Fanfic: Uma Lady Perigosa - AyA (FINALIZADA) | Tema: AyA

Xavier Roos retornou aos franceses e transmitiu a mensagem dos ingleses. O diretor agradeceu e mandou-o para casa. Sua mulher o esperava. Assim que fechou a porta, ele lhe disse:
—Vá buscar Piet.
Tânia Roos olhou o marido, sabendo que algo estava para acontecer:
—O que há?
—Não tenho tempo, para explicar. Não faça o almoço. Pegue tudo que der para levar e me encontre na praia, perto da cruz de pedra. Tânia, faça tudo para não ser vista pelos franceses!
—O que precisamos — lembrou lorde Herrera — é algo que afaste a atenção de nós e conserve os franceses ocupados, logo que entrarem aqui.
—Há os móveis, os rifles, as velas, barbante... e o vinho — informou Dick Moss.
—Que vinho? — perguntou o conde, interessado.
—Encontrei algumas garrafas antigas, na adega. Experimentei uma e está avinagrado. Já que não dá para beber, podemos fazer com que estourern quando eles chegarem.
—Por que não? — sorriu John Druce.
Os onze homens se puseram a trabalhar. Reviraram os móveis, arrumaram as velas em baixo das garrafas.
Acenderiam essas velas quando partissem e as chamas aqueceriam o vinho. Quando os franceses chegassem, as rolhas estariam estourando.
—Tudo depende do tempo exato — explicou Dick Moss, que era engenheiro e sabia essas coisas.
O conde de Herrera consultou o relógio:
—Já é quase uma e meia...
Lorde Zellinge começou a reclamar:
—Onde está Xavier Roos? Já deveria ter chegado! Acho que aquele belga nojento nos abandonou. Não deve haver nenhuma saída secreta...
Nesse exato momento, a sala foi invadida por pedaços de argamassa. Xavier Roos, empoeirado e sem fôlego, apareceu num buraco da parede
Os onze homens se contentaram em olhar, assombrados. Quem suporia que. o túnel secreto terminava dentro daquela sala?
—Você certamente não se apressou em chegar — comentou, azedo, o visconde.
Xavier Roos se ofendeu:
—O túnel tem um quilómetro e meio de comprimento. Tive de passar em casa antes e dar uma volta grande para não ser visto pelos franceses.
—Quem mais sabe desse túnel? — Perguntou lorde Druce, preocupado.
—Só eu sei, porque meu avô trabalhava aqui. Quando era criança, ele me levou até a entrada e contou onde ia dar. Ele morreu há quarenta anos. Ninguém mais lembra da existência do túnel.
—Não vamos jogar mais tempo fora. Precisamos limpar tudo para que Ollivier não perceba por onde saímos — disse lorde Alfonso. — Talvez seja melhor encostar aquele armário na frente do buraco. E precisamos acender as velas.
Puseram-se a trabalhar com vontade e logo tinham retirado todo o entulho da sala. Acenderam as velas e arrastaram o velho armário para perto da abertura na parede.
—Todos estão prontos? — perguntou Xavier Roos.
—Sim — respondeu lorde Druce.
Xavier tomou a dianteira e entrou no túnel. Todos o seguiram. Lorde Herrera pegou as rédeas de Clytemnestra. O visconde Zellinge o fitava de boca aberta:
—Não vai levar esse animal, conde!
—Zellinge, se não se importa, vamos deixar essa discussão para mais tarde.
Dando mais um docinho à mula, o lorde entrou no túnel e o armário foi puxado de modo a esconder a passagem.

Postei um capítulo inteiro, e aí será que eles vão conseguir escapar os vão ser pegos pelo diretor Olliver e seus homens? O que vcs acham? Comentem!