Fanfic: **Candidato a Marido** - AyA

- Ele está bem, Alfonso. Não pense o pior. Será que já não voltou para casa? Vamos verificar isso antes de qualquer outra coisa.

- O agente sai a passos largos, quase correndo, a deixando para trás. Duas quadras a diante, virou a esquina. Ela o seguiu ofegante. Jamais correra tanto.

Entre um prédio e outro, os dois vasculhavam a área em busca do pequeno Aaron, mas não havia sinal algum da presença dele. No último edifício do conjunto, Alfonso entrou como um furacão:

- Vê como o porteiro nunca está onde deveria? – Tomaram o elevador até o apartamento de cobertura. O policial entrou na frente, atravessando a sala a passos largos. – Aaron? Você está ai? Responda meu filho, por favor.

Com uma das mãos no peito Annie o seguiu pelos cômodos bem mobiliados. Apesar de conhecê-lo pouco, sabia que Alfonso temia o pior.

- Onde você já o procurou?

- Já vasculhei todos os lugares onde ele poderia estar. O parquinho do prédio, a piscina, a sauna, o salão de festas, a quadra de tênis, tudo.

- Aaron não tem amigos que morem no prédio ou na vizinhança?

- Infelizmente não. Meu filho quase não fica em casa e, acredite, não tem tempo de arrumar amiguinhos no prédio.

- Onde ele fica durante o dia?

- Quando saio para o trabalho eu o deixo na casa de um agente, amigo meu, em Tampa, com a esposa e os filhos dele. Minha esperança era que Aaron estivesse com você, porque na verdade só tem a mim. E a você.

Um ligeiro tremor tomou conta do corpo dela. Alfonso a incluira na vida do filho.

- E a mãe onde está? Aaron não poderia ter saído à procura dela?

- Não. Ela está na Holanda e meu filho sabe disso.

- Holanda?

- Exatamente. Apenas Aaron e eu vivemos aqui.

Annie suspirou, quase aliviada. Então ele era divorciado.

- Odeio admitir isso, mas logo vai anoitecer. O que vamos fazer?

Alfonso a encarou, consultou o relógio de pulso e, através da janela, estudou o céu, que não tardaria a ficar escuro. Com olhos arregalados, recostou-se na parede do quarto de Aaron. Parecia um deus vencido.

Com o coração cheio de pena, Annie se proximou e segurou-lhe as mãos agitadas. Jamais tivera tanta vontade de ajudar alguém.

Alfonso aceitou o afago e, sem uma palavra, puxou-a para si, num abraço cheio de ternura. Annie buscou o calor do peito largo, sentindo seu corpo encaixar-se nas formas masculinas com perfeição. Desejou ardentemente que Aaron aparecesse. Não suportava ver Alfonso sofrendo daquele jeito