Fanfic: Segunda Chance Para o Amor | Tema: Portinõn
Tentei não me importar mais com Samantha. Ela não representava nenhum tipo de ameaça para a recuperação de Anahi e com isso me dediquei a fazer outras coisas, como falar com Paty sobre os exercícios de Anahi. Tinha visto uma academia na casa e ela não poderia ficar ali parada. Seria bom que ela exercitasse bastante o corpo para suar muito e beber muito liquido. Rose discretamente me agradeceu por ver Anahi sóbria novamente. Eu não sabia qual era a dor de uma mãe ao ver o filho assim, mas sabia a dor que isso tudo causava. Liguei para Marisa quando vi Anahi distraída conversando com a irmã. Havia dito a Marisa que estava resolvendo um problema, mas não dei detalhes pra ela. Não sabia qual seria sua reação e por enquanto não podia deixar que ela atrapalhasse a recuperação de Anahi. Ela ficava me perguntando onde estava, mas dizia pra ela confiar em mim. Era errado, mas para não mentir precisava omitir.
- Dul eu quero conversar com você – falou Samantha parando ao meu lado passando a mão no cabelo.
- Tem mais alguma ofensa pra me fazer? – perguntei colocando o celular no bolso.
- Não. Vamos conversar como adultas que somos – respondeu com um leve sorriso se desenhando na face – foi você que fez ela parar uma vez, não foi? A Paty me contou.
- Foi – respondi somente.
- O que eu posso fazer para ajudar?
- Nada – respondi seca. Mais uma vez meu juízo me exorcizou para deixar o ciúme de lado – Na boa Samantha, você pode deixar ela feliz. Fazer coisas que agrade ela sem precisar sair dessa casa. Faça ela se sentir amada, querida. Ela precisa sentir apoio da família e dos amigos.
- Eu estou tentando – falou com um sorriso – eu adoro essa garota.
- Imagino – respondi desviando os olhos. Lá vinha o ciúme de novo.
- Desde o dia que ela me dispensou, depois que você fez a tatuagem, eu passei a enxerga-la como uma amiga querida. Confesso que queria bem mais que amizade com a Any, mas o amor que ela tem por você é uma coisa assustadora. Mesmo separada ela acha que está te traindo ficando com outra pessoa.
- O que você quer com essa conversa? – perguntei mudando de assunto.
- Como você sabe fazer ela parar? – perguntou com um olhar curioso – como você sabe lidar com viciados?
- Não importa – respondi encarando seus olhos.
- Você perdeu sua mãe para as drogas? Foi isso?
- Eu não quero falar sobre isso – falei com um nó na garganta.
- Você tem um jeito tão agressivo, esse estilo rock’n roll todo. Você já usou drogas? – perguntou Samantha com a voz calma – é por isso que você...
- Eu nunca usei essas merdas. Eu experimentei cocaína há poucos dias atrás quando vi a Any totalmente dopada ao lado da piscina – respondi calmamente – se você soubesse o quanto eu odeio as drogas, você jamais me perguntaria isso.
- Desculpe. É aquela velha mania de associar a imagem.
- Não se iluda com a imagem – respondi encarando seus olhos. O castanho escuro estava sereno. Ela só estava curiosa mesmo.
- Talvez um dia eu entenda esse amor que você tem por ela e ela tem por você – falou Samantha colocando a mão sobre os olhos para proteger da claridade – você a ama muito pra abdicar da própria vida pra deixa-la bem.
- Você não faz ideia do quanto, mas não é o tipo de amor que está pensando – falei vendo Paty acenar para nós da porta da sala. Samantha se levantou e foi na frente. Se ela não fosse a mulher que a Anahi tinha pegado, eu poderia me tornar sua colega.
O resto do dia foi tranquilo. Não estava tão grilada com Samantha e no fim do dia ela foi embora. Fui obrigada pela ironia a ver o beijo que Anahi deu nela. Foi nesse momento que senti na pele toda a dor que Anahi deve ter sentido todas as vezes que ela me viu com Marisa.
Como Anahi estava mais tranquila, fui para o quarto de hospedes. Tirei a roupa para um banho sabendo que teria que ligar para Marisa e contar o que estava fazendo.
Anahi entrou no quarto com uma feição um pouco abatida. Se sentou ao meu lado e me chamou para dormir com ela. Já tinha ido estrategicamente para o quarto de hospedes para sair um pouco do domínio que Anahi tinha sobre mim, mesmo sem saber. Não era só sua recuperação que estava sendo exaustiva; a vontade que eu tinha de estar nos seus braços também me consumia. Me controlava hora após hora, minuto após minuto para que ela não visse minhas mãos tremendo e nem meu corpo pulsando com desejo de tê-la mais uma vez. Uma única vez.
Anahi tocou no ponto do que fora o nosso casamento e do fim dele. Acho que precisávamos ter essa ultima conversa para que o passado, por mais que fosse presente, ficasse para trás. Aquilo ainda me corroía por dentro e pela primeira vez consegui falar a ela que tudo o que eu precisava era do seu carinho, do seu amor, principalmente da sua confiança.
- Bom mais isso já passou –falei passando as mãos no rosto para secar minhas lagrimas de frustração.
- É, não importa mais. Eu não posso mudar o que passou. Mais eu posso fazer diferente agora. Eu sei que você vai embora e vai casar com a Marisa.
- Sim...
