Fanfics Brasil - 049 `Apenas mais uma de amor` Finalizada

Fanfic: `Apenas mais uma de amor` Finalizada | Tema: Anahí e Alfonso-AyA


Capítulo: 049

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04 meses depois…


Anahí: Teu pai deve vir te ver. – Disse, acomodando Suri – Se precisar de algo, grite. – Ela terminou de cobrir a menina – Tenha bons sonhos.



Suri: Teu cabelo está crescendo. – Disse, tocando o cabelo de Anahí. Só crescera uns três, quatro dedos, mas era perceptível. A franja continuava lá. Sophia sorriu.


Anahí: Tu já disseste isso 05 vezes hoje. Durma, sapeca. – Disse, beijando-lhe a testa.


Suri: Boa noite, Annie.


Anahí se bateu com Alfonso na saída. Acontecia com freqüência, mas os dois não se falavam muito. Alfonso mudara nesses meses. As olheiras pareciam permanentes, o rosto não tinha alegria. Ela o encarou por um instante e saiu, deixando-o com a filha. Passou pela cozinha para tomar um copo de água.


Nina: Eu creio que já estou ficando melhor. – Contou a cozinheira, se equilibrando pra se manter de pé. Anahí ergueu a sobrancelha.


Anahí: QUE NOTICIA BOA! – Disse, dando um tapa no ombro de Nina. No susto a outra se desequilibrou e caiu, gritando enquanto segurava a perna novamente fraturada. Anahí gargalhou, desistindo da água e indo pro seu quarto.


Ela ainda sorria enquanto entrava no quarto, mas seu sorriso terminou em um esgar de choque. Havia alguém ali.


Christian: Não grite. – Advertiu, sentado na cama dela.


Anahí: Precisa de algo, senhor? – Perguntou, incrédula.


Christian: Feche a porta. – Ordenou, se acomodando no travesseiro dela. Anahí ergueu a sobrancelha – Eu preciso conversar com você, fique tranqüila.


Anahí avaliou por um instante e fechou a porta. Quando se virou Christian estava girando o livro dela na ponta do dedo. Anahí fez uma careta.


Christian: Se sente. – Pediu, apontando os pés da cama. Ela foi, hesitante – A propósito, não gostei do teu corte de cabelo. Preferia o anterior.


Anahí: É o que a maioria diz. – Disse, dando de ombros. Christian sorriu de canto. – Alfonso o mandou aqui?


Christian: Ele não manda em mim. – Disse, franzindo o cenho, e parando de girar o livro – Não, ele nem sabe que está aqui. E eu prefiro que continue sem saber.


Sophia: Tudo bem, eu não estou entendo. – Disse, realmente confusa. Chay se sentou direito, a encarando. Os olhos dele eram perturbadoramente claros.


Christian: Em primeiro lugar, eu não estou aqui para defender Alfonso. Sou contra o que ele lhe fez. – Anahí esperou – Mas eu estou vendo-o definhar dia após dia. Quando você passa vejo nos olhos dele a esperança de algum progresso, para logo voltar ao torpor. Se algo acontecer a Alfosno eu perco essa guerra, Anahí. Eu não vim aqui para isso.


Anahí: Eu não vou voltar para ele. – Disse, categórica.


Christian: Não sou um cupido, não vim pedir isso. Mas você precisa entender o lado dele. Precisa ver pelo ângulo que ele viu a situação. – Disse, e ela esperou – Anahí, nós, reis, temos uma criação muito diversificada da tradicional. Quando eu tiver filhos não vou cria-los do modo como eu fui criado. É errado e prepotente, mas somos criados para sermos reis, não humanos.


Anahí: O que quer dizer com isso? – Perguntou, confusa.


Christian: Um homem normal é criado para honrar sua mulher e filhos. – Exemplificou.


Anahí: Um rei também, suponho. – Disse, irônica. Christian assentiu, sorrindo de canto.


Christian: Certamente. Só que nós fomos criados sob um ângulo diferente. Em minha adolescência meu pai me disse inúmeras vezes que eu poderia amasiar quantas criadas eu tivesse vontade, porém que minha esposa ou qualquer outra pessoa jamais deveriam saber. Eu seria rei, logo, eu poderia passar por cima dos outros.



Anahí: Que adorável. – Disse, novamente irônica.


