Fanfic: `Apenas mais uma de amor` Finalizada | Tema: Anahí e Alfonso-AyA

Mas dois meses se passaram, e ela não voltou. Alfonso tampouco a procurou, não a viu, nem com Suri. Ele não tinha paciência pra isso. Ou ela o queria, ou não queria. Ele não iria rastejar mais. Porém o acaso amar pregar peças…

Empregado: Senhores. – Disse, com a respiração ofegante, entrando na sala onde Alfonso e Christian estavam. Alfonso virou o rosto para olhar; Christian apenas ergueu os olhos.

Chay: O que há? – Perguntou, os olhos claros quase perfurando o soldado.

Empregado: Willow Creek. – Era uma das propriedades de Micael. Como uma das extremidades do território. – Está sob mira de ataque. Pelo visto temos menos de 02 horas até que o confronto ocorra.

Alfonso: Quantos homens? – Christian observava, sem um pingo de graça no rosto.

Empregado: Esse é o problema, o olheiro não conseguiu ver a divisa. – Alfonso franziu o cenho, Christian arregalou os olhos – Mais de 500 pelo que pude ver, senhor.

Alfonso: Mais de 500 em uma batalha neutra? – Perguntou, incrédulo.

Empregado: Não é o numero total, eu vim dar o alarme e ainda haviam homens em marcha. – Disse, e dava para se ver o porque da afobação.

Christian: Não é uma batalha neutra. – Disse, olhando para frente – Alfonso, Willow Creek estava com a divisa descoberta, discutimos isso ontem. Uma frente de batalha de 500 homens em um campo sem defesa, pelo amor de Deus. – Disse, apontando o óbvio. O rosto de Alfonso o se entalhou em pedra de uma hora pra outra.

Alfonso: Ele está vindo. – Concluiu, e Christian assentiu erguendo a sobrancelha – Desgraçado. – Rosnou, se levantando, e saiu. Christian se levantou também. A urgência era clara agora.

Christian: Soe o alarme, eu quero, por baixo, mil homens pro campo de batalha agora. Cubram a guarda do castelo e esperem por mim e Alfonso lá fora. Vá! – Ordenou, antes de sair da sala, também apressado.

Mite lia um livro; Anahí cuidava de Suri; Cada um em seus afazeres… Quando houveram sinos. Altos, ensurdecedores. Os da igreja e os do castelo. O copo que Sophia tinha na mão, vazio, caiu e se quebrou em vários cacos, mas ela não o olhou. Maite ergueu o rosto do livro, e parecia mais branca que o normal. Ambas sabiam o que aqueles sinos significavam: Guerra. Imediata, iminente.

Suri: O que é isso? – Perguntou, atordoada com o barulho. Anahí olhou a menina, e Suri viu o pânico nos olhos dela – Annie, o que foi?

Anahí: Eu… Eu já volto. – E ela saiu correndo.

Anahí nem sabia o que estava fazendo. Os sinos continuavam tocando, e aquilo a atormentava. Ela percorreu salas e salas, procurando por ele, e nada. Onde estava? Ela parou no corredor do primeiro andar, revirando os olhos pra si mesma, e desembestou para a escadaria que dava na torre de Alfonso. Seu pulmão doía pelo esforço quando ela abriu as portas (novamente sem bater), encontrando-o lá. Ele já estava com a armadura, e prendia algo de metal ao seu braço, como uma proteção. Os dois pararam ao se verem.

Alfonso: O que há? – Perguntou, na defensiva, parado ao vê-la ali.

Anahí: Não vá. – Pediu, rouca tanto pela caminhada, tanto pelo desespero.

Alfonso: O que? – Perguntou, confuso.

Anahí: Alfosnso, não vá. Não atenda o chamado, fique aqui. – Ele entendeu o medo dela.

Alfonso: Anahí… – Ele suspirou. Anahí viu a espada dele pousada nos pés da cama, e isso lhe pareceu um mal sinal.

Anahí: Eu estou implorando. – Ela estava chorando – Eu faço o que você quiser. Pelo amor de Deus, não vá.

E, pro choque de Alfonso, ela se ajoelhou perante a ele.

Alfonso: Ei. – Disse, se aproximando dela. Ele se abaixou, apanhando-a pelos ombros – Se acalme. – E ele a abraçou. Os sinos continuavam chamando. Anahí o abraçou, mas o metal frio entre os dois servia como barreira.

Anahí: Não vê que ele está fazendo isso para atraí-lo? Ele quer você morto, Alfonso, não vá. – Ele seguia calado.

Alfonso ergueu os olhos, e o retrato de Marie, pousado em sua cabeceira, servia de contraproposta. Paul matara Marie. Alfonso esperou 05 anos por esse dia, por ter sua oportunidade. Ele teve novamente um flash da morte de Marie, dos olhos dela sem vida em frente a ele, e Suri que jamais andaria…

Alfonso: Eu não posso. – Ele a soltou, e Anahí o olhou, desolada. O cabelo dela estava maior, e já fazia alguns cachos. A franja se desfizera em uma camada curta do cabelo. – Eu tenho uma conta a acertar.

Anahí: Você vai morrer por essa vingança. – Disse, desolada. Ela viu Alfonso terminar de prender o acessório de metal no braço. Porque ele não estava ouvindo-a?!

Alfonso: Se tiver de ser assim… – Seria. Era a resposta clara: Ele estava disposto a morrer.

Anahí não teve mais o que falar. Não conseguia. Ele apanhou algo que lembrava um capacete, de metal, um escudo e a espada. Estava pronto. Os sinos pararam de tocar. Ele parou, frente a ela, e aquilo era uma despedida.

Alfonso: Espere por mim. – Pediu, olhando-a.

Anahí: Por favor… – Insistiu. Ele tocou a maxilar dela.

Alfonso: Ainda que não acredite, eu realmente amo você. – Disse, olhando os olhos lacrimejantes dela – Se eu não voltar… Não esqueça isso.

E ele beijou a testa dela demoradamente, saindo dali. Ainda precisava ver Suri. Um desespero tomou conta de Anahí a ponto de sufocá-la. Ela encarou o retrato de Marie. Uma fúria desmedida justificou ela ter avançado pelo quarto, apanhando o porta retrato e atirando-o com força na parede oposta. O som do vidro quebrando foi o que veio antes dos soluços do choro assustado dela, que caiu sentada na parede do outro lado. Ela não suportaria esperar… Não suportaria perde-lo.

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Não aguentei vou postar mais dois capitulos, #Reconcilianção daqui a pouco