Fanfics Brasil - IV Ao caso do acaso

Fanfic: Ao caso do acaso | Tema: Cotidiano, High School Drama, Real Life


Capítulo: IV

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 - Festa? Em pleno Domingo? Nós temos aula amanhã, Paola!


 - Nem pense em recusar! Podes ver aquela loira que se acha poderosa ali? Isabelle LeFrevian, ela e os amiguinhos populares estão a dar a festa. Óbvio que nós vamos.


 - Eu, Marisa Abreu com certeza vou. Primeira vez que LeFrevian fala comigo desde que chegou! Foi... Emocionante.


 - Feche a boca, Marisa. Isso foi patético.


 - Hm, eu acho que vou lá conversar com a Isabelle sobre isso...


 - O que?! Sofia, você nem conhece... Espera!


Arqueou as sobrancelhas um pouco assustada com a situação, será possível que essa hierarquia de colégios realmente existia ali? Estavam todos sentados em uma mesa à beira da piscina; Isabelle, Rodolfo, Guilherme, Hugo e Tabata estavam acompanhados do time de futebol que Guilherme liderava, das líderes de torcida que Isabelle liderava mesmo sendo caloura. Ela tinha que rir...


Paola e Marisa estavam logo atrás dela lhe passando informações sobre a tal “mesa real”, era como os outros alunos a chamavam. Encontrou os olhos de Hugo, e para seu completo alívio um belo sorriso preencheu o rosto do garoto enquanto o próprio abria os braços para ela com carinho.


 - Veja só quem aqui já está!


 - Hey, pensei que tinha esquecido de mim.


 - Impossível querida. Galera, essa é a Sofia, Sofia essa é a galera.


Todos vieram cumprimentá-la, exceto Isabelle. Engoliu em seco ao encarar a garota, ela parecia um pouco nervosa.


 - Então Belle, porque não me convidou pessoalmente para essa tal festa hoje?


 - Bom Sofia, você sabe. Meu tempo é um pouco corrido, então as pessoas importantes e outros por pura casualidade eu convidei pessoalmente, o resto eu mandei recado. Desculpe querida.


 - Ah, claro.


Um sorriso cínico brilhava nos lábios da loira devido ao fato de que ela conseguira fazer Sofia corar por inteiro. Não fazia a mínima idéia do porque de tamanha ironia, mordeu os lábios recuando inconscientemente enquanto as torcedoras riam entre si.


 - Hm, eu acho que já vou então... Vejo vocês à noite.


 - Espera morena. Eu vou com você, assim você me apresenta suas novas amigas. Até pessoal.


Rodolfo a retirou do local, e antes de virá-la de costas pode ver a expressão fria da garota ao ver o “quase namorado” ir atrás dela. Respirou fundo tentando amenizar o momento.


 - Não ligue pra ela, só está se sentindo ameaçada por você, Sô. Conhece a Belle, sabe como ela é.


 - Sei, e sei também que isso é infantil e desnecessário.


 - Enfim, quem são as belíssimas amigas aqui?


Quando lembrou-se que Paola e Marisa ainda estavam ali ela rapidamente se desviou dos braços de Rodolfo e percebeu que as duas estavam estáticas e com a boca entreaberta. Pensou em rir, mas preferiu ficar em silêncio.


 - Rodolfo, essas são Paola e Marisa, minhas colegas de quarto. Meninas, Rodolfo Mesquita.


 - Ah eu sei, quer dizer, não sei, ta. Prazer, Marisa.


 - Olá, sou a Paola.


Ele envolveu Sofia novamente pela cintura e com seu charme encantador sorriu para as meninas. Marisa estava prestes a derreter e Sofia prestes a morrer de rir com as atitudes da amiga. Como se ele fosse o próprio DiCaprio no corredor.


 - Então senhoritas, animadas para a nossa pequena festinha?


***


Era impossível descrever a preguiça que Sofia sentia só de pensar em se arrumar, e ainda assim, lá estava ela em frente ao espelho, se perguntando se realmente deveria se maquiar ou não. Pequenos flashbacks invadiam sua visão. Tinta em neon colorindo todos os rostos e braços a sua volta. Uma batida constante pulsando em seus ouvidos. Um odor de perdição no ar, que inebriava todo o lugar. Ela fechou os olhos com força, não queria lembrar. Não era arrependimento, era só... Repulsa por algumas lembranças.


