Fanfic: **Candidato a Marido** - AyA

Ray, bem vinda...

Valeu pelos comentários...bjos

- Poncho, que história é essa de, numa tarde de sábado, num inverno como esse, você ter encontrado uma mulher que o induziu a conhecer sua filha? E não me diga que levou Aaron ao apartamento desse pessoal.

- Isso mesmo.

- E foi apresentado a uma loira estonteante, que seria sua candidata a esposa?

- Exatamente.

- Porque coisas assim não acontecem comigo?

- Coisas assim não lhe acontecem porque você é muito feio, Christian. As sogras não querem genros feios, entende? Ninguém quer netos feios.

- Não seja despeitado – Christian deu uma gargalhada – Eu sou um dos homens mais cobiçados do bairro.

- Não acho que o que me aconteceu seja tão importante. Concordo que não é folclórico, mas não é um furo de reportagem.

- É claro que é! – discordou Christian. – É reportagem para a primeira pagina do jornal de domingo. Uma garota exuberante, loira, levando você para o altar, é algo para comemorar. A mãe dela vai junto à lua-de-mel?

Alfonso sorriu com simpatia. Conhecia o amigo. Quando Christian se excitava, acentuava o sotaque que trazia do Brooklin.

- Por que não procura uma sogra pelos estacionamentos da cidade, agente?

- Veja lá como fala comigo. Lembre- se que, antes de ser do FBI, nasci e fui criado no Brooklin. Sou mais perspicaz do que pareço. O que me diz de Caroline?

Alfonso ignorou a pergunta.

- O nome dela é Anahi. Sabrina não importa porque não a verei nunca mais.

- Não posso entender. Você e Sabrina separados? Foram feitos um para o outro.

- Homem, preste atenção. Estamos falando de Anahi e não de Caroline.

- Desculpe-me, Anahi não Caroline. Será que eu encontraria uma sogra no estacionamento do FBI?

Mais uma vez, Alfonso ignorou a piada. Seus pensamentos giravam em torno de Caroline, que ele apanharia no aeroporto mais tarde.

Durante toda a semana ele se lembrara de Anahi, a garota que não usava sutiã nem sandálias e que tinha uma mãe com comportamento estranho.

Aquela era a mulher dos seus sonhos, concluiu, estranhando os próprios pensamentos. Olhou para Christian temeroso. E se tivesse pensado alto? O que o amigo não pensaria?

Mas, Christian examinava o jornal com atenção, e Alfonso, aliviado, sentou-se à mesa perto da janela. Deixou a xícara sobre o pires e olhou a pilha de documentos a despachar, com visível desanimo.

- O que há com você, campeão? Nunca o vi tão quieto. Pensando nos amores perdidos ou no baixo salário? – indagou Christian, após abaixar o jornal.