nina, Anahí e dois guardas, sendo que um a segurava por cada braço.

Christian: Certo… Porque estão segurando ela? – Perguntou, incrédula.

Nina: Porque é uma ladra! – Disse, satisfeita.

Anahí: Se não mandar me soltarem, Nina, eu vou te mostrar quem é a ladra. – Disse, se debatendo. Nina riu.

Christian: Senhoras, se acalmem. – Disse, revirando os olhos. Os olhos de Christian eram tão claros que pareciam duas pequenas piscinas. – Ela tentou agredir alguém?

Nina: Ora, está tentando me agredir agora! – Mostrou.

Christian: Antes de você mandar agarrá-la. – Disse, respirando fundo.

Nina: Não. – Disse, a contra-gosto.

Christian: Soltem-na. Agora. – Os guardas olharam pra Nina – Será que os guardas desse castelo não entendem minhas ordens? Onde está Alfonso?

Nina: Já mandei chamá-lo. Ele saberá o que fazer.

Christian: É, só que daqui até que ele chegue a maior autoridade aqui é minha, e eu estou ordenando que soltem esta mulher. – Disse, sério. Os guardas, sem ter opção, soltaram. Christian era um rei; Nina era uma criada. – E, permita-me dizer, seja qual for a ocasião, você está encantadora. – Disse, debochado.

Alfonso: Que alvoroço é esse? – Perguntou, a voz vindo do corredor – Christian, sabia que Mate está na sala de leitura? – Perguntou, divertido. Christian riu - Quem está encantadora?

A resposta foi muda. Alfonso parou no portal da cozinha, e olhou Anahí de cima a baixo. O vestido lhe caíra como uma luva, estava tão linda! Realçava os olhos, entrava em contraste com a pele clara. O cabelo estava solto, os cachos caindo por cima dos ombros. Quando o olhar dele encontrou o dela os dois se encararam por um longo instante, sem saber o que dizer.

Christian: Alfonso, testando, um, dois, três. – Disse, estralando os dedos na frente do rosto de Alfonso.

Alfonso: Que diabo…? – Ele não conseguiu completar.

Anahí: O diabo é que eu estava em meu quarto. – Disse, o rosto quente de raiva – E esta criatura descontrolada entrou sem pedir permissão, e chamou dois guardas para me arrastarem. – Disse, tirando o cabelo do rosto, impaciente. Alfonso observou o gesto, interessado. Nunca a vira assim.

Christian: Alfonso. – Chamou a realidade novamente.

Nina: Acontece é que é uma ladra! Ladrazinha de terceira categoria!

Anahí: Se tornar a me chamar de ladra vou te descer a mão na cara. – Avisou, e Christian riu alto, divertido. Alfonso teve que se controlar pra não rir também.

Nina: Ah, não és ladra? Pois veja, senhor. – Disse, apanhando o livro – Este livro é de sua biblioteca pessoal, e eu encontrei no quarto dela! Sem contar na prova óbvia: Ela roubou um vestido da minha senhora, Marie. Uma ladra, senhor. – Disse, em jubilo.

Anahí: Eu vou partir a boca dela. – Disse, pra si mesma, olhando a parede.

Nina: Imagino a dor que não deve causar ao senhor ver essa ladrazinha usando as vestes da minha senhora. – Anahí virou o olhar pra ela.

Anahí: Dor? Você gosta de dor? Eu vou te mostrar a dor, Nina. – Disse, sorrindo angelicalmente.

E Anahí partiu pra cima de Nina. Alfonso ergueu as sobrancelhas, maravilhado com o surto de raiva dela. Christian gargalhou, dando a volta… Pra sair do caminho e observar melhor. Estava ficando vermelho pelo riso. Porém os guardas detiveram Anahí antes que ela pudesse fazer qualquer dano.

Nina: Ainda tenta me agredir! – Disse, exasperada. Anahí, presa pelos braços, alcançou um jarro que ficava com água em cima da mesa e tacou na direção de Nina. Não atingiu, mas a intenção ficou clara.

Alfonso: Certo, cuidado com os nervos. Chritian que diabo, pare de rir! – Christian havia se amparado na parede, rindo gostosamente – Anahí, se acalme. – Anahí parou de se debater.

