Fanfic: **Candidato a Marido** - AyA

- Sinto dizer isso, cunhadinha, mas ele me parece ainda mais bonito à luz do dia – Dulce gracejou, divertindo-se com o nervosismo da cunhada mais nova.

- Ele me parece cada dia mais atraente.

Anahi procurou se recompuser. Tinha que conseguir disfarçar que se apaixonara por aquele homem.

Então, ele a fitou e sua expressão mudou. Mas, Annie não saberia decifrar o enigma das linhas misteriosas daquele rosto. Alfonso não disse nada. E não percebeu quando a cerveja transbordou, escorreu-lhe pela mão e caiu sobre a bota de couro.

Enquanto os outros homens riam, ele sorveu o excesso da bebida como se sentisse muita sede.

- Vamos suspender o chopp! – Henrique Portilla exclamou procurando uma toalha.

- Guido apressou-se em apanhar uma na porta da sauna.

- Use esta mesmo. E pode deixar por perto, para o caso de precisar outra vez.

- Guido! – censurou Maite, aproximando-se – Não seja grosseiro.

Ele colocou a caneca sobre a mesa de ferro esmaltado e abraçou a mulher com carinho:

- Desculpe o mau-humor da minha mulher, Poncho. – Beijou o rosto da mesma. – A pobrezinha passa horas bebendo suco de beterraba e comendo folhas de espinafre. Quem pode viver assim?

- Não seja exagerado. – Ela apertou a mão do policial. – Estamos felizes em recebê-lo. Obrigada por ter vindo. Tommy não se divertia a meses!

- Nós é que agradecemos o convite. Aaron vem falando deste encontro desde a última quinta-feira, quando Marichelo telefonou.

 Marichelo? Desde quando Marichelo Portilla tornara-se simplesmente Marichelo para Alfonso Herrera? Annie o observou entre os familiares. Parecia se sentir a vontade. Até o cunhado o chamava pelo apelido, Poncho. Alegrou-se com isso. Mas de repente lembrou-se que ele era noivo de Caroline e sua alegria caiu por terra.

Alfonso a fitou, tirando-lhe a respiração:

- Você está muito bonita. É a primeira vez que a vejo vestida assim...

- A roupa é nova – Dulce informou com um sorriso maroto. – Annie comprou porque gostou do modelo.

Constrangida por ser o centro das atenções, Annie lutou por ser cordial e não atacar a cunhada, que insistia em sorrir maliciosamente.

- Obrigada, Alfonso. Você também está ótimo... – Calou-se, nunca fizera comentário assim a homem algum. Ansiosa por mudar de assunto e prestes a entrar em pânico, resolveu mudar de tática. – Encontrou sua rã?

- Poncho, me chame de Poncho. A rã não era minha – respondeu ele sentindo os olhares curiosos em sua direção. – Era de Aaron. Fugiu do aquário, em nosso apartamento. – Bebeu um gole de cerveja antes de dirigir-se a Annie com um sorriso maroto. – Sim, nós a encontramos. No banheiro. Mas, não foi essa a melhor coisa que encontrei no banheiro, ultimamente.

Ucker pôs-se a gargalhar, afinal havia entendido o que foi dito. Alfonso sorriu. Henrique apanhou o espeto repleto de carne e serviu individualmente.

Marichelo se aproximou do pequeno grupo, com os garotos em alvoroço. Os dois lambiam discretamente os dedos sujos de chocolate. Pararam a poucos metros da piscina, sob os olhares de desaprovação de Anahi e Alfonso.

- Ora, o que há de errado em levar os meninos à padaria?