Fanfics Brasil - Capitulo 3 Segunda Chance Para o Amor

Fanfic: Segunda Chance Para o Amor | Tema: Portinõn


Capítulo: Capitulo 3

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Capitulo 3 Dulce


 


Desliguei o chuveiro passando as mãos nos cabelos encharcados de agua para tirar o excesso. Peguei a toalha pendurada no box e me postei em frente o espelho do toucador lendo o recado de Anahi. Peguei o papel e amassei jogando no lixo. Porque ela não tinha me dito? Se ela tivesse me falado que era uma comemoração tão importante teria saído mais cedo do boteco onde estava com Raquel para participar. Ela não tinha nem se dado ao trabalho de me mandar uma mensagem. Me enrolei na toalha e sai para o quarto. Ia começar a secar o cabelo quando meu celular tocou.


- Fala Claudião! – Falei cumprimentando um dos amigos da banda da Any.


- Oi gata, beleza?


- Tranquilo.


- Vocês já saíram? Já chegamos no bar do Zé.


- Putz cara... A Any me falou por alto da comemoração e saiu. Eu estou acabando de sair do banho.


- Você não vai vir? È uma conquista mulher! Não se pode deixar de comemorar. A Any quase chorou ontem.


- Eu imagino – respondi distraída colocando o secador na tomada – eu vou ver aqui cara. Acabei de chegar do trampo. Tá osso.


- Falou então. Até mais.


- Falou, tchau.


Desliguei o telefone e o joguei encima da cama. Eu sabia o quanto aquilo era importante para Anahi e sabia também que se eu não estivesse presente, ela não ficaria totalmente feliz. Soltando um suspiro, comecei a secar o cabelo. Escolhi uma calça justa jeans preta com um corpete de couro preto que destacava a tatuagem que eu tinha no busto. Coloquei as botas e peguei uma jaqueta para me proteger do vento. Sai de casa vinte minutos depois, fazendo a moto deslizar suavemente pelo transito de São Paulo.


O bar do Zé era um reduto para apreciadores de um bom rock’n roll. Eu particularmente adorava aquele lugar. Como em todos os outros lugares, havia a garotada ligada a modinha “do mal”, apenas para deixarem seus pais horrorizados. Mas ali a maioria dos clientes era composta pela faixa etária de 25 a 35 anos. Deixei a moto em um estacionamento ao lado que funcionava 24 horas e avistei o carro da any parado em uma vaga poucos metros a frente. Entrei na balada-boteco cumprimentando o segurança com um beijo no rosto. Ali todos eram amigos uns dos outros. Deixei o capacete e a jaqueta com a mulher que estava atrás do balcão da recepção e peguei minha comanda.


O lugar todo me arremetia a um pub londrino. As paredes vermelhas cobertas com camisetas e pôsteres de grandes bandas e cantores de rock. O bar, a primeira coisa que destacava no caminho, era todo composto por bebidas de apreciadores de destilados. Me inclinei para dar um beijo na atendente, seu nome era Jacky, uma antiga ficante. Obviamente era um detalhe que Anahi não sabia. Pedi um uísque e segui em direção as mesas na parte superior, um mezanino de madeira que contornava todo o lugar e dava de cara com o palco no fundo do piso inferior. Subi as escadas já avistando Juliana, mulher de Claudio conversando com Pedro, baterista da banda. Anahi estava de costas bebendo uma long neck e não me viu aproximar da mesa. Quem notou primeiro minha presença foi Fernando, o empresário deles.


- Minha tatuadora favorita! – exclamou assim que me viu – achei que não vinha – finalizou se levantando para me dar um abraço e um beijo. Fernando não era do tipo comum para um advogado e empresário. Ele tinha algumas tatuagens, inclusive três delas criações minhas e cabelos raspados na zero. Usava bermuda e camiseta com tênis sempre. A impressão que dava era que ele se vestia assim até para dormir. Era considerado um pária pela família.


- Eu também achei – correspondi o abraço mantendo minha mão que segurava o uísque em uma distancia segura – mas não podia ficar de fora de um momento como esse.


- Eu te disse – falou Claudio repetindo o gesto do amigo – Vou pegar uma cadeira pra você.


