Fanfic: **Candidato a Marido** - AyA

- Ele me contou.

- E você não está feliz com isso?

- Deveria estar?

- Você o ama.

- Sim, eu o amo mais do que tudo na vida.

- E porque não está feliz quando ele resolve romper o noivado? Insegurança? – Marichelo fez cara de preocupação. – Pois saiba que não vou deixar que o faça sofrer.

- Lembre-se que você é minha mãe, não de Alfonso. Pelo que entendo de família, devia se preocupar comigo, não com ele.

- É exatamente isso que estou fazendo. Você não pode deixá-lo fugir.

- Mamãe, por favor...

- Fique quieta. Ele está olhando. Seu pai também. Sorria.

Anne obedeceu, apesar da vontade de chorar. Alfonso se aproximou e não disfarçou o olhar. Ele a despia com os olhos.

- Veja quem eu encontrei, Anne! – Henrique o trouxe pelo braço. – Quase não consigo tirá-lo do meio das mulheres.

- Alfonso que bom vê-lo aqui.

- Ele disse que está de viagem marcada para Boston. O casamento está cada vez mais perto, não é meu amigo? Recebemos o convite dias atrás. Não vamos faltar, tenha certeza.

Marichelo beliscou o marido, que nada entendeu. Afinal, porque era proibido falar naquele assunto?

- Fique quieto, Henrique. Não vai haver casamento nenhum.

- Não? – Henrique olhou para a esposa, depois para Anne e Alfonso.

- Não. – o agente respondeu com segurança.

- Você sabe o que faz meu filho. Casamento é para toda a vida.

Os olhares de Alfonso e Marichelo se encontraram. Os dois fitaram Anne, que fez de conta que não tinha nada a ver com a conversa.

- Preciso lhe falar Anne. – Alfonso declarou.

- Quem? Eu? – ela declarou fingindo não entender.

Dona Marichelo interveio:

- Minha filha está feliz em revê-lo, rapaz. Agora leve-a para conversar um pouco.

Anne se afastou em companhia do homem que a fazia arrepiar-se a cada toque. Pensava, entre outras coisas, que não honrava os vinte e nove anos que tinha. Parecia ter treze, no máximo.

“Certo, Alfonso. Vamos conversar”, pensou ela ao acompanhá-lo. “Vamos correr o risco de ficar sozinhos”.

- O que você pretende? – ela indagou quando chegaram no corredor.

- Vamos ao meu apartamento.

- De jeito nenhum. Não vou deixar a minha festa.

- Como quiser. – ele disse, puxando-a para o banheiro.

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