Anahi por fim aceitou minha amizade. Eu não sabia mais se conseguia ser só sua amiga. Muita coisa havia mudado desde o dia em que havia dito e repetido que queria apenas sua amizade. Ela era outra pessoa e isso ficava claro com sua aceitação. Em outro momento ela teria colocado um sorriso no rosto, teria dito que era o máximo e que conseguia o que queria. Aquela Anahi a minha frente conhecia a natureza do verdadeiro amor, a felicidade de quem amamos independente que seja com outra pessoa.
Anahi saiu do quarto e fiquei olhando para as paredes. Eu a amava, intensamente, loucamente. Não sabia mais dizer se meu coração estava divido, mas ele ainda pulsava também por Marisa. Tomei um banho demorado e peguei o celular. Respirei fundo para fazer a ligação. Eu sabia que seria difícil. Muito difícil.
- Oi meu amor – falei ao ouvir a voz de Marisa – como você está?
- Oi linda! Eu estou bem – respondeu com um tom carinhoso – você já vai dormir? – perguntou surpresa. Ela sabia que eu sempre dormia tarde.
- Não. Talvez eu nem durma hoje – respondi com sinceridade – vai depender da nossa conversa.
- Você quer ir pra gandaia em plena quinta, anjo? – perguntou Marisa rindo – não acho que seja uma boa ideia.
- Não é isso – respondi me sentando na cama – Mari eu não quero mentir pra você. Eu tento de todas as formas ser a mais sincera possível. Acredito que a verdade é a base de tudo, mesmo que a verdade doa.
- Você está me assustando Dul – falou Marisa mudando o tom de voz – o que você vai fazer? O que você está fazendo?
- Eu estou na casa da Anahi – falei fechando os olhos esperando sua reação.
- Fala que é uma brincadeira de mau gosto... Fala que você não está na casa daquela criatura.
- Não vou mentir pra você, linda. Sempre prezei a sinceridade. Eu não quero te enganar, mentir.
- O que você está fazendo aí Dul? – perguntou nervosa – Uma hora dessas da noite?!
- Você sabe que ela teve uns problemas e que estava muito mal...
- Uma viciada qualquer.
- Ela não é uma viciada qualquer – respondi chateada – ela ia acabar se matando. E você sabe também que eu já fiz ela parar uma vez...
- Isso não é mais problema seu! – gritou nervosa – você não podia ter feito isso comigo! Não podia!
- Eu não fiz nada demais a não ser ajudar alguém que estava precisando de mim – respondi com a voz calma tentando amenizar a conversa – você sabe que sou capaz de mover céus e terra para não ver alguém do meu convívio morrer com isso...
- Ela não é do nosso convívio! Ela é ninguém!
- Ela é alguém importante pra mim. O que eu quero que você entenda é que estou tentando ser honesta com você como sempre fui. A Anahi é alguém por quem tenho um carinho muito grande e não é você que vai mudar isso. Não posso apagar meu passado como se não fosse nada.
- Há quanto tempo você está ai? Três dias presumo...
- Isso mesmo, Hoje é o terceiro dia. Não te contei antes porque eu não queria sair daqui e deixar ela no estado que estava.
- Você não devia nem ter ido!
- Não fala assim meu amor...
- Nesse momento eu não sou seu amor – falou Marisa com um tom magoado – eu não quero falar com você enquanto estiver perto dela.
- Tudo bem Marisa – respondi seca – você sabe muito bem o que eu estou fazendo e onde eu estou. Como disse não quero passar de novo por tudo o que já passei por causa das drogas e porque fui fraca de não enfrenta-la. Se você não consegue entender meus motivos, se não confia em mim, talvez você não seja realmente meu amor. Quando quiser falar comigo, você sabe onde me encontrar. Boa noite.
Autor(a): lunaticas
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 83
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tryciarg89 Postado em 02/08/2022 - 17:52:09
Amei,muito linda
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anahivida Postado em 09/06/2014 - 19:31:28
parabensss pela web, e ja estou acompanhando sua nova web.
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dyas Postado em 05/06/2014 - 19:48:49
Web maravilhosa,daquelas que agente lê várias vezes. Parabéns Flor! :)
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angelr Postado em 04/06/2014 - 02:32:30
Nossa que lindo , achei tudo perfeito mais uma bela web que acabou e irei ler essa proxima <3
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angelr Postado em 31/05/2014 - 01:14:19
Como elas sao fofas aiaiaia <3
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angelr Postado em 28/05/2014 - 00:46:39
aiii que fofinhas <3
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lunaticas Postado em 27/05/2014 - 23:55:18
Que isso juliajulia sou má não. Quer dizer só um pouquinho rsrsrsrs
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juliajulia Postado em 26/05/2014 - 23:31:08
Nova leitora, eu sou nova aqui mas percebi que o lance é te chamar de maá! rsrs... Então vou dar minha contribuição: Deixa de ser má e posta mais poxa!! Eu estou adorando a historia! ^^
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dyas Postado em 26/05/2014 - 20:05:06
COMO ASSIM A MARISA ESTÁ COM SAUDADES E QUER VER A DULCE? COMO ASSIM? AAAAH NÃO A DULCE NÃO PODE DEIXAR A ANNIE IR EMBORA DE NOVO. CONTINUA FLOR.
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milanay Postado em 25/05/2014 - 23:42:37
uhul..agra q Any e Dul fizeram as pazes espero que a Marisa nao atrapalhe