Fanfic: **Candidato a Marido** - AyA

Post dedicado a maryannie.

Obrigada a todas pelos comentários...

- Srta. Portillo? Sinto muito por importuná-la, mas...

 Annie ergueu os olhos para a dedicada secretária e abaixou-os outra vez, fixando a atenção no vídeo do computador.

- Sim, Sabrina? Por favor, seja breve. Estou com uma dor de cabeça enorme.

- Desculpe-me se lhe trago problemas em plena segunda-feira.

- Você não tem culpa. É que o volume de aplicações na segunda-feira é muito grande. O que quer?

- Nada. Eu não preciso de nada. Mas você vai precisar de algum analgésico poderoso. – A jovem sorriu. – Sua mãe está aqui.

- Oh, não. Hoje não! – Annie levou uma das mãos a testa dolorida. A festa de Bisa tinha acontecido 2 dias antes, e a ultima coisa que ela desejava era conversar com a dona Marichelo Portillo sobre os últimos acontecimentos. Teria que explicar por que saira tão bruscamente, logo depois que Alfonso e Caroline desapareceram sem se despedir dos convidados. – Onde estão os seguranças deste banco? Porque deixam todo mundo entrar?

Sabrina sorriu discretamente:

- Sinto muito.

- Tudo bem. Vamos analisar os fatos com frieza. Ela está aqui no andar ou La embaixo, vasculhando a vida dos funcionários solteiros?

- Lá embaixo, vasculhando a vida dos funcionários solteiros. Mas não vai demorar a aparecer em sua sala. É um perigo imediato.

- Bem, então lhe diga que morri.

- Eu já disse.

- E não deu certo?

- Ela não acreditou. Disse que já leu o jornal de hoje e que seu nome não está nos obituários.

- Sei. Então diga que fui transferida para Timbuktu.

- Temos filial em Timbuktu? – Sabrina indagou com inocência.

- Ela também não acreditaria. Bem, só me resta uma saída.

- O elevador de serviço?

- Não. Matá-la.

- É uma tarefa quase impossível... – Annie e Sabrina começaram a rir. – Há uma coisa.

- O que você tem contra a mim, Sabrina?

- Desculpe, Annie, mas acho que você gostaria de saber que ela não está só.

- Oh, não me diga que ela trouxe os solteiros do time de basquete do banco concorrente? – Viu Sabrina dá uma gargalhada. – Está rindo de que? Sabe, às vezes, eu tenho a impressão de que você se diverte com o meu sofrimento.

- Não. Desta vez ela não vem em companhia de candidatos a marido. Vem trazendo um garotinho de aproximadamente três anos. Você teria que esperar muito para casar com ele.

Annie empalideceu. Sua mãe teria coragem de levar Aaron até o banco? E Alfonso permitiria?

- Sabrina, por favor, me diga como é o garoto.

- Moreninho, de cabelos lisos e olhos pretos. Tem um urso de pelúcia no colo.

Com um suspiro de alivio, Annie relaxou. O pequeno era seu sobrinho Tommy, filho de Maite.

- Você viu se há uma mulher grávida com eles?

- Não, não vi. Mas, de qualquer maneira, ela poderia estar na sala de espera ou no banheiro. Conversei com sua mãe por alguns segundos, apenas.

- Bom, assim ela não teve tempo de convencê-la a vender sua casa e mudar de profissão... Ou teve?

- Querida! Então você está aqui! Venha almoçar com a gente.

Depois que Marichelo entrou na sala, Sabrina tomou as providencias de praxe: trancou os armários, desligou os equipamentos e fechou as portas. Todo cuidado era pouco.

- Que boa idéia – Sabrina exclamou, sustentando o olhar de censura da chefe. – você está no seu horário de almoço.

- Depois a gente conversa sobre horário de almoço Sabrina.

Minutos mais tarde as quatro mulheres, pois Dulce também havia ido, e o garoto esperavam o elevador da sala de Annie. Um ruído de passos chamou-lhes a atenção. Viram que um homem alto e elegante se aproximava do hall.