Fanfic: **Candidato a Marido** - AyA

Meninas bem vinda: karolzinhaprincesinha e maryannie e obrigada...

Luanna bjos...

Recostada contra a madeira envernizada, tapou os lábios com uma das mãos.

- Oh, minha filha...Sei que vai se arrepender. Ele era perfeito e você deixou que fosse embora.

- Fique quieta mamãe. – Encostou o ouvido na porta – Eles ainda não fugiram, digo, saíram.

Marichelo fez uma careta de desagrado e, apanhando a sacola de compras, caminhou para a cozinha.

- Isso era tudo o que eu podia fazer – desabafou contrariada. – Você é mesmo assim, sempre indiferente aos rapazes que lhe trago. Qualquer dia desses desito de ajudá-la vai ver.

- Faça isso, mamãe, por favor.

- Você tem chocolate em casa?

- Sim, no armário. – Annie esperou que a mãe desaparecesse da sala e espiou pelo olho mágico. Alfonso e Aaron ainda estavam lá. Porque não fugiam? Porque não iam embora enquanto era tempo? – Se valoriza sua liberdade, vá embora, Alfonso. – sussurrou depois de abrir parcialmente a porta. – Pegue sua sacola, seu filho e desapareça o mais rápido que puder.

- E porque eu o faria? – Ele sorriu com vontade. – Sabia que sua mãe é divertida? Além disso, estou aqui pensando.

- Pensando? E você ainda consegue pensar?

- Porque você não tem namorado? Quero dizer, sendo uma mulher linda como é, não devem faltar pretendentes.

- Voltem para o estacionamento, logo mamãe perceberá que vocês não foram e...

- Existe algo que ela não sabe?

- O que quer dizer?

- Bem, você não gosta de homens?

Anahi arregalou os olhos.

- É claro que eu gosto de homens! Eu amo os homens. Muitos homens.

- Muitos de uma vez só? – insistiu ele com um sorriso maroto.

- Não, muitos não, foi apenas força de expressão. É que meu trabalho... Eu simplesmente não posso... – Annie parou de repente e cruzou os braços diante do sorriso dele. – De que lado você está, afinal?

Alfonso deu uma gargalhada sonora. E, naquele instante, pareceu ainda mais sedutor e atraente.

- Do lado dos homens, é claro. Mas, nós ainda não somos maduros suficientes para ganhar a guerra dos sexos. Gostamos muito do inimigo...

Annie quis protestar, mas as palavras não saíram. Não era ingênua e sabia que Alfonso tentava confundi-la. Talvez estivesse iniciando uma batalha como ele mesmo sugerira.

- Onde está a vovó? – Aaron indagou curioso.

Era um menino bonito, Annie admitia. Uma réplica do pai, em menor tamanho.

- Minha mãe teve que sair, Aaron. Ela agiu muito mal, sabe? Ela fez coisas sem pensar, e com isso incomodou pessoas.

- Sei... – Aaron comentou, tentando limpar o doce que se espalhara pela camiseta branca. Annie estremeceu: apenas uma boa lavanderia poderia recuperar aquela peça de roupa. – O que ela fez de tão mal?

Como responder aquela pergunta? Ela olhou para o pai do menino, que se divertia esperando pela resposta. Annie, corada, sentiu o sangue ferver nas veias.

- Sim, responda o que sua mãe fez de tão mal.

- Bom, ela... trouxe vocês até aqui contra sua vontade e deu um doce a Aaron – ela responde, aliviada por ter encontrado as palavras certas.

- Foi pelo dia dos namorados – esclareceu Aaron.

- Mas você não a conhece.

- Eu sei que não devo pegar doces de estranhos, mas a vovó não é uma estranha.

- Querido, sei que agora ela não é mais uma estranha. – Annie observou que a mãe voltava da cozinha. – Mas, antes de subirem até aqui ela era.

 - Annie, minha filha, como pretende manter a criança alimentada se nem chocolate, você tem no armário? E não deixe o menino comer aqueles chips que estão com a data vencida.

- Está me entendendo agora Alfonso? – Annie indagou, olhando para ele.

- Você é uma mulher interessante...

- Obrigada. Não vou conseguir manter minha mãe ocupada por muito tempo. É melhor vocês irem embora.

- Aqui fora está muito frio e nós vamos congelar, não é Aaron? Bem, se precisar do FBI, pode me ligar. Sei que um dia vai precisar.

Precisar do que? Do FBI ou do agente Alfonso? Annie perguntou em silencio.

Talvez sua mãe tivesse razão. Passava muito tempo no banco e não enxergava os homens que caminhavam livres pelas ruas, agentes federais ou não. A simples presença de Alfonso, roubara-lhe o frio do corpo, transformando a pele numa rica fonte de calor.

- Adeus, Alfonso.

- Até outro dia.

Annie ainda o ouviu prometer ao filho que, após guardar as compras, preparariam algo para comer e assistiriam a desenhos animados.

Ela continuou observando o porte do homem que a mãe lhe trouxera de presente. Ficou imaginando como ele seria vestido com a irreverência do short e da camiseta, com certeza, tinha um belo corpo.

- O que disse? – ela perguntou confusa

Tinha a impressão de que havia se despedido, mas ele continuava ali como se esperasse uma resposta.

- Disse até outro dia. Estamos nos despedindo, não estamos?

Annie concordou com um gesto de cabeça. Estava diante de alguém que exalava sensualidade.

- Oh, sim, claro. Até outro dia...

Minutos depois, fechava a porta. Sentia como se tivesse deixado partir o homem que sempre estrelara suas fantasias.

Mais tarde tem mais...

bjos

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