Fanfic: Sussurro - vondy {adaptada} | Tema: Vondy suspense
Ele disse, “Embora você prosperasse nas três escolas, você as desdenha por serem um cliché em realização. Julgar é sua terceira maior fraqueza.”
“E minha segunda?” Eu disse com bastante raiva. Quem era esse cara? Essa era algum tipo de piada perturbadora?
“Você não sabe como confiar. Eu retiro o que disse. Você confia – só que nas pessoas erradas.”
“E o meu primeiro?” Eu exigi.
“Você mantém a vida numa coleira curta.”
“O que isso quer dizer?”
“Você tem medo do que não consegue controlar.”
O cabelo na minha nuca ficou de pé, e a temperatura na sala pareceu esfriar. Normalmente eu teria ido diretamente para a mesa do Treinador e pedido um novo mapa de assentos. Mas eu me recusava a deixar Christopher pensar que ele podia me intimidar ou assustar. Eu senti uma necessidade irracional de me defender e decidi bem ali e agora que eu não recuaria até que ele recuasse.
“Você dorme pelada?” ele perguntou.
Minha boca ameaçou cair, mas eu a segurei no lugar. “Você está longe de ser a pessoa a quem eu contaria.”
“Já foi a um psiquiatra?”
“Não,” eu menti. A verdade era que eu tinha consulta com o psicólogo da escola, Dr. Hendrickson. Não era por escolha, e não era algo que eu gostasse de falar sobre.
“Fez algo ilegal?”
“Não.” Ocasionalmente passar do limite de velocidade não contaria. Não com ele. “Por que você não me pergunta algo normal? Como... meu tipo favorito de música?”
“Eu não vou perguntar o que eu posso adivinhar.”
“Você não sabe o tipo de música que eu escuto.”
“Barroco. Com você, tudo é ordem, controle. Eu aposto que você toca... violoncelo?” Ele disse isso como se tivesse chutado do nada.
“Errado.” Outra mentira, mas essa enviou um arrepio pela minha pele que deixou meus dedos formigando. Quem era ele, realmente? Se ele sabia que eu tocava violoncelo, o que mais ele sabia?
“O que é isso?” Christopher deu um tapinha com sua caneta no interior do meu pulso. Instintivamente eu recuei.
“Uma marca de nascença.”
“Parece uma cicatriz. Você é suicida, Dulce?” Seus olhos se conectaram com os meus, e eu pude sentir ele rindo. “Pais casados ou divorciados?”
“Eu moro com a minha mãe.”
“Onde está o pai?”
“Meu pai morreu ano passado.”
“Como ele morreu?”
Eu hesitei. “Ele foi – assassinado. Esse é um território meio pessoal, se não se importa.”
Houve uma contagem de silêncio e a beirada dos olhos de Christopher pareceu suavizar um pouco. “Isso deve ser duro.” Ele soava sério.
O sino tocou e Christopher estava de pé, caminhando em direção a porta.
“Espera,” eu chamei. Ele não se virou. “Com licença!” Ele tinha passado pela porta. “Christopher! Eu não peguei nada sobre você.”
Ele se virou e andou na minha direção. Tomando minha mão, ele rabiscou algo nela antes de eu a puxar.
Eu olhei para baixo para os sete números em tinta vermelha na minha palma e fechei a mão ao redor deles. Eu queria dizer a ele que de jeito nenhum seu telefone tocaria hoje a noite. Eu queria dizer a ele que era culpa dele por tomar todo o tempo me questionando. Eu queria um monte de coisas, mas eu só fiquei parada lá parecendo como se não soubesse abrir minha boca.
Por fim eu disse, “Estou ocupada hoje a noite.”
“Assim como eu.” Ele sorriu e se foi.
Eu fiquei pregada no lugar, digerindo o que tinha acabado de acontecer. Ele tinha comido todo o tempo me questionando de propósito? Para que eu falhasse? Ele achava que um relampejo de sorriso o redimiria? Sim, eu pensei. Sim, ele achava.
“Eu não vou ligar!” Eu gritei depois dele. “Não – nunca!”
“Você terminou a sua coluna para o prazo de amanhã?” Era a Anahi. Ele apareceu ao meu lado, anotando no caderno que ela carregava para todo lugar. “Estou pensando em escrever a minha sobre a injustiça do mapa de assentos. Eu fiquei com uma garota que disse que tinha acabado um tratamento para piolho essa manhã.”
“Meu novo parceiro,” eu disse, apontando no corredor para as costas de Christopher. Ele tinha um andar irritantemente confiante, do tipo que você acha combinado com camisetas desbotadas e um chapéu de caubói. Christopher não usava nenhum dos dois. Ele era um garoto do tipo Levi’s-escura-jaqueta-escura-botas-escuras.
“O veterano transferido? Acho que ele não estudou o bastante da primeira vez. Ou da segunda.” Ela me deu um olhar astucioso. “Na terceira ele tem sorte.”
“Ele me dá arrepios. Ele conhecia a minha música. Sem qualquer dica, ele disse, ‘Barroco’.” Eu fiz uma péssima imitação de sua voz baixa.
“Chute de sorte?”
“Ele sabia.... outras coisas.”
“Como o quê?”
Eu soltei um suspiro. Ele sabia mais do que eu queria contemplar confortavelmente. “Tipo como me enlouquecer,” eu disse por fim. “Eu vou dizer ao Treinador que ele tem que nos trocar de volta.”
“Vai nessa. Eu podia ter um gancho para o meu próximo artigo no eZine. ‘Segunda-anista Defende-se.’ Melhor ainda, ‘Mapa de Assento Leva um Tapa na Cara.’ Hmm. Eu gostei.”
No final do dia, fui eu quem levou um tapa na cara. O Treinador recusou meu pedido para repensar o mapa de assentos. Parecia que eu estava presa com o Christopher.
Por ora.
Acabou o primeiro capitulo gente!!! Estão gostando??? Me contemmmmm!!!!!!!!!!!
Como disse no começo, é adaptação de um livro, então caso as vezes tenha nomes trocados é por isso.
Então pra caso aconteça, vou dizer quem é cada personagem no livro e na fanfic (respectivamente):
Nora - Dulce
Patch - Christopher
Vee - Anahi/Any
Autor(a): julevondy
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