Christian: É, adorável era o nome do meio do meu pai. – Debochou, coçando a sobrancelha – Alguns de nós, como Alfonso e eu, aprendemos a ter dignidade sozinhos. Eu nunca tocaria outra mulher que não fosse Maite, por mais que apareçam mulheres encantadoras a minha volta. – Disse, insinuador. Anahí riu. Conversar com Christian chegava a ser leve.



Anahí: Por favor. – Pediu, revirando os olhos, e ele sorriu.


Christian: Do mesmo modo como Alfonso jamais olhou outra mulher a não ser Marie. Nem após sua morte, 05 anos depois, ele manteve o celibato e nunca quis outra mulher. Até que você apareceu. – Narrou, girando a aliança no dedo – E algo em você o derrubou em sua convicção. Ele a tornou sua amante. Mas ainda assim, é importante que isso fique claro, ainda que morta, até que ele despose outra mulher, Marie é a esposa oficial. – Anahí o encarava, quieta – É uma basbaquice, mas é assim que funciona. A cama dele está vazia, mas a esposa dele é ela.


Anahí: Não entendo onde quer chegar. – Disse, passando a mão no cabelo.


Christian: Quero chegar no ponto em que você não o entendeu. Alfonso estava feliz tendo a você, até que aconteceu. – Anahí ergueu a sobrancelha – A criança que você carregava no ventre era uma ameaça explicita. Se chegasse a conhecimento publico, e você sabe que isso podia acontecer, Alfonso sofreria por ter tido um filho, com todo respeito, bastardo. A descriminação, as criticas, até que perderia o trono. Perderia o trono em meio a uma guerra. Você consegue adivinhar quem seria o primeiro a assumir o trono dele?


Anahí: Paul. – Disse, dura.


Chirstian: Exatamente. Ele se viu diante dessa situação e não soube o que fazer. Não poderia ir até você e dizer: “Querida, você não pode ter nosso bebê.”. Seria patético, e você não aceitaria.


Anahí: Tu fazes isso parecer engraçado, quando não é.


Christian: Acho que é um dom. – Disse, pensativo – O fato é, quando você apareceu grávida ele se viu com uma bomba nas mãos. Nada sabia sobre isso, então tentou se recordar do que lhe fora ensinado. Eu mesmo recebi ordens de que se um dia uma de minhas amasias engravidasse, ou ameaçasse revelar a verdade, ela deveria ser morta. No caso da gravidez, morta ela e a criança. Meu adorável pai cansou-se de repetir isso. Acho que por tanto ele repetir até hoje o ventre de Maite se nega a gerar um filho meu. – Disse, fazendo uma careta.


Anahí: Você está mentindo. – Isso era absurdo.


Christian: E o que eu ganho mesmo mentindo para defende-lo? O assunto de vocês não é problema meu. – Lembrou – Alfonso recebeu as mesmas instruções, e isso era o certo a se fazer no caso dele. Pelo menos foi assim que fomos criados. Ele não soube o que fazer e matar você seria o mesmo que suicídio. Então fez o que fez, em uma medida desesperada. Se arrependeu amargamente, como se vê hoje, mas não havia outra alternativa, Anahí.


Anahí: Ele deveria ter me matado, é isso o que quer dizer?


Christian: Sem hesitar ou pensar duas vezes. – Confirmou. – Essa criança era fruto da traição dele a memória de Marie. Me perdoe pela franqueza, mas de um modo ou outro, tu concordando ou não, ela não podia vir ao mundo. Não no meio de uma guerra, não nessas circunstancias. Mas ele escolheu poupar a ti. Tua vida se manteve intacta.


Anahí: É isso? Tudo isso é sobre dignidade?
Christian: É sobre tudo o que mais for. Alfonso fez o que achou ser certo em um momento de desespero. Não o condene como está fazendo, é cruel. – Se resumiu.


Anahí: Ele me traiu! – Exclamou.


Christian: Traiu mas ele não sabia que isso era errado, nenhum de nós sabe! Quando se tem um reino em suas costas, muitos dos princípios são equivocados! – Rebateu – É isso o que tu precisas entender: Todos tem a distinção de certo e errado. Para nós, reis, o que Alfonso fez a ti está na lista do que é certo. A não ser porque ele a manteve viva.


Anahí: Ainda assim…


Chirstian: Ele se arriscou poupando você, Anahí. Você poderia bem sair por ai gritando aos 4 ventos a verdade, e ele estaria condenado do mesmo modo. Mas ele poupou você; Ele preferiu encarar as conseqüências do que tirar tua vida. Pense nisso.


