Fanfic: `Apenas mais uma de amor` Finalizada | Tema: Anahí e Alfonso-AyA

Christian: ARQUEIROS! – Rugiu, ainda olhando pro campo de batalha. Mais de 200 arcos se montaram as suas costas, esperando as ordens – AGORA!

E voaram duas centenas de flechas juntas, enegrecendo o céu por instantes. Parecia chuva. Quando atingiram seus alvos, muitos caíram. A cena era caótica. Haviam gritos, e o som do metal cortando tudo o que aparecesse. Christian permaneceu quieto, procurando novamente. Porém a verdade o açoitava juntamente com o ódio. Ele deu a ordem aos arqueiros novamente, e mais uma revoada de flechas sobrevoaram o céu.

Haviam menos homens de Paul agora. A vitória estava ao alcance das mãos. Porém…

Christian: Ele não está aqui. Desgraçado. – Disse, fazendo o cavalo girar para olhar em volta. Não havia sinal de Paul por ali, só soldados. Christian ergueu o braço e com um gesto deu a ordem – RECUAR! RECUAR, AGORA!

Os soldados começaram a recuar. Os arqueiros; a montar resistência na fronteira. Mas Alfonso não estava dentre nenhum dos dois. Também percebera que Paul não estava ali e estava furioso. Todos os que cruzavam ao seu redor terminavam por morrer. Tanto sua espada quanto sua armadura já estavam lavadas em sangue. Perdera o capacete em algum lugar, seu rosto estava livre, e era o rosto da fúria. Christian localizou Alfonso rapidamente: Dentre os que ainda não recuaram ele era o mais rodeado, e o que mais derrubava homens.

Christian: ALFONSO! – Rugiu, raivoso. Alfonso, se ouviu, ignorou. – É o inferno. HOMENS, RECUAR! – Ordenou, e puxou a espada da bainha, atiçando o cavalo que foi no meio – E eu que não queria me sujar de sangue. – Rosnou consigo mesmo.

Não queria, mas se sujou. Todos aqueles que não eram seus e que passaram por seu caminho caíram. Até que ele chegou a Alfonso. Não havia como parar, ele estava sendo atacado. O cavalo relinchou e a espada de Christian reluziu no ar, se abatendo sobre todos os que se aproximava.

Christian: ALFONSO! – Dessa vez tinha certeza de que Alfonso ouvira – ELE NÃO ESTÁ AQUI, O QUE ESTÁS FAZENDO? – Não houve resposta. – Ótimo. – Disse, descendo do cavalo.

Desgraça pouca era realmente bobagem. Se um dia Paul tivera chance de ganhar essa guerra era agora. Christian e Alfonso estavam expostos combatendo soldados! Não podia ser melhor! Alfonso matava homens porque estava com raiva, e Christian matava homens para tentar deter Alfonso. Quando não havia mais nenhum homem por perto, ou no raio de alcance deles, Christian agarrou Alfonso pela armadura.

Christian: Tu tens sorte por eu ser piedoso e não tê-lo largado aqui. – Rosnou, raivoso – Quando eu ordenei para recuar, se aplicava a ti também. Vamos sair daqui.

Alfonso não disse nada, apenas se virou para sair. Não haviam chegado ao cavalo ainda quando alguém o atacou pela costas. A espada do atacante passou pelo feche da armadura de Alfonso, acertando-o nas costas. Ele cambaleou, com um grunhido, e Christian se virou. Ao ver a situação Christian tirou o próprio capacete e atirou na direção do homem que atacara Alfonso, e foi até ele (que estava no chão), cravando sua espada em seu peito. Ele puxou a espada de volta, gotejando sangue, e se virou. Mas Alfonso já havia caído, e agora estava no chão, imóvel e com a espada cravada na lateral das costas.

Todos estavam paralisados. Christian fez sinal para que vigiassem ao seu redor enquanto se aproximava de Alfonso.

Christian: Alfonso, pode me ouvir? – Perguntou, olhando a espada. Por baixo uns 04 dedos da lamina haviam perfurado a carne.

Alfonso: Não, fiquei surdo. – Respondeu, com a voz abafada pela grama.

Christian apanhou a espada e a puxou das costas de Alfonso, que gritou perante a dor. Christian trouxe a espada até perto do rosto, medindo o trecho manchado de sangue. Quatro dedos, como imaginara. Ele largou a espada de lado, voltando a Alfonso, que ofegava no chão. Escorria sangue pela lateral da armadura.

Christian: Consegue andar? – Perguntou, se abaixando.

Alfonso: Não, creio que terei de voltar pro castelo engatinhando. – Respondeu, e sua voz era entrecortada. Houve um suspiro de alivio geral quando Alfonso se pôs a levantar… Mas ao pôr o peso na perna esquerda (O lado do corte), cambaleou, rosnando. Christian o amparou. – Adorável, não é? – Perguntou, e ainda ofegava.

Christian: Tragam o cavalo. – Ordenou, e um dos soldados saíram. – Se tivesse me escutado não estaria ferido agora.

Alfonso: O que é realmente reconfortante. – Alfonso não sabia o que estava mais forte em seu corpo: O ódio ou a dor. O empregado com o cavalo chegou. Alfonso penou pra conseguir subir, e uma vez lá se amparou no cavalo, ofegante.

Christian: Vocês. – Disse, se virando. – Recolham os mortos, devolvam as suas famílias para que façam os funerais como se deve. Eu não quero nenhum sobrevivente do exercito de Paul. Se encontrarem algum… – Pra bom entendedor meia ordem basta. Christian se virou mas Alfonso já havia saído, se equilibrando pra segurar a rédea do cavalo com uma mão só (erguer o braço do lado ferido era lancinante). – É o inferno…Alfonso! – Exclamou, indo atrás.

Christian seguiu atrás de Alfonso. O cavalo dele estava logo ali. Ele montou com a maior facilidade após prender a espada na bainha, e seguiu o outro. Um criado ajudou Alfonso a descer no castelo, amparando-o até dentro de casa. Já era madrugada.

Christian: Você. – Disse, e uma criada assentiu – Vá até meu quarto e avise a Mrs. Maite que eu voltei. – Ordenou e a empregada saiu. – Eu quero uma equipe para revezar na segurança do castelo, chamem homens que não tenham participado da batalha, eu não quero ninguém dormindo na guarnição, e tampouco quero ser atacado enquanto durmo. – Disse, irônico.