Fanfic: **Candidato a Marido** - AyA

- Eu estava brincando, Herrera, mas obrigado assim mesmo – Christian agradeceu, entusiasmado. O olhar dele parecia o de um felino prestes a dar o bote. Ofereceu uma cadeira a Anne e sentou-se atrás da escrivaninha. – Não foi a procura desta pérola que você desceu, foi?

- Devagar, Christian. – Alfonso aconselhou ao notar a expressão do amigo, um dos maiores conquistadores do FBI. – Não. Eu não sabia que era Anahi que estava lá embaixo. Agora, seja educado com ela.

- É um prazer conhecê-la. Sou Christian, parceiro de Alfonso. Mas pode me chamar de Chris, doçura. – Sorrindo beijou a mão de Anne e voltou-se para Alfonso. – Gostei dela. – Admirou-a outra vez, com jeito de dom Juan. – Não ligue para o meu parceiro. Alfonso é sinônimo de problema. Eu não. Posso não ser tão bonito como ele. Mas tenho certeza de que serei um ótimo genro para sua mãe.

- Agora chega, Chris. Preciso falar sozinho com Anne.

- Claro, eu estava de saída. Quer que eu lhe traga um chá ou um refrigerante? Café, talvez? – E, ao vê-la balançar a cabeça negativamente. – Uma aliança de casamento, então. Sou um homem serio. Não me faça sofrer. Não me troque pelo meu melhor amigo.

Ela sorriu para Alfonso e, em seguida, para Christian, que saia da sala.

- Pensando bem, acho que vou ficar com os dois.

- Os dois? – Christian parou na porta. – Chá e refrigerante? Certo, voltarei muito em breve, minha doce... Julieta.

- Não Chris, deixe Shakespeare para mais tarde. Isso mais parece um pesadelo.

- Para provar que sou seu amigo, Poncho, vou pedir a Hilda que não transfira as ligações para cá. Juízo, crianças. – E saiu.

Alfonso sorriu.

- Chris parece um garoto. Sempre consegue fazer piadas por mais que a situação seja perigosa.

- Gostei dele. Vou pensar na oferta que me fez.

- Oh, não! O pesadelo não acabou!

- Não?

Os dois riram. Ela olhou ao redor, observando os detalhes da sala. Alfonso procurou-lhe os olhos. Em que Anne estava pensando? O que haveria por trás daquele olhar?

- O que achou do escritório?

- É confortável. Uma sala agradável, diferente do que eu havia imaginado.

- Imaginou meu escritório? – ele indagou interessado.

- Na minha mente, era uma sala mais sóbria. Tinha moveis velhos e fichários antigos encostados nas paredes.

- O FBI, como os outros órgãos afins, modernizaram e os antigos fichários foram substituídos pela informática. Christian e eu não somos organizados, como pode ver. Há dias que nem conseguimos sequer almoçar. Imagine se teríamos tempo de arrumar a escrivaninha. Mas, ainda existem, neste prédio mesmo, salas como as que descreveu. Ainda dependemos, e muito, de informações contidas nos antigos dossiês.

Anne finalmente sentou na cadeira oferecida por Chris. Então os dois ficaram em silencio.