Senti os olhos de Anahi sobre mim, enquanto cumprimentava todas as pessoas na mesa. Todos os três garotos que compunham a banda estavam com suas respectivas acompanhantes. Apenas Fernando não estava com sua mulher. A filha deles tivera alta naquela manhã do hospital onde estava internada e Silvia, como uma boa mãe coruja, ficou ao seu lado deixando o marido sair sozinho.


Logo Claudio apareceu e afastou sua própria cadeira para encaixar a minha ao lado de Anahi. Me sentei encarando seus olhos que pareciam encantados agora, diferente de como eu havia visto quando ela saiu de casa um pouco mais cedo.


- Se você tivesse me dito qual era a comemoração eu teria vindo com você – falei puxando seu rosto para um beijo.


- Eu tentei – ela me respondeu correspondendo meu gesto – você como sempre não me deixou falar.


- Não vamos tocar nesse assunto agora – falei chamando o garçom – Um Martini. Você quer outra cerveja?


- Não. Você veio com a moto?


- Vim – respondi voltando minha atenção para o garçom – me trás também um Jack Daniels.


- Vai devagar. Você já bebeu hoje e está pilotando – me advertiu Anahi.


- Pode deixar. Eu conheço meu limite. Me conta como foi que isso aconteceu.


- Isso o que? – perguntou Anahi confusa.


- O contrato – respondi enxergando pela visão periférica que Amanda, namorada de Pedro, me encarava.


- O show de ontem que você não quis ir, se lembra? – espezinhou – um dos caras da Record Rock estava lá. Na verdade ele tinha ido lá justamente para ver...


Anahi continuou a me explicar como tinha surgido o contrato. O olhar insistente de Amanda fez com que eu desviasse minha atenção a ela por um segundo antes que eu voltasse toda a minha concentração para Anahi. A banda no palco começou a tocar Bad Religion e eu me dobrei em esforço para acompanhar o entusiasmo com que ela me contava o ocorrido.


Com o passar das horas a conversa se espalhou pela mesa. Todos estavam empolgados com a nova etapa que se iniciaria. Anahi, não preciso nem dizer, parecia iluminada por tudo o que estava acontecendo. Deixamos de lado nossas diferenças e tivemos uma noite agradável na companhia uma da outra. O amor que sempre nutriu nossos cinco anos de casamento se manifestou intensamente. Ela era a mulher da minha vida, não tinha duvidas disso.


Após alguns drinks senti que já começava a ficar alegre além do aceitável. Algumas pessoas da mesa tinham descido para a pista para o bate cabeça que acontecia ao som dos Sex Pistols. Necessariamente os homens. Me virei para Any que entabulava uma discursão com Juliana e disse que ia ao banheiro. Amanda logo se pronunciou dizendo que iria me acompanhar. Descemos para o piso inferior e pegamos um pequeno corredor ao lado do palco. O banheiro imundo aquela altura da noite estava vazio. Estava na pia lavando as mãos quando Amanda surgiu no reflexo. Senti suas duas mãos subirem pelos meus braços e tomarem o caminho das costas enquanto falava sobre as tatuagens que cobria minha pele. Ajeitei o cabelo e assim que senti suas mãos descerem para minhas pernas e seu corpo grudar no meu, me virei para ela lançando minha mão na sua garganta a jogando contra uma pequena parede entre os reservados.


- Escuta aqui Amanda – falei entre dentes encostando meu rosto no seu – eu nunca vou ficar com você. Será que dá para entender ou vou ter que desenhar? Eu não traio a Anahi e nunca vou trair. Se você não se respeita, respeite pelo menos o Pedro.


- Mais cedo ou mais tarde você vai ceder. Eu sei disso – ela me respondeu tentando tirar minha mão que a machucava – não tenho pressa.


- É o ultimo aviso. Se vier com essas ideinhas pra cima de mim outra vez, você tá fu*dida! – Finalizei saindo do banheiro indo de encontro aos meninos que se acabavam entre chutes e socos no bate cabeça.


