Fanfics Brasil - Capitulo 1 pt2 Sussurro - vondy {adaptada}

Fanfic: Sussurro - vondy {adaptada} | Tema: Vondy suspense


Capítulo: Capitulo 1 pt2

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O Treinador nunca o chamou, e ele parecia preferir desse jeito. Ele se sentava desleixadamente uma mesa atrás, gelados olhos negros encarando à frente firmemente. Exatamente como sempre. Eu nem por um momento acreditava que ele simplesmente sentava lá, dia após dia, encarando o vazio. Ele estava pensando algo, mas o instinto me dizia que eu provavelmente não queria saber o que.
Ele assentou seu livro de biologia na mesa e deslizou na antiga cadeira da Any.
Eu sorri. “Oi. Eu sou a Dulce.”
Seus olhos negros me cortaram, e os cantos de sua boca inclinaram-se para cima. Meu coração errou uma batida e naquela pausa, um sentimento de triste escuridão pareceu deslizar como uma sombra sobre mim. Ele sumiu em um instante, mas eu ainda estava encarando-o. Seu sorriso não era amigável. Era um sorriso que soletrava encrenca. Como uma promessa.
Eu me foquei no quadro negro. A Barbie e o Ken encararam de volta com sorrisos estranhamente alegres.
O Treinador disse, “Reprodução humana pode ser um assunto pegajoso –”
“Uiii!” resmungou um coro de estudantes.
“É preciso um manuseamento maduro. E como toda ciência, a melhor abordagem é aprender a investigar. Pelo resto da aula, pratiquem essa técnica descobrindo o quanto puderem sobre seu novo parceiro. Amanhã, tragam em
escrito suas descobertas, e acreditem em mim, eu vou checar a autenticidade. Isso é biologia, não inglês, então nem pensem em ficcionalizar suas respostas. Eu quero ver interação e trabalho em equipe reais.” Havia um Ou então implícito.
Eu me sentei perfeitamente imóvel. A bola estava no campo dele – eu tinha sorrido, e olha como isso ajudou. Eu enruguei meu nariz, tentando descobrir a que ele cheirava. Não a cigarros. Algo mais profundo, mais asqueroso.
Charutos.
Eu encontrei o relógio na parede e bati meu lápis na hora da segunda mão. Eu plantei meu cotovelo na mesa e apoiei meu queixo no meu punho. Eu soprei um suspiro.
Ótimo. A esse ponto eu iria falhar.
Eu estava com meus olhos fixos a frente, mas eu ouvi o suave deslizar de sua caneta. Ele estava escrevendo, e eu queria saber o que. Dez minutos sentados juntos não o qualificava para fazer qualquer suposição sobre mim. Movendo um olhar lateral, eu vi que seu papel tinha várias linhas escritas e estava crescendo.
“O que você está escrevendo?” eu perguntei.
“E ela fala inglês,” ele disse enquanto rabiscava, cada pincelada de sua mão suave e preguiçosa ao mesmo tempo.
Eu me inclinei o mais perto dele que eu ousava, tentando ler o que mais ele tinha escrito, mas ele dobrou o papel ao meio, escondendo a lista.
“O que você escreveu?” Eu exigi.
Ele esticou a mão para o meu papel não-usado, deslizando-o pela mesa na direção dele. Ele o amassou em uma bola. Antes que eu pudesse protestar, ele o jogou numa lata de lixo ao lado da mesa do Treinador. O arremesso caiu dentro.
Eu encarei a lata de lixo por um momento, presa entre a descrença e a raiva. Então eu abri meu caderno em uma página em branco. “Qual é o seu nome?” Eu perguntei, o lápis pronto para escrever.
Eu olhei para cima a tempo de captar outro sorriso sombrio. Esse parecia me desafiar a arrancar qualquer coisa dele.
“Seu nome?” Eu repeti, esperando que fosse minha imaginação minha voz ter vacilado.
“Me chama de Christopher. Sério. Me chama". Ele piscou quando disse isso, e eu estava bem certa de que ele estava me zoando. “O que você faz nas suas horas de ócio?” eu perguntei.
“Eu não tenho tempo livre.”
“Presumo que essa tarefa vale nota, então me faz um favor?”
Ele se reclinou em seu assento, dobrando seus braços atrás de sua cabeça. “Que tipo de favor?”
Eu tinha bastante certeza de que isso uma indireta, e eu lutei por um jeito de mudar de assunto.
“Tempo livre,” ele repetiu pensativamente. “Eu tiro fotos.”
Eu copiei Fotografia no meu papel.
“Eu não terminei,” ele disse. “Eu tenho uma bela coleção de uma colunista de eZine que acredita que há verdade em comer organicamente, que escreve poesia em segredo, e que estremece ao pensar em ter que escolher entre Stanford, Yale, e... qual é aquela grandona com H?”
Eu o encarei por um momento, balançada por ele ter acertado na mosca. Eu não tinha o pressentimento de que era um chute. Ele sabia. E eu queria saber como – agora.
“Mas você não acabará indo para nenhuma delas.”
“Eu não irei?” Eu perguntei sem pensar.
Ele prendeu seus dedos debaixo do assento da minha cadeira, me arrastando para mais perto dele. Não certa se deveria escapar e mostrar medo, ou fazer nada e fingir tédio, eu escolhi o último.


 


 



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Autor(a): julevondy

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Comentários do Capítulo:

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  • AnaBellaRBD Postado em 12/04/2014 - 20:35:56

    Super anciosa para o primeiro capitulo.Posta logo,bjs.

  • firegirl_b Postado em 12/04/2014 - 16:22:24

    anciosa pelo primeiro capitulo! bjs flor


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