Nina: Como eu disse, senhor, aqui está o livro. E ela ainda usa o vestido da minha senhora. Ladra! – Anahí ergueu a sobrancelha, virando os olhos azuis pra ela. Christian ficava cada vez mais vermelho.

Alfonso: Este vestido não é de Marie. É de Anahí. – Esclareceu.

Dessa vez houve um instante de silencio na cozinha, interrompido por Anahí, que deixou a cabeça cair pra trás e gargalhou. O riso era falso, mas ela precisava fazer aquilo. Christian, que tinha parado de rir, voltou a rir também.

Alfonso: O que te passa? – Perguntou, incrédulo.

Anahí: Raiva. – Respondeu. O riso terminou como começou: Instantaneamente.

Nina: Como… Como dela, senhor?

Alfonso: O vestido é dela. O livro que você segura também. – Apontou – Eu os presenteei a ela. E você os tomou.

Anahí: Quem é a ladra agora? – Perguntou, divertida.

Alfonso: Tirem as mãos dela. – Ouvindo a ordem os guardas largaram Anahí. – Devolva o livro e se desculpe. – Christian assoviou, cruzando os braços – Christian, em nome de Deus, pare com isso!

Christian: Eu deveria ter vindo aqui antes. No meu castelo não é nem de longe divertido assim. – Comentou, e Alfonso revirou os olhos.

Os olhos de Nina estavam incrédulos quando ela viu Alfonso se aproximar, segurando Anahí pela cintura inconscientemente. Ela se aproximou, com o livro na mão.

Nina: Perdoe-me. Não tive a intenção. – Disse, como se cada palavra a envenenasse, devolvendo o livro.

Anahí: Com licença. – Disse, em um murmúrio, e saiu dali.

Christian: Foi um prazer conhecer você. – Disse, dando tchau com a mão quando ela saiu. Alfonso o fuzilou os olhos.

Alfonso: Estão dispensados. – Disse aos guardas, que se retiraram – Limpe isso. – Disse a Nina, sobre o chão molhado e os cacos de vidro – E tu… Se não quiseres que eu vá até Maite e conte que está flertando com as minhas criadas, para de gracinha.

Christian: Porque, está com ciúme? – Perguntou, de braços cruzados, sorrindo abertamente.

Alfonso: É impossível. – Murmurou, revirando os olhos.

Ele saiu dali. Foi atrás de Sophia. A alcançou na entrada do quarto. Ela colocou o livro na cômoda, puxando o cordão do vestido com raiva. Alfonso trancou a porta.

Alfonso: O que há? – Perguntou, ao ver o estado dela.

Anahí: Era uma surpresa. – Disse, e ele percebeu que ela estava a beira de lágrimas.

Micael: Preparou uma surpresa pra mim? – Perguntou, sorrindo, e se aproximando. Ela não deixou que ele a tocasse.

Anahí: Eu me matei hoje, o dia todo, pra terminar tudo rápido. – Disse, e uma lágrima escorreu por seu rosto. Ela a secou – Quando você chegasse eu estaria toda arrumada, seria uma surpresa. Mas ela estragou tudo, sempre estraga!

Alfonso: Ei, pare! – Disse, segurando os braços dela, impedindo-a de abrir o vestido. Anahí o encarou. O rosto estava vermelho, os olhos lacrimejando. – Ainda é uma surpresa. Estás linda.

Anahí: E em que circunstancia tu me viste! Presa! Eles quase o rasgaram. – Lamentou, olhando o vestido - E eu nem tinha terminado de me aprontar. – Disse, e outra lágrima caiu. Ele apanhou o rosto dela entre as mãos, secando a lágrima.

Alfonso: Estás preciosa do mesmo modo.

Anahí: Me deixe tirar isso, por favor. – Pediu, aborrecida.

Alfonso: Não. Você vai precisar. – Disse, virando-a de costas. Anahí franziu o cenho.

Anahí: Precisar? – Perguntou, confusa. O corpo dela balançou quando ele começou a puxar o espartilho novamente.

Alfonso: Nós vamos jantar juntos. – Comunicou, puxando o espartilho.

—-*

Obrigada aos novos Leitores,espero que estejam gostando