Depois de meia hora e o lábio sangrando voltei para a mesa. Anahi me olhava com um ar de reprovação enquanto limpava a boca com um guardanapo. Ela sempre havia detestado que eu fizesse isso, mas eu adorava. Era um jeito de bater em alguém, exorcizar meus demônios sem machucar ninguém de proposito.


- Dul eu vou te mandar um desenho por e-mail. Quero que você faça uma tatoo no meu braço – falou Juliana chamando minha atenção.


- O que é? – perguntei enquanto virava a dose de Martini que estava a minha espera.


- Uma gueixa.


- Sem essa. Esse desenho é meu. Já até fiz ele. Vou tatuar terça ou quarta na panturrilha.


- Vai se Fo*der. Eu quero uma também – ela me respondeu me acertando uma bolinha de papel – quem vai fazer?


- A Raquel. Ela manda muito bem com sombreamento.


- Claro que tinha que ser ela não é? – falou Any do meu lado visivelmente contrariada – porque o Júlio não te tatua?


- Por que eu quero ela. Conheço o trabalho que ela faz com esse tipo de desenho – respondi encarando seus olhos azuis – alguma coisa contra?


- De maneira nenhuma – respondeu Anahi virando a cerveja – você sabe como eu a adoro.


- Para de palhaçada. Não vem bancar a ciumenta.


- Não to bancando nada. Vamos embora? Você já bebeu e se machucou o suficiente por hoje.


- Vamos. Eu estou precisando da minha cama.


Nos despedimos do pessoal e pegamos o rumo de casa. Anahi começou a manter a velocidade baixa do carro para que eu fosse devagar com a moto. Decidi ultrapassa-la e sumi na frente na Radial leste. A esperei em um farol depois de alguns minutos. Quando seu carro se aproximou, guiei a moto para o lado da sua janela. Anahi apenas balançou a cabeça em sinal negativo e fechou o vidro. Ela estava nervosa. Resolvi manter a velocidade, pois sabia que já tinha ultrapassado meus limites. Não queria brigar com ela no final daquela noite.


Chegamos em casa já ia dar cinco da manhã. Anahi entrou para o quarto sem me dirigir a palavra. Fui para a cozinha tomar um grande copo com agua. Subi para o quarto tirando a roupa pelo caminho. Anahi já estava embaixo do chuveiro com a porta do box aberta. Entrei para a agua quente grudando meu corpo atrás do seu.


- Desculpa – falei no seu ouvido – fui uma estupida.


Anahi não me respondeu nada. Se virou me congelando com seu olhar azuis.



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Autor(a): lunaticas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 83



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  • tryciarg89 Postado em 02/08/2022 - 17:52:09

    Amei,muito linda

  • anahivida Postado em 09/06/2014 - 19:31:28

    parabensss pela web, e ja estou acompanhando sua nova web.

  • dyas Postado em 05/06/2014 - 19:48:49

    Web maravilhosa,daquelas que agente lê várias vezes. Parabéns Flor! :)

  • angelr Postado em 04/06/2014 - 02:32:30

    Nossa que lindo , achei tudo perfeito mais uma bela web que acabou e irei ler essa proxima <3

  • angelr Postado em 31/05/2014 - 01:14:19

    Como elas sao fofas aiaiaia <3

  • angelr Postado em 28/05/2014 - 00:46:39

    aiii que fofinhas <3

  • lunaticas Postado em 27/05/2014 - 23:55:18

    Que isso juliajulia sou má não. Quer dizer só um pouquinho rsrsrsrs

  • juliajulia Postado em 26/05/2014 - 23:31:08

    Nova leitora, eu sou nova aqui mas percebi que o lance é te chamar de maá! rsrs... Então vou dar minha contribuição: Deixa de ser má e posta mais poxa!! Eu estou adorando a historia! ^^

  • dyas Postado em 26/05/2014 - 20:05:06

    COMO ASSIM A MARISA ESTÁ COM SAUDADES E QUER VER A DULCE? COMO ASSIM? AAAAH NÃO A DULCE NÃO PODE DEIXAR A ANNIE IR EMBORA DE NOVO. CONTINUA FLOR.

  • milanay Postado em 25/05/2014 - 23:42:37

    uhul..agra q Any e Dul fizeram as pazes espero que a Marisa nao atrapalhe


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