Não fazia ideia do que se tratava uma noitada européia ainda, nem de como se vestir. Uma rasteira gladiadora nos pés, uma saia preta, curta e plissada em conjunto com uma blusa de alça branca e básica. Um cordão comprido, brincos pequenos e algumas pulseiras de couro. Suficiente pra quem não queria se passar por mulambenta, mas também não queria se sentir a Miss Brasil em um salto 15. Odiava sentir que as pessoas a estavam observando. Odiava chamar a atenção. Quanto menos notada, melhor. Muito melhor.


Enquanto caminhavam em direção ao studio 4, Marisa lhe explicava exatamente como funcionavam essas tais festas organizadas pelos alunos que, aparentemente conseguiam importar para dentro dos muros do colégio tanto bebidas alcoolicas como “otras cositas mas”.


 - As festas são permitidas nos studios até o fim do primeiro mês de aula, diz o diretor que é pra enturmar os novos alunos. E sabe como é, né. Os alunos que fazem música precisam produzir um festival por studio, e deve ser custiado por eles. As festas de cada studio ajudam a bancar.


 - Meninas não se acanhem caso eu não pareça ser uma boa companhia em festas, ok? Me deixem o mais próximo do bar e podem se divertir a vontade, eu juro que carrego vocês pro quarto mais tarde.


 - Me poupe, Sofia! É a sua primeira festa, como assim vais ficar sentada sozinha como que a espera de lhe ofertarem um drink? Isso não tem sentido algum!


Ela riu do “ofertarem” que Paola dissera. Não era bem assim. Ela gostava de beber, e beber sozinha. Já tinha ficado muito claro que o grupo que a apadrinhou durante as férias era, nada mais, nada menos, que a realeza escolar, e ela realmente não tinha estômago pra lidar com esse universo de hierarquia. Não agora.


O lugar estava maravilhosamente “underground”. Um dj ambientalizava o studio com uma musica eletrônica leve, enquanto as luzes coloridas piscavam e se refletiam em todos os cantos. Tabata e seus longos cabelos negros encontravam-se em harmonia perfeita com o tubinho, também preto, que ela utilizava. Estava na região esquerda do lugar, com um cigarro na boca e conversando com alguns veteranos. Não conseguia avistar mais nenhum conhecido, até porque não conhecia muitas pessoas ainda. Sentou-se sozinha no bar, pediu seu double scotch favorito e ficou analisando as pessoas dançarem e, aparentemente, se divertirem.


 - Sua esquisita, por que você não está de salto?! – Guilherme a assustara com a pergunta tão incisiva, quase a fizera cair do banco em que estava sentada.


 - Mais que caralho, Guilherme! Porque eu tenho problema nos dois joelhos, se eu colocar um troço daqueles – e apontou para os sapatos de uma garota a sua frente -, eu provavelmente tropeçaria, cairia ridiculamente no meio de todo mundo, e a Isabelle iria rir com satisfação da minha cara.


 - Então você notou o leve sentimento hostíl que a Belle desenvolveu a seu respeito...


 - Isso não foi uma pergunta, presumo. – Encarou as duas pedras de gelo flutuando em seu copo, deu um gole profundo no whisky e encarou o rapaz – Não tenho paciência pra esse tipo de coisa, Gui. Não mesmo. Até porque não sei o que fiz pra ela.


Ele riu distraídamente. Tinha um copo de vodka misturado com alguma coisa que ela não sabia dizer o que era em uma de suas mãos. Se levantou, parando em frente a ela e dando um gole em sua bebida. Observou os olhos de Sofia por alguns instantes e, antes de sair, disse algo a ela:


 - Você é diferente, Sofia. Esse teu ar de “não me importo com o que vocês pensam, continuarei a usar meus chinelos”, essa tua vontade de passar despercebida e ainda assim chamar atenção... O jeito que o Rodolfo te trata na frente de todo mundo. Desculpe, Sô, mais a Belle não vai ser sua amiga enquanto ver uma ameaça eminente caminhando com teu allstar nos pés. Te encontro na pista?


Com uma piscadela marota ele a deixara sozinha, com um restinho de whisky no copo. Ah não, só podia ser karma. Picuinha de mulher e as aulas ainda não tinham começado? Bom demais pra ser verdade... Pediu que renovassem a dose, e se dirigiu a pista. O dj variava agora nas músicas, procurando agitar mais o pessoal, fazer com que gastassem toda a energia “extra” que grande maioria tinha adquirido entre as 4 paredes do studio. Ela fechava os olhos e se balançava de acordo com as batidas, rindo sozinha, bebendo, descarregando todo o stress, sem se importar com os olhares direcionados a ela. Era simplismente música, whisky e dança, só isso já bastava.


