Fanfic: **Candidato a Marido** - AyA

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De repente, um susto. Alfonso não havia posto o preservativo. Anne o
fitou com os olhos arregalados.

- Ei, você não pôs a camisinha! Nós esquecemos a camisinha!

- É mesmo. Mas não faz mal.

- Como assim não faz mal? Ponha-me no chão. Preciso pensar. Como pode
esquecer?

- Sinto muito. Eu não queria fazer amor sem o preservativo mas... Ora,
eu esqueci!

- Está bem, está bem. A culpa não é somente sua. Metade da responsabilidade
é minha também.

- Talvez, mas quem deveria usar a camisinha era eu. Logo, devia ter
providenciado antes de... de...

- Cale-se, por favor. Esta discussão não vai resolver o problema.

Alfonso sentou-se numa pequena banqueta.

- Anne...

- Isso não está acontecendo. Definitivamente é um sonho.

- Não fique tão abalada. Não é tão ruim assim.
- Tem noção do que houve? Fizemos sexo sem proteção! E por favor, se vista!

- Como quiser senhorita. Melhor assim?

- Muito melhor – mentiu ela. – Deixe-me ver... Quando é o meu período
fértil?

Alfonso a observava vestir-se.

- Não vamos continuar no banheiro o resto da noite, vamos? Precisamos
voltar a sala ou seus convidados vão perceber que sumimos. Amanhã irei a
Boston, resolver meus problemas. Só então vou poder viver a minha vida e você a
sua, certo?

- Certo. – ela concordou, apesar de desconfiar que houvesse falhas
naqueles planos.

Com movimentos lentos, começou a se pentear. Ela se movia devagar, com
o coração acelerado e ansioso. Não havia o que dizer. As palavras não teriam
sentido naquele momento. A paixão dera lugar à realidade. E a realidade era
mais forte do que a fantasia.

- Há alguma coisa errada... – ela murmurou confusa.

- Há muitas coisas erradas aqui. Você poderia ser mais clara.

- Está ouvindo algo?

- Não por quê?

- A festa. Quando entramos aqui havia uma festa na sala. Porque ninguém
quis vir ao banheiro? E a musica?

- Hum... Estranho. Muito estranho.

- Estamos aqui há mais de vinte minutos – lembrou ela. – E o barulho
acabou completamente.

- Não quero voltar para a sala. – Alfonso afirmou com um ar maroto.

- Se pensa que vou voltar sozinha, está muito enganado.

- Você não tem que explicar nada a ninguém. Nem eu. Logo, vamos
enfrentar a fera.

- É fácil dizer. E se alguém nos vir saindo juntos daqui? Acha que
precisaria explicar algo?

Alfonso olhou para ela e para a porta fechada. Então afirmou,
categórico:

- Os amigos são seus.

- O que quer dizer com isso?

- você os conhece melhor do que eu. O que acha que eles farão quando
sairmos juntos do banheiro? Vão... aplaudir?

- Oh, com certeza. – ela afirmou com ironia. – A sala vai ficar
abarrotada de faixas, sinos vão tocar e, pela janela, poderemos ver os aviões
voando com mensagens em nossa homenagem.

- Isso. Mensagens do tipo “Anahi e Alfonso se amam” ou “Namoro ou
amizade?”, certo?

- errado.

- Que coisa! Porque a gente sempre acaba no banheiro? – Alfonso
indagou. – Vamos precisar de um terapeuta para resolver nosso problema com esse
cômodo da casa.

- Não fuja do assunto. Porque o barulho da festa acabou de repente? –
segurou-o pelo braço. – Vamos entrar juntos na sala e descobrir.

Besitos, amanhã tem mais..

COMENTEM!!!