Fanfic: Por um encontro de amor - AyA - Adaptada - Finalizada | Tema: AyA
CAPÍTULO I
Anahi Puente acelerou seu Fiat esporte. O motor fez um ruído meio estranho e ela teve a ligeira impressão de que teria pela frente o supremo aborrecimento de ficar com o carro quebrado no meio da West Side Highway, uma das avenidas mais movimentadas de Manhattan.Felizmente, nem tudo estava perdido. Havia um retorno logo adiante que poderia tirá-la do apuro. Ligou a seta e dirigiu-se para ele.O ruído acusava problema no carburador ou nas velas. Três gerações dos Puente haviam dirigido qualquer coisa que andasse sobre rodas. E, se havia algo nessa vida que Anahi sabia reconhecer, era um carro com problemas.
Geralmente, ela evitava o ritmo frenético e intenso da West Side Highway, preferindo as ruas da Broadway para depois virar na Sexta Avenida. Mas hoje Anahi Puente tinha muita pressa.
Havia saído tarde do escritório e já estava atrasada para seu encontro com Howard Bartley. Não que ela estivesse particularmente interessada nele. Ao contrário. Seu acompanhante era tão sem graça que encontrar-se com ele chegava a ser uma tarefa penosa.
"Não entendo como você consegue agüentá-lo", dissera um dia Mike Puente, seu pai.
Anahi sentiu um nó na garganta. Já havia se passado um ano desde a morte dele, mas ainda não conseguia acreditar que o pai não estivesse mais ali, a seu lado.
Olhou para o relógio. Não havia outro jeito. Howard teria que esperá-la de qualquer maneira. Diminuiu a velocidade ao chegar perto do retorno e rumou para a Washington Street. Até que seu Fiat não estava tão mal assim. Ele poderia ter facilmente seguido pela West Side Highway, sem deixar sua dona em má situação.
Mas talvez Anahi quisesse mesmo chegar atrasada ao encontro. Também, não era de admirar. Howard era tão monótono que não conseguia fazer nada para que o coração dela batesse mais depressa. Aliás, fazia com que batesse até mais devagar...
Olhou em volta. O único estacionamento disponível era em frente a um restaurante, em cuja placa se lia: "B. C."
B. C. era a abreviação de "Banda dos Cidadãos", a famosa estação de rádio tão sintonizada pelos caminhoneiros de toda a cidade. Anahi conhecia bem a tal rádio. Marty, seu muito querido irmão, a ouvia o dia todo.
O vento de abril que entrava pelo vidro aberto do carro desmanchou-lhe os cabelos e ela afastou uma mecha dourada que caía em sua testa. E, decidida, entrou no estacionamento em frente ao restaurante.
Só que não desceu imediatamente. Ficou ali dentro, parada, deixando que as lembranças de sua família viessem assombrá-la como fantasmas.
Anahi Puente havia adorado seu avô, Bill Puente, apelidado de Búfalo Bill pelos colegas de estrada, por causa de sua intrépida coragem. Assim como adorara seu pai, Mike, que, nascido e criado num apartamento minúsculo na Thompson Street onde se amontoavam doze pessoas, acabara fundando uma grande companhia de caminhões. Seus irmãos Greg e Marty deveriam ter herdado os negócios, mas o adorável Marty morrera no Vietnã e Greg, para espanto geral, resolvera seguir a carreira de clarinetista clássico.
Pelo menos ele tivera um destino melhor que Marty. Sobrevivera aos horrores da guerra e se casara com uma moça agradável e sensata, que lhe dera dois filhos bonitos e saudáveis.
Então, quando um enfarte fulminante tirara a vida de Mike Puente, só houvera uma pessoa para substituí-lo na direção da empresa: a caçula Anahi.
Mike havia desejado ardentemente que a caçulinha fosse um menino. Mas sua mulher morrera durante o parto e, no fim, ele agradecera a Deus e aos anjos que a filha tivesse sido do sexo feminino, porque ela acabara se transformando numa imagem viva da mãe.
Quando criança, Anahi brincava muito com Marty e juntos subiam em árvores e jogavam bola. Mas os tempos de infância haviam ficado para trás, e agora ela era o símbolo máximo da feminilidade.
