Fanfic: Uma Lady Perigosa - AyA (FINALIZADA) | Tema: AyA

Queridas leitoras, desculpem a demora de postar mas é que eu tive um probleminha com minha internet e não estava conseguindo abrir alguns sites e esse demorava horas pra abrir mais não conseguia fazer o login,mas felizmente já resolvi esse problema e vim hoje pra postar, não conseguia entrar de jeito nenhum nem pra vir aqui falar o motivo. Espero que me entendam!

CAPITULO XIX

Lady Herrera acordou com a notícia de que o filho havia finalmente chegado à mansão.
A sua volta havia sido retardada, pois tivera de acertar as coisas para Xavier Roos, mulher, filho e, ainda, cuidar da volta de Yves e Aristide Gouleau para a França. Além disso, inúmeros compromissos oficiais com o Príncipe Regente e outras pessoas importantes, que queriam saber detalhes da fuga, o tinham retido a caminho de casa. Mas, finalmente, tudo terminara.
A condessa sentou-se à elegante mesa e pediu um bule de chá:
—Talvez seja melhor pedir à cozinheira que prepare costeletas de carneiro e algumas linguiças. Lorde Herrera certamente estará faminto. E não se esqueça da geléia, pãezinhos frescos e dos meus ovos na manteiga, por favor — disse ao atencioso mordomo.
Wooster dirigiu-se à cozinha para garantir que tudo ficasse pronto a tempo.
Enquanto tomava o seu chá, a dama lia o Morning Chronicle, para saber o que se passava na Europa.
—Wooster, onde está lady Marcella? — indagou.
—Lady Marcella recebeu um recado bem cedo e foi visitar miss Lavínia. Pediu para avisar que tomará o café da manhã lá e deixou-lhe este bilhete.
Lady Herrera apanhou-a da salva de Prata e pôs-se a ler:

"Mamãe,
Já soube das boas novas? Alfonso, John e meu querido Louis estão de volta. E marcamos a data do casamento.
Lavínia mandou me avisar que John já pediu a mão dela e que gostariam de um casamento duplo. Achei a idéia maravilhosa. Vamos discutir os detalhes hoje.
Espero que também goste da ideia, mamãe!
Um beijo afetuoso Marcella".

A lady sorriu, indulgente. Melhor que um casamento duplo, só mesmo um triplo...
Anahí tinha partido de Londres, mas a condessa sabia que o filho iria buscá-la imediatamente. E, talvez, ela consentisse no casamento triplo! Antes, porém, teria de convencer lorde Herrera, e quanto antes começasse, melhor seria.
—Onde está lorde Herrera, Wooster?
—Ele ainda está em seu quarto, dormindo — informou Wooster e, com voz que prenunciava tragédia, continuou: — E a mula está na estufa.
O bom humor da condessa desapareceu:
—Mula?... Na estufa?
Wooster confirmou a notícia:
—Quando o conde chegou, ontem à noite, trazia uma mula que colocou na estufa. É cinza, com focinho branco. Chama-se Clytemnestra.
Lady Herrera piscou várias vezes. Sua cultura clássica abrangia a Grécia antiga. Sabia que Clytemnestra tinha sido uma rainha que, com a ajuda do amante, matara o marido, o rei Agamenon. E agora a mula, certamente, estava matando suas plantas.
—Verdade? Wooster, por favor, tenha a bondade de dizer a lorde Herrera que desejo vê-lo, imediatamente.
Wooster saiu, rápido. Menos de cinco minutos depois, as portas se abriram para deixar passar o conde, bocejando.
—Bom dia, mamãe.
—Você não fez a barba!
—Mas a senhora queria me ver imediatamente. Não houve tempo para fazer a barba.
O conde sentou-se e começou a se servir.
—Alfonso, Wooster me contou que há uma mula na estufa.
—Só uma? Lembro-me de ter comprado um burro para fazer companhia a Clytemnestra. O seu nome é Nobs. Wooster, por favor, veja se ele foi entregue.
O mordomo estava horrorizado. Criar cavalos era uma coisa, mas criar burro! Todos iriam rir dele. Fazia vinte anos que trabalhava com os condes de Herrera e nunca havia pensado em sair. Agora, no entanto, com esta situação, considerava a possibilidade.