Fanfic: **Candidato a Marido** - AyA

- Oh, não, eu não poderia – Caroline negou com veemência.

- Onde você, seu marido e Derick pretendem morar? – Annie aproveitou para um comentário maldoso.

- Alfonso vai deixar o FBI, e vamos todos morar em Boston.

- Isso ainda não está decidido – ele interveio atraindo as atenções

- E você ainda tem duvidas? – Annie indagou em busca de vingança. – Não seria maravilhoso viver em Boston? É claro que você não precisaria trabalhar depois do casamento, ficaria em casa, em companhia de Caroline, Derick e Aaron. Não é um futuro promissor?

O agente encarou-a com dureza, e ela sentiu-se vencedora. Alfonso não era do tipo que se submeteria as vontades de uma menina como Caroline. E ela, Anahi, não desistiria dele sem lutar.

A banda começou uma seleção de musicas lenta e romântica, atraindo os casais para o centro da pista. A primeira canção falava de um estranho hábito que o ser humano cultiva: o de amar tudo que é inacessível.

E se Alfonso chamasse Caroline para dançar? Seria um sofrimento insuportável.

Caroline cochichou algo aos ouvidos do noivo. Talvez o convidasse para o centro da pista como os outros casais.

Mas, Annie quase desmaiou quando Alfonso se levantou e segurou-lhe uma das mãos.

- Quer dançar comigo?

Porque ele não convidara a noiva, ou Dulce, ou Maite?

- Não – ela respondeu.

- Sim, você quer – ele discordou com um sorriso travesso, puxando-a para o lado mais escuro da pista de dança.

Longe dos olhares curiosos, abraçou-a por inteiro, experimentando o calor do corpo feminino.

- O que você pretende Anahi?

- Não sei do que está falando

- Você é a única que não sabe, então.

- não sei?

Annie fitou os olhos negros do agente e teve a nítida certeza de que estava apaixonada. Amava o noivo de Caroline, a bela loira dona dos bancos de Boston.

- Não faça assim, garota...

Ele pressionou a cabeça de Anahi contra o peito, assumindo, em silencio, que desejava aquela proximidade. Ela suspirou profundamente, evitando as lágrimas. Sentiu o calor dos dedos fortes invadindo-lhe as costas e a nuca, num apelo silencioso e bom. As mãos encontraram o decote ousado que ela escolhera para aquela noite e acariciaram, devagar, a pele macia e perfumada.

Sem uma palavra, Annie levou uma das mãos à abertura do paletó de linho, buscando a intimidade morna da camisa, ansiosa por uma fenda que revelasse a pele quente. Fechou os olhos, ao som da música que falava dos amores impossíveis que o ser humano insiste em cultuar.

- Porque você me beijou? – arriscou ela.

- Eu sabia que você ia me perguntar isso. Não sei porque a beijei. Eu simplesmente tinha que fazer aquilo.

- Porque? Eu o vi ao lado de Caroline, você a ama.

Alfonso mudou de expressão, buscando se defender.

- Sim ,amo.

- Então porque me beijou?

- Não me pergunte novamente. Eu não saberia responder.

- Não saberia ou não quer responder?

- Não posso responder.

- O que quer de mim? Brincar comigo? Ou viver algumas emoções antes do casamento? Não sou uma mulher fácil, Alfonso Herrera. E não pretendo ceder as suas ultimas tentativas de conquista antes de dedicar-se à vida suntuosa em Boston.

Alfonso parou de dançar. Dois casais colidiram com eles, e se afastaram murmurando desculpas.

- Você está muito enganada ao meu respeito. Se me conhecesse melhor saberia disso.

- Eu não o conheço, mas não me parece sensato que um homem me beije dentro do banheiro feminino para, minutos depois, sentar-se ao lado da noiva e fazer posse de decente. Isso não lhe parece um jogo?

Por alguns instantes, ele ficou parado, aceitando as desculpa dos casais que quase o pisoteavam. Então reagiu:

- Eu não preciso ficar aqui ouvindo isso.

E deixou-a plantada no meio do salão.

comentem...

bjos