***


 


- Garota, na boa, você não pode dormir na grama, cara. Ei, alô, ‘ta me ouvindo?


 Com muito esforço ela entreabriu os olhos, e percebeu que um garoto a estava encarando. E que ele estava... Acima dela, de alguma forma. Olhou pros lados, a cabeça extremamente pesada e a visão turva lhe permitiram apenas entender que estava deitada em alguma parte dos jardins, e completamente sozinha a não por este garoto rindo absurdamente da sua cara.


  - O que você usou, cara? Não sei o que foi, mais já to puto de não terem dado pra mim! Olha isso, nunca dormi no jardim! Vem, te ajudo a sentar, mais já já vai ter que levantar, vou logo avisando. Você é novata, não é?


 O céu já estava clareando. Por Deus, o que tinha acontecido? A última coisa que conseguia se lembrar era de ter perdido a conta de quantos copos virara e de estar dançando loucamente na pista. Sozinha, o tempo todo. Ficou encarando o garoto a sua frente. Ele estava de bermuda, uma camiseta qualquer e os cabelos um tanto bagunçados. Não fazia a minima ideia de quem poderia ser.


  - Vamos lá, eu não tenho água pra te dar, então tenta se concentrar e começar a falar, pra eu ter certeza de que você não precisa de um hospital, porque isso iria foder fácil com as nossas festinhas. Como é seu nome, novata?


  - Sofia. Sofia Ber... Mond. Bermond. E você, quem é?


  - Rafael Bragança, seu salvador por esta noite. Você é brasileira, notei isso na festa. É aluna do primeiro ou do segundo ano?


  - Acho que primeiro. É. Tenho 15. Cara, quem é você? Como me achou aqui?


  - Acabo de descobrir que sou seu mais novo coleguinha de turma, e com certeza vou zoar da sua cara daqui exatas 4h quando for nossa primeira aula. Vem, vou te levar pro quarto. Cadê suas amigas, ein?


 



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Autor(a): Lily

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Ressaca de whisky era uma coisa infernal, ela tinha ciência disso. Porém, lá estava ela com a cara completamente inchada, sentada no fundo da sala e sem encarar nenhuma das pessoas a sua volta. Seu salvador estava rodeado de amigos, Paola e Marisa comentavam sobre a festa do dia anterior com algumas amigas. Isabelle e Tabata estavam sendo monopolizadas po ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 9



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  • lucasdelgado22 Postado em 13/06/2014 - 13:53:45

    leitor novo, posta mais :(

  • isabelserra Postado em 17/05/2014 - 16:53:50

    oooou, cade você? quero mais poxinha :(

  • oliviasalzze Postado em 17/04/2014 - 03:13:53

    Ahhh que bom que você está conseguindo acompanhar, Isabel!! Acho que estou escrevendo exclusivamente pra você, olha que importante u.u hahaha Ja ja eu lanço o resto do capitulo, é que deu uma apertadinha na facul :( Mais hoje mesmo já sai mais! Beijos e continue por aqui!!

  • isabelserra Postado em 16/04/2014 - 22:23:59

    Posta maissssssssssssssss. Ah esse Rodolfo >< rs

  • isabelserra Postado em 15/04/2014 - 19:31:10

    continuaaaaa

  • oliviasalzze Postado em 11/04/2014 - 17:50:16

    Olá, bem vinda também!! Tem tanto tempo que não publico minhas coisas que to achando o máximo que vocês tenham aparecido por aqui hahah Olha, desde que você passe aqui de vez enquando pra dizer o que tem achado, já vou ficar muito feliz! Hoje ainda devo postar mais uns dois capitulos. :)

  • isabelserra Postado em 11/04/2014 - 16:43:28

    Uaaal! Leitora nova aqui. Não sou muito de ler, sou mais de escrever, mas adorei! E vou ler u.u Sou um pouco devagar. Mas, prometo que vou tentar acompanhar rs

  • oliviasalzze Postado em 11/04/2014 - 16:34:03

    Ah eu tenho uma leitora *-* Bem vinda! Eu já tinha tudo isso pronto, só precisei revisar pra postar, mas de ontem pra hoje já escrevi uns 3 capítulos. To aproveitando a folga na faculdade pra escrever. Fico feliz que esteja gostando, sério mesmo! hahah

  • man_pc Postado em 11/04/2014 - 16:00:28

    To adorando. Posta mais *-*


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