O irmão Greg e a cunhada Dolores preocupavam-se com ela e não entendiam como é que havia conseguido driblar todos os pretendentes que quiseram levá-la ao altar. O que eles não sabiam era que isso se devia, em parte, à desilusão que tivera com Don. Além disso, não era fácil encontrar um homem com a garra e a forte personalidade dos Puente. Se havia algo nesse mundo que Anahi não suportava, era um homem mais fraco do que ela.
Bem, os momentos de divagação tinham chegado ao fim. Como não podia sonhar a tarde inteira, ela abriu a porta e desceu do carro, decidida a encontrar a falha no motor.
Olhou em volta. O local só poderia ser freqüentado por caminhoneiros, dado o número de enormes caminhões estacionados. Seu Fiat, perto deles, parecia um brinquedo de criança.
Anahi Puente notou que havia fregueses tomando cerveja de pé, na porta do restaurante. E notou algo mais: todos eles tinham os olhos voltados para ela.
Isso não chegava a ser surpresa. Seus seios fartos, cintura fina e pernas longas chamavam a atenção de quem quer que fosse, ainda mais de meia dúzia de motoristas bebendo na hora de folga.
Anahi achou melhor ignorá-los e abriu o capô do Fiat. Nada de errado à vista. Certamente todo o problema deveria se resumir numa simples vela suja. Anahi sabia consertar qualquer defeito num carro, mas havia algo que a impedia de colocar em prática seus conhecimentos automobilísticos: sua altura.
Ela media apenas 1,50 m e não alcançava as velas do motor. Deu um suspiro de desânimo e percebeu que a platéia na porta do restaurante fazia animados comentários a respeito de seu insucesso. Mais uma vez, procurou ignorá-los. Agora, só havia uma única coisa a fazer: achar um telefone público e pedir para que um dos mecânicos da Puente viesse em seu auxílio.
Foi com alegria que avistou uma cabine nas proximidades. E, triunfante, dirigiu-se para lá. Só que seu triunfo terminou junto com sua alegria: o telefone, como tantos outros espalhados pela cidade, estava quebrado.
Aborrecida, Anahi resignou-se a fazer sua ligação dentro do restaurante. Era o único lugar público do quarteirão, com exceção de um bar de aparência altamente duvidosa, do outro lado da rua.
"Vá em frente, Anahi Puente", disse baixinho para si mesma. "Não se deixe intimidar por meia dúzia de caminhoneiros."
Autor(a): ayaremember
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E assim, com a cabeça levantada, entrou no restaurante. A única mulher ali dentro era uma garçonete de meia-idade com cabelos ruivos tingidos, corpo matronal e olhar simpático. Todos os outros eram homens, que viraram a cabeça quando ela entrou. Alguns até assobiaram.Mas Anahi não se incomodou. É que sua atenç&at ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 19
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franmarmentini Postado em 18/05/2014 - 20:58:02
essa história foi muito linda!!! amei ;)
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franmarmentini Postado em 18/05/2014 - 20:03:53
to super emocionada :( anda any vai atraz do poncho!!!!!!
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franmarmentini Postado em 09/05/2014 - 06:49:23
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
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steph_maria Postado em 07/05/2014 - 22:19:33
Owwwww o Alfonso é tão romântico é quase um homem perfeito, adorando a web é tão linda, espero que Alfonso não mude pela pressão do sindicato =/
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franmarmentini Postado em 05/05/2014 - 19:39:26
mas pq any ta tão irredutível assim meu deus...ele não fez nada pra ela poxa!!!
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steph_maria Postado em 02/05/2014 - 22:56:18
Anahi se afastando dele poxa e eu pensei que ele que ia acabar magoando ela =/ quero mais posts!!
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franmarmentini Postado em 29/04/2014 - 07:03:11
;( poxa não quero eles separados.
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franmarmentini Postado em 24/04/2014 - 21:31:15
continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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belle_doll Postado em 24/04/2014 - 20:29:24
UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP.............
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franmarmentini Postado em 23/04/2014 - 16:20:29
to amando a fic*