Fanfic: **Candidato a Marido** - AyA

Bemi-vinda amandabcruz, obrigada pelas palavras...

Minhas florzinhas, gostaria de esclarecer que a web não é totalmente minha, conheço alguém que passou por essa história...de mãe querer casar....kkkkkkkkkk...

Um grito infantil acordou Alfonso na noite de terça-feira. Ainda era cedo, mas ouvira o grito de Aaron.

Ele e o filho haviam deixado Caroline no aeroporto no fim da tarde e, na volta para casa, o garoto dormira no banco do carro.

Ouviu outro grito e teve certeza de que Aaron precisava dele. Levantou-se rapidamente e o encontrou no quarto, sentado no chão, ao lado do antigo aquário que servia de viveiro para a pequena rã.

Percebeu que o aquário estava vazio e que, conseqüentemente, havia uma rã fugitiva solta no apartamento.

Passou a mão pelo rosto, pensando no que fazer:

- O que está havendo meu filho? Quer que a vizinhança chame o Corpo de Bombeiros?

- Eu não estava chamando a vizinhança. Eu chamava por você. Acabei de acordar.

- Eu percebi. – Alfonso acariciou os cabelos do menino, ajeitando os cabelos castanhos. – O que houve de tão grave?

- Minha rã foi embora. Ela estava bem aqui papai.

- É mesmo? – Fingiu surpresa – O que você acha que aconteceu?

Aaron não respondeu logo. Olhou embaixo da cama, da estante, do tapete e dentro do banheiro, sem sucesso. Voltou para perto do pai e murmurou:

- Caroline soltou minha rã. Ela não gosta de sapos.

Alfonso empalideceu. As palavras do filho tinham um significado amplo e perigoso. Aaron não gostava de Caroline, e o casamento aconteceria dentro de dois meses.

- Bem, Caroline não gosta de sapos, mas eu não acredito que ela tenha soltado sua rã por isso. E você não deveria acusá-la, já que não tem certeza.

- Não quero saber dela. – Aaron começou a choramingar. – Só confio em você, em Annie e na minha avó.

Alfonso ergue-o nos braços preocupado. Aaron nunca dissera que não gostava de Caroline. O menino sempre fora doce e educado, jamais expressando seus sentimentos em relação a nova de seu pai.

- Não faça assim, meu rapaz. Você sempre gostou de Caroline. Porque está dizendo isso agora?

- Porque ela falou mal de Annie. E Annie é minha amiga.

- Vou me casar com Caroline. Você sabe disso.

O menino mordeu os lábios, agarrando-se ao pai:

- Não quero que faça isso. Nós não precisamos de Caroline. Temos Annie, que gosta da minha rã, e a vovó, que pode vir no visitar sempre. Papai, ela não pode vir morar com a gente?

- Quem? A vovó? Quer que ela venha morar com a gente?

- Não. – Aaron deu uma risada. – O vovô não deixaria. Mas os dois poderiam vir nos visitar quando Annie viesse morar com a gente.

- Sua avó está lhe pagando para você dizer estas coisas a mim?

- Eu não recebi dinheiro.

- Então é melhor você arrumar um trabalho. Que tal ser procurador de rãs perdidas? Vasculhe seu quarto e, assim que encontrarmos o seu bichinho. Vamos fazer um lanche, está bem?

- Isso. Anne pode ir conosco?

Alfonso estremeceu. Horas antes havia se despedido dela para nunca mais vê-la. Jurara apagá-la do pensamento, já que não podia mudar o rumo dos acontecimentos. Mas Aaron não tinha culpa. Como poderia afastar o menino da amiga só porque não conseguia controlar o impulso quando diante dela?