Anahí parou, passando a mão no cabelo, e olhando pra frente. Se era assim… Não, de jeito nenhum. Ela se virou pra olhar, mas Christian girava o livro no dedo novamente.


Christian: Quando uma criança está crescendo, seus pais lhe ensinam a não roubar, pois é errado. – Exemplificou – Quando um rei está se formando, seu pai o ensina a matar as amasias e os bastardos, porque é o certo. É difícil distinguir o certo do errado desse modo. – Disse, olhando o livro girar – Eu acho que era isso que eu tinha a dizer.


Anahí: Dirá a ele que esteve aqui?


Christian: Eu sou um rei, não um pombo correio. – Disse, franzindo o cenho, e Anahí riu – Não estou pedindo que saia correndo porta afora e se atire nos braços dele. Seria melodramático demais. – Disse, girando o livro – Mas pense no que eu te disse. Quando você tem uma granada na mão não há muito tempo pra decidir o que fazer. Seu bebê era uma granada. Se ele não agisse, logo, iria estourar na mão dele. – Disse, e parou o livro.



Anahí: Um ponto de vista agradável. – Disse, debochada.


Christian: Eu também acho. – Disse, largando o livro – Mas se tu estás viva agora, foi porque ele realmente gosta muito de ti. Do contrário estaria morta, fria, com teu filho ainda no ventre, morto junto contigo. Pela piedade dele não está. – Disse, se levantando – Vou deixá-la dormir. Pense no que eu te disse.


Anahí não viu Christian se afastar, mas ele parou na porta. Ela o olhou, meio aturdida.


Christian: Duas coisas. Primeiro uma pergunta. Aquela Nina… – Anahí ergueu as sobrancelhas – Você já tentou a almofada de alfinetes dentro do sapato? – Perguntou, curioso, e Anahí gargalhou.


Anahí: Não, não tive essa idéia. – Disse, rindo.


Christian: É infalível. – Sugeriu, e ela agradeceu com a cabeça – Mais uma coisa… Se tu disseres a ele que eu estive aqui, ou que te expliquei alguma dessas coisas, eu vou negar. –Anahí revirou os olhos – Tenha uma boa noite. – E saiu, fechando a porta.


Anahí colocou as mãos nas têmporas, cerrando os olhos. Uma coisa era certa: Christian lhe dera muito em que pensar.



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Autor(a): Carlaaya

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 318



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  • mannu Postado em 25/09/2019 - 21:33:45

    Oi boa noite, eu simplesmente amei ler essa história e queria saber se você poderia me autoriza a adaptar a mesma para os personagens Christian e Anastásia.

  • maria_cecilia Postado em 08/01/2015 - 01:11:22

    obs - desculta ta flo se to incomodando rsrs [WEB] Entre el Amor y El Odio - AYA http://fanfics.com.br/fanfic/41683/web-entre-el-amor-y-el-odio-aya-ponny Gente eu estou postando essa web,ela não é minha mais é muito boa, espero que gostem.

  • maria_cecilia Postado em 08/01/2015 - 01:11:08

    essa web deixou saudades foi muito boa

  • duplavondy Postado em 22/10/2014 - 15:41:36

    OI QUERIA SABER SE POSSO ADAPTALA PARA VONDY? SE EU PODER MI AVISA!! 051 96532251 ESSE E MEU WATS BJU

  • _thainaoliveiraaya Postado em 12/06/2014 - 03:05:54

    Foi emocionante do começo ao fim...

  • _thainaoliveiraaya Postado em 02/06/2014 - 00:29:42

    Cheguei agora , mas pela sinopse já amei...

  • daninha_ponny Postado em 01/06/2014 - 20:04:52

    amei amei amei o final e claro toda web ...bjos até a próxima

  • franmarmentini Postado em 01/06/2014 - 12:37:52

    *-*

  • franmarmentini Postado em 01/06/2014 - 12:37:38

    CARLA...vou sentir saudades de vim ler a fic* do poncho da any e de todos os outros personagens.... ;/ que pena que acabou....poxa mas fazer o que né...vou ficar aguardando ansiosamente a próxima fic* bjus ;)

  • larissaponny Postado em 31/05/2014 - 21:17:38

    Parabens Carla pela web amei muito muitooooo mesmo e obrigada por trazer para nos uma historia linda.E vc q me aguarde na proxima fanf bjs Lari


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