Fanfic: **Candidato a Marido** - AyA

- Isso não é bom. Caroline Peroni. Você quer acabar comigo? Mamãe costuma dizer que ela é perfeita. Linda, educada, criada como uma princesa. Filha da irmã mais nova da minha avó. Deu para entender?

- Mais ou menos...

- Não importa. Ela é loira, alta, rica e culta. Faz parte do lado poderoso da família. Meus parentes de Boston têm tanto dinheiro que não sabem mais onde investir.

- Está é minha Caroline.

Annie quase não conteve as lagrimas. Ouvi-lo dizer que aquela era sua Caroline doía muito. Mas o que poderia esperar? Eles iam se casar, não ia?

- Como vocês se conheceram?

- num evento beneficente temos amigos em comuns.

- Oh, isso é comovente. Então até caridosa ela é...

- Caroline é uma mulher simples.

- Sem dúvida. Temos noticias que viaja em seus próprios aviões e que andam por ai de limusine. Por falar nisso como chegou até aqui?

- Você não conhece Caroline e já está julgando... Bem, viemos de limusine, sim. Queríamos chegar mais cedo, mas Caroline marcara um janta com alguns amigos e...

- Ela não jantaria com os primos pobres, não é mesmo?

- Não fale assim – pediu – Você é muito mais atraente quando não usa de cinismo.

- Talvez eu não queira ser atraente. Já pensou nisso, Alfonso Herrera? – Ela exibiu os pés descalços – Alguém que anda descalça pelo salão, tem molho de tomate no vestido e entra no banheiro masculino não é uma mulher atraente.

- É o tipo de mulher que me enlouquece.

E como se as palavras não fossem suficientes, ele sorriu com dentes perfeitos e extremamente brancos.

“Se eu sou o seu tipo de mulher, porque vai se casar com Caroline? E porque me beijou afinal?”

- Temos de nos despedir. – decidiu. – Não fica bem conversarmos no banheiro.

- É verdade, às pessoas podem falar de nós.

- O que vamos fazer, então?

- A primeira coisa é sair do banheiro feminino. – ele sugeriu entre risos.

- Bom plano, todos vão nos ver, mas fingimos que não nos conhecemos e que você nunca me beijou. E quando alguém nos apresentar continuará fingindo. Acho que vai dar certo. Metade da minha família não é normal mesmo.

- Não fale assim...

- Talvez sua noiva seja normal.

- Não seja tão amarga. A última coisa que quero é vê-la infeliz. Sei que contribui para isso. Não deveria tê-la beijado, sinto muito. Não sei por que fiz aquilo; não sei em que pensava... Acho que gostaria de repensar toda a minha vida e... – Suspirou num lamento profundo. – Bem, você não tem nada com isso. O noivo aqui sou eu.

Anahí desejou que ele parasse de falar do noivado com a doce Caroline. Aquilo mais parecia um conto de fadas. Um homem maravilhoso que se casava com a princesa de Boston para ser eternamente feliz.

 - Não se preocupe com o beijo – ela apressou-se em dizer. – Afinal, seremos primos após seu casamento.

- Nosso maior problema, agora, é sair deste banheiro. Imagine que há três pessoas preparando nossa entrada no salão: sua mãe, que deseja nosso casamento; seu irmão, que deve ter contado em todas as mesas que nós nos conhecemos e Aaron, que certamente espalhou pela festa inteira que encontramos a filha de dona Marichelo Portillo no banheiro masculino.

- Tudo isso aconteceu porque fui incapaz de comer um risole sem derrubar molho no vestido e você não pode controlar seus hormônios. Alias, é do tipo que não consegue controlar os impulsos, pelo que pude perceber.

- Quem disse que não consigo me controlar?

Annie estava pronta para uma resposta definitiva, mas um ruído num dos sanitários chamou-lhe a atenção. De dentro da cabine, surgiu dona Marichelo Portillo, mais radiante do que nunca.

- Mamãe! Você ouviu tudo? – Annie protestou, horrorizada.

- Olá, sra. Portillo.

A simpática senhora limitou-se a lavar as mãos e, ao sair reverenciou os dois com um sorriso:

- Annie, minha doçura; Alfonso, meu futuro genro...

Meninas, mais tarde tem post...Xerooooooo