Fanfic: Sussurro - vondy {adaptada} | Tema: Vondy suspense
Determinada a acabar com isso o mais rápido possível, eu agarrei um mapa da geladeira, apanhei minhas chaves, e recuei meu Fiat Spider pela estrada. O carro provavelmente fora fofo em 1979, mas eu não era louca pela pintura marrom chocolate, pela ferrugem se espelhando desenfreada pelo para-choque traseiro, ou pelos assentos arrebentados de couro branco.
A Bo`s Arcade acabou sendo mais longe do que eu teria gostado, aninhada perto à costa, uma viagem de trinta minutos. Com o mapa esticado no volante,
eu parei o Fiat em um estacionamento atrás de um amplo prédio de blocos cinzas com uma placa elétrica piscando BO`S ARCADE, MAD BLACK PAINTBALL & OZZ’S POOL HALL. Grafite salpicava as paredes, e butucas de cigarro pontuavam a calçada. Claramente o Bo`s estaria cheio de futuros estudantes da Ivy League e cidadãos modelo. Eu tentei manter meus pensamentos altivos e indiferentes, mas meu estômago estava um pouco inquieto. Checando novamente se eu tinha trancado todas as portas, eu me dirigi para dentro.
Eu fiquei na fila, esperando passar pelas cordas. Enquanto o grupo à minha frente pagava, eu passei me espremendo, andando na direção do labirinto de sirenes estrondeantes e das luzes piscantes.
“Acha que merece um passe grátis?” gritou uma voz rouca de fumaça.
Eu me virei e pestanejei para o caixa excepcionalmente tatuado. Eu disse, “Não estou aqui para brincar. Estou procurando por alguém.”
Ele resmungou. “Se quiser passar por mim, tem que pagar.” Ele colocou suas palmas sobre o balcão, onde uma tabela de preços tinha sido colada com durex, mostrando que eu devia quinze dólares. Somente dinheiro.
Eu não tinha dinheiro. E se eu tivesse, eu não teria desperdiçado-o gastando uns poucos minutos interrogando o Christopher sobre sua vida pessoal. Eu senti um fluxo de raiva pelo mapa de assentos e por ter que estar aqui em primeiro lugar. Eu só precisava achar o Christopher, então poderíamos assegurar a entrevista do lado de fora. Eu não tinha dirigido até aqui para ir embora de mãos vazias.
“Se eu não voltar em dois minutos, eu pago os quinze dólares,” eu disse. Antes que eu pudesse exercitar um melhor julgamento ou reunir um rico mais de coragem, eu fiz algo totalmente fora do normal e me abaixei por debaixo das cordas. Eu não parei lá. Eu me apressei pela arcada, mantendo meus olhos abertos pelo Christopher. Eu disse a mim mesma que não conseguia acreditar que estava fazendo isso, mas eu era como uma bola de neve rolante, ganhando velocidade e ímpeto. Nesse momento eu só queria achar o Christopher e cair fora.
O caixa me seguiu, gritando, “Ei!”
Certa de que o Christopher não estava no nível principal, eu corri escada abaixo, seguindo placas para o Ozz’ Pool Hall. Ao fim da escada, uma trilha de iluminação turva iluminava diversas mesas de pôquer, todas em uso. Fumaça de charuto quase tão grossa quanto à névoa envolvendo a minha casa escurecia o teto baixo. Aninhada entre as mesas de pôquer e o bar estava uma fileira de mesas de sinuca. Christopher estava esticado na que ficava transversalmente a mim, tentando uma difícil tacada de mestre.
“Christopher!” eu chamei.
Autor(a): julevondy
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Bem quando eu falei, ele atirou seu taco de sinuca, impulsionando-o no topo da mesa. Sua cabeça levantou-se rapidamente. Ele me encarou com uma mistura de surpresa e curiosidade.O caixa claudicou os passos atrás de mim, mirando no meu ombro com sua mão. “Para cima. Agora.”A boca de Christopher se deslocou em outro quase sorriso. Difíci ...
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